2020/06/06
2020/05/27
Vídeo com flores e música de Pedro Jordão
https://www.facebook.com/orelhavoadora/videos/10207155555004202/?t=2
Um passeio pelo meu jardim em tempos confinamento por causa da pandemia COVID-19.
Vídeo com música do meu grande amigo Pedro Jordão.
Um passeio pelo meu jardim em tempos confinamento por causa da pandemia COVID-19.
Vídeo com música do meu grande amigo Pedro Jordão.
2020/04/01
Carlos Lopes Pires: o seu 26º livro publicado, “aquele que não ouvirás mais”
Hoje, fui ver o que o OneDrive da minha conta tinha armazenado, já que me estava a dar a mensagem de que estava cheio. Pus-me a verificar se podia apagar "tralha" para ficar com algum espaço para uma emergência. (há muita tralha, sim, porque o "OneDrive" suga e armazena tudo o que apanha no nosso computador. Ainda bem, porque há coisas que lá ficam e, mais tarde, nos espantam)...
Encontrei este meu texto (umas palavras que eu li, fez um ano, por altura do lançamento do 26º livro de poesia de Carlos Lopes Pires).
Penso que deve ficar registado neste eu blogue:
---
No lançamento do livro de
Carlos Lopes Pires
“aquele que não ouvirás mais”.
De há uns tempos a esta parte,
mais precisamente desde que nos conhecemos nos Serões Literários das Cortes,
que tenho dado comigo a constatar que a poesia de Carlos Lopes Pires é, também
para mim, algo de transcendente, que nos transmite uma sensação complexa de
simplicidade com que devemos encarar os vários aspectos e momentos da nossa
vida.
Ao lermos os seus poemas somos
transportados para uma dimensão que não julgava tão acessível ao comum dos
mortais.
Quando se fala de Poesia
poderemos, talvez, encará-la sob três aspectos:
1) O autor, acima de tudo,
escreve, observando regras quase matemáticas de métrica e rima;
2) O objectivo do que se
escreve é passar uma mensagem de eloquência e de cultura primorosa em todas as
áreas do saber e do estar, na literatura inclusive;
3) Um poema não tem de
obedecer a nenhuma forma específica nem abordar temas e questões concretas,
explicitando ao leitor o que se julga que ele deverá interpretar da linha de
pensamento do seu autor.
Parece-me cristalino que a poesia
de Carlos Lopes Pires só pode ser enquadrada no ponto 3 anterior, ainda que ele
não precise que lhe seja atribuído nenhum rótulo. A Poesia para Carlos Pires é
precisamente aquilo que nos tem deixado ao longo dos anos, e, particularmente
neste seu 26º livro publicado, “aquele que não ouvirás mais”.
Não quero nem me devo alongar
nesta minha singela intervenção, mas não podia deixar de referir aqui e agora
dois pormenores decisivos que poderão justificar o tempo que vos estou a tomar.
Assim:
Todos nós temos altos e baixos
no entusiasmo como encaramos a leitura e apreciação do que se vai escrevendo na
área da Poesia. Acontece até que frequentemente nos inquirimos sobre o que é de
facto a Poesia de que tanto se fala ultimamente. A verdade é que muito se está
a escrever a pretexto de que se trata de poesia e ficamos naquela indecisão de
sabermos se a poesia é ou poderá via a ser, algum dia, enquadrável num formato
dito literário. Devemos integrar a Poesia na Literatura, nos precisos termos em
que tradicionalmente esta se entrincheira?
É dos compêndios académicos e
da tradição clássica que a poesia é a mais antiga das formas literárias. No
entanto não será a Poesia muito mais que uma forma por que a Literatura se
manifesta? Não deveremos nós alargar a ideia de Poesia para além do mero uso da
palavra com que se constroem textos literários?
-
Está à vista de quem me
estiver a ouvir que eu não sou a pessoa indicada para dissecar esta questão.
Permitam-me, no entanto,
evocar algumas reflexões que o nosso querido amigo e poeta Carlos Pires já
deixou escritas e à nossa disposição.
Diz Carlos Pires num seu texto
de 2017 acerca de Poesia, começando pelo título: Poesia: a revelação iluminada.
Prosseguindo: “A poesia diz o
que não pode ser dito, revela o segredo e, embora este escape, a poesia deixa no Mundo e no Outro a marca desse
segredo e desse mistério.”
…
“Por ser um olhar de espanto
iluminado ele é e traduz no poeta esse estado de encantamento, talvez de
epifania ou simplesmente de revelação iluminada. É por isso que toda a poesia
tende para o misticismo (ou religiosidade ou transcendência). Em grande medida
creio que a poesia pode ser entendida como um diálogo, uma ligação com o
Universo.”
Há que ler com atenção este
texto.
Tenho que o dizer agora, não
me considero um poeta na acepção tradicional/convencional do termo, mas estou a
dar comigo a ensaiar a escrita de poesia – pretensiosamente, talvez – sentindo
que a mensagem de Carlos Lopes Pires me está a cativar sobremaneira.
O seu estilo e forma de
encarar o Homem/Natureza integrado no todo Universal estão a conseguir ser,
para mim, como que uma trave mestra do edifício poético que eu imagino.
Por isso mesmo já me habituei
a admitir a sua dimensão de Mestre e a minha qualidade de mero discípulo
aprendiz.
Era só isto que eu queria
dizer, que me sinto como que a palmilhar a luz rumo ao indefinido e com a
intenção de aproveitar os anos que me poderão restar de ser terrestre para
continuar com os meus ensaios poéticos nas abertas do tempo e do espaço em que
me for possível situar.
Obrigado, Carlos, pela
Mensagem que nos estás a conseguir transmitir duma forma decidida e contundente
sob o rótulo da complexa e aparente brevidade do teu discurso poético.
Leiria, Museu do Papel e/ou
Casa do Zé-Pato (S. Romão), em 23 de Março de 2019
António d´Almeida Nunes
(caro leitor perdido por este sítio incógnito. Pode ser que tenha curiosidade em espreitar:
https://poesiadumaprendiz.blogspot.com/ )
https://poesiadumaprendiz.blogspot.com/ )
2020/03/15
in blogue "O Diário dum Jardim"
As últimas plantas/flores que foram plantadas no meu Jardim.
Também serve para deixar aqui uma referência a este meu outro blogue, um outro dos velhinhos que ainda tenho activos:
Também serve para deixar aqui uma referência a este meu outro blogue, um outro dos velhinhos que ainda tenho activos:
Acerca desta planta:
2020/02/24
Um poema de Carlos Lopes Pires no meu 73º aniversário: uma honra
in Facebook:
estas
hoje é o aniversário do meu amigo antónio nunes
estas
são as coisas que nos faltam
antónio
antónio
as nuvens
e a chuva que nos toca
sem nunca ficar em nós
e a chuva que nos toca
sem nunca ficar em nós
assim como o azul do céu
que nunca nos pertence
que nunca nos pertence
e não nos pertencem as casas
os corredores ou as portas
entreabertas
os corredores ou as portas
entreabertas
as sombras que por lá andam
e se misturam connosco
onde só há ausências
e se misturam connosco
onde só há ausências
já agora
também não nos pertencem
as flores
nem os dias de praia
também não nos pertencem
as flores
nem os dias de praia
avós pais tios filhos netos
os amigos ou as mulheres
que amámos
que amámos
à espera
que um dia
tudo nos pertença
que um dia
tudo nos pertença
-
comentário no FB:
António DAlmeida Nunes Um grande abraço, Carlos. A vida é o inexplicável mas que nós julgamos ser algo que nos pertence por direito próprio. Quem sabe se não temos razão. Afinal nós estamos na vida. digo eu...
2019/12/23
Quinta do Cónego - Vista da estrada que liga a Barreira a Cortes)
Cortes - Leiria - Quinta do Cónego (vista de "Cantomilho", na estrada que liga a Barreira às Cortes)
Mais sobre a Quinta do Cónego
https://dispersamente.blogspot.com/search/label/quinta%20do%20cónego
Mais sobre a Quinta do Cónego
https://dispersamente.blogspot.com/search/label/quinta%20do%20cónego
2019/12/20
À minha Mãe, neste Natal de 2019
Minha mãe, Maria da
Encarnação d´Almeida, nasceu a 4 de Agosto de 1924, no lugar de Casal,
Ribafeita, Viseu.
Os seus filhos, António (1947), Lurdes (1949), Sildina
(1951), Vitor (1953), Isabel (1958).
Vivemos no Porto até 1954; em Lamego (1954/5); em Viseu
(desde 1955 até cada um dos irmãos ir para seu lado, Leiria, Covilhã, Viseu,
Porto, Coimbra; alguns (eu em Moçambique) e o Vitor (Angola e México) chegámos a andar por fora.
Tantos anos já passaram...
-
Mãe
Vale-nos, a nós, filhos, a nobre e sempre exemplar
missão do nosso pai Daniel (também de 1924), que se mantém firme e generoso, à
tua beira, a ajudar-te a suportar o calvário dos teus últimos anos de vida.
Esta época de Natal é sempre motivo de reflexão e
traz-nos à memória tantos e tantos momentos de amor e emoção passados em
família.
-
Minha mãe
Não sei que mais dizer a não ser que penso muito em
ti...
Em tua honra passei a usar o meu nome assim:
António d´Almeida Nunes.
Mãe, jamais te poderei esquecer...
Leiria, 16 de Dezembro de 2019
(utilizei esta montagem na minha capa de FaceBook)
2019/12/13
A Anaximandro
https://www.facebook.com/orelhavoadora/posts/10206487946954418
Quando um homem se põe a pensar... Sente um impulso irreprimível de dizer coisas que vai experienciando. E há momentos em que não consegue evitar juntar a Poesia à Ciência:
---
A Anaximandro
(O primeiro Cientista e filósofo)
Pode parecer simples fantasia
Mas é estranho e maravilhoso
Poder admitir-se
Que o Infinito desapareceu
´Somos pequenas toupeiras
Que pouco sabem do mundo
Mas que continuam a aprender`
Só podemos aceitar
Ter esta capacidade
E prosseguir
A nossa caminhada no mundo
Das ondas electromagnéticas
E dos fotões
Quanto mais conhecemos
Maior é a nossa ignorância
a d´almeida nunes
dez19
------ coisas que vão ficando pelo Facebook:
notas:
* Anaximandro nasceu na cidade de Mileto (actual Turquia) em 610 a.C. Foi discípulo e depois mestre de Tales, fundador da célebre Escola de Mileto, na qual se discutia a origem e formação do Universo. Foi com esta escola que surgiram as primeiras teorias atomistas. Nas palavras de Anaximandro "O que vem antes e depois do finito, tende a ser infinito". ** Pode dizer-se, entretanto, que só mais tarde, com Lucrécio e o seu consagrado Poema "A Natureza das Coisas" é que estas ideias de que a combinação dos átomos era o que estava na origem de todas as coisas, mais se popularizou. *** Quase 2.500 anos depois, a ciência começa a questionar a ideia de infinito, com as mais recentes investigações sobre a forma como se comportam os elementos do Universo. ....
2019/11/23
ACÁCIO de PAIVA (Insigne poeta Leiriense) 1863-1944 e a homenagem que a Biblioteca Municipal de Ourém lhe prestou por alturas do 75º Aniversário da sua morte
Alguns dos familiares descendentes de Acácio de Paiva, presentes na sessão de homenagem na Biblioteca Municipal de Ourém
Esta sessão foi transmitida em directo pela Soutaria TV
***
Eis o que, entretanto, o seu Bisneto mais velho, Afonso de Melo, escreveu e tem dito acerca do seu avô, Acácio de Paiva:
------
Já antes,
Um muito obrigado, amigo Alfredo Ribeiro, por este trecho da participação de Zaida Paiva Nunes, aquando da apresentação da III Colectânea de Poesia Lusófona de Paris - na Sala do Capítulo no Museu de Leiria, 23 de Novembro de 2019.
ps.: A Zaida, quebrando o protocolo, disse um pequeno poema de sua autoria, não integrado na Colectânea, aproveitando para referir a passagem dos 75 anos da morte do Poeta Acácio de Paiva que dizia não ter o poeta necessariamente de ser triste: pode e deve também manifestar-se duma maneira alegre, humorística.
(se não se oonseguir ver o vídeo aqui pode
seguir-se o link no FB)
---------
Os primeiros 10 minutos do vídeo gravado e transmitido em directo pela Soutaria.TV: podem ver-se: David Teles Ferreira (à esquerda); a directora da Biblioteca; Constança Paiva de Melo (neta mais velha); Afonso de Melo (bisneto mais velho); Luísa Marques da Cruz (trineta).
(Em edição - 28.11.2019)
(Um fragmento do vídeo acima, reportado aos primeiros 10 minutos da sessão na Biblioteca Municipal de Ourém)
Os primeiros 10 minutos do vídeo gravado e transmitido em directo pela Soutaria.TV: podem ver-se: David Teles Ferreira (à esquerda); a directora da Biblioteca; Constança Paiva de Melo (neta mais velha); Afonso de Melo (bisneto mais velho); Luísa Marques da Cruz (trineta).
Também se podem ver, logo no início, de perfil e de costas, os bisnetos Luís Camilo Alves e António Camilo Alves e a neta Margarida Paiva Camilo Alves.
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(In Diário de Leiria - 27 de Novembro de 2018)
Acácio de Paiva
Leiria, 14 de Abril de 1863
Ourém, 29 de Novembro de 1944
---
Acácio de Paiva
Leiria, 14 de Abril de 1863
Ourém, 29 de Novembro de 1944
---
(Em edição - 28.11.2019)
2019/11/21
Acácio de Paiva - 75º Aniversário da sua morte
Lamento não poder estar presente. De qualquer modo, só agora tomei conhecimento. Espero que essa Biblioteca tenha de sua posse o livro de minha autoria.
Há várias dezenas de exemplares disponíveis. Gratuitos.
Este livro é edição da Junta de Freguesia de Leiria, 2013.
ps.: acabei por estar presente. Foram momentos muito especiais, os que acabámos (eu e a Zaida (sobrinha neta de Acácio de Paiva) de viver.
Não é impunemente que fazemos parte duma família tão entrelaçada com a personagem ímpar, que é Acácio de Paiva - Poeta, Jornalista, Escritor, Dramaturgo. As memórias que me foram transmitidas pela sua sobrinha neta e o consequente entusiasmo pelo aprofundar do conhecimento da sua vida e obra vão ficar indelevelmente gravadas em mim, para sempre!
Nunca será de somenos relevar a extraordinária ajuda do seu bisneto Luís Camilo Alves, que me proporcionou informações de vital interesse para a feitura do meu livro acima.
...
Mais... no post a seguir.
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Acácio de Paiva - 75º Aniversário da sua morte,
Falando de Acácio de Paiva,
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2019/10/12
2019/10/11
Agora que estou nos setenta
Tem-me dado para estudar
a natureza de coisas
Que não importam
Ao comum dos outros seres
E reflicto sobre coisas
Que me possam ligar
Mais intimamente
Ao universo e seus mundos
E fico maravilhado
Tantas coisas que julgo ver
Enquanto tento perceber
Como se isso fosse possível
a d´almeida nunes
Out19
2019/09/09
Valorizar tudo o que escapa à acção do homem
A simplicidade complexa das coisas
o calendário aproxima-se
sorrateiramente
do outono
inesperadamente
olho à minha volta
reparo nas folhas das árvores
e medito
se estamos preparados
para ver esta multiplicidade
das cores outonais
e reflectir sobre o significado
de todas as alterações nas coisas
do universo
olhar e ver a Natureza
eis a maior lição
sobre a vida e a morte
a d´almeida nunes
9set19 - Lourais
2019/09/04
a natureza das coisas - agapanto
as flores são um mundo
incrível
em comum com todos os outros
que não conseguimos perceber
constatamos que os ciclos
das coisas na Terra
estão mudados
se os compararmos
com os de tempos passados
este ´agapanto`
estará fora de tempo
a demonstrar que o tempo
não tem tempo
que a natureza das coisas
continua muito para além
do espaço do algoritmo
e dos vazios do próprio Homem…
a d´almeida nunes
4set19-Lourais-Leiria
2019/09/01
À minha filha Inês - no seu 50º Aniversário
À minha filha Inês
Agora
que entraste no 50º ano
da tua existência
que entraste no 50º ano
da tua existência
A memória
traz consigo um dia preciso
em Moçambique
em que o teu pai
ao apelo da tua chamada
fez uma corrida de 200 metros
com vontade
que fosse à velocidade da luz
e que a ser cronometrada
poderia ter ficado
como um um recorde mundial
traz consigo um dia preciso
em Moçambique
em que o teu pai
ao apelo da tua chamada
fez uma corrida de 200 metros
com vontade
que fosse à velocidade da luz
e que a ser cronometrada
poderia ter ficado
como um um recorde mundial
Não tínhamos automóvel
os tempos eram dos anos 60
e eram tempos de guerra em África
os tempos eram dos anos 60
e eram tempos de guerra em África
O táxi levou a tua mãe
ao hospital de Nampula
ao hospital de Nampula
Algumas horas depois
a porta deste mundo estranho
mas que é o nosso mundo
abria-se à tua passagem
a porta deste mundo estranho
mas que é o nosso mundo
abria-se à tua passagem
Eras pequenina
cabias nas palmas das minhas mãos
qual seria o teu caminho futuro
foi o meu primeiro pensamento
cabias nas palmas das minhas mãos
qual seria o teu caminho futuro
foi o meu primeiro pensamento
Vieste encher o nosso mundo
torná-lo diferente
muito colorido e cheio de esperança
torná-lo diferente
muito colorido e cheio de esperança
Esse milagre de vida
tem-nos acompanhado
em constante permanência
tem-nos acompanhado
em constante permanência
O tempo não parou
ao invés tem voado
qual pássaro
ao invés tem voado
qual pássaro
Nós, os teus pais,
também temos este grande privilégio
que é
acompanhar-te
e receber o teu carinho
que sabemos
será para todo o sempre
também temos este grande privilégio
que é
acompanhar-te
e receber o teu carinho
que sabemos
será para todo o sempre
Obrigados por seres nossa filha
Leiria, 1 de Setembro de
2019
António & Zaida Nunes
2019/08/27
Galinhas-do-mato
só vos posso dizer uma coisa
ficou-me na memória
para sempre
o gosto saborosíssimo
dos bifes da carne
destas galinhas
ao mata-bicho
em pleno centro de Moçambique
Nacarôa 1970
em modo férias no mato
...
2019/08/25
2019/08/11
Estimado amigo
Estimado amigo
Carlos Lopes Pires
(no dia do teu 63º aniversário)
feliz pelo teu aniversário
e grato pelo contagiante
dos teus poemas
o poema
com que nos brindaste
gostava eu de to retribuir
com o entusiasmo particular
de outro poema de amigo
especialmente
porque nunca é demais
recordar os aniversários
dos nossos amigos
muito me encanta
sentir-me nesse grupo
tão restrito dos amigos
a quem se dedicam poemas
mando-te esta maçã do meu quintal
-
a d´almeida nunes
(7ago2019)
2019/07/30
amigos duma vida
(foto do Gui+ eu+zéPaiva+zéRossio)
somos amigos de muito tempo
bastante bastante
quando nos juntamos
comemos bebemos falamos rimos
agora já não cantamos
ao dedilhar da viola
a cábula do livrinho do zé neto
com inúmeras letras de canções
daquelas cujas notas estavam no ouvido
os anos do calendário cronológico
passaram continuam a passar
mas o nosso tempo psicológico
mantém-se à tona ondulante
como as ondas do oceano
umas a seguir às outras
a praia do Pedrógão
a puxar-nos as recordações
mais antigas
e lembramos também
peripécias daquela guerra maldita
em que a vida esteve por um fio
(o vinho a ajudar a abrir o cadeado)
Agora que conseguimos Ser
faz-nos bem falar do passado
e sentir que estamos no presente
e que estamos dispostos
a não deixar entrar o Homem Velho
no nosso reduto
cá estamos para lhe fazer frente
antónio (um de entre outros)
(foto do Gui)
donde veio o espaço?
estou a dar comigo
a pensar
donde veio o espaço
se o espaço não foi criado
não se entende
onde estará o Universo
no entanto olhamos
para além de tudo
e sentimo-nos assombrados
com a vastidão e quietude
do espaço
como pode o espaço
ser o vácuo?!
a d'almeida nunes
28jul2019
2019/07/11
Rumo ao Homo DEUS ?!
Há dias descobri este livro:
Quem é que não anda baralhado com os tempos que correm?
Mais uma acha para a fogueira.
Entretanto, escrevi e reescrevi:
Prece
(no medo do Homo Deus)
Deus todo poderoso
único e indivisível
criador ex nihilo
de todas as coisas
visíveis e invisíveis
que estão em todo o lado
e nos tempos todos
único e indivisível
criador ex nihilo
de todas as coisas
visíveis e invisíveis
que estão em todo o lado
e nos tempos todos
dá-nos a tua inspiração
para
que os humanos
parem ouçam e olhem
parem ouçam e olhem
o vento que passa
o sol que nos olha de soslaio
a chuva que perdeu o tino
e se esqueceu deste canto
extremo oeste da Europa
o sol que nos olha de soslaio
a chuva que perdeu o tino
e se esqueceu deste canto
extremo oeste da Europa
e que
não se cansam
de nos perguntar
de nos perguntar
o que é que acontece
neste planeta Terra
em que os homens
só pensam em férias
neste planeta Terra
em que os homens
só pensam em férias
e o trabalho ó Deus
quem fica para laborar
para que se possam comer
as maçãs
quem fica para laborar
para que se possam comer
as maçãs
e beber o sumo da baga da uva ?!
a d´almeida nunes
10-07-2019
10-07-2019
2019/07/05
que mais podemos fazer?!
será a morte o fim
mas se sim
ainda não sabemos
que fim é esse
entretanto
vivemos sem conseguirmos
identificar o que somos
entre o que não sabemos
e o que julgamos ser
que tempo-espaço é este
em que julgamos estar
interrogamo-nos?!
escutamos olhamos
esperamos uma resposta
que mais podemos fazer?!
a d´almeida nunes
2jul2019
2019/06/25
A Lala - um dos companheiros de vida
2006 - 2012
Debaixo do limoeiro
A Lala
Olhei
e tentei vê-la e senti-la
como se o tempo
pudesse parar
um bocadinho que fosse
Morreu num ápice
Ainda hoje
como que se ouve
o seu latir
Ora alegre ao ver-nos
Ora de guarda atento
Meiga e amiga
Vistosa e cúmplice
Onde estarão agora
os outros átomos
que eram
no seu conjunto
A Lala?!
a d´almeida nunes
jun2019
2019/06/08
Largo da Sé de Leiria
Largo da Sé de Leiria
(A todos os que tiveram o privilégio supremo de o viver no século XX)
(A todos os que tiveram o privilégio supremo de o viver no século XX)
anos 80 noventa
um entardecer
o olhar do Largo da Sé
deixa-me embevecido
o olhar do Largo da Sé
deixa-me embevecido
um coro de cantos
anunciam o recolher
de bandos de pássaros
ao aconchego sobrenatural
da tília tomentosa e dos padreiros
e também do jacarandá
anunciam o recolher
de bandos de pássaros
ao aconchego sobrenatural
da tília tomentosa e dos padreiros
e também do jacarandá
oh não esqueçamos as olaias
os pássaros
em estridentes
e melodiosos trinados
amanhecem o dia
fazem-nos companhia
em estridentes
e melodiosos trinados
amanhecem o dia
fazem-nos companhia
das águas furtadas
da "pharmácia" e casa dos Paivas
cumprimenta-se de varandim
com a abrangência do olhar
da "pharmácia" e casa dos Paivas
cumprimenta-se de varandim
com a abrangência do olhar
e todo o Largo
a própria chuva
nas gárgulas da Sé
correspondem em uníssono
a própria chuva
nas gárgulas da Sé
correspondem em uníssono
e sentimo-nos
como que em transe
a participar
daquela sublime comemoração
em sinfonia celestial
como que em transe
a participar
daquela sublime comemoração
em sinfonia celestial
oh Largo da Sé
muito de mim
ficará para todo o sempre
contigo
muito de mim
ficará para todo o sempre
contigo
um dia
onde quer que esteja
hei-de voltar
onde quer que esteja
hei-de voltar
a d'almeida nunes
rev. junho 2019
rev. junho 2019
Pensar na Europa e evocar Adriano
Há livros que nos prendem
Num laço repentino
Inesperado
Ou talvez não
Talvez nem consiga perceber
Num ápice
Fiquei com a sensação
De que não sei
O que é a Europa
E socorro-me dos livros
Um que me tenta explicar
Que é bom perceber a actualidade
Outro que romanceia
A origem deste espaço
Desde os tempos
Imediatamente antes de Cristo
Desde Adriano
A declarar-se satisfeito
Com o humano
Que nele encontrou tudo
Até o eterno...
A Europa é o quê?!
a d´almeida nunes
7jun2019
2019/06/05
Contador do meu blogue nesta data
MUITO OBRIGADO PELA VISITA.
0 | 77 |
1 | 69 |
2 | 67 |
3 | 64 |
4 | 52 |
5 | 72 |
6 | 88 |
7 | 84 |
8 | 64 |
9 | 63 |
10 | 63 |
11 | 46 |
12 | 42 |
13 | 33 |
14 | 77 |
15 | 78 |
16 | 70 |
17 | 44 |
18 | 54 |
19 | 54 |
20 | 37 |
21 | 34 |
22 | 75 |
23 | 54 |
24 | 42 |
25 | 46 |
26 | 59 |
27 | 99 |
28 | 81 |
29 | 83 |
Em 05-06-2019 - 22:40 o contador do meu blogue tinha esta marca.
Entretanto, 13 anos estão a passar, desde que ele deu sinais de vida.
Obrigado, amigos, que me têm acompanhado ou simplesmente visitado, ao longo de todos estes anos...
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