2012/09/16

Leiria participou em força na grande manifestação Nacional anti-Troika e Governo de Passos Coelho








Por fim, quase 3 horas depois do seu início, em frente à Caixa Geral de Depósitos, o cortejo da manifestação acabou por se dispersar a partir da Praça da República, junto à estátua a D. Afonso III.

Segundo os meus cálculos terão participado nesta grande manifestação mais de 10.000 pessoas. Os painéis, folhas escritas com reivindicações, palavras de ordem foram depositados junto à estátua a D. Afonso III. 
Não sei se foi deliberada essa atitude, mas que acaba por ser muito significativa lá isso acaba. Se não atente-se no papel fundamental deste Rei de Portugal em prol da tão badalada, atualmente, EQUIDADE.
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O que já aqui deixei escrito a propósito desta estátua e de D. Afonso III e a sua ligação a Leiria:

Em 1254, na cidade de Leiria convocou a primeira reunião das Cortes, a assembleia geral do reino, com representantes de todos os espectros da sociedade.
Afonso preparou legislação que restringia a possibilidade das classes altas cometerem abusos sobre a população menos favorecida e concedeu inúmeros previlégios à Igreja. Recordado como excelente admnistrador, Afonso III organizou a admnistração pública, fundou várias vilas e concedeu o privilégio de cidade através do edicto de várias cartas de foral. (link neste blogue)

2012/09/15

A Lei (muito menos a imposta pela Troika) não pode ser uma arma de tortura contra o cidadão comum! ...





(...)
Existe no entretanto uma fera, um abutre,
Um monstro pavoroso, hediondo, que se nutre
De lágrimas e sangue: é mais feroz que a hiena;
Não conhece remorso e não conhece pena;
Insensível à mágoa, às súplicas, à dor;
Forte como um juiz; cego como o terror:

É inviolável: mata e fica sem castigo:
Ainda hoje o Estado é o seu melhor amigo.
Pois bem; eu que defendo o monstro que assassina
Contra o braço da forca e contra a guilhotina,
Eu que proscrevo o algoz, eu exigi-lo-ei
Para enforcar somente esse bandido - a Lei.

Guerra Junqueiro

(Idílios e Sátiras)
ed. Parceria Antonio Maria Pereira
Livraria Editora, 1923
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Como se vê, caros amigos/as, já Guerra Junqueiro, ao tempo do princípio do séc. xx se insurgia contra a forma displicente e inumana como as Leis são feitas e pior executadas.

A Lei não pode ser uma arma de tortura contra o cidadão comum! .......................................


Um instrumento de regulação da vida em sociedade, sim, nunca um instrumento colocado nas mãos do algoz para o usar a seu bel-prazer.


Não queremos que nos tratem como ovelhas no redil ...


Não se admirem, snrs., que - bem visto o desenrolar dos acontecimentos dos últimos tempos -  tomaram o poder de "assalto", com mentiras e muitas omissões. Só assim são, hoje, o Governo de Portugal. 

Não nos venham dizer que não sabiam como estava o país.



Além do mais, tendo havido ações de governos anteriores que dolosamente causaram o caos orçamental e financeiro a que Portugal chegou, que se apurem responsabilidades e se punam os responsáveis.

É a vida de milhões de portugueses, enfim, Portugal como Nação, que está em jogo! ...

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- Também publicada no Clube dos Pensadores  
nota:
Entrada inspirada num comentário que deixei no post do blogue amigo "conversas avinagradas"
@as-nunes 

2012/09/12

Balada dos Aflitos

 Quem nos acode? ...
Bem damos tratos à imaginação! ...


Balada dos Aflitos


Irmãos humanos tão desamparados
a luz que nos guiava já não nos guia
somos pessoas - dizeis - e não mercados
este por certo não é tempo de poesia
gostaria de vos dar outros recados
com pão e vinho e menos mais-valia.


Irmãos meus que passais um mau bocado
e não tendes sequer a fantasia
de sonhar outro tempo e outro lado
como António digo adeus a Alexandria
desconcerto do mundo tão mudado
tão diferente daquilo que se queria.


Talvez Deus esteja a ser crucificado
neste reino onde tudo se avalia
irmãos meus sem valor acrescentado
rogai por nós Senhora da Agonia
irmãos meus a quem tudo é recusado
talvez o poema traga um novo dia.


Rogai por nós Senhora dos Aflitos
em cada dia em terra  naufragados
mão invisível nos tem aqui proscritos
em nós mesmos perdidos e cercados
venham por nós os versos nunca escritos
irmãos humanos que não sois mercados.


Manuel Alegre
Nada está escrito
ed. D.QUIXOTE - 2012
@as-nunes 

Jogos de estratégia partidária/PSD para a II parte da legislatura

2012/09/10

PORTUGAL - ppc: alto risco de afogamento!


Notícias do dia:
Viseu:

Líder distrital do CDS questiona
Governo sobre alegada nomeação
para a Loja do Cidadão

“Quero que o Governo me diga para que serve esta nomeação, para um cargo que não existe”, diz Hélder Amaral
O líder da distrital de Viseu do CDS/PP, Hélder Amaral, vai questionar o Governo sobre a alegada nomeação de uma coordenadora para a Loja do Cidadão da cidade, que se apresentou na quinta-feira ao serviço.
“Quero que o Governo me diga para que serve esta nomeação, para um cargo que não existe”, disse à agência Lusa o também vice-presidente do grupo parlamentar do CDS/PP.
Na sua opinião, a Loja do Cidadão de Viseu, que tem perdido serviços nos últimos anos, “está moribunda” e precisa é de ser reestruturada.
“Se a perspectiva for criar uma Loja do Cidadão de segunda geração, ainda dou o benefício da dúvida. Mas, mesmo assim, acho que estão a fazer a casa ao contrário, pelo telhado, porque era mais importante começar por melhorar o serviço do que nomear um amigo”, considerou.
in Início

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O bispo das Forças Armadas, D. Januário Torgal Ferreira, afirmou que o chefe do Governo, Pedro Passos Coelho, que acusa de «vilania», é movido pelo medo. Em entrevista concedida à TSF, D. Januário apelidou a atuação do primeiro-ministro de «insensatez» ... (ler mais)
@as-nunes 

2012/09/08

Governo liquidatário de Portugal


Da época áurea dos Descobrimentos Marítimos até aos nossos dias! …

À medida que aumentava a fortuna do rei D. Manuel, também ia aumentando o tamanho da sua corte. Esta engrossou com centenas de colaboradores recrutados com direito a pensão e salários fixos. Boa parte do campo, cada vez mais despovoado, encontrava-se em pousio. A maioria dos alimentos era importada.
Do mesmo modo que os portugueses, enquanto católicos, consideravam que roubar e pilhar muçulmanos, longe de ser imoral, agradava a Deus, também surgiu, no Norte da Europa, um princípio protestante, segundo o qual os actos de pirataria contra os barcos dos católicos portugueses era um empreendimento que contava com a benção divina. Corsários vindos dos portos do Oeste de França, capturaram, durante o reinado de D. João III, mais de 300 barcos portugueses carregados de especiarias que vinham da Índia, quando navegavam no regresso na zona dos Açores, na encruzilhada entre o Atlântico Norte e Sul.
As especiarias e pedras preciosas obtidas pelo roubo acabavam por ser vendidas em concorrência desleal, o que levou os preços a baixarem drasticamente, em prejuízo dos portugueses.

Já nesta altura o Estado era obrigado a aguentar a despesa de uma marinha mal dimensionada enquanto os lucros ficavam quase empre nas mãos dos privados.
Os ricos tinham sido isentos de impostos pelo rei D. Manuel.

D. João III, como já não podia cobrar impostos a quem ainda tinha alguma capacidade financeira para tal, começou a vender títulos do tesouro no mercado financeiro de Antuérpia, sendo os juros liquidados através da emissão de novos títulos.
O rating de crédito de Portugal caiu de tal maneira que os banqueiros, em Antuérpia, exigiram uma taxa de juro de 25% ao ano. Quando D. João III morreu, em 1575, os títulos portugueses do tesouro começaram a mudar de mão até 5% do seu valor facial.

E assim terá começado a nossa desgraça. Passámos em pouco mais de um século de uma potência das mais ricas do planeta para uma situação em que ficámos nas mãos dos agiotas da alta finança internacional. A tal que enriqueceu à custa da pirataria sobre os nossos barcos de transporte de especiarias e pérolas. 
Diga-se, outrossim, que muitas dessas mercadorias a bordo dos nossos barcos que vinham da Índia, eram produto de saques a barcos e cidades muçulmanas localizadas na zona do Índico Ocidental.

Depois do desabar estrondoso do sonho megalámano de D. Sebastião, Portugal ficou completamente na penúria.

Seguiu-se o domínio dos Filipes de Espanha e consequentes tropelias e erros grosseiros de governação.

E assim fomos andando até chegarmos aos dias de hoje …

Os senhores da Alta Finança Internacional a mandarem em Portugal por intermédio do Governo de Gestão de Pedro Passos Coelho

E o resultado de todos os desmandos sobre o povo de Portugal é o que está à vista! …

Portugal, que foi o berço da primeira aldeia global, um povo que mudou o mundo, está resumido a este mísero Estado, que se limita a tentar salvar a pele dos ricos à custa do sacrifício crescente do Povo Trabalhador! 

(E saber que D. Dinis, que tão intimamente está ligado ao Castelo de Leiria, tanto se esforçou para dotar Portugal de um dos maiores e bem administrados pinhais da Europa, com cuja madeira se construíram as primeiras caravelas usadas pelos portugueses nas navegações por todo o mundo!)

Portugal, que Futuro? ...


 bibliografia:
- A primeira aldeia global: como Portugal mudou o mundo
Martin Page - ed. casa das letras -2012
@as-nunes

Ler abaixo "Discurso simplesmente vergonhoso!!!!!"

2012/09/07

Brasil como motor do eixo ibero-afro-americano

Ano Portugal no Brasil

Seis meses após o regresso de Vasco da Gama a Lisboa, Pedro Álvares Cabral largou da capital portuguesa no comando de uma frota de 13 navios com destino à Índia.

A caminho da Índia, Cabral fez uma paragem na costa do Brasil. Dizem os documentos oficiais que esta descoberta foi um acaso, que os ventos desviaram a rota da frota de Cabral.
No entanto, sabe-se que a forma como o Brasil de então foi reclamado para a coroa portuguesa teve contornos muito especiais, pois que já antes os portugueses saberiam da sua existência.
A forma magistral como os portugueses conseguiram negociar o Tratado de Tordesilhas teve tudo a ver com a "descoberta" do Brasil.

Estávamos em 1500. 


Hoje comemora-se o Dia da Independência.


História da Independência do Brasil - pintura, quadro de Pedro Américo 
Independência ou Morte: 7 de setembro de 1822 - quadro de Pedro Américo
@as-nunes

Contrastes


Rua dos Camponeses - Marinheiros - Leiria

2012/09/05

Acordai ! ...

 Na margem direita do rio Lis
Na margem esquerda do rio Lis

Hoje à tarde, no marachão do rio Lis ... em Leiria.

Estavam uns 34 graus centígrados bem medidos, mesmo ao fresco da margem do rio e à sombra dos plátanos. Não corria uma aragem que fosse. 

A solução para os nossos problemas financeiros não se pode resumir a uma boa sesta. 
Acordemos! 
O snr. PM/ppc ainda hoje voltou a dizer que não podemos descansar, que não pode prometer nada, quem sabe não teremos que pagar mais impostos (ai vai vai, essa história de menos escalões do IRS é para quê?), etc etc, ao mesmo tempo a aproveitar para mandar uns recadinhos para o paulinho das feiras, então e os feirantes vão também ter que emitir faturas via internet em tempo real? lá se vai a popularidade por água abaixo, não acordem o snr que está ferradinho no sono 
(ou anestesia de ministro dos negócios estrangeiros?!)
... de consciência tranquila (?!?)... 

2012/09/04

Ver registo anterior: NÃO à PRIVATIZAÇÃO DA RTP !

http://dispersamente.blogspot.pt/2012/09/radio-e-televisao-publicas-nao.html

MANIFESTO ANTI-PRIVATIZAÇÃO DA RTP

"Os signatários do manifesto consideram que a concessão do serviço público de rádio e de televisão a uma empresa do foro privado, "que receberia não apenas a contribuição para o audiovisual como receitas publicitárias", induziria uma programação submetida a critérios de "rentabilidade comercial, impossível de contrariar através de um caderno de encargos, o que comprometeria a qualidade e a diversidade exigíveis a um operador de serviço público".

@as-nunes