2019/01/31

Interrogações



Interrogações interrogações

Olho o tempo que faz
e o que não vejo
deixa-me
cada dia que passa
mais perplexo.

Deus do Universo
quem és Tu
que não te consigo ver¿

Diz-se
que Tu e o Universo
se sobrepõem
com rigor cósmico

E nós¿
O ambiente natural
e todos os seres humanos

como nos harmonizamos¿

a DA
jan19 a findar

- O Grupo dos 4=CINCO tem sido uma fonte inspiradora para a forma como venho reaprendendo a Poesia.
Aquelas trocas de ´e-mails` e os muitos livros lançados - particularmente os da poesia de Carlos Lopes Pires - têm-me motivado sobremaneira no modo de encarar a Poesia, Deus e/ou o Universo. Obrigado, amigos.

2019/01/29

António Olaio - Next Stop is yersterday - galeria de Arte - Banco de Portugal - 26 JAN > 13 ABR 2019

28 de Janeiro de 2019. Fui visitar a exposição de António Olaio.
Escrevi no Livro de Visitas que iria fazer referência a este facto neste meu blogue. A verdade é que continuo com este gosto de deixar aqui notas de algumas ocorrências no meu percurso de vida. 
Ultimamente não tenho sido nada assíduo mas sempre que tenho ocasião, aqui estou.
-
António Olaio, 1963, Lubango, Angola.
Vive em Coimbra.
Licenciado pela Escola de Belas Artes do Porto em 1987.
Doutorado pela Universidade de Coimbra em 2000. Professor no Curso de Arquitectura e Director do Colégio das Artes da Universidade de Coimbra. Investigador do Centro de Estudos Sociais. As suas performances dos anos 80 levaram-no àmúsica, num percurso onde a utilização de vários meios (pintura, desenho, vídeo, música) decorre duma forte relação com a performance.
-
http://antonioolaio.com/


Algumas fotos da exposição:


DIAL B FOR BIRDS
DIAL R FOR RED
BROADCASTING MY SONGS £3


FORGETTONG POLLY



A escadaria que dá acesso ao 1º andar da Galeria de Arte - Banco de Portugal em Leiria (galeria.bportugal@cm-leiria.pt )


2019/01/15

Será que ainda haverá um dia em que darei à estampa um livro de poesia?


Antes de mais. O que entendo por Poesia? O que é que cada um de nós entende que deve ser invocado como sendo poesia, no sentido de usar palavras para transmitir algo que nos toca no mais íntimo do que julgamos ser? 
Será impossível estabelecer normas para se escrever Poesia? 
Ou a Poesia é algo que não se define, que se transmite pelas mais inesperadas e inusitadas formas?! 
Que Poesia é tentar pensar o universo, cada um de nós como sendo o próprio universo, como fazendo parte do Todo pressentindo que não é Nada?!

-

O frio da memória

Inverno de gelo
A madrugada apressa-se
a entrar pelo dia
O frio lá fora

Invoco a memória
Porquê para quê
Não sei

A madrugada lá vai
Num percurso sinuoso
Cheio de apelos
A memórias de tantas coisas

Tempos dobados
em instantâneos difusos

O tempo continua a correr

Para onde
Por que caminho
Não sei

É melhor assim

Talvez amanhã seja outro dia

a DA
14jan18  - 4 horas
Lourais - Barreira - Leiria

2019/01/11




o sol irradia vida
em luz embrulhada em frio

correm dias de pensar
divagações intermináveis
interrogações 
interrogações

e ouvem-se sons
vozes canções
lançadas no cosmos
por quem       como

continuamos sem saber 

continuamos à deriva
sem rumo 
o azul do infinito
sem uma referência definida

quanto mais longe 
julgamos ser
mais longe estamos

antónio nunes

aDA - 9jan19

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(em jeito de conversa de amigos. Carlos Lopes Pires tinha escrito e enviado a alguns amigos um poema por alturas do 4º aniversário da morte de sua mãe)

Uma fatia do tempo




uma fatia do tempo
do calendário planetário
e doutro muito mais além

um peregrino
só com o mundo.
o seu só
que não é só dele

e que partilha
com quem talvez
o possa ajudar a mitigar
alguma ausência ...

Fátima, 29dez2018
a DA


2019/01/02

Possivelmente




possivelmente



tempos de solstício de inverno
dias quedos e ledos
que possivelmente estão a contrariar
uma possível ordem cósmica

possivelmente
estamos em mudança

em vias de nos transformarmos
em algo que só se pressente
quando conseguimos
boiar na corrente 
que continuamente nos transporta
para sítios inimagináveis
mas que talvez estejam  

e que só quando lá estivermos
possivelmente encontraremos
tudo o que julgávamos perdido

possivelmente

a DA
31dez2018
-
Caros amigos, que esta passagem para o calendário de mais um ano,
vos seja muito favorável.
(ensaio dum comentário/resposta a um poema de Carlos Lopes Pires
por altura da passagem de ano de 2018/19. Troca de correspondência por emeile)

2018/12/28

Oa amigos e eu em transe





Os amigos escrevem coisas
De encantar os nossos sentidos
Em tempo de sugestão
De Paz e sossego

Quiçá entrecortado
Por inefável música planetária
Que acabamos de escutar
Em transe

É que Deus está em transe
E com ele parece que o homem
Também

Recuperado da respiração
Sempre quero agradecer
Os bons augúrios dos amigos

A estação está a receber
100x100
E responde com olás

Uma luz amovível
Por alguém
Pelo poder vindo de além
Onde?! Quem?!
Chama por nós
Incessantemente

Nós é que não a conseguimos ver
Por detrás da sua mancha escura

Façamos  esse esforço
Deus não nos pode odiar
Sim ou Não?!

a d'Almeida
19dezembro2018
(original por email para amigos da irmandade X)

2018/12/23

ÀS vezes também chove



Às vezes também chove


A chuva aí tem andado
a fazer côrregos rápidos
nas valetas da minha rua
e com ela levando as bolotas
que aqueles dois sobreiros
vizinhos de baixo
vão largando ao seu destino

o negro em cinzento das nuvens
predomina na paisagem
e remete-nos para o negrume
das vidas sem norte

que sorte, que sorte
o homem e a sua desumanidade

afinal seremos mesmo uma parte do Caos ¿¡

A DAlmeida
Dez18(antes do Natal)


2018/12/22

Poesia sobre desenhos da Alice

A ninha neta Alice, 5 anos, veio mostrar-me os desenhos da gata Ema e da cadelita Tina.
Estão muito lindos. Disse eu.
E estão.
Digo.










Serão horas de dormir
Interrompi a leitura de umas coisas
do poeta Ron Padgett.


Afinal há coincidências.

Estava a ler
"Os animais e a arte".


Veio-me à ideia de que há dias
fotografei dois ensaios pictóricos
da minha neta mais nova
cinco anos, a Alice.


Mostrou-mos e perguntou:
Qual é o mais bonito?

Tratava-se duma cadelita e uma gata:
A Tina e a Ema
muito queridos entre a família.

Respondi-lhe: cada um à sua maneira
estão os dois muito bonitos.

Trocámos muitos beijinhos
e sorrisos.

É Natal.