2010/03/25

ALCANENA - Dia Mundial da Poesia

No salão principal de leitura da Biblioteca Municipal de Alcanena, no Dia Mundial da Poesia.
Estiveram presentes mais de seis dezenas de poetas oriundos de Alcanena, Riachos, Rio Maior, Chamusca, Leiria. Todos os presentes leram poemas, de sua própria autoria na maior parte dos casos, mas também de outros autores, dos mais consagrados aos simplesmente populares (Alguns, quem sabe, mais tarde, também consagrados pelo mérito demonstrado?).
A Poesia é eterna...Os poetas não têm idade!...
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Porque não utilizar a poesia para apelar ao apego do uso correcto das palavras na expressão oral e até escrita, quantas vezes?
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Línguística


O nosso português tão lindo
Já poucos sabem falar.
Com tanto pontapé na língua
Onde irá ela parar?


É o "hades" em vez de hás-de
"Sube", "truce", "fostes", "troceu"
É o "quaisqueres" por quaisquer
Em vez de comigo é "mais eu".


Por este andar qualquer dia
A gramática vai mudar!
E antes que eu diga asneira
"Prontos", vou acabar.

Zaida Paiva Nunes
"Pedaços de Mim", Ed. folheto, 2005
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2010/03/21

POESIA MIMOSA...

No Centro de Portugal, no lugar de Orgens, como resistir a fotografar este belo efeito? Uma Mimosa a recortar-se numa moradia pintada com cores em tom de amarelo, arredores de Viseu ainda campestres!...
...
Mimosa flor de poesia ramos de um sol perfumado
Dando inicio à primavera desabrocha toda em flor
Como rimas de um poema de um verso tão amado 

Daqueles que fazem chorar ninfas musas de amor
...
( Retirado daqui:  "Mural dos Escritores"; de que passarei a fazer parte a partir de hoje se for aprovada a minha candidatura. Talvez pretensão demasiada, a minha!)

Da janela do meu quarto...todos os dias observo as alterações que o Homem e a Natureza vão provocando nesta idílica paisagem rural...
Mesmo no limite da chamada zona urbana da cidade de Leiria, freguesia da Barreira.
No Adro da Sé de Leiria, num dos próximos passados maravilhosos dias de Sol...
Dá-se o caso singular de, precisamente hoje, a Carolina, ter comemorado 3 aninhos...
Quando esta foto foi tirada, não pensava usá-la num post deste blogue. Mas, vejam a coincidência, talvez algo telúrica: na casa com frontaria de azulejos azuis nasceu em 1863 o grande poeta Acácio de Paiva. Nesta foto podem ver-se a sua sobrinha-neta, Zaida (*), acompanhada de uma sua neta. 
 (clic nas fotos para ampliar)
"...Não.  O poeta procura dialogar com o seu leitor como se em verdadese encontrassem juntos num colóquio ou numa tertúlia de amigos:
... ... ... ... ... ...
Crede: - Leiria é digna de visita.
Não exibe a riqueza deslumbrante
Que cega e oprime, que entontece e grita,
E chega a amedrontar o viandante...
Mas é... como direi?... bem comparada...
         Uma Cidade-Flor!
         É pequenina:
- Mas tão airosa, amável, perfumada,
Como gentil grinalda de menina!
... "
Ler "ACÁCIO DE PAIVA - Um Crédulo Perdulário", de Américo Cortez Pinto, 1968 + Mais informação se pode obter usando no motor de busca deste próprio blogue :"Acácio de Paiva".
(*) Com poesia publicada e muita mais escrita. Talvez que a veia poética de seu tio-avô tenha chegado à sua própria veia, pelo éter, através do Tempo!...
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2010/03/18

LUSTOSA - Rifafeita - Viseu: Alminha granítica datada de 1865


Tirei o dia para ficar em casa. É Sexta-Feira. Claro que me posso permitir este luxo porque estou reformado (com uma reforma pequena, apesar de ter contribuído para o sistema durante 44 anos, numa época difícil, em que se fala de déficit, de PEC de emergência, a ver se não nos acontece o mesmo que à Grécia, em que as Comissões de inquérito na Assembleia da República se sucedem ininterruptamente, em que o PM está sob fogo nutrido e permanente - só não sei se de balas de borracha ou a sério -, em que o PSD se compraz em se auto-flegelar com a história da "Lei da rolha" já comparável a um "tiro no cérebro" segundo ouvi
uma comentadora da TV... etc., etc., etc....).

Há uns meses atrás comecei a participar numa equipa do IMC (Instituto Missionário da Consolata) para se organizar uma base de dados de milhares de fotografias à guarda daquela instituição. Apraz-me registar a excelente metodologia adoptada o que vai proporcionar uma obra final digna de todo o relevo e que, a ser disponibilizada publicamente, poderá vir a constituir-se num excelente campo de recolha de variada e devidamente referenciada informação fotográfica abrangendo toda a área de actuação dos missionários da Consolata e não só.

Esta interessante experiência tem-me posto a pensar na forma desorganizada como eu tenho milhares de fotografias armazenadas no meu PC e outros dispositivos, externos, algumas que poderão ter bastante utilidade com vista à prossecução de trabalhos que requeiram ilustrações com instantâneos e fotos de oportunidade.

Foi com este espírito que me lancei, esta tarde, a visualizar parte dessas minhas fotos. Uma delas é a presente. Foi tirada em Setembro de 2001 numa das minhas andanças pela freguesia de Ribafeita, em cuja povoação do Casal nasci há uma data de anos. Estamos em Lustosa. As povoações da freguesia de Ribafeita são: Casal, Covelas, Gumiei, Lufinha, Lustosa, Ribafeita e Seganhos.

Trata-se de uma "alminha" em granito, junto à estrada, no lugar de Lustosa. De então para cá não mais lá voltei. Espero que esta preciosidade tenha sido preservada, tal como se apresenta nesta foto. Nestas situações não é de se inventar como, infelizmente, acontece com demasiada frequência...
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2010/03/17

LEIRIA - Rua Christiano Cruz

Esta rua localiza-se na área da antiga Azinhaga da Encosta do Castelo de Leiria, junto ao seu Portão Norte. Nesta zona da cidade quase não circula vivalma. A Rua Christiano Cruz é praticamente invisível aos visitantes e mesmo muito dos locais não sabem sequer da sua existência. E é pena porque se reporta a um personagem aqui nascido e cuja biografia é digna de realce e merecia maior destaque na história de Leiria.
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De facto,

Christiano Cruz
 Senhoras à mesa do café, 1919, pintura a óleo sobre cartão, Centro de Arte Moderna, FCG
 Catálogo /Retrospectiva (1892-1951) - Maria Raquel Florentino
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Christiano CRUZ (1892-1951)

Christiano Alfredo Sheppard Cruz nasce em 1892, em Leiria. Morre em 1951, na cidade de Silva Porto, em Angola. 

Autodidacta, o seu único guia artístico era o desenho da imprensa, e contou com um ambiente pró-republicano no seio familiar, que o preparou para a sátira anti-monárquica e para a crítica social. Posteriormente, distancia-se dela operando uma verdadeira ruptura estética dentro da caricatura.

Ficou conhecido como um “romancista do traço”. Colocava as suas faculdades ao serviço da Ideia e criou aquela que ficou designada como “caricatura impessoal”. Esta pretendia afastar-se da ênfase meramente política, usando o humor como filosofia e atacando os costumes de uma identidade social portuguesa, que conhecia como mesquinha, provinciana e castradora. Sentia uma verdadeira obrigação de educar o povo através da arte, sabendo que a resolução da crise não se situava meramente na esfera política mas numa questão de filosofia existencial, de mentalidades. Dentro da caricatura política, tinha admiração apenas por Rafael Bordalo Pinheiro, fazendo os possíveis para se distanciar e criticar todos os seguidores do mestre. “Não façamos crítica, façamos Arte!”, ficou conhecida como uma das grandes máximas, assim como a sua guerra aos “bota-de-elástico”.

Estes pressupostos correspondem à sua primeira fase, que vai de 1909 até cerca de 1913, considerada como a fase de estilização, em que se liberta dos barroquismos iniciais e desenvolve um traço por vezes quase abstracto. Um novo código de humor só podia ser servido por um novo código plástico e pela criação de uma nova forma de percepção que fosse mais rápida. Era nesta lógica que construía as suas personagens ultra-sintéticas, que se aproximam do moderno cartoon. Neste período, é considerado um verdadeiro “mago da ironia”, e defende que a melhor forma de atingir os seus objectivos é não atacar os indivíduos mas as situações, articulando de uma forma coerente título e legenda.

Em 1910, muda-se para Lisboa, onde irá prosseguir estudos em Medicina Veterinária, juntando-se a Stuart de Carvalhais, Jorge Barradas, Pacheko, António Soares e Almada Negreiros, com quem funda a Sociedade dos Humoristas Portugueses.

Na segunda fase, a partir de 1913, o traço evolui para um certo expressionismo, próximo da corrente austríaca do mesmo período, nomeadamente Schiele e Kokoschka. Afasta-se dos humoristas, embora continue a apresentar-se nas exposições dos modernistas.

Na terceira fase, afasta-se da caricatura e envereda pela pintura. Senhoras à Mesa de Café, de 1919, revela a face de um mundanismo que criticava, num jogo de sedução e crueldade. A violência do tratamento do suporte, a definição brutal dos contornos das figuras e o cinismo que transmitem entram em consonância com as cores frias aplicadas no vestuário, que, por sua vez, contrasta com o vermelho dos lábios, concedendo-nos a ilusão da vida nocturna e de todos os seus cenários de engano. As regras da representação tornam-se instáveis nos ângulos agudos e oblíquos, como se verifica na mesa e nos elegantes copos. Retoma aqui o tema mítico do eterno feminino cruel, nas poses refinadas destas mulheres, com frios objectos de ourivesaria, em atitudes de conspiração e intriga. A mão de uma das personagens assemelha-se a uma pistola, tornando-a cúmplice de crimes premeditados, que se festejam com sorrisos maliciosos. Esta pintura é uma das últimas que realizará.

Em 1916 é incorporado no exército e, no ano seguinte, no Corpo Expedicionário Português, para combater na Primeira Guerra Mundial. Neste período, até à altura do Armistício, em 1918, quando regressa a Portugal, realiza uma série de croquis que relatam cenas de guerra(*), tratados com uma espontaneidade instantânea, como se fossem feitos por um repórter de guerra.

Em 1919, inicia-se uma outra fase: parte para Lourenço Marques, Moçambique, começa aí a sua retirada do meio artístico e exerce a sua profissão de médico veterinário. Este abandono definitivo da carreira artística, que ficou de certa forma mitificado, revela uma atitude que não deixará de se revestir de uma consciência moderna, de um desencantado niilismo.
CARLA MENDES
In
http://www.camjap.gulbenkian.pt/l1/ar%7BD2B27546-03B0-4185-A5F8-0B5ACC3E203C%7D/c%7B342aa3de-ff90-4fdc-9aa3-0f1d507b3275%7D/m1/T1.aspx
(*) Ver: Rodrigues, António, 1956-2008-  Christiano Cruz - Cenas de Guerra
» Consultar também, Gonçalves, Alda - Toponímia de Leiria - 2005, JFL (pág. 141)

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2010/03/14

TONDELA - Tomás Ribeiro

Ontem fui a Viseu, aos anos (86) do meu pai Daniel. Ainda era cedo e, saindo do IC3, fui dar uma vista de olhos a Tondela, a 25 Km de Viseu. Este é o Largo Prof. Dr. Anselmo Ferraz de Carvalho.

clic para ampliar
Dei com este painel de azulejos na entrada da casa do lado esquerdo da foto acima. Uma excelente oportunidade para rever o homem, a obra de Tomás Ribeiro e a sua ligação tão íntima a Parada de Gonta (a terra a que tanto se refere o meu amigo bloguista "Agostinho"), a Tondela e a Viseu. Terras da Beira Alta, do Distrito de Viseu, no caminho entre as cidades da minha vida... Leiria e Viseu.
Tomás António Ribeiro Ferreira nasceu em Parada de Gonta, a 1 de Julho de 1831, filho de João Emílio Ribeiro Ferreira e de Maria Amália de Albuquerque, um casal de lavradores moradores no lugar de Parada.
Concluiu os seus estudos preparatórios no
Liceu de Viseu, tendo de seguida ingressado no curso de Direito da Universidade de Coimbra. Em Coimbra, integrou-se no grupo de O Novo Trovador e no círculo de António Feliciano de Castilho, cultivando amizades e influências que o acompanhariam ao longo das suas carreiras política e literária. Concluiu o seu curso de Direito em 1855, deixando à entrada do Penedo da Saudade um poema de despedida que ainda hoje ali se encontra, gravado numa das rochas daquele local[1].
Iniciou a sua vida profissional como advogado em
Tondela, onde, pertencendo ao Partido Regenerador, foi nomeado presidente da Câmara Municipal. Também exerceu as funções de administrador municipal do Sabugal[2].
... (mais em
wikipédia)
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2010/03/12

PLANTAS AROMÁTICAS/MEDICINAIS

Não descansava enquanto não conseguisse colocar neste blogue aquelas fotos a que me refiro no post abaixo quando falo de Hortos urbanos.

Mantenho o que então escrevi pelo que não me vou repetir. A não ser no que respeita à legenda dos nomes das plantas aromáticas mostradas na montagem fotográfica que produzi com a ajuda do programa da Google, Picasa, com tanto empenho.

Gostaria de partilhar convosco a recapitulação dos seus nomes. Não me alongo nas suas virtualidades e aplicações, mas aqui fica, então, a Legenda:
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Estamos a cultivá-las, eu e a Zaida, no nosso jardim/quintal.
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Legenda:
Da esquerda para a direita, de cima para baixo, : (clic para VER em pormenor)
1) Manjerona
2) Poejo
3) Alecrim
4) Hortelã pimenta
5) Hortelã da ribeira
6) Menta (ou hortelã brava)
7) Coentro
8) Salsa
9) Hortelã
10) Salva
11) Aipo
12) Louro

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Como já tive ocasião de mencionar, o problema que se levantou, para a dificuldade na publicação das fotos, tinha a ver com a falta de espaço do servidor no que respeitava a este blogue. Acabei por estabelecer um protocolo com a Google. Atribuíram-me mais 20 Gb. Louro
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2010/03/11

LEIRIA - LARGO DA SÉ em obras...



Ultimamente tenho passado uma grande parte do meu tempo a trabalhar...no meu escritório. As alterações introduzidas ao sistema contabilístico e de apresentação das demonstrações financeiras das empresas (SNC) foram profundas. Entraram em vigor no princípio deste ano mas agora é que as modificações que foi necessário implementar no software, algum hardware e nas rotinas do trabalho dos Toc e dos serviços administrativos das empresas, estão a manifestar-se com todo o seu vigor. Há que afinar toda uma prática, à base do POC, que já tinha uma experiência de décadas, que está a obrigar ao dispêndio de muitas energias de todos os intervenientes, empresários, profissionais e serviços públicos. 
Esta fase não está a ser nada fácil...   

Para ajudar à festa este Largo da Sé não há maneira de se apresentar com o ar que merece e de que a cidade de Leiria necessita...
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2010/03/10

PEC 2010, Que futuro, Portugal?...


PEC 2010


Embora com PEC e mais PEC
A vidinha continua
Também tivemos um PREC
Mas continuamos na "Lua"


Somos Povo de sonhadores
Solução vamos achar
Co´as ideias dos "Senhores"
Havemos de nos levantar?!


O Doutor e o Engenheiro
Vão à proa espaventados
Nós nem vemos o padeiro
Sentimo-nos desenganados


Mesmo assim há que olhar
Em frente e com coragem
Ninguém nos há-de tirar
A portuguesa miragem


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nb: comprei mais espaço à Google. 20 Gb por 4,96€/ano. Para bem me/vos servir. Por carolice!...
Pode ser que as fotos acima ainda apareçam a tempo!...De qualquer modo vou colocá-las no blogue: http://dentrodetioleiria.blogspot.com

2010/03/08

Também, DIA MUNDIAL DA MULHER...


Em teste...
 A sempre renovada beleza de uma ameixoeira em flor, no meu jardim/quintal!...
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Barreira - Leiria: HORTO URBANO

Como já por diversas vezes aqui foi referido, à volta da minha casa de residência, dispomos de algumas dezenas de metros quadrados de terreno. Essa terra estava em bruto quando comprámos a propriedade, quero dizer, encontrava-se no estado normal do imediatamente pós-construção. Aos poucos, ao longo destes 18 anos que, entretanto, já decorreram, praticamente sem ajudas externas, eu e a Zaida, temos vindo a construir, com as nossas próprias mãos e esforço, um conjunto de jardim, caminhos e escadas em pedra e cimento. Uma boa parte foi transformada em relvado à base de escalracho.
Ultimamente, temos vindo a tentar fazer aproveitamentos desse terreno para utilizar como horto caseiro. Tentanto, inclusive, preparar a terra necessária pelo método de compostagem dos resíduos apropriados aqui produzidos.
É assim que o canteiro acima foi aberto, à custa do sacrifício de uma borda de relvado e já na presente época agrícola, com uma pequena sementeira de favas, orlada por algumas couves. O tempo (e os gatos) não tem ajudado, mesmo assim, cá vamos criando alguns produtos agrícolas e fruta.
As fotos da montagem abaixo pretendem mostrar algumas plantas/ervas aromáticas - cultivadas neste jardim/horto - de utilização muito corrente na confecção de alimentos e até na preservação da nossa saúde:



Legenda:
De cima para baixo, da esquerda para a direita: (clic para VER em pormenor)
1) Manjerona
2) Poejo
3) Alecrim
4) Hortelã pimenta
5) Hortelã da ribeira
6) Menta (ou hortelã brava)
7) Coentro
8) Salsa
9) Hortelã
10) Salva
11) Aipo
12) Louro

NOTA: Estou a receber informação da Google que este site excedeu a sua capacidade de armazenamento. É verdade que está muito próximo das 1.000 entradas, praticamente todas com duas ou mais fotografias. Tenho que indagar o que se passa... 
Se acaso tiver de interromper esta edição agradeço do fundo do coração toda a atenção que os meus amigos e navegantes me dedicaram ao longo de todos estes anos e se me quiserem contactar talvez seja de o fazerem através de asnunes@sapo.pt

Muito obrigado a todos, um grande abraço. Vou sentir muitas saudades deste sítio maravilhoso, que me tem proporcionado muitos momentos de inolvidável alegria e de partilha de conhecimentos...
Se tiver de acabar assim, fico muito triste!...



2010/03/05

Destruição de livros pelas Editoras


Na capa do jornal I de hoje.


Já se sabia, mais ou menos veladamente, que as Editoras utilizam este processo para se desfazerem de milhares de livros que não conseguem escoar através dos circuitos comerciais.

Dificilmente se poderá aceitar que esta prática das Editoras tenha que ser a derradeira decisão para desocupar os armazéns dos seus livros por vender.

Tanta biblioteca, quer no território português quer nos restantes países lusófonos, para não falar de outros países em que se falam outras línguas, que receberiam esses livros de braços abertos!

Nesta oportunidade desde já me apresento como voluntário para receber uma parte desses livros e proceder à sua distribuição gratuita ou a preços simbólicos, em condições a combinar.

Destruir livros por mera estratégia mercantil?

Inadmissível!
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2010/03/03

Leiria - O último "alcaide" do seu Castelo


Quando em 1966 cheguei a Leiria, um dos primeiros locais que visitei foi, inevitavelmente, o Castelo de Leiria.
E lá estava o Snr. Basílio,  carinhosamente tratado pelo alcaide do Castelo. E assim ficou para a posteridade: o último "alcaide" do Castelo de Leiria.
Não podia deixar passar este infausto evento  sem uma referência, singela que seja, neste meu blogue.
O snr. Basíllio foi um homem de sete ofícios. Um dos que eu posso comprovar foi o de mecânico de cofres. Uma  ocasião, por volta do ano de 1979, era eu o responsável do Departamento Financeiro da firma, já extinta, Carvalho & Catarro, Lda. no Alto Vieiro, Leiria. Precisava de resolver uns assuntos inadiáveis (estávamos aliás na altura do pagamento dos ordenados do pessoal, já nessa época as finanças estavam muito periclitantes para a empresa e para os trabalhadores) e tinha absoluta necessidade de aceder ao cofre. Intento gorado. O sistema de abertura não funcionava. Chamou-se o Snr. Basílio. Depois de umas quantas tentativas lá se conseguiu resolver o problema e o cofre foi aberto, graças à sua persistência e  engenho.

Basílio Artur Pereira nasceu a 17 de Agosto de 1913 no "Bairro dos Anjos", Leiria e foi, durante toda a sua vida, um dos mais típicos e considerados personagens da cidade de Leiria.

Em 1952, Basílio Artur Pereira, aceitou o convite que lhe foi endereçado pelo célebre Arquitecto Ernesto Korrodi (*), para trabalhar como guarda permanente do Castelo de Leiria, daí lhe advindo o cognome de "alcaide" do Castelo. Esta tarefa não tinha segredos para o novo "alcaide" pois já o seu avô e o seu pai tinham desempenhado funções idênticas naquele castelo.
Nas duas últimas décadas da sua longa vida dedicou-se a colaborar com os jornais e rádios locais sempre com muita vivacidade e uma capacidade de memória fantásticas.
Uma parte das muitas histórias que sabia acerca do castelo, das personalidades que por lá passaram e da cidade em geral, escreveu-as num livro "As minhas lembranças". Bem tentei comprá-lo, recentemente. Já está esgotado há uns anos. Não admira. As histórias que nos conta nesse seu livro são de uma sinceridade a toda a prova. Um autêntico manancial de informação viva que perpassou por Leiria, as suas gentes, o seu Castelo, durante quase todo o século XX.

O último "alcaide" do Castelo de Leiria também era poeta:
Alguns versos soltos... à guiza de preito de saudade e homenagem:



“Qual dia qual hora
Que os homens em fraterno
Se abraçarão
Em amizade nos dêem
A certeza
Que em cada lar
Nunca falta pão.”

.
"Porque não um mundo mais feliz?"

Sublinha o "Diário de Leiria" de hoje, na sua segunda página, toda dedicada a esta figura que agora partiu desta vida, talvez descontente, ao contrário do que sempre mostrou no contacto com os amigos, que eram praticamente todos os Leirienses!

(*) Leia-se a obra ímpar "Introdução à história do Castelo de Leiria", Ed. da CMLeiria, Prof. Dr. Saul António Gomes, a que já aqui se fez a devida e merecida referência. O arquitecto Korrodi foi o grande impulsionador das obras de restauro do Castelo de Leiria, na primeira metade do séc. XX e um dos autores dos projectos de obras de vulto, ainda hoje das mais admiradas em Leiria, pelo seu estilo característico e robustez das construções.
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2010/03/02

BOMBA METEOROLÓGICA


Na sequência da brutal depressão que se formou sobre o Oceano Atlântico e que assolou a Madeira com os efeitos devastadores já sobejamente descritos, e sentidos no corpo e na alma dos seus habitantes, eis que um fenómeno meteorológico raro, uma "Bomba Meteorológica", dizem os entendidos (?!) na matéria, entrando pelo Sudoeste do Continente Português, invadiu duma forma assustadora (nunca vista para muitos de nós) praticamente toda a Europa, com ventos ciclónicos, chuvas diluvianas, deslizamentos de terras e destruição de infraestruturas vitais para o conforto da vida a que nos temos vindo a habituar.

Um dos resultados foi o corte da electricidade em muitos pontos do nosso país, como consequência de quedas de árvores e derrube de postes de apoio ao transporte da corrente eléctrica.
Os efeitos desses cortes de electricidade estão bem à vista nas fotos acima: Televisão não havia, de modo que lá tivemos que nos socorrer do "transistor" como inicialmente chamávamos aos receptores de emissões de rádio; os restantes equipamentos domésticos funcionam, cada vez mais, só com energia eléctrica. Assim sendo não se encontrou outra solução (quer dizer, lá teve a Zaida que deitar mão ao tacho e ao fogareiro a gás) senão preparar um jantarzito de emergência para nos governarmos até que a energia eléctrica fosse reposta, o que aconteceu já pela noite adentro.

Entretanto, a olharmos espantados uns para os outros, cá nos vamos interrogando: o que se passa com o nosso Planeta?!
Num espaço de menos de um mês podemos registar entre outras calamidades: o Terramoto do Haiti; o temporal repentino sobre a Madeira com todo aquele terrível rosário de desastres pessoais e materiais a que assistimos em directo e em diferido na Televisão, dias a fio; esta macabra "Bomba Metorológica" que tomou de assalto a Europa, desde este extremo Oeste até ao Norte e ao Centro; o devastador Terramoto do Chile a que se seguiu um violento "Tsunami" que arrasou ainda mais a moral e os bens dos Chilenos.

Que mais nos irá acontecer?
Coincidências ou resultados cada vez mais evidentes da acção nefasta do Homem sobre a Natureza e a sua incontrolável capacidade de reacção/adaptação?

E eu, que em adolescente, mantive que Deus é Deus, ponto final.
Com tudo o que se está a passar no Mundo, com a Natureza a dar sinais do seu poder incomensurável, da sua força indomável, começamos a pensar que afinal "Deus é a Natureza". E não será assim? Tudo o que nos rodeia, a matéria, o próprio pensamento do Homem, que é isto tudo, senão a NATUREZA?

DEUS!...


ps: isto sou eu a pensar, agora, sob o efeito infinitamente grande, poderoso e anestesiante da mãe de todas as mães, a Natureza!

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2010/02/26

O velho problema da Zona Histórica de Leiria


O velho problema das zonas históricas, os núcleos de muitas das nossas cidades, Leiria íncluída.

Esta fotografia retrata a lastimável situação a que estão a chegar alguns dos edifícios do Centro Histórico de Leiria. Podem notar-se duas situações, qual delas a mais flagrante.
O edifício que se vê já  parcialmente demolido e com pré-licenciamento aprovado, mantém-se no estado revelado na foto, há vários anos. As obras já começaram e foram interrompidas algumas vezes. Os motivos de tal dislate, que constam publicamente,  prendem-se com burocracias e consequente desmotivação dos investidores para prosseguir com os trabalhos de reconstrução do prédio. E fica-se com a sensação de que não se está a actuar com a convicção necessária para levar por diante esta obra tão importante para o restauro da Zona Histórica de Leiria.
No plano imediatamente a seguir, de permeio a Rua Direita, existe outro prédio que consta está ambém para reconstruir. O entrave que está a levantar-se, neste caso, tem a ver com o desentendimento com um inquilino quanto ao montante da indemnização a pagar. Entretanto, repare-se no calamitoso estado do telhado do prédio, uma boa parte do qual está protegido por plástico em vez de telhas. Na extremidade encostada ao prédio ao lado, veja-se o autêntico relvado que se está a formar. Já imaginaram o que isso significa em termos de iminência de desabamentos e infiltrações de humidade?
Ou seja, ou as obras de recuperação deste prédio vão avante com a rapidez necessária, ou um dia destes, estamos a lamentar que naquele sítio haverá mais um "buraco negro" na Zona Histórica de Leiria.
É que estamos no Largo da Sé de Leiria. Um local a preservar a todo o custo, um dos locais da cidade que já foi dos mais frequentados pelos turistas de todo o Mundo.

Há dias desmoronaram duas casas no Centro Histórico de Viseu. Não houve desastres pessoais, para além dos bens que se perderam, mas podia ter acontecido uma desgraça, com mortes e feridos. E, quando assim é, fica toda a gente de consciência tranquila. 
Em muitos casos, entaipam-se os escombros e aguarda-se que saia o euromilhões para se fazerem obras. O problema é que acontece com muita frequência, que os proprietários dessas casas não têm capacidade financeira para restaurar esses prédios ou, quando o têm, deparam-se com a inevitabilidade de ter de indeminizar os inquilinos (Há décadas e décadas nessa qualidade) para poderem de seguida proceder às obras de manutenção indispensáveis.

Que fazer?
A solução ideal seria a promoção de financiamentos a longo prazo e a juros bonificados que permitissem a manutenção ou restauro dos prédios previamente sinalizados e em zonas devidamente demarcadas. 
Ao fim e ao cabo o que é que caracteriza e distingue as cidades actuais umas das outras, senão os seus Centros Históricos, com os seus edifícios representativos das várias épocas passadas e que simbolizam a evolução social, política e económica ao longo dos séculos? Sem esquecer a preservação de todo o ambiente paisagístico e de desenho da urbe que está na sua origem?

Claro que é preciso haver orçamento onde haja cabimento das verbas necessárias.
Por isso é cada vez mais premente que os Governantes e Autarcas tenham vontade política para que não se desperdicem sucessivamente as várias oportunidades que vão surgindo e não se desviem fundos para obras eleitoralistas em detrimento do que é útil, necessário e catalisador do sentimento de comunidade que deve reger a vida do Homem!
  
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2010/02/24

De LEIRIA: Estamos convosco, Madeirenses!...

Largo da Sé, Leiria. Chovia abundantemente.
Largo de S. Pedro, a descer quem vem do Castelo, Leiria.

Visitei a Ilha da Madeira em 1992.

Tenho recordações fantásticas daquela terra portuguesa e do mundo. Das suas estradas íngremes, montanhas duma beleza e mistério ímpares. Das levadas e ribeiras que encaminhavam as águas pluviais e que só por sí constituiam momentos de rara emoção. As suas povoações encostadas às montanhas, cheias do colorido das flores mais bonitas e viçosas que eu já vi em dias da minha vida. As escarpas íngremes mas que nos deixam o espírito libertar-se na contemplação do poder e do misticismo da Natureza na sua expressão verdadeira, da sua infinita grandeza!

O Funchal, que cidade mais pitoresca, não me lembro de ter visto outra assim!

E Porto Monis com o antigo acesso, montanha abaixo, curvas e mais curvas, mas que como que nos encarreiravam por paisagens de sonho até nos levarem àquelas lagoas espantosas, em pleno mar e nas quais podemos banharmo-nos sob um Sol radioso e uma brisa acariciadora?

Já tenho uns bons anos de vida! Não tenho tido oportunidade de regressar àquele jardim plantado em pleno Atlântico.Mas não quero morrer sem lá voltar!...
Sei que muitas obras, novas estradas, túneis a furar montanhas, infraestruturas de toda a ordem, lá foram executadas, entretanto o que facilita a deslocação das pessoas. Concerteza que agora, em pleno ano de 2010, as deslocações estão muito mais facilitadas. Mas aconselho vivamente a que, em viagem de turismo, utilizem, sempre que possível, aquelas aquelas estradas secundárias de então.

A vida plena das cores da Natureza e do fervilhar das gentes da Ilha e dos inúmeros turistas que demandam aquelas paragens tem já o seu curso imparável no sentido do revigoramento depois do rigor que agora se vive!...

Espero bem que sim, com a ajuda de todos, Portugueses e comunidade Europeia e Mundial!...
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2010/02/23

ZECA AFONSO deixou-nos há 23 anos num dia 23 do mês de Fevereiro...

As canções de Zeca Afonso marcaram uma época de luta pela liberdade e por uma sociedade mais Justa e Solidária. Irão perdurar como estrelas guia de muitos de nós e dos nossos vindouros. Por muito tempo, todo o Tempo, quem sabe?...




Para ouvir a voz de Zeca Afonso desligue a música da barra lateral

2010/02/21

VISEU - Quinta do Barreiro em Couto de Cima


Quinta do Barreiro, Couto de Cima, Viseu. Pretexto para visitar este local paradisíaco (Repare-se na alameda de cameleiras na entrada da Quinta), certamente carregado de história,  com origem num solar ligado à família de Pesanha (?!):
Casamento da minha sobrinha Rita com o Gil.
Numa primeira observação do brasão de família da frontaria do solar que se vê na foto abaixo, não consegui descortinar elementos que se relacionem imediatamente com os dos brasões dos Pesanhas e Quevedos conforme dados que consegui recolher, até ao momento.

Espero poder completar esta recolha de    dados acerca desta quinta.
Vou indagar...


Vista panorâmica de Couto de Cima com a sua igreja.

Fotografia tirada da "Quinta do Barreiro". A mancha de fumo parece resultar duma queimada nos campos próximos.  


Casa senhorial da actual "Quinta do Barreiro", no lugar de Couto de Cima, Viseu. Segundo uma breve conversa telefónica que tive com o Snr. Lucas, actual proprietário deste Solar, enquadrado num investimento turístico com o nome da actual Quinta, o senhor de todos estes termos começou por ser um dos descendentes de Manuel Pessanha (em italiano Emanuele Pessagno, nome que depois aportuguesou em Pessanha) foi um genovês, filho de Simone, senhor de Castelo di Passagno, que entrou ao serviço de Portugal, no tempo do rei D. Dinis (in wikipedia). A presença desta família nesta zona remontará ao ano de 1460. A última remodelação do solar da foto terá tido lugar em 1901. Segundo o meu interlocutor existe documentação de sua posse, que suporta este tipo de informação,  e que num futuro próximo será divulgada publicamente.


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2010/02/18

"DIÁRIO" de Miguel Torga em Leiria - 2 de Fevereiro, todos os anos

Por vários motivos de ordem pessoal não tive ensejo de registar neste meu caderno virtual de notas e apontamentos do que me vai ocorrendo e/ou acontecendo, uma referência que fosse sobre o Dia de Miguel Torga em Leiria.

Soube pela imprensa que a Junta de Freguesia de Leiria foi no passado dia 9, descerrar uma lápide no local onde existiu a casa em que morou Miguel Torga com a mulher, junto do Hotel Eurosol.
Logo a seguir foi feita a apresentação de um livrinho de 50 páginas "a Leiria de Miguel Torga - Guia da Cidade - 2010" da autoria de Carlos Alberto Silva, Edição conjunta da Junta de freguesia e do Inatel. Está muito bem concebido e contem várias fotografias comparativas de Leiria da época e da actualidade. Muito interessante. A contra-capa aborda o tema "Uma vista retrospectiva do "bairro" de Miguel Torga" que nos permite compreender a transformação que a zona mais frequentada por Torga em Leiria sofreu desde 1939 até à actualidade.

Talvez em jeito de contrição, passei pela "Livraria Martins", na rua D. Dinis (É sempre com muito gosto que entro nesta Livraria e troco impressões sobre livros com o Snr. Rui, que por sinal até foi meu aluno nos velhos tempos de 1966 a 1968 da Escola Industrial e Comercial de Leiria) e comprei todos os Volumes do "Diário" de Miguel Torga, edição em 2 Tomos da "Publicações Dom Quixote", 2ª edição (integral), Dezembro de 1999.

Não resisto a transcrever o poema «Exortação» que Torga escreveu quando foi preso e interrogado pela PSP de Leiria, à ordem da PVDE e do Ministro do Interior, de 30 de Novembro a 2 de Dezembro de 1939:

Meu irmão na distância, homem
Que nesta mesma cama hás-de sofrer;
Que nem a terra nem o céu te domem;
Nenhuma dor te impeça de viver!


Hei-de voltar a falar de Torga! Vezes sem conta, assim espero!...

2010/02/15

LEIRIA - CASTELO, SÉ CATEDRAL, VISTA PANORÂMICA - Fevereiro de 2010


(para ouvir o som de fundo deve desligar o som da barra lateral)

 
O filme que acima se reproduz aborda aspectos dos mais representativos e caracterizadores da cidade de Leiria.
O seu Castelo, a sua Sé Catedral e Torre Sineira ( a última fotografia) e o seu Largo fronteiriço, tão familiares que estes ícons de Leiria me são, intimidade que já remonta ao ano de 1966, data em que pisei, pela primeira vez, esta histórica e romântica terra, são dignos da nossa melhor atenção.


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Castelo de Leiria

Acerca do Castelo de Leiria foi  publicado em 2004 um excelente trabalho, da autoria do Prof. Dr. Saul António Gomes: "Introdução à História do Castelo de Leiria". Este livro de grande interesse historiográfico e literário, tem como objectivo principal o estudo e divulgação do Castelo sob o ponto de vista histórico e arquitectónico, contem ainda uma valiosa recolha de factos, de lendas e narrativas da maior importância para o conhecimento da história de Leiria e das suas gentes.

Alguns aspectos fotografados incluídos neste filme correspondem a pormenores descritos por Saul Gomes com grande precisão histórica e de belo recorte literário. É o caso do "Portão Norte" e das muralhas do Castelo de Leiria a que o autor do livro em referência dedica os seguintes excertos:
1) Permaneciam, contudo, os vestígios materiais do empenho pretérito da aristocracia concelhia no zelo da sua muralha, encontrando-se um honorífico testemunho heráldico do que acabamos de afirmar na porta românica da entrada norte da barbacã. Ali se encontra o brasão medievo do concelho. Simbolicamente, a sua observação pelos que demandavam a alcáçova recordar-lhes-ia o poder municipal leiriense, a sua jurisdição em todo aquele espaço, o senhorio deste dentro e fora das muralhas. ...
2) Em 1641-42, os procuradores de Leiria às Cortes de Lisboa reclamavam do rei a reparação do Castelo e das suas muralhas, defendendo que poderia ter um papel militar activo nas guerras que se previam.
Mas em meados de Setecentos, o corredor entre a muralha e a barbacã servia de quintal, agravando-se a degradação das muralhas no decorrer de daquela centúria e da de Oitocentos.