2008/10/21

Rotunda D. Dinis - Leiria

Esta é uma das mais interessantes e representativas rotundas da cidade de Leiria. Vale a pena ampliar a foto (clic).
O objectivo principal da arquitectura da rotunda percebe-se facilmente. Sabendo-se um bocadinho de História de Portugal, aqui se representam três pormenores fundamentais que caracterizam toda esta zona centro litoral, ocupada pelo célebre e lendário Pinhal de Leiria, mandado plantar pelo Rei D. Dinis. Infelizmente, até esse tão antigo como protector e rico pinhal, corre o risco iminente de ser atacado pela já famosa entre nós, doença do pinheiro bravo chamada Nemátodo. Se nos dermos ao cuidado de observar os pinheiros adultos (bravos, que os mansos são imunes) essa praga é provocada por uma mosca cujas larvas são colocadas nas pontas dos ramos mais altos da árvore e, a partir daí, infiltram-se de cima para baixo, em todo o pinheiro secando-o em pouco tempo.
Será que vamos mesmo ter de abater todos os pinheiros bravos em Portugal? 60 % da floresta portuguesa terá de ser arrasada? Já se fala que a única solução sócio/económica/ambiental que teremos, será a de começarmos a substituir o pinheiro bravo pelo eucalipto. A um ritmo muito mais rápido do que já se tem feito até à data! Uma benesse para quem negoceia em madeiras para as celuloses.
Que será das belas paisagens florestais que ainda existem em Portugal à base do pinheiro bravo? Vamos passar a ver eucaliptos e mais eucaliptos a perder de vista? E os solos, como estarão daqui a uns anos?
Porque não começar, desde já, a aproveitar algumas zonas para plantar intensivamente, árvores autóctones, como o Carvalho Cerquinho e outras variedades, voltarmos ao Sobreiro (a despeito das barbaridades que se têm andado a cometer por esse país fora a abatê-los, por motivos "imperiosos" de urbanizações de luxo e até zonas industriais!), aproveitarmos mais o Choupo e a Faia?
E se começássemos a pensar em grandes plantações de Grevilleas robustas? Trata-se de uma árvore que forma muitas das zonas florestais Australianas e que assume grande importância para ser utilizada como madeira para móveis, inclusivé.
Parece-me que há mesmo que actuar rapidamente sobre as zonas florestáveis Portuguesas!

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2008/10/19

Antigos combatentes discriminados



DN 18Out2008

Põe-se em causa o pagamento dum complemento de reforma resumido a 120 €uros/ano aos pensionistas, ex-combatentes das guerras coloniais, quando o Parlamento está a preparar-se para aprovar o Orçamento do Estado para 2009 em que se prevêm aumentos substanciais de regalias para os políticos, deputados incluídos, claro está. Uma Vergonha...

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2008/10/18

Praia do Pedrógão - Outubro 2008

Hoje, depois de mais de um ano sem ir ao Pedrógão, cá vim matar saudades da praia e do mar. Ao passear pela marginal dei com esta pasteleira estacionada. Velhinha, enferrujada pela maresia...

Sentei-me numa esplanada e ali estava o MAR. E alguns pescadores à linha. Mas não pescaram nada, enquanto os observei.


Esta foto foi tirada há semanas atrás, nesta praia. O meu cunhado, o Zé Paiva, tinha regressado duma pescaria daquelas de que só ele e o Toino Prestes são capazes. Este robalo pesa 9 kg e tal. Ainda está no frigorífico. Pode ser que ele ainda se lembre de convidar os leitores deste blogue. Vamos lá a ver. Espero bem que ele não tope que me servi desta foto (não fui eu que a tirei). É que ele não gosta de andar a apregoar aos sete ventos que, de vez em quando, lá vem um robalão, quando vai à pesca, o que acontece com muita frequência. Só assim é que ele se pode gabar que é dos poucos que sabe ler o mar, o que é imprescindível para uma boa pescaria.
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- Por certo que não se vai aborrecer, que é pessoa com veia poética (também não quer que se saiba).
Assim, a propósito, aqui vai um poema de Manuel Alegre que li na "Senhora das Tempestades" - Publicações Dom Quixote - 1998:
-
Décimo Poema do Pescador
.
Nem sempre o robalo vem
nem sempre ele traz aquele inexplicável e fundo
mistério de pulsar como o coração de alguém
ou talvez como o próprio coração do mundo.
.
Nem sempre me toca a graça e nem sempre está
o vento de feição. E no entanto procuro
incansavelmente procuro o não sei quê que já
muitas vezes me trouxe um coração no escuro.
.
Não há senão esse buscar. Esse incessante
navegar pelo sonho essa viagem
de Ulisses sem regresso. Como alma errante
não mais que um viajante de passagem
.
um intruso no mar um algo a mais
pela noite adiante obsessivamente procuro
na página nos astros nos canais
um verso um peixe um coração no escuro.
.
Eu pescador Ulisses alma errante
navegador da noite procuro nem sei bem
uma luz um robalo um breve instante.
O coração do mundo. Ou de ninguém. Ou de quem.
.
.............. Lisboa, 28.12.96

- "robalo" a negrito; ousadia do autor do blogue.

2008/10/16

Crepúsculo nocturno em Leiria


Crepúsculo nocturno
Castelo de Leiria
Gruas intrometidas
Moura encantada
D.Afonso Henriques
Rainha Santa Isabel
Estádio de Futebol
Euro 2004
O Sol às escondidas
Horizonte crepuscular.
-
Um homem desconfiado
gesticula
na minha direcção
Aproxima-se
Mostro-lhe as fotos
que tinha na máquina
Mais descansado?
Sim, obrigado
Passe bem,
boa noite.
Boa noite...

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2008/10/14

Euforia Financeira e Orçamento do Estado para 2009

E eu que já andava a pensar num part-time como o da hipótese ilustrada no post anterior para fazer face à crise (mundial)! Afinal, quando os interesses financeiros da maioria dos donos do mundo estão em causa, aparecem logo, por obra e graça do Divino Espírito Santo, milhões e milhões de dólares e euros, por todo o lado, para serem empresta(dados?) aos chico-espertos que provocaram toda a balbúrdia da semana passada.

Claro que há que ter em conta os danos colaterais deste cataclismo financeiro a nível global! Os jogadores da Bolsa, que não tinham as costas quentes, bem se tramaram, foram logo todos aflitos, a vender os seus papéis a qualquer preço e, com isso perderam fortunas.

Esta semana inverte-se, como por artes mágicas, a situação. A crise aguda mudou para uma euforia desenfreada e as Bolsas estão num desvario de loucos.

Que fantástico pretexto para o Orçamento de Estado Português para o Ano Eleitoral de 2009!

Já viram como o dinheiro (afinal havia arcas encoiradas cheias de €uros nos cofres do Estado!) apareceu e vai ser distribuído a rodos, principalmente, por tudo quanto é instituições do sector público? E aí vêm reforços para todos os Ministérios, até os Professores vão ser contemplados, as obras públicas em força, TGV, Novo Aeroporto. Enfim, Milhões e Milhões de Euros!(Quem dizia que estávamos de tanga?).

Já é de mais! Ninguém se preocupa com a crise dos Trabalhadores do Sector Privado. A receberem salários de miséria e precários, sem aumentos de ordenados há 5, 6 e 7 anos. É verdade. Quem se preocupa com esta monumental perda do poder de compra? Até as Centrais Sindicais de tão concentradas que andam nas negociações directas com o Governo até parece que se esquecem do que é trabalhar em muitas empresas do sector Privado, sempre no fio da navalha, que para os Administradores e seus "amigos" há que preservar a sua qualidade de vida, com dinheiro de bolso e no Banco, com fartura, mesmo que o pessoal esteja a viver cada dia que passa pior que no anterior!

Estou cá desconfiado que ainda nos vamos lixar com esta jogada já delineada no OE, que não vai dar golo para o Povo, com toda a certeza!

Que Mundo este!...

2008/10/11

Vade retro, Satana!

Finalmente tive ocasião de observar em pormenor o Quercus rubra, com as suas folhas outonais castanhas avermelhadas. Uma maravilha! Precisamente no caminho da ponte vinda dos Parceiros até ao Centro Comercial "Continente" em Leiria. Andam por lá numas grandes obras para ampliar aquela zona comercial. Vai ficar de maiores dimensões e com mais variedade de actividades económicas/comerciais e cinema. Só lamento é que não se esteja a ter o devido cuidado com as árvores (refiro-me concretamente a alguns Quercus/Carvalhos de espécies raras no nosso clima, que já têm um porte razoável e que se encontram imediatamente à saída do Parque de estacionamento. Não será possível tomarem a devida atenção a essas árvores? Não se esqueçam que não iremos viver neste Planeta sem árvores e um carvalho não cresce de um para o outro


Nesta rua corta-se à direita para entrar no Parque do Continente. Se alguém perguntar pelo seu topónimo autêntico ninguém a conhece, é quase certo.
-
Hoje fui à zona Comercial supra-citada e fiquei um tanto apreensivo. O movimento do sistema Multibanco estava 95% off. Por acaso ontem tinha levantado uns trocados e lá me consegui desenrascar para pagar a conta. Mas fiquei teso e não consegui levantar mais dinheiro noutras caixas Multibanco noutras áreas de Leiria. Ouvi dizer que quem quiser dinheiro hoje tem que ir a Coimbra. Boatos, provavelmente. Mas, precisamente, agora que a malta anda desconfiadíssima com esta coisa da crise financeira envolvendo Bancos e tudo, as pessoas ficam ainda mais apreensivas.
Caramba! Logo hoje, Sábado, a seguir a uma semana negra e ansiosa, pregam-nos uma partida destas? Eu sei, nós sabemos que as máquinas avariam, que o Homem falha, logo poderá estara aí a justificação para esta anomalia.
Mas que começamos a ficar cada vez mais preocupados, ansiosos e desconfiados, lá isso é uma verdade!
Não nos lixem ainda mais, que já não sabemos que mais contas havemos de fazer para levar a nossa vidinha! é que nós (a maioria de nós) não se andou a meter em aventuras de engenharias financeiras virtuais, de altíssimo risco, só na ganância de aumentar a Riqueza de alguns ainda mais!...
Em suma...Têm andado a brincar com o fogo usando o nosso dinheirinho e agora começam a insinuar que, se calhar ainda vamos ficar sem o nosso pequeno pecúlio, porque se esqueçeram que os fósforos, se mal usados, são alta e facilmente inflamáveis, podendo atear um fogo de proporções incontroláveis!
Vade retro, Satana!
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2008/10/10

Aspectos do Casal - Ribafeita - Viseu



Ó Snr. Presidente da Junta: veja lá se pode trocar o s por um z. Faça-nos lá esse favorzinho!


Depois de passarmos por duas ruas com uma toponímia sui-generis e de bebermos da água mais fresquinha e gostosa que conheço (vem directamente da Serra próxima), eis que se mostram umas batatinhas acabadas de assar, com carne e presunto caseiros, assados no forno da minha prima Lourdes, casa com casa dos meus pais.

Está-se na aldeia do Casal - Ribafeita - Viseu - Portugal.
As fotos já são de Agosto deste ano, por altura da festa anual dedicada a S. Salvador, padroeiro da localidade.



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2008/10/09

Urbanizações em Leiria e preservação do Ambiente



Infraestruturas de mais uma grande urbanização em Leiria. No topo da célebre Calçada do Bravo, actual Av. Paulo VI, talvez a mais comprida de Leiria ocupando cerca de dois kilómetros da antiga Estrada Nacional 1 (que inicialmente, anos 60 já a conhecia como tal, ligava o Porto a Lisboa). Esta zona era particularmente arborizada por Sobreiros que, na sua maioria, foram abatidos ou decepados pelo meio do seu tronco. Aliás, como se pode observar, a primeira foto sugere isso mesmo e a preocupação de "proteger" dois desses sobreiros. Com esta imagem é caso para perguntar: será que aqueles sobreiros vão mesmo sobreviver ou é tudo cenário para "inglês ver"?
Num outro post já tive ocasião de mostrar o estado de degradação em que ficaram os sobreiros que não foram abatidos pela raiz mas que foram cortados (diz que podados) a meio do tronco. Situam-se os restos desses sobreiros na encosta Sul da urbanização.
Como a sociedade está organizada é forçoso que se promova o desenvolvimento económico das mais variadas maneiras. No entanto, este desenvolvimento tem de ser perfeitamente sustentado, de modo a que a preservação do Ambiente seja colocada, no mínimo, no mesmo patamar de prioridades estabelecidas pelas instituições públicas que têm a obrigação de zelar pela autêntica qualidade de vida dos cidadãos. E os habitats das espécies animais e botânicas não podem ser minimamente desprezados.
Será que não somos capazes de conciliar estes três vectores? Desenvolvimento económico, Ambiente, Ambição desmesurada do Lucro?
Como é do mais elementar bom senso.
Uma questão de sobrevivência de todas as espécies que habitam o planeta. O próprio Homem incluído, naturalmente.
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2008/10/05

Há 40 anos atrás!...

À porta da entrada principal da Igreja da Portela (dos Franciscanos), Leiria, em 5 de Outubro de 1968...
Personagens principais no momento: Zaida e António.
Paz eterna para os que já desta vida se foram...Beijinhos e abraços para os demais...

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2008/10/04

A Natureza em fotos - Leiria

1- em fundo: pinhal no lugar de Canhestros - Pousos - Leiria; 2- camellia Winter SnowDown com o "maluco" do "rapazito" sempre a meter-se onde não é chamado; 3- rosa de Sta. Terezinha no meu jardim (já a mostrei várias vezes); 4- gato bravo da Escócia (ver fotos abaixo); 5- Alfazema azul no meu jardim (dedico esta foto ao blogue http://alfazzemaazul.blogspot.com/


Aspecto geral da exposição "FOTONATURIS" ao ar livre, no Largo do Papa Paulo VI em Leiria, na qual está a fotografia do Gato Bravo da Escócia.
Clic para ampliar e apreciar a beleza do pormenor das fotos: modéstia(?) à parte, das minhas e a de Peter Cairns com aquele gato que até mais parece um Tigre com ar de quem se prepara para nos assustar...se ficar por aí!...
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2008/10/02

Dentro de ti ó Leiria...


Leiria, mais uma vez em reboliço.




Será desta que o Largo 5 de Outubro de 1910 ficará apresentável e coerente com a sua História?
Duvido!



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2008/09/30

Divulgue-se o Acordo Ortográfico!

29 Set 2008 - O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, assina hoje, no Rio de Janeiro, o decreto para promulgação do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
Em declarações à Lusa, à margem do colóquio Machado de Assis, que começou hoje na Fundação Calouste Gulbenkian em Lisboa, Lauro Moreira explicou que a data escolhida é simbólica, coincidindo com o aniversário da morte de Joaquim Maria Machado de Assis, que considera um dos escritores brasileiros mais "universais".
"O Presidente Lula da Silva aproveitou a comemoração do centenário da morte de Machado de Assis para assinar o decreto naquela que é a casa de Assis (a Academia Brasileira de Letras), fundada por ele", disse o embaixador.
-
De notar:
¨ Que da biografia oficial de Machado de Assis consta que o mais representativo escritor brasileiro morreu a 29 de Setembro de 1908;
¨Que nós, aqui em Portugal, ainda andamos feitos puritanos a subscrever abaixo-assinados(*), ainda há e heverá vultos intelectuais de peso que não se estão a acomodar ao Acordo Ortográfico da Língua Lusófona. Há escritores a ameaçar continuar a escrever como se não houvesse Acordo Ortográfico e as Editoras andam em grande alvoroço, indecisas...
Afinal queremos que o Português seja uma língua falada e escrita em todo o Mundo ou não? Se continuamos nesta pose qualquer dia ficam os Portugueses a falar uma Língua morta (quem sabe se não voltamos ao latim. Então é que "hoc opus hic labor est").
Tenho que confessar que, talvez por uma questão de nacionalismo saloio, andei indeciso em assumir uma posição a favor ou contra. Temos que nos decidir: ou sim ou não, nem que para isso seja necessário ir a referendo nacional. De qualquer modo, o Acordo já está aprovado oficialmente. Só não sabemos quando é que entrará em vigor de facto (ou de fato?!) em Portugal!...
Sem dúvida que fomos nós, os Portugueses, que demos novos mundos ao Mundo! Através da nossa vocação marítima, mercantilista e religiosa, afoitámo-nos por todos os Mares nunca dantes navegados e colocámos no Mapa-Mundi novas terras que a Europa não sonhava que existiriam.
Sofremos e fizémos sofrer muitos povos para que que Fernando Pessoa pudesse escrever em jeito sebastiânico, no seu poema, Mar Português: Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quantos filhos em vão rezaram! ...
De qualquer modo, esse Passado que não podemos nem queremos apagar, porque faz parte da nossa História, não nos pode cegar a ponto de não querermos ver a realidade dos tempos modernos.
Somos muitos milhões a falar português, mas estamos dispersos por todo o Planeta. Há que fazermos concessões uns aos outros para que este sentimento, que já é muito forte e mais será, de Lusofonia, não esmoreça. Será esse sentimento, moldado pelo sofrimento, pelo convívio e pela força indomável do Tempo, que vai alavancar, inevitavelmente, O ACORDO ORTOGRÁFICO.
(*)
Aproveito, revoltado comigo mesmo, para pedir desculpas a quem, tempos atrás, na minha indecisão, eu prometi assinar um desses abaixo-assinados. Hoje não o faria. E não tenho vergonha nenhuma de dizer que não me arrependo de ter andado entre o sim e o não. E de hoje estar a dar o dito por não dito.

2008/09/28

Olá!...

Ora aqui estou eu, num calmo fim-de-tarde, no jardim da "Casa das Margaridas", há dias, (pode ser que um dia destes lhes mostre mais em pormenor este jardim), o blogue em stand-bye que também precisa, e de quem os leitores também já se estão a fartar, porventura.
Escusado será dizer que por trás de mim se pode observar uma
Olaia.
Na linha de horizonte pode-se imaginar o Oceano...
Exactamente. O Oceano Atlântico. Mais precisamente na zona da Praia da Areia Branca...Lourinhã.
Façam favor de passar muito bem enquanto é tempo, que vêm aí umas chuvitas...disse-me mesmo agora o meu irmão Vitor, que já teve que antecipar a vindima da sua "quinta" ali para os lados de Silgueiros,perto de Parada de Gonta, (Olá Agostinho, temos mesmo que combinar uma tachada aí para esses lados, um dia destes!...).
Vejam lá, meus amigos, que hoje, nem sequer vi o jogo do Benfica com o Sporting. Só soube do resultado agora à noite. Paciência, Sportinguistas, parece que este ano temos um Benfica com mais convicção!
Preferi passar o dia: de manhã fui ver o meu neto a jogar futebol nos Pousos, aqui em Leiria. Até marcou três golos e tudo. De tarde, continuação da actividade desportiva. Desta vez fomos para o Parque Natural da Boa Vista - Leiria. Relva, um riacho, muitos Choupos, alguns Freixos e Lódãos. Um senão: andaram a cortar uma área razoável de pinhal. Será por causa do Nemano (é assim que se chama a doença do pinheiro bravo, que o seca, não é?). O sítio é agradável para praticar desporto, bola, ginástica, caminhada, ténis, ciclismo. Para intervalar um bom lanche.
E com estas linhas de escrita, simples, ao sabor do teclado do computador, me fico por hoje. Assim, tal e qual. Dispersamente...

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2008/09/25

Aí estão as Camélias! E o Outono!

Da esquerda para a direita: acer pseudo-plátanus (padreiro), faia púrpura (havia outra a poucos metros mas secou/secaram-na este ano), liquidâmbar nos seus tons outonais, melia azedarach. Foto tirada quem sobe do Jardim Luís de Camões para a alameda do Marachão. Este é um dos recantos mais encantados (para mim, pelo menos) das zonas verdes e ajardinadas da cidade de Leiria.
Cameleira Winter SnowDown. A primeira camélia do meu jardim e a primeira que observei nesta altura do ano. A beleza desta camélia está bem à vista, foto tirada hoje de manhãzinha (local: Barreira, Leiria, Centro Oeste de Portugal). Posted by Picasa

2008/09/23

ADEUS A LEIRIA vindo de Aveiro

José Reinaldo Rangel de Quadros Oudinot foi um emérito investigador e divulgador da história de Aveiro e dos seus homens ilustres, nasceu e morreu nesta cidade, respectivamente em 19 de Março de 1842 e 22 de Julho de 1918. (1)
Foi professor, historiógrafo, dramaturgo, poeta e jornalista.
Disponho-me a esboçar alguns traços da sua personalidade, em circunstâncias meramente acidentais, se bem que, depois de ter tomado conhecimento mais profundo da sua vida e obra, tenha que o incluir no rol dos que vale a pena recordar e, dessa forma, estudar para com ele aprender facetas importantes da vida do homem ao longo dos tempos.
Acontece que, recentemente, recebi um e-mail do meu querido amigo António Leite, que conheço só por via da internet e da sua amabilíssima atenção que me tem prestado naquilo que vai encontrando em livros antigos (julgo ser bibliófilo, que me desculpe esta mera suposição) e que, como que por empatia natural, vêm precisamente ao encontro do meu manifesto interesse em determinados temas que tenho vindo a abordar no meu blogue “dispersamente”.
A última novidade que me fez o favor de enviar tem a ver com o “Novo Almanach de Lembranças Luso-Brasileiras” – edição de 1902 no qual descobriu um soneto de Samuel Maia(2) e um poema em III cantos, “Adeus a Leiria” de Rangel de Quadros.
Estes dois poemas tocam-me particularmente: o soneto “Esquecimento” de Samuel Maia por se tratar de um ilustre médico, vinicultor e homem de letras que já por diversas vezes aqui tive o privilégio de referenciar (além do mais é natural do Casal - Ribafeita e lá teve uma Quinta, de S. João, ponto de referência obrigatório); o poema de Rangel de Quadros por se referir a Leiria e nele esta terra secular e minha adoptada, ser cantada com a maior das doçuras e encantamentos.
-
Passo a transcrever a I parte do poema de Rangel de Quadros:

ADEUS A LEIRIA

Vou deixar-te, Leiria formosa!
Vou deixar teus jardins florescentes
E estas margens formosas, virentes,
Do teu brando e poético Liz!
- Vou! Adeus, alameda frondosa!
E por mim serão sempre lembrados
De Leiria os outeiros e prados,
Onde os dias passei tão feliz!
.Quantas noites passei gratamente
Junto aos choupos do lindo passeio!
Como ali procurava o meu seio
Um prazer innocente encontrar!
- Como é grato escutar na corrente
Os murmúrios do teu brando rio,
N´essas noites suaves do estio,
N´essas noites de puro luar!
.Vou deixar-te, castello vetusto,
Que me fazes trazer á memória
Esses tempos de fama e de glória,
Em que o mouro cedeu ao christão.
- Tu já foste gigante robusto,
Protector d´esta heróica Cidade,
Que em ti vê, com bem justa vaidade,
D´essa gloria um famoso padrão.

…………….
II


(1) “Apontamentos Históricos” de Rangel de Quadros . Ed. Da Câmara Municipal de Aveiro – 2000; O espólio de Rangel de Quadros, ficou cuidadosamente guardado pela sua sobrinha, a sra. D. Maria Gabriela Oudinot Larcher, residente em Leiria, que o depositou na Biblioteca Municipal de Aveiro, tendo a Câmara Municipal assumido o compromisso de ir publicando a obra de sei tio.
(2) ver índice temático (tag Samuel maia)
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2008/09/22

Outono 2008 em Leiria

(clic para ampliar)
Foto tirada de costas para o antigo Mercado, na direcção do Centro de Leiria. Pode-se ver a rotunda do Sinaleiro, a ponte Engº Afonso Zúquete, uma Melia Azedarach a sobrepor-se a um freixo antigo e de grande envergadura, ameixoeira de jardim (Prunus Pissardi), um choupo (à direita), o jardim da fonte luminosa com arbustos e plantas rasteiras (claro, por baixo está um parque de estacionamento de automóveis!).Há quem já ironize dizendo que qualquer dia só falta organizar umas caçadas ao coelho, que às tantas até os poderá lá haver. Eu não vou tão longe!
Enfim. O Outono já está a contar as horas para se apresentar no calendário do tempo...

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