2010/01/30

Portugal - Que Futuro?


Já não sei que vos diga ou que vos conte!
Cortes indiscrimados! No OE? Nas árvores? No discernimento?!...
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2010/01/28

Orçamento do Estado e Poder

Passei pelo MSN, aliás, está na minha página inicial do meu browser "Google Chrome" e deparei com esta questão, a título de inquérito.




Que evento vai marcar 2010?



Respondi instintivamente, como se estivesse na pele da maioria das pessoas que, provavelmente, respondem a este tipo de inquéritos.


Como devem saber, após se responder ao inquérito, dão-nos, como retorno, a posição percentual da importância que os questionados atribuem a cada questão. Ei-la, no caso concreto da pergunta acima:


O Casamento entre pessoas do mesmo sexo (Jan’10) 20%
O debate do Orçamento de Estado (Fev’10) 5%
A visita do Papa a Portugal (Mai’10)
23%
O Rock in Rio 2010 (Mai’10)
7% 

O Mundial 2010 (Mai-Jun’10) 34%
O centenário da República (Out’10) 5%
A Campanha para as Presidenciais (Dez’10)
6%



7618 respostas, sem valor científico, resultados actualizados ao minuto. (12h50 de 28/12/2010)


Ou seja, a maioria significativa das pessoas que responderam a este inquérito, estão predispostas a darem a sua atenção máxima, ao que se vai passar relativamente ao "Mundial 2010" de Futebol, deixando para último plano das suas preocupações, o tema que deveria ser de importância extrema para as suas vidas, ou seja o Debate do Orçamento de Estado para 2010!


Se bem que também é verdade que pouco resultado prático teria o manifesto da nossa preocupação na busca das melhores soluções para um equitativo OE!
Com o dinheiro a ser gerido sempre no intuito de favorecer os mesmos, os mais privilegiados, os que estão na roda do Poder, e o princípio de que Cidadãos de Primeira somos todos nós, a ser constantemente menosprezado, para não dizer desprezado!...

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2010/01/26

As i am


(se quiser ouvir o som, desligue a playlist da barra lateral)
As discussões à volta do Orçamento do Estado trazem-me de cabeça à nora. 
Não há dinheiro nos cofres do Estado? Pois como é que pode haver? Diz-se que o dinheiro que a Madeira reclama que é uma gota de água, que as mordomias dos políticos que passam à "reserva" da Nação, Ministros e por aí abaixo, idem aspas, que há que dar mais subsídios para tudo e mais alguma coisa, etc etc.
Nós somos assim! 
Podemos continuar assim?!...

2010/01/23

27 LUGARES COMUNS


Tenciono estudar as histórias que estiveram na origem do maior número dos chamados "lugares-comuns". A talho de foice vou já aqui deixar anotado o que o Dicionário imediatamente antes referenciado nos diz: "Lugar-comum Nome de todas as fontes de onde se podem tirar argumentos e formas aplicáveis a todos os assuntos; são recomendáveis como parte essencial da arte oratória pelos antigos oradores gregos."
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Como se pode confirmar, a porta da casa da fotografia, em Leiria, tem o número, chamado o de polícia, 27.
Precisamente neste momento. Está em curso o sorteio dos números do euro-milhões desta semana. Ninguém acertou no primeiro prémio. Um dos números que saíu: 27.


Tenho uma longa e íntima ligação com os algarismos 2 e 7. Quando fui para a tropa foi-me atribuído o nº 27 nos três meses que permaneci na EPAM - Escola Prática de Administração Militar, de Outubro a Dezembro de 1968. Depois de cumprido o serviço militar (EPI de Mafra, EPAM, RI7 em Barreira/Leiria, Batalhão de Engenharia em Nampula - Moçambique) fui viver para o nº 7 do Largo da Sé, em Leiria.
Com a mobilização para Moçambique, a cumprir o serviço militar obrigatório, acabei por passar 27 meses da minha juventude na tropa.


Alguns anos depois mudámo-nos para o nº 27 da Rua C (mais tarde Rua de Roma) da urbanização da Quinta do Bispo em Leiria. Entretanto, aluguei e mantive durante muitos anos, um apartado postal a que me coube o nº 227.


Actualmente vivo no nº 327 na rua que limita as freguesias de Cortes e da Barreira no lugar dos Lourais.


Tenho ouvido com frequência o programa de 1 a 3 minutos de Mafalda Lopes da Costa na Antena 1 a abordar, duma forma muito interessante e creio que competente, a explicação que me parece extremamente rigorosa, da origem dos lugares comuns usados na língua portuguesa.
E fiquei bastante entusiasmado com a ideia de aprofundar este tema. Através de consultas em livrarias, internet (aqui só no site da RDP encontrei referências ao programa que está em curso) e algumas bibliotecas, não tenho conseguido obter pistas rápidas e práticas. No entanto, na "Biblioteca Calouste Gulbenkian - João Soares", sita nas instalações da Fundação Casa-Museu -Mário Soares, no lugar de Cortes - Leiria consegui que me fossem disponibilizados 3 livros que me podem ajudar nesta tarefa que tenciono levar avante. Entre estes livros destaco o "Dicionário de Expressões Populares Portuguesas".


A página 227, última referência, pode ler-se:
"Desalumiar Ter muita amizade a...; gostar muito de... (Serpa) (Pjr)."


Voltarei a este assunto, em breve...
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2010/01/19

LEIRIA - Mas que má sina a deste Largo da Sé




Peço-lhe o favor de tirar o som para não se sujeitar à tortura de ouvir o apresentador deste vídeo (tem que se ter em conta que se trata de um estagiário nesta área da comunicação. Para a próxima promete que vai preparar um vídeo profissional).

Se, mesmo com esta recomendação, ouvir o narrador, rapidamente se aperceberá da vergonha que se está a passar nesta Zona Histórica de Leiria. Inacreditável que se tenha deixado degradar até este ponto uma das áreas mais representativas do que poderia ser o Centro Histórico da cidade de Leiria.
O mais grave é que parece que ninguém se manifesta publicamente contra este estado de coisas. 
Segundo consta, a actual Câmara Municipal, manifesta-se impotente para fazer algo de positivo para reavivar esta Zona da cidade. Diz que está sem dinheiro, endividada até mais não. 
Acredito que sim, que esteja endividada, que tenha recebido de herança um passivo incomportável para as contas do Município. Mas há um mínimo de obras de manutenção que têm que ser orçamentadas e executadas em conformidade. A não ser que esteja completamente falido e as receitas mal cheguem para pagar ordenados!...
Às tantas!...

2010/01/16

HAITI – Fatalidade ou inconsciência?


(clic para ampliar)

HAITI – Fatalidade ou inconsciência?


Uma das informações sobre o Haiti, que ouvi hoje e mais me chocou, foi o círculo fechado em que se transformou esta ilha (com a outra metade, a República Dominicana). A pobreza extrema em que vivem os seus habitantes. Assim viveram desde sempre.Como consequência, acabaram por desbastar completamente a flora, para terem lenha para se aquecer e para poderem ter acesso a uma fonte de energia fácil e barata. Daí à desflorestação daquele pedaço de terra foi um pulo. Para manter acesa a luta pela sobrevivência, os Haitianos deslocaram-se em massa para a capital, Port-au-Prince. Resultado. Esta cidade era habitada por vários milhões de pessoas, as suas habitações não obedeciam a quaisquer regras de segurança mínima contra as intempéries e outros cataclismos da Natureza. Esta zona é permanentemente fustigada por furacões, sujeita a inundações mortíferas, as pessoas a viverem na sua maioria abaixo do limiar da pobreza. Mesmo assim os senhores do Poder têm cometido toda a espécie de arbitrariedades para manterem as suas mordomias.Além disso, em termos de localização relativamente a riscos sísmicos, são reconhecidamente dos piores que se possam imaginar.Poder-se-á perguntar: então porque é que estas ilhas, situadas precisamente em cima duma das falhas sísmicas mais perigosas do Mundo, não têm merecido da comunidade internacional mais atenção? Porque é que as autoridades não se organizaram de modo a que as construções de edifícios e outras infra-estruturas cumprissem as regras conhecidas de resistência aos sismos de maior amplitude?Ouvi na TV uma pessoa - parecia-me habitante da ilha - a criticar o Governo da falta de informação a prevenir a eventualidade próxima de um sismo desta amplitude! Que pensar? Seria possível ter prevenido uma catástrofe com estas dimensões?Fica-se chocado com o que se passa por todo o lado, por esse mundo fora!O Homem tem que se conformar com os riscos a que se sujeita quando vive em determinadas zonas do globo? Será humanamente possível prevenir com alguma proximidade temporal um sismo desta natureza?


E nós, portugueses, estamos a fazer tudo o que é humanamente possível, para nos defendermos duma situação semelhante, dada a falha tectónica em que assenta o nosso país?

António Nunes
CT1CIR

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Nota
O mapa acima é um excerto do mapa mundial dos indicativos dos radioamadores. Os radioamadores sedeados no Haiti têm (ou teriam) o indicativo HHxxxx. Nos momentos mais dramáticos em que as comunicações mais sofisticadas, telefone e televisão e até internet, colapsaram completamente, os radioamadores podiam ter sido de extrema utilidade. No mínimo, através das suas estações alimentadas a bateria, que qualquer radiomador que se preze, deve ter a perfeita consciência da sua missão social, no restabelecimento de comunicações básicas de emergência em substituição das comunicações oficiais.
Mais uma vez ficou provado à saciedade que se houvesse meia dúzia de radioamadores equipados com onda curta e equipamento alimentado a bateria ou com geradores, se poderiam ter estabeleciso essas comunicações imediatamente a seguir ao cataclismo que abateu o Haiti. Os radioamadores sobreviventes teriam esse dever indeclinável.
Mas não. O que acontece é que as autoridades nada têm feito para enquadrar devidamente os radioamadores nos serviços nacionais de Protecção Civil dos vários países, como é também o caso de Portugal, por exemplo.
Simplesmente lamentável esta falta de visão e de organização básica da Protecção Civil a que os cidadãos têm o Direito Constitucional e Humano.

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2010/01/15

Blogues - Fernando Tordo




                       (desligue a play list da barra lateral)


Encontrei o Fernando Tordo, hoje, na blogosfera. Pela mão do seu filho João, escritor ...
Quantas recordações...quantas saudades de outros tempos!..
Mas continua em forma, Fernando!
Hei-de gostar sempre de o ouvir e ver!

2010/01/13

Haja respeito pela Biodiversidade no Planeta Terra!...


Um melro a observar a evolução do tempo chuvoso e de Inverno que se tem feito sentir.

O meu gato, o "Rapazito", numa destas manhãs frias, a aproveitar o calorzinho da chaminé por onde saem os vapores da água quente dos banhos.

Uma ave, que só se descortina na fotografia, desde que se concentre a visão. Está a comer as pomes dum espinheiro, no limite Norte do meu jardim.

O tempo, entretanto, tem andado com esta má cara. A Natureza a fazer juz à época do ano? Só?!...
Com tantos nevões e a sua persistência no frio e no gelo e neve ,em todo o Hemisfério Norte, não estará a  Natureza e tentar forçar o reequilíbrio que o Homem tem andado a desestabilizar nestas últimas décadas, duma forma intensiva e impensada? 
Afinal o que é que os Senhores da Terra decidiram em Copenhaga? Acabámos por não perceber para que é que foi tanto estardalhaço!...


Espero bem que não nos venhamos a arrepender duma forma irremediável, nesta ganância diabólica do Lucro pelo Lucro. Para satisfazer o egoísmo duma minoria, que não consegue perceber que sem uma Natureza sustentada, sem um esforço concertado de todos nós no sentido de não se desorganizar ainda mais o equilíbrio dos ecossistemas biológicos em que assenta a vida na Terra, não teremos Futuro neste Planeta?


Desiludam-se os que pensam que com muito dinheiro haverá quem sobreviva ao Caos para que caminha o Planeta, se não forem tomadas medidas colectivas a nível Global!...


Comecemos pela reestruturação do Sistema Económico em que assenta a Vida do Homem.
A Economia baseada primordialmente no Lucro tem os seus dias contados!...
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2010/01/10

Jardinagem e Cícero


"Se ao lado da biblioteca houver um jardim, nada faltará."

Cícero


Centro Oeste de Portugal. Sol de Inverno a jorros. O dia estava a chegar ao fim. 
Após uma maratona de trabalho de jardinagem!...

obs:
sugestão de "Tulipa"


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2010/01/05

Um dia invulgar...para mim


O 5º dia da minha reforma (parcial) por velhice. Levantei-me cedo. O dia estava a preparar-se para prosseguir a sua caminhada invernosa destes dois últimos meses. No entanto, algures, o horizonte sobre a Serra da Sra. do Monte, Cortes - Leiria, apresentava-se com uma aberta luminosa, qual lenço diáfano sobre as nossas cabeças...Bom Dia, saudei eu!...


Passámos - eu, a Zaida, o Soares Duarte e a Luísa, sob a orientação do Padre Elísio e sua equipa técnica - a manhã, em Fátima, nas instalações dos Missionários da Consolata, a colaborar na catalogação no acervo de fotografias daquela instituição, particularmente ligado às vivências dos missionários daquela congregação religiosa. Estou encantado com a oportunidade que me está a ser proporcionada de aprender a lidar com a fotografia, sob um prisma interessantíssimo, que é o da organização duma base de dados multi-facetada e multi-disciplinar, com base nas milhares de fotos tiradas, desde o princípio do século passado, por muitos missionários em acção no terreno e em muitas colecções particulares oferecidas para este efeito.



Da parte da tarde reparti o meu tempo pelo trabalho (sim, que não vou encostar-me à sombra da bananeirazita com que o Estado diz que vai ser o meu Eldorado ao fim de 40 e tal anos de descontos para a Segurança Social) e por uma nova ida a Fátima para ir buscar os meus netos, filhos da Inês, a Mafalda e o Guilherme, que lá estudam no Colégio de S. Miguel. É que a Inês anda com a mãe a tratar dum problema de saúde que pode não se compadecer com delongas...


De permeio, a PSP aplicou-me duas multas por estacionamento indevido (em zonas onde à noite se pode estacionar completamente à vontade para se ir beber uns copos para os Bares que inundam a Zona Histórica de Leiria).
Aliás, a PSP de Leiria parece ter começado o ano muito activa a aplicar multas de trânsito a torto e a direito. Assim fosse tão pronta quando é chamada para responder a apelos para pôr cobro a situações de perturbação na via pública à noite como resultado dos exageros constantes de alguns frequentadores de Bares. Ruídos impeditivos de os cidadãos mais pacatos  (a maioria idosos) poderem dormir sossegados, por exemplo. E que patrulhasse com mais assiduidade e visibilidade as áreas da sua jurisdição para dissuadir os larápios (quantas vezes armados... até de marreta na mão, a partir montras e vidros de automóveis).

Amanhã, logo pela manhã, conto ir pedir uma informação sobre como é que se concebe que se multe duas vezes seguidas, intervaladas por pouco mais de duas horas, um pacato cidadão, que anda a fazer pela vida, que tem que contar com alguma compreensão da Polícia de trânsito na cidade, para poder trabalhar a cumprir horários rígidos, tipo para-arranca (no intervalo, vai multa). Tanto mais que até nem está a causar problemas de trânsito, apesar de ter contra si uma alínea qualquer do Código da Estrada.


Também tive que ir à Loja da PT, calhou-me o nº 371. Ia no 124. Esperei o suficiente para perceber que a média de atendimento era inferior a 10 pessoas por hora. Andei ali pelas redondezas a controlar o andar da carruagem. Horas depois, ia no 344. Vim até à porta, mesmo assim a olhar pelos vidros, a acompanhar a evolução dos números das fichas em que seguia o atendimento. Num ápice, dei com os olhos no nº 376. Inesperadamente, a numeração deu um pulo de gigante que me apanhou desprevenido, nem ouvi as chamadas, que, aliás, quando se aproxima a fora de saída do trabalho é muito mais acelerada. Nem dá para uma pessoa ouvir a tempo. Dirijo-me rapidamente ao guichet e peço ao senhor que lá estava que me atendesse logo que despachasse a sra. que me passou à frente. Que não, que havia a tolerância máxima de 3 números. Que só se as outras pessoas que estavam na bicha não se incomodassem é que podia fazer o "especial" obséquio de me atender. Logo a voz duma sra. se levantou a manifestar-se contra, retorqui-lhe com a maior delicadeza. Que não, que eu tivesse esperado, que ela já ali estava há mais de meia-hora, bla bla bla. Só faltou implorar, por Amor de Deus, que me deixasssem ser atendido, tanto tempo que já tinha passado desde que tirei a ficha. O snr. do balcão: que há mais tempo estava ele a trabalhar. O serviço dele, obviamente, que deverá trabalhar - e cara alegre - como qualquer cidadão, vulgar, 8 horas por dia -voltei a retorquir. Confesso que com esta troca de galhardetes, exaltei-me um bocadinho.
Resumindo, nada feito, por hoje... 
Gente simpática e nada egoísta, sem dúvida!...


Para fechar o dia fora de casa, em beleza: desentendimento com a condutora ao meu lado direito, numa rotunda. Essa condutora, entrou na rotunda ao mesmo tempo que eu. Colocou-se ao meu lado direito, ainda que - reparei -não fizesse qualquer tenção de mudar de direcção logo a seguir, na primeira saída da rotunda, como manda o Código da Estrada e Normas Reguladoras conexas. Começo a fazer pisca para a direita, que eu queria sair da rotunda, na terceira saída. Essa "condutora de trazer por casa" acelerou e encostou-se ainda mais ao meu carro. Saiu da rotunda na mesma saída em que eu pretendia fazê-lo. E apitou ferozmente, olhando na minha direcção com olhar de poucos amigos. Tive que fazer uma manobra de emergência para me afastar daquela "ás" do volante. Mais à frente, paramos a um sinal vermelho. Faço tenções de sair do carro. A Zaida pede-me para não arranjar mais sarilhos. Só queria ir dizer-lhe para estudar o que mandam as regras para se conduzir numa rotunda, ainda por cima com 3 faixas de rodagem e grande, talvez a maior de Leiria. Pressinto-a atrapalhada a trancar as portas do carro. É claro que não lhe ia fazer mal nenhum. Mas era bom que se tivesse apercebido da manobra indevida que fez e da apitadela despropositada que me dirigiu.


Bom. esperemos que as chatices do dia fiquem por aqui...


E com isto já me esquecia de me referir à segunda foto. A das duas árvores relativamente grandes. São dois choupos.
Para os que têm acompanhado as peripécias e outros percursos deste "dispersamente": lembram-se daquela história da reconversão do Largo Cónego Maia (o da foto), em Leiria? A ideia original era abater estes dois choupos, referências da zona histórica de Leiria, em bom estado sanitário. Pois. Depois de muita contestação popular (ou terei sido só eu e, mais tarde, o BE que se colou ao movimento, que já andava nos jornais e estávamos em campanha pré-eleitoral para as Autarquias) lá se conseguiu que reformulassem o projecto e deixassem as árvores em pé!
Até quando? Já ouvi uns zunzuns, que aqueles choupos estão doentes e carcomidos pelo tempo. Mentira, digo eu e dizem os (alguns, que a maior parte até nem se ralam muito com as árvores) habitantes de Leiria. Pelo menos os que já convivem com aquelas árvores há décadas.
Lá plantaram os tais aceres que vinham no projecto, mas deixaram os choupos. Já não é mau de todo.
Digamos que o Largo até nem ficou desengraçado de todo. Pudera, tendo em conta a javardice em que o tinham transformado nos últimos anos!


Bem. E fico-me por aqui. Desculpem lá esta crónica zangada!...


Prometo acalmar-me.
Até para ver se ainda consigo gozar algum tempo da minha reforma!?...
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2010/01/01

Leiria do Rio Lis...em tempo de muita chuva

Leia-se, também, o belo poema de Soares Duarte, p. 12 do boletim nº 2, da ACLAL (aqui)

Da ponte Hintze Ribeiro, em 30 de Dezembro, tempo de muita chuva, o rio Lis (*) e as suas águas, ora de curso lânguido e cantado por variadíssimos poetas e trovadores, ora de rápidos e cheias que se espraiam pelas várzeas luxuriantes do vale do rio, desde a zona da Barosa até Monte Real...

(*) A etimologia da palavra identificativa do nome do rio que atravessa Leiria, vindo das Fontes, freguesia de Cortes e terminando o seu curso de cerca de 50 Km, no Atlântico, na Praia da Vieira, tem suscitado algumas confusões, que talvez pudessem ter sido evitadas, na devida oportunidade. A palavra correcta deve ser "LIS", como aliás, se tem vindo a usar da há já umas décadas a esta parte.
Uma das opiniões, favoráveis à utilização da toponímia "LIS" e não "LIZ" é a de Manuel Marques da Cruz, conforme publicou o "Jornal das Cortes nº 106, 2/Set/96, p.6). (v. também o livro "Recortes do Jornal daí" vol I, pág. 297).
Resumindo: concordo com a forma simples como se conclui pelo uso da palavra LIS. Resultará do cruzamento da palavra lilium com a palavra Iris. Pondo isto em linguagem genética, direi: de lilium veio o cromossoma "l", e de Iris os cromossomas "is": i + is = lis.
Continua, Marques da Cruz: O lírio e a Iris são plantas da mesma família, mas de géneros diferentes. Os franceses têm um rio a que chamam Lis. Que nunca escreveram com um "Z"; os bons dicionários portugueses só registam a forma "Lis"; o Armorial Lusitano diz-nos que já em 1528 uma família nobre tinha o apelido "Lis".
Também adoptam a designação "LIS" outros dos mais categorizados dicionário portugueses:
- Enciclopédia Verbo
- Dicionário Etimológico, de Pedro Machado
- Dicionário Lello
- Dicionário de Augusto Moreno
- Dicionário da Literatura Portuguesa, dirigido por J. Prado Coelho

Consultando  eu o "Grande Dicionário Enciclopédico Ediclube" de 1996 pode ler-se: 
LIS. (fr.lis, do l. lilium). s.m. LÍRIO. || v. FLOR-DE-LIS.
LIS. Rio da subregião Oeste, que banha Leiria e desagua em Vieira de Leiria, após um percurso de cerca de 50 Km. Pouco caudaloso, atravessa uma região onde as explorações suínas e as variadas indústrias que rodeiam a cidade de Leiria têm contribuído para o aumento da sua poluição.

Ou seja: será de manter estas placas toponímicas com nomes alegadamente errados? É que ninguém consegue em bom rigor, justificar esta grafia, que está bem implantada na ponte Hintze Ribeiro e noutros locais, ao longo do percurso do rio Lis. E lá vão coexistindo, dolentemente, como se estivessem ali a disputar a toponímia correcta para o nome deste belo rio português.
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