2012/03/19

Olá pai, com que então comemorou ontem 88 anos?



O meu pai, Daniel ,  ontem, no dia da comemoração do seu 88º aniversário. Oficialmente nasceu em 13 de Março de 1924.
Hoje (dia do pai), já sei que está na mesma, em forma...


Alguns membros que compõem a sua família, os filhos (António, Lourdes, Sildina, Vitor, Isabel), noras e genros, netos e bisnetos.


As irmãs (Judite e Céu) e o seu cunhado Maia também estavam presentes no Restaurante ...Sol, entre Travanca de Bodiosa e Oliveira de Baixo (na estrada que liga Viseu a S. Pedro do Sul). 
Serviço simples, prático, económico q.b. e simpatia.
O dia estava de Sol, algum frio, não tanto como seria natural para esta altura do ano em Viseu.   

Mais um excecional dia de convívio familiar, como só o meu pai é capaz de proporcionar, por altura do seu aniversário, há já muitos anos a esta parte.
Claro,  não esquecendo os casamentos e batizados na família.
E os funerais, que também fazem parte da vida…

2012/03/17

Egito Gonçalves, lá fora a vida vai continuar...

uma oliveira mais que centenária 
(quiçá 500 ou mais anos de vida) 
a primavera aí vem ela
terra lavrada mas ressequida
mal-me-queres de cor amarela
belas e alvas flores de ameixoeira
as-nunes
-
Entre mim e a minha morte
Há ainda um copo de crepúsculo.
Talvez pequenas coisas
Ainda respirem, não as distingo,
Há uma névoa que me mantém na sombra.
Sei que lá fora as árvores
Dançam ao vento, o que perdem
No outono ganham na primavera.
Nós vamos deixando pelo caminho
Os farrapos da pele
.(incompleto)

Egito gonçalves
Ed. Campo das letras - 2006
ENTRE MIM E A MINHA MORTE HÁ AINDA UM COPO DE CREPÚSCULO
Prefácio: Manuel António Pina (*)


José Egito de Oliveira Gonçalves (Matosinhos, 8 de Abril de 1920 — Porto, 29 de Janeiro de 2001), mais conhecido por Egito Gonçalves, foi um poeta, editor e tradutor.


Publicou os primeiros livros na década de 1950. Teve como atividade profissional a administração de uma editora.

A sua intensa atividade de divulgação cultural e literária concretizou-se, a partir dos anos 50, na fundação e/ou direção de diversas revistas literárias, como A Serpente (1951), Árvore (1952-54), Notícias do Bloqueio (1957-61), Plano (1965-68, publicada pelo Cineclube do Porto) e Limiar. Em 1977 foi-lhe atribuído o Prémio de Tradução Calouste Gulbenkian, da Academia das Ciências de Lisboa pela seleção de Poemas da Resistência Chilena e, em 1985, recebeu o Prémio Internacional  Nicola Vaptzarov, da União de Escritores Búlgaros.
Em  1995 obteve o Prémio de Poesia do Pen Clube, o Prémio Eça de Queirós e o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores com o  livro  E No Entanto Move-se. A sua obra encontra-se traduzida em francês, polaco, búlgaro, inglês, turco, romeno, catalão e castelhano.
Faleceu em 2001, e o seu último livro, Entre Mim e a Minha Morte Há Ainda um Copo de Crepúsculo (*), foi editado cinco anos depois.
(texto elaborado pelos serviços de apoio ao grupo de poetas de Alcanena, Biblioteca Municipal; autor a ser  estudado no próximo encontro deste grupo, em 31 de março corrente, sob a coordenação do dr. Óscar Martins, Diretor daquela biblioteca)

nota:
(*) O Prefácio de Manuel António Pina, é um hino à amizade, ao culto do mérito das pessoas como tal, em primeiro lugar, logo a seguir, ao seu mérito intelectual e literário.
Gostei, sobremaneira, desta parte desse seu "Escrito de memória":
...
"Depois de Egito, conheci muitos outros poetas (e muitos deles dispensava bem tê-los conhecido...). Hoje orgulho-me, ou nem por isso, de me dar com raros poetas. Aos poucos, comecei a estar-me nas tintas para os poetas. Hoje não me dou com poetas, dou-me com algumas pessoas que acontece serem poetas, dando-me com as pessoas que são, e não com os poetas que também sejam;  esta não é decerto uma pequena diferença."
...
-
AO -  continuo a tentar aplicar o novo acordo ortográfico.
@as-nunes   

2012/03/13

Leiria, a sua fonte luminosa, a ameixoeira em flor e um Volkswagen desportivo



Todo este conjunto de luz, cor e contrastes, tudo isto é Leiria, naquele preciso momento...
-
Bem, penso eu que é um Volkswagen, pelas linhas diria que sim, mas...
@as-nunes 

2012/03/11

Subjetividade e objetividade na linha do pêndulo


TARDE


Um pássaro de luz brinca nos teus olhos
Adormecidos sobre a relva
Enquanto para além do crivo da folhagem
Pequenos sons arranham o silêncio.


Sobre a base da nora ferrugenta
Ouço a meu lado o escorrer do rio.


O vento desliza ao de leve sobre o trigo...
E tudo isto seria uma bucólica
Perfeita tarde de domingo
Se não me viesse a mágica sensação
De que o rio era sangue e eu te perdera.


Egito Gonçalves
Antologia Poética 1950-1990
O Pêndulo Afectivo


(poeta em estudo este mês, pelo Grupo de Poetas de Alcanena na
Biblioteca Municipal)

2012/03/09

Sem mais de momento


Para lá do horizonte crepuscular, 
neste preciso momento, 
o que se estará a passar?
-
Duas horas e tal depois, 
ainda não tinha tomado conhecimento 
de nada 
a não ser 
que a Terra 
continua a girar!...
-
Ou, de como de consumidor inveterado de noticiários, uns atrás dos outros, já consigo passar horas e horas sem saber o que se passa no mundo...

2012/03/07

Finalmente: Largo da Sé de Leiria sem estaleiro




Finalmente.
Um dos ícones de Leiria, o seu largo da Sé, está, finalmente, desimpedido dum inestético estaleiro que lá foi montado há uma quantidade de anos e que lá se manteve, contra a vontade da população. Quanto a mim esse estaleiro podia e devia ter sido instalado noutro local, que não o Largo da Sé, uma das principais salas de visita de Leiria.


Hoje mesmo deparei-me com novas placas sinalizadoras no Centro Histórico. 
Boa ideia, principalmente porque têm como função primordial servir de guia para os visitantes que circulam a pé pela cidade.
@as-nunes

Oração da noite...


Esta noite, 
uma destas noites, 
fui à varanda 
e fotografei 
(pela enésima vez...)
a vista do lado de lá, 
na margem direita do rio Lis, 
máquina montada num tripé,
do lado de cá
da Barreira,
4 segundos 
a absorver a 
luz da noite
as pessoas em repouso


que tenham passado
uma noite feliz
e descansada...


Ámen 
@as-nunes

2012/03/06

Leiria: Rotunda do Sinaleiro ao longo dos tempos


Era assim o cruzamento vital da circulação rodoviária que atravessava Leiria, tal como me lembro dos anos 60 do século passado, quando cheguei a estas paragens, vindo eu diretamente das terras Viseenses e de Viriato. Por aqui passava a Estrada Nacional número um, que ligava Lisboa ao Porto. Quantas peripécias viveram os polícias sinaleiros que prestaram serviço no cimo daquela peanha!
Vê-se nitidamente o tamanho dum choupo que se encontrava mais ou menos no sítio da atual estátua ao Pastor Peregrino.
Rotunda do Sinaleiro - 2010. 
Antes da atribuição deste topónimo era a rotunda do Largo Alexandre Herculano e tinha esta configuração esquisita. Ainda a fachada do antigo e majestoso Hotel Lis tinha a bela apresentação que se pode observar na fotografia.


 A rotunda do Sinaleiro, tal como se apresenta hoje.
No ensejo desta nota evocativa de Alexandre Herculano é oportuno referenciar-se que:
"- Na parede do átrio do Teatro D. Maria Pia foi colocada uma placa comemorativa do 1º Centenário de Alexandre Herculano, como consta da acta da reunião realizada em 6.5.1910." João Cabral - Anais do Município de Leiria, vol. II - 2ª Edição 1993, CMLeiria. (link)

Placa evocativa do Centenário de Alexandre Herculano, recentemente colocada na rotunda do Sinaleiro, na fronteira com o largo da fonte luminosa (parte integrante da Praça Goa, Damão e Diu), no local onde se situava o Teatro D. Maria Pia, barbaramente demolido à força, em 1959.
Esta placa foi inicialmente colocada no próprio Largo com o mesmo nome, mais conhecido pela célebre fonte das três bicas ou das carrancas. Posteriormente foi retirada e esteve abandonada durante décadas no Castelo de Leiria (v. entradas sobre Alexandre Herculano).
-
nota: 
Mais informação se pode recolher consultando "O Polícia Sinaleiro em Leiria - Abordagem histórica", Ed, da Junta de Freguesia de Leiria - 2008.
@as-nunes

2012/03/04

PT: pago 15 Mb/s e é isto! ... e a TDT?



Se isto não é roubalheira, o que será então?!...
- Já agora:

TDT - A vergonha nacional... sabiam disto? 




"TDT é um imposto disfarçado para ver televisão".
Ontem, num debate proposto pelo PCP sobre a TDT (Televisão Digital Terrestre) ficou provado, mais uma vez, que podíamos ter muitos mais canais gratuitos e não uns míseros 4 canais.
Esta operação foi um tremendo negócio para a PT.

Curiosidade: Alemanha tem 20 canais gratuitos; França tem 29 canais gratuitos; Espanha tem 20 canais gratuitos; Itália 27 tem canais gratuitos; Reino Unido tem 38 canais gratuitos.
O Governo podia ter incluído mais canais, mas não o fez para manter o negócio de alguns «tubarões»...
ESTAMOS A SER ROUBADOS.

(fragmento de um e-mail que circula na internet)

@as-nunes