2013/01/13

2013/01/12

Uma luz no meio do nevoeiro

 do lado de cá do rio lis, do outro lado as Cortes e a sra. do Monte, adivinham-se...

noite de nevoeiro
cerrado
à luz do candeeiro

duas horas da madrugada
veremos como será a alvorada
se a política continua desastrada
anquilosada
estereotipada
gripada

e o Zé que se aguente! ...

@as-nunes

As bergénias...simplesmente



Simplesmente
Singelamente
Serenamente

Trocamos olhares
esquecemos
penares

Venerador e Muito Obrigado,

António
@as-nunes

2013/01/10

Deus e (é) a Natureza

Para quem não está a reconhecer... Campos do Lis, vista da A17, quem vai de Sul para Norte. O carro estava a dar sinais de avaria, tive de parar com os quatro piscas ligados...


VIZINHO DE DEUS

Saio de casa para olhar o mundo. Olhá-lo, sem mais. Debaixo
do outono, amealhava pinhões, tecia colares de caruma, cruzava 
um regato, o cheiro da terra molhada. Anotava o geométrico
voo dos estorninhos e pensava crer como um corpo
adolescente.
Face a face com o mundo. Ou quase. Talvez seja isto que
Balthus refere: «pintar o que se tem diante dos olhos é um
modo de se tornar vizinho de Deus».

Mário Rui Oliveira
Ed. Assírio & Alvim – 2002
Prefácio de Eugénio de Andrade
ver tb aqui


* Se Deus não é isto, tal como o poeta proclama, então o que é Deus?

- Também dedico este apontamento ao meu amigo, pintor de excelência (diz que anda a aprender mas acho que não está a convencer ninguém, que já nasceu com o dom para a pintura, Rui Pascoal). Blogger atento e muito perspicaz.

@as-nunes

2013/01/08

Uma folha que o inverno ainda não levou...ou já levou?

Na rua 25 de Abril, em Leiria, numa destas tardes, a despedir-me das últimas folhas dos liquidambares...


Sim, não, talvez.

Há nesta árvore uma folha que o inverno
não levou.


Albano Martins
Os primeiros versos de dois poemas (pp 49 e 63)
In
Estão agora floridas as magnólias
Ed. Afrontamento - 2012

@as-nunes

2013/01/07

Ai estamos num círculo vicioso, ai estamos estamos!

Confrangedor.
Há dias foi a história do "tosque", em plena Assembleia da República.
Círculo vicioso, talvez, não?!Agora foi para a comunicação social negar que haja um "ciclo vicioso" na economia.............. .................. «(foto do DN de hoje)
Que é isso de "ciclo vicioso" snr. PM?

Não quereria dizer que estamos num círculo vicioso, que é, de facto, a situação para que o seu governo está a levar Portugal?

E se dúvidas houver, por falta de atenção ao que diz, basta consultar qualquer dicionário básico de Português:
Dicionário Verbo
Língua Portuguesa
Conforme o Novo Acordo Ortográfico
2ª Edição


Círculo vicioso
- Sucessão de fa(c)tos, geralmente considerados negativos, de tal modo implicados que conduzem sempre à situação inicial.

Quer dizer, o círculo fecha-se, não se conseguindo comprovar a hipótese (governar bem), apesar de todas as jogadas maquiavélicas exploradas nas folhas de cálculo do mirabolante Gaspar.

2013/01/05

Instantâneos de vida



Fui ao dentista, já há uns tempos que andava com um dente a precisar de arranjo. Eram umas 5 menos um quarto da tarde. Se tiver alguma coisa a fazer ainda tem tempo, só para as 5 e meia é que haverá vaga.
Tinha saído de casa precisamente com este objetivo. Fazer uma revisão a um dente.
De modo que, para não perder o estacionamento que tinha conseguido, mesmo ali ao pé da clínica, peguei na minha Nikon D3200 com objetiva 18-105 mm e fui dar uma volta pelas redondezas. Zona da Cruz da Areia, Prisão Escola, por ali. O dia estava a declinar e, claro, a luz crepuscular iniciava uma dança melancólica com a sombra. 
O horizonte dava mostras de pressa para se recolher ao negro da noite. Viam-se nitidamente os rastos de condensação deixados pelos aviões a circularem na rota costeira, a esta hora mais na direção Sul Norte. 
Tirei uma data de fotografias.

Eis mais algumas:


Momentos antes de entrar na clínica.
Estamos em Leiria.
@as-nunes

2013/01/03

Em maré de balanço dos nossos animais de estimação

 O Ivo
 A Mia
 A Tina
 A Mia, em cima da chaminé, e o gato dum vizinho
 O Rapazito (o gato branco, já entradote) e a cadela "Teckel mini", de nome Tina
 A Ema
A Riscas

Os animais de estimação que convivem cá em casa. Quer dizer são nossos convivas, com direito a cama, comida e roupa lavada. E, com exceção da cadelita “Tina”, têm liberdade plena para entrar e sair de casa. Com uma norma: há hora de recolher. Se não entrarem dentro de casa enquanto estivermos a pé, ficam no alpendre. Pelo sim pelo não têm forma de se acomodarem confortavelmente, mesmo quando ficam fora da habitação.

A “riscas”, só por si, já tem um curriculum que proporciona motivos para uma narrativa mais ou menos longa.
Vamos, então, contar uma sinopse do que tem sido o seu relacionamento connosco cá em casa.

Dealbar do ano de 2011. Esta gata vinda sabe-se lá donde, escolheu a nossa casa como ponto de apoio. Ao fim de pouco tempo percebemos porquê. Estava prenha e em fim de prazo.
Era (e continua a ser) muito desconfiada e comporta-se com a máxima independência.
Nasceram vários filhotes, cujos nomes e imagens aqui se divulgaram em devido tempo.
Uma das várias peripécias ocorridas com esta gata teve a ver com o fato de ela, durante um temporal medonho, ter levado os filhotes para local desconhecido, o que nos causou alguma apreensão.  Dias depois descobrimos que se tinha escondido num recanto abrigado mas escondido do jardim.
Lá a conseguimos convencer a que o melhor local para criar a sua prole era a que tínhamos preparado para o efeito.
Tempos passados, já bem criados e anafados, um a um, levaram o seu próprio rumo, por adopção, tendo ficado só uma gatita, a mais doentita, quase sem voz, que ainda hoje está connosco: a “Mia”.

A própria “Riscas”, há coisa de seis meses, desapareceu e já estávamos mentalizados, que definitivamente.

Para nossa surpresa, regressou à base há duas semanas atrás. Só a Zaida é que a consegue convencer a aproximar-se para comer. Já conseguiu dar-lhe a “pílula”. Vamos a ver se não vem por aí mais nenhuma ninhada.

A fotografia que se mostra neste registo foi a possível. Mesmo assim só o consegui fazer através dos vidros da janela da cozinha.

Pode-se acompanhar a história da "riscas" e da sua ninhada, aqui.

E ainda aqui falta o nosso cão "pequinês", um bom cão de guarda, o Tico. Também vai ter direito a foto, claro. Fica para amanhã, que já são quase 4 horas da manhã e, coitado, também tem direito a dormir uma noite descansada, a não ser que se aperceba de algum movimento suspeito. É pequeno mas feroz e valente para estranhos.
-
nb.: podia disfarçar e deixar a imagem de quem tem uma memória prodigiosa e não troca as datas e os factos quando menos se dá por ela. É certo que já eram 4 horas da manhã quando acabei de escrever a narrativa acima.
Só que, pelos vistos, confundi a história da "riscas" com a história da "cinzenta" (outra bela e dramática história com gatos).
A Zaida veio em meu socorro e esclarece tudo, para bem da verdade dos factos, no comentário 3.

@as-nunes

2013/01/02

Hoje ... do lado de lá.


                                              
Do lado de lá
Hoje 
De manhã
E hoje
Não me apetece
Falar do que disse
Ou não disse
O presidente
Porque os tabus
Continuam a ser
O que de melhor
Ele sabe fazer...


@as-nunes