2012/06/05

Tempo de rosas...

Carolina
Mafalda
Inês
Zaida
Encarnação, Eva, anos e anos de rosas...


ROSAS ENCANTADAS

Rosas de todas as cores
Florescem no meu jardim
Uma dádiva seus odores
Parece que chamam por mim

Não me canso de as olhar
À compita com o jasmim
Presença etérea e singular
Beldades ao pé de mim

Hábitos antigos e atuais
Rosadas, amarelas, carmesim
Como que soltam sinais
Mensagens dirigidas a mim

Rosas, rosas, rosas…

Airosas
Viçosas

Vistosas, sedosas, amorosas  
                                       Olá..Cláudia         


junho 2012

2012/06/04

Memórias


(...)
A minha memória é um país
        onde houve uma janela
                 e à janela um sonho
                    e ao sonho um homem
(...)

José Carlos de Vasconcelos
tempo de elegia
Maio de 1971
-
Nota do autor do blogue:
A minha memória é a família...
Estou é a tentar arrumá-la, a memória, propriamente dita, como um componente imprescindível do ser vivo, do homem particularmente...
O que não significa que, transpondo para o estado atual do nosso país, não me sinta como o poeta transcrito.

2012/06/02

Leiria - marachão, um recanto de encantar. Não o deixemos morrer!...





Esta faia de Leiria
de tons púrpura sem par
sem ela não haveria 
este recanto de encantar.

Um conjunto harmonioso
liquidambar, padreiros e tílias
enlaçados no Lis mavioso
retiro de luz em vigílias.

A ELE me seja permitido
aqui pedir uma só bênção
que finalmente seja proibido
um´árvore morrer d´arrancão.

E se assim tiver de ser
o ciclo de vida findar
que se faça reviver
este recanto de encantar.

A este recanto de encantar já lhe foram amputadas duas árvores: 
- Uma outra faia púrpura
- Uma Melia azedarach (escultural, sem igual)

Vejam-se as fotos que aqui já tive tempo de deixar em registo, neste link
Não o deixemos morrer!...

2012/06/01

ACÁCIO de PAIVA - Uma evocação em Leiria


Aspeto do interior do Mercado de Santana, Centro Cultural, gestão da Câmara Municipal de Leiria,
A mesa da tertúlia  no Mercado de Santana
 Fernando Quiné, Rui Quiaios e Zaida Paiva Nunes
António Nunes e Paulo Moreiras(*)
António Nunes (até me fizeram uma entrevista e tudo...penso que aos outros intervenientes da mesa, também...) e Zaida Paiva Nunes
Superiormente coordenada por Rui Quiaios, teve lugar, no Mercado de Santana, uma conversa informal acerca de Acácio de Paiva, a sua vida e a sua obra.
A assistência não se pode dizer que tenha sido muita, talvez algumas pessoas tenham optado por ter ido ao Teatro José Lúcio da Silva ouvir o concerto de David Fonseca.
De qualquer modo saímos todos satisfeitos , nomeadamente o carteiro, Fernando Quiné, que, com muita classe se desembaraçou do seu papel de carteiro que anda a pôr a entrega de correspondência em dia, mesmo que tivesse sido uma carta de Júlio Dantas para Afonso Lopes Vieira a apelar a este para que pudesse sensibilizar Acácio de Paiva a animar-se face à sua desilusão por os Leirienses não terem correspondido ao lançamento do seu único livre "Fábulas e Historietas".

E neste ambiente de amena cavaqueira lá se passou o serão em tertúlia evocando-se o ilustre poeta, prosador, crítico literário, cronista de «costumes e acontecimentos», já anteriormente evocado o quanto baste para aqui ficar registado, de seu nome "ACÁCO de PAIVA
Um dos Leirienses que mais projetou Leiria e as suas gentes e que, pode-se dizê-lo, tem sido um "Ilustre desconhecido" na sua terra natal, que tão bem cantou e tanto amou!...

Abordaram-se temas interessantes da vida e obra de Acácio Paiva e disse-se muita poesia. 

Honra à sua memória!...

Pela minha parte prometo tudo fazer para que uma Antologia o mais completa possível de Acácio de Paiva possa vir a lume nos próximos tempos.
-
(*) Autor do recente Romance histórico "O Ouro dos Corcundas", a saga de um herói anónimo que, por amor, mudou a História de Portugal. Ed. casadasletras - 2011
http://az-bibliotca.blogspot.pt/2012/06/1763-o-ouro-das-corcundas-de-paulo.html
- Fotografia de Inês Paiva Nunes
@as-nunes

2012/05/31

Júlio Dantas na vida de Acácio de Paiva


Nas minhas buscas incessantes à procura de informações sobre factos ou personalidades que tenham alguma ligação, ainda que ténue, com Acácio de Paiva (tenho-o evocado insistentemente nestes últimos tempos), encontrei o livro "Júlio Dantas - Uma vida*Uma Obra*Uma Época" da autoria de Luis de Oliveira Magalhães, ed. Romano Torres, de 1963.

Comprei-o há uns anos num alfarrabista de feira das velharias, por 1 €uro, em Monte Gordo.


Acontece que a vida de Acácio de Paiva se cruzou com a de Júlio Dantas em várias ocasiões, particularmente, nas suas atividades literárias, jornalísticas e do Teatro de Revista do princípio do século passado.
Oliveira de Magalhães era também crítico teatral e amigo pessoal de Júlio Dantas.


Quer Júlio Dantas quer Acácio de Paiva  escreveram em parceria com Ernesto Rodrigues, várias peças de teatro, designadamente, "A Santa Inquisição" em março de 1910 e "Sol e Dó", em 1909.
De relevar a importância da ação de Ernesto Rodrigues na renovação do Teatro de Revista na fase de transição para a I República, particularmente através do movimento "A Parceria" (1912-1926).


A partir de Julho de 1916 Acácio de Paiva substituiu Júlio Dantas na "Crónica do Mês" na célebre e histórica revista "Illustração Portugueza", mantendo, em simultâneo a responsabilidade pela manutenção de "O Século Cómico" como seu Diretor, incorporada na IP por necessidades de gestão do papel que escasseava por causa da I Guerra Mundial.

2012/05/29

Conciliação difícil...mas não impossível, como se pode ver



O meu mundo nestes últimos dias tem-se cingido a umas espreitadelas para a Sra. do Monte, a nascente...

Aproveitando esta pausa nas contas para o fisco:
-


AUGUSTO GIL

Amigo: um bom soneto não tem graça
consagrado a poeta assim perfeito;
vou, pois, fazê-lo com cuidado e jeito
a ver se por estranho, agrada e passa.

Forçada a rima, indefinida e baça,
cadência frouxa, que é maior defeito,
tudo produzirá tão mal efeito
que talvez desse modo satisfaça.

As quadras já lá vão. É nesta altura
que se torna difícil o soneto
por ter de preparar-se a fechadura.

Enfim, cheguei ao último terceto.
Mas se a vates de tal envergadura
mil versos dedicar, eu seja preto
!
 


Acácio de Paiva

escritor, poeta, crítico de Teatro, literário, tauromáquico, peças de teatro;
grande humorista e improvisador;
também desenhava.
Nasceu em Leiria, no Largo da Sé, nº 7, em 14/4/1863
Faleceu na sua Casa das Conchas, no Olival, em 29/11/1944

-
A páginas tantas não seria de se reler algo de Augusto Gil (*)
Pelo menos eu, que até podia aproveitar este ensejo de na 5ª feira próxima ter de dizer umas palavras acerca da vida e obra de Acácio de Paiva e ele, pelos vistos, ter em boa conta este seu ilustre amigo.
(*)http://pt.wikipedia.org/wiki/Augusto_Gil
@as-nunesPosted by Picasa

2012/05/26

Vamos, então, conversar sobre ACÁCIO de PAIVA


MAIO


Vem minha noiva, dá-me o lindo braço
Pois Maio chega, convidando a amores;
Posso às mãos cheias atirar-te flores,
Encher, a transbordar, o teu regaço.


A luz da aurora é tanta pelo espaço
Que já teu corpo, de ideais primores,
Posso todo banhar em róseas cores,
Quando ìmpiamente e doidamente o enlaço.


É Maio. Posso modular-te um canto
De aves aos centos a voar nos brejos,
Para o triunfo no momento santo.


Em que tu cedas, ébria de desejos,
Ao preguiçoso e dúlcido quebranto
Da deleitosa música dos beijos...


É já na próxima 5ª feira que se vai conversar, durante uma hora, no Mercado de Santana, em Leiria, sobre Acácio de Paiva e o ambiente lírico e romântico que o poeta viveu e verteu para os seus versos espalhados aos sete ventos, pelos jornais e revistas da época, princípios do século passado.
Deixo aqui, hoje, este soneto, Maio já chegou e está no fim, aproveitemo-lo, então, antes que se vá embora, mais uma vez...

Muito se pode dizer sobre a vida e a obra de Acácio de Paiva,(*) entretanto podemos guiar-nos por este link, para irmos adaptando os nossos gostos e olhares da atualidade ao sentir a vida, a poesia, convertida em palavras daquela época...

Escrevia Américo Cortez Pinto, em 1968:


" A poesia estava-lhe no sangue e o seu estro não o abandonou jamais! Faleceu com 81 anos de  idade. E já ao aproximar-se o fim da vida confiava ao papel:
.....E tanto mais eu vivo de Poesia
.....Quanto maior o peso dos meus anos!"
-
(*)Biografia de Acácio de Paiva
@as-nunes

2012/05/25

Pescadores, Caçadores e outros Mentirosos

A ideia do título não é, de modo algum, meter no mesmo saco os Pescadores, Caçadores (desportivos)
e os Mentirosos/Aldrabões que nos complicam a vida, autênticos predadores implacáveis...

Não é por maledicência, digo eu, mas ocorreu-me, nesta oportunidade, registar aqui esta associação de ideias.
Vinha eu de Monte Redondo, de regresso duma missão de trabalho, decidi seguir ao longo do Rio Lis e dei com a Pista de Pesca Vale do Lis, ali perto de Amor, na freguesia da Carreira. Achei um piadão àquele painel em que se brinca com quem passa para chamar a atenção para aquele empreendimento, simples, de mero aproveitamento dum recurso natural para atrair turistas com gosto pela pesca desportiva de rio.
Em tempos da minha Juventude, também me gabava de que era um bom pescador, que tinha artes de fazer boas pescarias, acabei mesmo por entrar em variadíssimos concursos de pesca desportiva. Um deles tem uma história muito engraçada, algo caricata quiçá, mesmo assim digna deste apontamento. 
Como se pode ver no conjunto que representa a frente e verso duma medalha que me foi atribuída na data indicada (1977, já?! parece que foi ontem!) eu integrei uma equipa que ficou em 1º lugar. Éramos três. A mim calhou-me, por sorteio, um pesqueiro que não me deixou apanhar uma boga pequenina que fosse. No entanto, os meus companheiros de equipa pescaram que se fartaram. No final, ao peso, ganhámos o 1º lugar. Logo, tive direito à medalha, guardada religiosamente no escaparate das minhas peças raras e de recordação. 
A verdade é que a equipa funcionou. Um por todos e todos por um!

E os outros, que, provavelmente, nem à pesca desportiva se dedicam? 
(um parêntesis só para que não os deixemos fugir do anzol)
Os que são mesmo aldrabões e ladrões, dispostos a dar cabo da vida dos seus compatriotas?
Se calhar ainda vão receber condecorações e medalhas no 10 de Junho, quem sabe!?...

2012/05/24

VISEU, terra de encantos, tantos!...

A terra onde nascemos é sempre o marco primeiro da nossa vida...

Uma das formas de entrar no coração de Portugal...poderá ser clicando na imagem abaixo. Também pode seguir este link.