2018/12/17

Bolotas da minha rua


Bolotas da minha rua

O passeio da minha rua
coberto de bolotas 

Aquele sobreiro 
virado a nascente
altaneiro 

Mais abaixo 
o rio Lis
serpenteante

Quatro horas da madrugada
noite desassossegada

Que somos nós
senão o movimento
de partículas ínfimas
do universo!?

Para lá do tempo
parece que ainda aqui os sinto

Ouço o tissitar
dos estorninhos
alinhados nos fios eléctricos
enquanto a tarde 
vai mudando as cores do dia

Algum sossego
finalmente

A vida a correr 


.
Vou dormir, que estou cansado, adoentado, já passou...
por ora  ...

(um comentário que deixei algures num blogue ou num e-mail do «Grupo dos Quatro=5»).

2018/12/09

O pissitar do estorninho



Lembrei-me de sugerir que o nosso mui querido e santo RuiOPascoal(*) pudesse tirar alguma inspiração deste home madevídeo.
Um estorninho é capaz de dar um bom quadro.

Abço santificado em Có-Có 
que ele nos abençõe com a sua Graça até ao fim da nossa vida

(Cf. Livro quase no prelo.

2018/12/04

iRMANDADE DNUNES - CONVÍVIO 2DEZ18
























Somos 5 irmãos, eu com 71, a Lurdes, a Sildina e o Vitor, espaçados de mim, sucessivamente, 2 anos e a nossa Isabelita, 15 anos mais nova que eu.
Vamos passar a reunir-nos em convívio mais frequentemente.
Vamos a isso.

2018/11/25

Uma visita ao Atelier Museu Júlio Pomar - 24 de Novembro de 2018

Organizada pela Biblioteca Municipal de Alcanena/Câmara Municipal, fomos - membros do Grupo de Poesia e Cultura - visitar o Atelier Museu Júlio Pomar, em Lisboa.
Captei em modo fotográfico alguns pormenores. Destaco, para já, os seguintes:













2018/11/18

Uma flor ao longe




Uma flor ao longe


Nas minhas deambulações etéreas
sintonizei uma emissão
cuja origem
só pode ser um mundo diferente
dos muitos em que nós outros
julgamos acreditar

e que alguns de nós
até olhamos e dizemos que gostamos do que vemos

só que não conseguimos descortinar
o caminho
rumo a algo que sentimos inalcançável

Demais sabemos que há outros mundos
que nos parecem cada vez mais distantes
à medida que reparamos neles

mas que talvez estejam
à mão duma simples flor
duma maçã acabada de colher
das pedras do caminho
dos detalhes do meu quintal

duma gota de chuva
nas areias do deserto
ou no fogo

redemoinhado pelo vento

nada será em vão

a DAlmeida
(comentário que deixei no blog de Carlos Pires)

2018/10/23

Aquilino Ribeiro - 1958-2018: 60 anos de "Quando os lobos uivam"


 Por alturas da apresentação em Viseu da reedição de «O Homem que Matou o Diabo» e da celebração dos 100 anos de «A Via Sinuosa».
Por Aquilino Ribeiro.


Para quem aprecia a vida e obra de Aquilino Ribeiro e pretende manter-se informado das iniciativas que se vão promovendo por esse país fora em tempos de comemorações diversas e serões Literários ... Aproveite e ouça improvisos de música para piano composta e tocada por Pedro Jordão (Leiria). Um dos diapositivos mostra uma pintura de Rui Pascoal em que nos apresenta a sua visão perspicaz da Dª Estefânia do romance deAquilino, "A Via Sinuosa", de que cuja 1ª edição se está a comemorar o Centenário.
No próximo nº (Novembro 2018) do "Notícias de Colmeias" (Fundador e Director Joaquim Santos ) sairá uma resenha da vida e obra de Aquilino Ribeiro, centrada na parte que respeita ao seu livro "Batalha Sem Fim", no qual se demonstra o quão intimamente ligado à zona de Leiria (Pedrógão, Coimbrão, Monte Real, Pinhal de Leiria, etc) ficou este consagrado autor, aquele que poderia e deveria ter sido o 1º Nobel da Literatura. 
Quão estranho é a edilidade de Leiria deixar que os anos dobem uma teia de esquecimento sobre este facto tão importante para esta região de Leiria!? 
Entretanto, inscreva-se como membro do grupo FB https://www.facebook.com/search/top/…





Pode-se acompanhar o que vai ocorrendo tendo em vista a divulgação da vida e obra de Aquilino Ribeiro consultando o Grupo Facebook:
https://www.facebook.com/groups/aquilinoribeiro/

2018/10/16

Oração ao Padre Eterno




Padre eterno

não te consigo ouvir
nem ver

mas foste tu 
que me concebeste
à tua imagem celestial

porque sou assim
só o ruído me move
e só consigo olhar
por cima do ombro

não desistas de me ensinar
o caminho certo
rumo à mais recôndita estrela

sem medo

rezo contigo em silêncio
no meio de infinitas palavras cruzadas

a d´almeida
out18

2018/10/15

Luís Mourão: O Teatro é a sua vida



(Fotografia de Clara Marques gentilmente cedida por Carlos Fernandes. No decorrer do Serão Literário das Cortes, dia 13 de Outubro de 2018, dia do Furacão "Leslie" de medonha memória)

A propósito do último Serão Literário das Cortes em que foi convidado especial Luís Mourão (estamos sentados lado a lado) para nos falar e conversar sobre Teatro, a sua experiência em geral e a sua vivência com o mundo desta Arte ao tempo de Miguel Franco, em Leiria e não só.

AZ - Biblioteca: Luís Mourão: O Teatro é a sua vida: 2464 Livro duplo com 2377 In meu FB desta data: António DAlmeida Nunes 12 h   ·  ...

Da badana do seu livro "Eram só Pedras quando tudo começou... e Outras Histórias" ed. O NARIZ-Grupo de Teatro respiga-se o seguinte:

« Luís Mourão nasceu em Leiria em 1958. É licenciado em Ciências da Educação pelo Instituto Politécnico de Leiria e Mestre em Artes Cénicas pela FCSH da Universidade Nova de Lisboa.
Há muito tempo que se encontra ligado ao Teatro. E à Escola.
Por razões muito variadas passou a ser a escrita dramática o seu principal interesse, sustento e orientação. Por outras razões voltou ao ensino e não se queixa. Escreve para Teatro praticamente sempre. As suas peças foram feitas quase todas e publicadas muitas. Foi durante alguns anos dramaturgo residente do Teatro da Trindade. Trabalhou com muitas Companhias, muitos encenadores, dezenas de actores e actrizes, e gente do Teatro em geral. Umas vezes trabalhou  mais e outras menos. Mas isso é normal.» 

2018/10/09

A poesia e o dia 5 de Outubro de 2018




Em dias d´ouro
(para o Carlos Pires e aqueles outros 4 amigos que nós sabemos)
(comovido/emocionado com o poema-prenda evocativa do 5 de Outubro de 2018)


a poesia é das coisas boas
que o homem pode usar
e com ela 
muito simplesmente
oferecer uma rosa aos amigos

em momentos de vida
determinados ou não

por isso mesmo
ficamos-te muito gratos
por esta tua prenda

das melhores 
que se podem receber

em qualquer altura

oh mas esta data
talvez por já a termos 
interiorizado como marcante
é uma das que se nos gravam
no coração

e queremos que fique esculpida
para todo o sempre
numa daquelas pedrinhas
que encontrámos
no nosso caminho

a guardámos religiosamente

e a conseguimos dourar


a d´Almeida
Por mim e pela Zaida
1968-2018

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nota:
alguém terá reparado que eu, às vezes, também tento escrever uns ensaios de posia:
e aqui ficou publicado https://gazetadepoesiainedita.blogs.sapo.pt/a-dalmeida-nunes-em-dias-douro-48975