2012/12/07

A fotografia e a pintura


Uma fotografia como tantas outras que tenho tirado ao longo dos muitos anos que levo a retratar aquilo que vejo e me absorve a atenção num determinado momento.
É um desses precisos momentos que aqui deixo publicado.

Dia 5 de Dezembro de 2012, 15 horas de Portugal continental, do miradouro do antigo Paço Episcopal de Leiria, hoje a esquadra da Polícia de Segurança Pública. Vêem-se os campanários da igreja de Sto. Agostinho, a capela do santuário de N. Sra. da Encarnação, na linha de horizonte, os cumes da Sra. do Monte e da Serra da Maúnça. 

Um simples retrato? Um mero registo contemplativo? 

Os fotógrafos profissionais insistem em que a espontaneidade não implica que o fotógrafo seja menos artífice que o pintor. 
Eu, como fotógrafo não profissional, ainda que com muitos anos de experiência na fotografia espontânea, não temática, não me atrevo a propor que a fotografia force a concorrência com a pintura!...

Tema com probabilidades de originar um bom debate!
- talvez tenham interesse em ler http://az-biblioteca.blogspot.pt/2012/12/ensaios-sobre-fotografia.html

2012/12/05

Bom dia! Sou a primeira camélia deste ano!...



Há já uns anos que esta camélia se presta a servir-me de via de saudação radiosa com os meus amigos
como se pode ver aqui

-
Estou apaixonado por esta camélia. 
Não consigo resistir aos seus encantos. 
Ao afago do seu olhar. 
À volúpia da sua "pele", de seda da mais pura! 
À imaculada alvura da sua presença física que se nos entranha no espírito 
e nos transmite uma incrível sensação de leveza, 
de tranquilidade, dum mundo puro, 
qual donzela cuja honra vai ser defendida em duelo medieval!
Se esta camélia  me consegue transmitir todas estas sensações, 
então só posso estar verdadeiramente apaixonado por ela!
Duvido mesmo que alguém consiga deixar de se perder de amores por ela!...
@asnunes

2012/12/03

Querem acabar com a nossa freguesia!...


Vamos a eles!...

Quer dizer, o snr. Relvas e os seus "assessores" decidiram, está decidido!?

Até agora:

Freguesias:

Leiria
Pousos
Cortes
Barreira

No futuro, já amanhã:

Agrupamento União de Freguesias de Leiria (e arredores, claro).

Parece que se chamará: União das freguesias de Leiria, Pousos, Barreira e Cortes. A sede deverá ser Leiria. 
5ª feira próxima a AR vai votar uma Proposta de Lei neste sentido e, segundo já ouvi, vão votar a favor desta Reorganização Administrativa do Território, o PSD, o CDS e o PS.

Tanta pressa para quê? Para obedecer às cegas ao mando duma pseudo Federação Europeia? 
Federação para a austeridade, que não para a União!...

União Europeia, sim, voltarmos ao Feudalismo, NÃO!...
-

Veja-se o vídeo do 5º Aniversário do Grupo Coral AdesbaChorus.
Não é uma freguesia qualquer que se pode vangloriar de ter um grupo coral como este!


2012/12/02

É outono, quase inverno, e pronto








Em Leiria, junto à ponte do Arrabalde...
-
Se, depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia,
Não há nada mais simples,
Tem só duas datas - a da minha nascença e a da minha morte,
Entre uma e outra coisa todos os dias são meus.

A. Campos

Não me arrependo do que fui outrora
Porque ainda o sou.

A. Campos
@as-nunes

2012/12/01

Odete Santos cita Almeida Garret e pergunta quantos pobres são precisos para produzir um rico


No final da sua intervenção, Odete Santos invocou o escritor Almeida Garret, dedicando uns «versos», que adaptou, ao primeiro-ministro. 

«E eu pergunto aos economistas, políticos, aos moralistas, se já calcularam o número de indivíduos que é forçoso condenar à miséria, ao trabalho desproporcionado, à desmoralização, à infâmia, à ignorância crapulosa, à desgraça invencível, à penúria absoluta, para produzir um rico?»

,declamou, suscitando os aplausos de pé por parte dos congressistas, que gritaram a palavra de ordem PCP/PCP.

in TVI-online
-
O tempo não pára. Odete Santos decidiu que era altura de dar lugar a outros, tendencialmente mais novos. Nem sempre isso acontece no PCP. O Comité Central sempre foi um órgão muito fechado e não é fácil que nele sejam admitidos jovens.
O PCP de que eu me lembro e que ainda hoje julgo conhecer é o dos célebres anos de 1974 a 1978/80.
Mantive, em tempos, acesos debates com militantes deste partido, e, em regra, dou-me bem com as pessoas enquanto cidadãos devotados à causa pública.
@as-nunes

2012/11/30

Os dias que correm e Fernando Pessoa


Em 18.1.1985 Al Berto escrevia no seu Diário:
[...]
(uma das maneiras possíveis de compreender este país é reler Pessoa. Atentamente. Devotadamente. Todos os dias. Alguma luz se fará, por entre a teia magnífica dos heterónimos. Por vezes, penso que este país é o heterónimo dum outro país que sobreviveu ao seu próprio criador. Assim, já não possuindo o motor que o faz pensar, criar, imaginar, mover-se, acabou por se afundar no orgulho do seu próprio esterco.)

Hoje escreveria da mesma forma, com toda a certeza!
Onde está a tão apregoada mudança do rumo deste país?!
(para bem dos portugueses em geral ... e não, só das elites.)
@as-nunes

2012/11/29

Conhecem o "piritóritári"?



 A minha neta Carolina, 5 anos, entrou no carro, na companhia da avó. Fomos buscá-la à escola, que esta semana é por nossa conta. Uma semana nós, outra semana a avó Lucília.

Vinha toda entusiasmada porque levámos connosco a Tina, uma cadelita muito meiga e mexida, que se saracoteia toda quando lhe dão mimos. As duas são muito amigas.
Também trazia na mão um desenho que fez na escola e que me  mostrou, na expectativa de eu lhe dizer da minha avaliação. Habitualmente sou o seu crítico de arte, de modo que ela fica logo à espera de poder trocar umas impressões comigo.
E disse, muito segura:
Na parte superior:
- mala que dá luz;
- pássaro que brilha:
- carrinho com a rena, a voar no céu;
- Pai natal (falta acabar);
- também faltam mais renas;
Na parte de baixo:
- árvore de Natal;
- carro-cavalo, com chapéu
(Mas, atenção, do carro só contam as rodas, o resto é mesmo o cavalo e com chapéu); a completar este conjunto há dois elementos que são também muito importantes: uma bomba de ar para encher os pneus do carro e uma “coisa” necessária para este equipamento andar rápido;
- animal do Natal chamado “piritóritári”;
- cama que manda para o céu a pessoa que lá dorme e que se chama Kika;
- A Carolina com um vestido muito colorido, que assim é que é bonito; também tem cinto.

E pronto. Perguntei-lhe se me deixava pôr este desenho na internet. Que não, que queria levar a folha com o desenho para casa, para acabar o que faltava.
Tirei logo ali uma fotografia do desenho e mostrei-lho no lcd da máquina. Está bem, isso podes pôr na internet.
Jc tm

2012/11/28

Governo que Ri ! ...


Em dia de Lua Cheia o Governo ria... em plena AR, no decorrer da votação do Orçamento do Estado desgraçado de Portugal... 
Governo de Lunáticos! ...

Há improváveis nichos de mercado que a crise destapou: vender máquinas para fazer furos nos cintos é outro.

Ferreira Fernandes - DN de hoje, dia seguinte ao da aprovação do OE2013
-
Entretanto:
O Ministro da Economia, o meu conterrâneo Álvaro Pereira, tem que ouvir e ver mais o que se passa neste país, deixar de se engalfinhar tanto - na Assembleia da República, a armar-se em valente, todo esganiçado - contra os partidos da oposição, particularmente o PS, e ser mais reivindicativo com Passos Coelho e o Ministro das Finanças.

Sem um Ministério da Economia à altura das circunstâncias não há desenvolvimento; sem desenvolvimento não há criação de riqueza. 
Então para quê toda esta austeridade? 
@as-nunes

2012/11/26

Biblioteca Municipal de Alcanena - 10 anos

 

Zaida Paiva Nunes a oferecer ao Diretor da Biblioteca, Dr. Óscar Martins, um Livro/Álbum com 49 páginas, composto por texto e fotografias por si selecionadas, relativo ao período de 2010 a 2012. 

" CORTAR O TEMPO"
Apresentação, seleção e arranjo gráfico: Zaida Nunes
Fotografia e tratamento de imagem: António Almeida Nunes
 
 
 
 

Carlos L. Fonseca (recém chegado ao grupo)
Diz que lhe chamam poeta. Ouvi a sua poesia dita por Soares Duarte. Fomos unânimes em concordar. Temos poeta!
Ver livro a lançar sexta-feira em Alpiarça. Eu já o tenho.
Recém chegada ao grupo; com trabalhos literários muito ligados a Cabo Verde e a Alcanena e ao Ribatejo 

Na senda das comemorações do 10º aniversário da criação da biblioteca municipal de Alcanena, o grupo de poetas que ali se reúne mensalmente, desde o ano de 2003, por iniciativa do seu coordenador, Dr. Óscar Martins, decidiu que este aniversário seria um bom pretexto para se fazer um balanço do que tem sido esta estreita e profícua colaboração entre a biblioteca, a câmara municipal e um grupo de pessoas amantes da poesia, que, desde então, ali se têm reunido sem qualquer interregno estudando um poeta por mês. 
Os serviços da biblioteca têm sido incansáveis na organização de brochuras alusivas a cada autor, o que tem contribuído decisivamente para uma boa orientação das sessões, e que muito tem fomentado o gosto pela poesia e o estudo dos vários movimentos literários na língua lusófona.

É com enorme prazer e reconhecimento que o grupo de Leiria se tem conseguido integrar neste ambiente de perfeita tertúlia, vocacionada para a poesia e são convívio, tão úteis ao  equilíbrio emocional de que o homem tão carecido se tem apresentado, particularmente nos tempos que correm.
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O fotógrafo/poeta (lírico, talvez) em pose para a fotografia, junto ao seu estimado amigo Óscar Martins
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Claro está que o rigor e disciplina do uso da língua portuguesa é prioritário em qualquer forma de escrever, mas esta regra de ouro pode e deve ser adaptada pelo poeta.
Ainda que nós saibamos que a poesia é uma substância imaterial que existe num ser, logo, assume um cunho muito pessoal, o poema, depois de criado, deverá ficar ao alcance de qualquer leitor. Evidentemente que esta simples conceção(*) traz-nos imediatamente a ideia da necessidade de o leitor do poema ter de ser capaz de sentir a poesia que lhe está subjacente.

Há quem diga que só é poeta quem pode, não quem quer.
Não concordo.
Sentindo-se a poesia, pode escrever-se um poema...

Há ideias e imagens, umas tão belas, outras tão líricas ou dramáticas, que só quem sente a poesia as poderá transmitir na sua integralidade, tangível e/ou intangível.
...  
(ainda eu estava na fase da edição, mas a publicar o que ia ensaiando, recebi um comentário dum bom amigo da blogosfera em que ele diz, muito expressivamente:
As tertúlias de poesia são um espaço saudável de camaradagem e de difusão da palavra. Renova a alma e dá-lhe coragem... )

(Obrigado, Rogério Pereira)
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(*) Quanta hesitação para escrever esta palavra segundo o novo AO !
@as-nunes
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