2012/09/30

? Javardices ! ...


Sem Governo o que é que andamos a fazer de Portugal ?

- Ultimas javardices:

António Borges, diz que Conselheiro do Governo:
"Os empresários portugueses são uns ignorantess";

Ministra da Justiça:
"A impunidade acabou"

Ora bolas!...
---
"Uma mentira comum da propaganda é estar sempre a dizer que "ninguém apresenta alternativas", o que não é verdade. Mas o Governo não quer ouvir, e onde hoje toca estraga tudo e acabará por ser derrubado ou por cima, porque os poderosos que sempre o apoiaram o vêem hoje como um empecilho e um risco, ou por baixo, pela multidão. Em ambos os casos é um caminho muito perigoso, até porque começa a perceber-se que é um caminho sem alternativas..."
José Pacheco Pereira 
(aqui)
@as-nunes

2012/09/29

Livros, escritoras, editoras ...

 Maria Manuel Viana e Patrícia Reis
 Elsa Ligeiro no uso da palavra

No âmbito do 13º aniversário da editora "alma azul", a que fiz referência no registo anterior:

1 - As duas escritoras convidadas, Maria Manuel Viana e Patrícia Reis, no decorrer das apresentações dos seus livros;
2- As escritoras e a editora, Elsa Ligeiro, enquanto esta, no meio de lágrimas de comoção e alegria, ia dizendo sobre a editora e os seus projetos para o futuro, ao mesmo tempo que tecia rasgados elogios ao trabalho das duas amigas e escritoras presentes;
3- Os livros, ao fim e ao cabo os temas de animação deste convívio literário:
-
Por Este Mundo Acima
Patrícia Reis
ed. D. Quixote - 2011
Patrícia Reis nasceu em 1970, começou a sua carreira jornalística em 1988 no semanário O Independente, passou pela revista Sábado e realizou um estágio na revista norte-americana Time, em Nova Iorque. De volta a Portugal, é convidada para o semanário Expresso, fez a produção do programa de televisão Sexualidades , trabalhou na revista Marie Claire, na Elle e nos projectos especiais do diário Público. Editora da revista Egoísta, é sócia do atelier de design e texto 004, participando em projectos de natureza muito variada. Escreveu a curta biografia de Vasco Santana e o romance fotográficoBeija-me (2006), em co-autoria com João Vilhena, a novela Cruz das Almas(2004) e os romances Amor em Segunda Mão (2006), Morder-te o Coração(2007), que integrou a lista de 50 livros finalistas do Prémio Portugal Telecom de Literatura, No Silêncio de Deus (2008) e Antes de Ser Feliz (2009).
ouvir entrevista RTP
-
O verão de todos os silêncios
Maria Manuel Viana
Ed. Planeta - 2011

Na contra capa do livro de Maria Manuel Viana, escreve Inês Pedrosa:

"Num tempo em que a pirotecnia da citação passa por literatura, a voz de Maria Manuel Viana impõe-se pela singularidade de um universo povoado por personagens inesquecíveis, sobreviventes da memória, do esquecimento e da luz crua da paixão. A sua escrita envolvente obriga-nos a redesenhar os territórios da dor, do sonho, da inteligência e da cumplicidade. A viagem das três mulheres deste romance torna-se uma viagem aos lugares mais secretos de cada um de nós."

O convívio foi muito interessante e as escritoras prestaram-se a um animado colóquio sobre a arte de escrever livros, da influência muito subjetiva da crítica literária publicada em jornais e revistas e da necessidade de se escrever com tempo para investigar e aprofundar os temas que se tratam, de forma a se apresentarem à estampa duma forma original e instigadora à leitura.
(entrada na az-biblioteca)
@as-nunes

2012/09/27

Andarilhar por aí: Travessa da Paz - Vidigal




Uma travessa com rotunda e tudo ...

Hoje decidimos ir a Coimbra, ali à zona de Santa Clara-a-Velha, participar duma sessão de aniversário da editora "Alma Azul", da nossa querida e recente amiga Elsa Ligeiro. Fomos comemorar o 13º aniversário desta editora e atelier de artes.
Em boa hora Elsa Ligeiro convidou duas escritoras(*) para se apresentarem, falarem da sua atividade literária e não só, dos seus livros mais recentes. Julgo ser oportuno escrever uma crónica/reportagem sobre este assunto, já a seguir.

Vem isto para dizer que este "post" acabou por "ir para o ar" às 22h00, como eu o tinha agendado, mesmo antes de escrever uma linha ou duas, pelo menos, como é da minha praxe e estilo.
Ora acontece que acabámos mesmo agora de chegar a casa, são 23 horas... 

O que é que eu pretendia dizer? Nada de especial, a não ser que há momentos, os mais prosaicos, de inspiração da mais genuína e simples. À quinta feira costumo fazer o percurso Pousos-Barreira ,pelo que, com muita frequência, passo pela zona do Vidigal (Leiria). Só hoje é que reparei que sigo indiferente à placa toponímica acima e decidi que havia de dar uma vista de olhos àquela travessa.
É o resultado fotográfico dessa curiosidade que hoje aqui deixo plasmado.

(*) 
Maria Manuel Viana
O verão de todos os silêncios
ed. Planeta - 2011
-
Patrícia Reis
Por Este Mundo Acima
ed. D.Quixote - 2011

@as-nunes

2012/09/26

Possuem palácios, iates, aviões e limusinas, E evitam as ruas onde vivem os que não têm tecto.



ANTÓNIO

No Norte de África decerto se lembrou de outro santo, outro António,
Que séculos antes, junto ao Nilo fora tentado muitas vezes.
Bosh mostrou ao mundo as suas tentações,
Assim como Giotto mostrou ao mundo o doce Poverello.
«Dá-me a tua pata», disse Francisco ao lobo,
E a pata pousou na mão do santo que António seguiu e venerou
No tempo da lepra, da peste e dos mendigos.
Dava pão aos pobres, pedia pão aos pobres, era pobre entre os pobres
Este santo de Lisboa, sábio entre os sábios,
Que cantava nos caminhos e atacava com a palavra os poderosos e a usura.

Os mercadores-banqueiros de Pádua e Florença
Estão hoje em Wall Street, na City e noutras praças.
Possuem palácios, iates, aviões e limusinas,
E evitam as ruas onde vivem os que não têm tecto.
Os seus olhos não sabem abrir-se para o nascimento de uma rosa.
Escuta, Santo: continua a ser difícil dialogar com a usura.
Mais fácil é falar com o trovão, como fizeste.

Maria Amélia Neto
Colóquio Letras
Mesmo o Passado
É sempre incerto
Número 142 Outubro-Dezembro 1996
p. 159
@as-nunes

2012/09/24

Rio Lis, uma vista à soleira do Outono


O rio Lis, em Leiria, tem destes momentos mágicos ...


plátanos, do lado direito (margem direita);
tílias 





catalpas, do lado esquerdo.











2012/09/22

Portugal em reflexão (ed. revista)



Ai Portugal, Portugal!

Todos os portugueses têm o dever/obrigação cívica de se pronunciarem, objetiva e concretamente, sobre os problemas que afligem esta Nação milenar.
Cada um de nós tem uma opinião formada ou formatada de acordo com a sua vivência. 

A questão é que as instâncias do poder são demasiado autistas ou atuam exclusivamente na defesa dos setores da sociedade que lhes interessa. Normalmente os que detêm o poder do Capital, pois que, como se sabe, vivemos numa sociedade capitalista, pura e dura.

Talvez porque nos tenhamos acomodado, chegámos a esta miserável situação em que a gestão do nosso futuro está nas mãos de várias troikas:

- Troika propriamente dita (FMI, CE e BCE);
- Governo (Passos, Relvas e Portas);
- Troika portuguesa (PR, BP e CES).

E nós temo-nos limitado, como meninos bem comportados, a seguir ao ritmo do toque da caixa, mansamente, apesar de sermos "nobre povo/nação valente".
O Governo lança uns balões de ensaio e fica à espera da reação. E nós vamos emitindo as nossas opiniões. Às vezes até fazemos manifestações de rua! Algumas até são grandiosas, de fazer pensar em como o Povo, se quisesse, seria quem mais ordenava.

De qualquer modo, parece que os ventos que sopram auguram uma mudança radical na nossa maneira de olhar para os políticos que ocupam cargos na cúpula do poder.
Começam a ser acossados em todo o território nacional. O Povo começa a ir para a Rua e com ele na rua o Poder começa a dar sinais de desnorte. 

Para esfriar os entusiasmos encenam-se Conselhos dos partidos, do Estado, da Igreja ... 
E ficam à espera que as coisas se conciliem. E fingem que estão disponíveis para ouvir a voz do Povo.

Foi o que aconteceu com o famigerado tema das TSU.
Tanto foguetório, tanto folclore, tantas sumidades a aparecerem nos écrans da Televisão, nos jornais, e o Governo e a coligação que o apoia a testarem as suas estratégias político/ideológicas, que mais não foi o que andaram a fazer.
Então, quer dizer, o PM já anda a dizer por meias palavras (mais uns balões de ensaio, provavelmente), que vamos moldar melhor esta questão da TSU. Moldar como?

Ah sim, o IRS está aí mesmo à mão, nada melhor que extorquir mais uns milhares de milhões aos rendimentos do trabalho. E, claro, mais uma vez, a dita classe média (onde está?!) lá se terá de pôr a jeito para deixar nos cofres do poço sem fundo do OE o pouco que já lhe está a restar.

E atenção, muita atenção! 

Convém ter presente que ainda nada se decidiu, diz o nosso Presidente, só quando houver Orçamento do Estado é que se pode tomar uma posição séria sobre as contas públicas, os Planos de Actividade para o Futuro de todos nós e as estratégias a seguir. Entretanto, nós não temos qualquer razão para estar a dar palpites nem protestar. Afinal estamos a protestar contra quê? Contra declarações formais de intenção, apresentadas com pompa e circunstância, quer pelo Primeiro Ministro quer pelo Ministro das Finanças?!

Olha o desaforo deste “bom povo português”! …

A proposta que se segue vai ser mais do mesmo. Os trabalhadores é que vão ser sobrecarregados ainda mais para se fingir que se resolve o problema do défice, para que se possa fingir que vamos pagar a monstruosa dívida pública que os sucessivos governos de Portugal têm vindo a acumular, e que ninguém das altas instâncias do círculo do poder central, se tem mostrado interessado em averiguar das suas reais origens.

De facto, temos andado entregues à bicharada!

António Nunes
(um Zé do Povo)
@as-nunes
nb.: esta edição foi revista...23/09/2012-12h55
Os comentário até ao 6º estão conotados com a 1ª versão. Peço imensa desculpa.

2012/09/20

Que se lixem as Troikas ?!



Bem vou abrindo 
as porta(das) das janelas !...

E o que vejo?
Com mais luz
menos luz 
a paisagem 
minha velha conhecida
parecendo adormecida
não se dá por vencida
presto-lhe vassalagem.

Fosse esta paisagem
capaz de iluminar
as mentes 
das Troikas
que nos governam!  

Malfadadas Troikas
Fmi, BCE, Comissão Europeia
Relvas, Passos, Portas. (*)

É urgente também
julgar quem endividou
Portugal e os portugueses
quem tanto desbaratou
e nos deixou refém.

É urgente que se faça justiça!
-
(*) sem esquecer uma outra Troika Portuguesa:
- Banco de Portugal
- Conselho Económico e Social
- Presidente da República

@as-nunes

Guerra aberta da Cultura contra Passos Coelho ?


Pedro Dias, investigador e professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

Depois de Maria Teresa Horta ter esta terça-feira recusado receber o Prémio Literário D. Dinis, outorgado pela Casa Mateus, pelo seu Romance "As Luzes de Leonor", das mãos do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, sabe-se, menos de 24 horas depois, do teor da carta de demissão do diretor da Biblioteca Nacional de Portugal, António Pedro Dias, 60 anos.

Na missiva enviada a 11 de setembro ao gabinete do secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, explicando que terminou uma ligação de quatro décadas com o PSD por ter deixado de se rever neste partido.
Pedro Dias sublinha estar “completamente contra a política” de um Governo ao qual não reconhece legitimidade para se manter em funções depois de “ter renegado todas as promessas feitas ao eleitorado” e do qual não aceita “ser cúmplice”.

Algo vai muito mal no “reino” de Cavaco e Passos Coelho …

Não é impunemente que um partido em geral e um político em particular ganham umas eleições legislativas com base em promessas enganadoras …
@as-nunes

2012/09/18

Morreu Luiz Goes, um dos maiores cantores e poetas da música de matriz coimbrã

ASAS BRANCAS (1)

Quando era pequenino a desventura
Trazia-me saudoso e triste o rosto,
Assim como quem sofre algum desgosto,
Assim como quem chora de amargura.

Um anjo de asas brancas muito finas,
Sabendo-me infeliz mas inocente,
Cedeu-me as suas asas pequeninas,
Para me ver voar e ser contente.

E as asas de criança, o meu tesoiro,
Ao ver-me assim tão triste iam ao céu...
Tão leves, tão macias - penas de oiro -
Tão brandas como a aragem... como eu!

Cresci. Cresceram culpas juntamente,
Já grandes são as mágoas mais pequenas!
As minhas asas vão-se... ficam penas!
Não mais voei ao céu, nem fui contente.






(1) Sobre um tema de Almeida Garrett, com o mesmo título.
Esta canção, com música também de minha autoria, foi gravada em discos por Armando Góis (tio de Luís Góis), António Bernardino e ultimamente por Luís Góis.
Todavia, na data desta 2ª Edição, em outras gargantas se tem ouvido e gravado.
in
Do Choupal até à Lapa - Recordações de um antigo Estudante de Coimbra
Afonso de Sousa  (Ilustre advogado Leiriense, poeta e guitarrista de mérito, já falecido)
Coimbra Editora, Lda. - 1988





ps.:
Consta da minha biblioteca, uma extensa coleção dos livros publicados por Afonso de Sousa (1906-1993), dos quais destaco:
Farrapos 
(Leia-se a edição de  26 de Fevereiro de 2018 onde se inclui a caricatura de curso com referências a este livro e a Afonso Costa; esta refª tinha a ver com o facto de nos tempos de estudante se ter apresentado, em jeito de ironia, como o "Afonso Costa" (figura dominante da I República, como se sabe)).
Poesias (Quadras)
Breve notícia de uma geração artística
Frustração
Como eu vi alguns Museus da Europa
Sarça ardente e outras sarças
Roteiros subjetivos na minha terra (3 edições)
Antigas e novas civilizações - (O Egipto - O Brasil)
O canto e a guitarra na Década de Oiro da Academia de Coimbra (3 edições)
Breve Cancioneiro de Coimbra e Outras Trovas (3 Edições)
Do Choupal até à Lapa - Recordações de um Antigo Estudante de Coimbra (1988)  




@as-nunes

Paz de espírito


A Ema é que não está nada virada para se meter em confusões.

Ali está ela, atenta, no telhado, em local estratégico, a observar o que se está a passar pelas redondezas!

Quem me dera ter a paz de espírito que ela aparenta! ...

Diz-se por vezes que os animais não falam por lhes faltar capacidade mental. E isso significa: "eles não pensam, e é por isso que não falam".
A questão é que tal como não podemos saber ao certo se as outras pessoas experimentam as coisas do mesmo modo que nós, também não nos podemos surpreender por ainda não sermos capazes de perceber o que se passa na mente dos animais não-humanos.

Em síntese diria que, pelo que conheço da Ema, ela está simplesmente a filosofar...
-
nota: mais sobre gatos
@as-nunes

2012/09/16

Leiria participou em força na grande manifestação Nacional anti-Troika e Governo de Passos Coelho








Por fim, quase 3 horas depois do seu início, em frente à Caixa Geral de Depósitos, o cortejo da manifestação acabou por se dispersar a partir da Praça da República, junto à estátua a D. Afonso III.

Segundo os meus cálculos terão participado nesta grande manifestação mais de 10.000 pessoas. Os painéis, folhas escritas com reivindicações, palavras de ordem foram depositados junto à estátua a D. Afonso III. 
Não sei se foi deliberada essa atitude, mas que acaba por ser muito significativa lá isso acaba. Se não atente-se no papel fundamental deste Rei de Portugal em prol da tão badalada, atualmente, EQUIDADE.
-
O que já aqui deixei escrito a propósito desta estátua e de D. Afonso III e a sua ligação a Leiria:

Em 1254, na cidade de Leiria convocou a primeira reunião das Cortes, a assembleia geral do reino, com representantes de todos os espectros da sociedade.
Afonso preparou legislação que restringia a possibilidade das classes altas cometerem abusos sobre a população menos favorecida e concedeu inúmeros previlégios à Igreja. Recordado como excelente admnistrador, Afonso III organizou a admnistração pública, fundou várias vilas e concedeu o privilégio de cidade através do edicto de várias cartas de foral. (link neste blogue)

2012/09/15

A Lei (muito menos a imposta pela Troika) não pode ser uma arma de tortura contra o cidadão comum! ...





(...)
Existe no entretanto uma fera, um abutre,
Um monstro pavoroso, hediondo, que se nutre
De lágrimas e sangue: é mais feroz que a hiena;
Não conhece remorso e não conhece pena;
Insensível à mágoa, às súplicas, à dor;
Forte como um juiz; cego como o terror:

É inviolável: mata e fica sem castigo:
Ainda hoje o Estado é o seu melhor amigo.
Pois bem; eu que defendo o monstro que assassina
Contra o braço da forca e contra a guilhotina,
Eu que proscrevo o algoz, eu exigi-lo-ei
Para enforcar somente esse bandido - a Lei.

Guerra Junqueiro

(Idílios e Sátiras)
ed. Parceria Antonio Maria Pereira
Livraria Editora, 1923
-

Como se vê, caros amigos/as, já Guerra Junqueiro, ao tempo do princípio do séc. xx se insurgia contra a forma displicente e inumana como as Leis são feitas e pior executadas.

A Lei não pode ser uma arma de tortura contra o cidadão comum! .......................................


Um instrumento de regulação da vida em sociedade, sim, nunca um instrumento colocado nas mãos do algoz para o usar a seu bel-prazer.


Não queremos que nos tratem como ovelhas no redil ...


Não se admirem, snrs., que - bem visto o desenrolar dos acontecimentos dos últimos tempos -  tomaram o poder de "assalto", com mentiras e muitas omissões. Só assim são, hoje, o Governo de Portugal. 

Não nos venham dizer que não sabiam como estava o país.



Além do mais, tendo havido ações de governos anteriores que dolosamente causaram o caos orçamental e financeiro a que Portugal chegou, que se apurem responsabilidades e se punam os responsáveis.

É a vida de milhões de portugueses, enfim, Portugal como Nação, que está em jogo! ...

-
- Também publicada no Clube dos Pensadores  
nota:
Entrada inspirada num comentário que deixei no post do blogue amigo "conversas avinagradas"
@as-nunes 

2012/09/12

Balada dos Aflitos

 Quem nos acode? ...
Bem damos tratos à imaginação! ...


Balada dos Aflitos


Irmãos humanos tão desamparados
a luz que nos guiava já não nos guia
somos pessoas - dizeis - e não mercados
este por certo não é tempo de poesia
gostaria de vos dar outros recados
com pão e vinho e menos mais-valia.


Irmãos meus que passais um mau bocado
e não tendes sequer a fantasia
de sonhar outro tempo e outro lado
como António digo adeus a Alexandria
desconcerto do mundo tão mudado
tão diferente daquilo que se queria.


Talvez Deus esteja a ser crucificado
neste reino onde tudo se avalia
irmãos meus sem valor acrescentado
rogai por nós Senhora da Agonia
irmãos meus a quem tudo é recusado
talvez o poema traga um novo dia.


Rogai por nós Senhora dos Aflitos
em cada dia em terra  naufragados
mão invisível nos tem aqui proscritos
em nós mesmos perdidos e cercados
venham por nós os versos nunca escritos
irmãos humanos que não sois mercados.


Manuel Alegre
Nada está escrito
ed. D.QUIXOTE - 2012
@as-nunes 

Jogos de estratégia partidária/PSD para a II parte da legislatura

2012/09/10

PORTUGAL - ppc: alto risco de afogamento!


Notícias do dia:
Viseu:

Líder distrital do CDS questiona
Governo sobre alegada nomeação
para a Loja do Cidadão

“Quero que o Governo me diga para que serve esta nomeação, para um cargo que não existe”, diz Hélder Amaral
O líder da distrital de Viseu do CDS/PP, Hélder Amaral, vai questionar o Governo sobre a alegada nomeação de uma coordenadora para a Loja do Cidadão da cidade, que se apresentou na quinta-feira ao serviço.
“Quero que o Governo me diga para que serve esta nomeação, para um cargo que não existe”, disse à agência Lusa o também vice-presidente do grupo parlamentar do CDS/PP.
Na sua opinião, a Loja do Cidadão de Viseu, que tem perdido serviços nos últimos anos, “está moribunda” e precisa é de ser reestruturada.
“Se a perspectiva for criar uma Loja do Cidadão de segunda geração, ainda dou o benefício da dúvida. Mas, mesmo assim, acho que estão a fazer a casa ao contrário, pelo telhado, porque era mais importante começar por melhorar o serviço do que nomear um amigo”, considerou.
in Início

-
O bispo das Forças Armadas, D. Januário Torgal Ferreira, afirmou que o chefe do Governo, Pedro Passos Coelho, que acusa de «vilania», é movido pelo medo. Em entrevista concedida à TSF, D. Januário apelidou a atuação do primeiro-ministro de «insensatez» ... (ler mais)
@as-nunes 

2012/09/08

Governo liquidatário de Portugal


Da época áurea dos Descobrimentos Marítimos até aos nossos dias! …

À medida que aumentava a fortuna do rei D. Manuel, também ia aumentando o tamanho da sua corte. Esta engrossou com centenas de colaboradores recrutados com direito a pensão e salários fixos. Boa parte do campo, cada vez mais despovoado, encontrava-se em pousio. A maioria dos alimentos era importada.
Do mesmo modo que os portugueses, enquanto católicos, consideravam que roubar e pilhar muçulmanos, longe de ser imoral, agradava a Deus, também surgiu, no Norte da Europa, um princípio protestante, segundo o qual os actos de pirataria contra os barcos dos católicos portugueses era um empreendimento que contava com a benção divina. Corsários vindos dos portos do Oeste de França, capturaram, durante o reinado de D. João III, mais de 300 barcos portugueses carregados de especiarias que vinham da Índia, quando navegavam no regresso na zona dos Açores, na encruzilhada entre o Atlântico Norte e Sul.
As especiarias e pedras preciosas obtidas pelo roubo acabavam por ser vendidas em concorrência desleal, o que levou os preços a baixarem drasticamente, em prejuízo dos portugueses.

Já nesta altura o Estado era obrigado a aguentar a despesa de uma marinha mal dimensionada enquanto os lucros ficavam quase empre nas mãos dos privados.
Os ricos tinham sido isentos de impostos pelo rei D. Manuel.

D. João III, como já não podia cobrar impostos a quem ainda tinha alguma capacidade financeira para tal, começou a vender títulos do tesouro no mercado financeiro de Antuérpia, sendo os juros liquidados através da emissão de novos títulos.
O rating de crédito de Portugal caiu de tal maneira que os banqueiros, em Antuérpia, exigiram uma taxa de juro de 25% ao ano. Quando D. João III morreu, em 1575, os títulos portugueses do tesouro começaram a mudar de mão até 5% do seu valor facial.

E assim terá começado a nossa desgraça. Passámos em pouco mais de um século de uma potência das mais ricas do planeta para uma situação em que ficámos nas mãos dos agiotas da alta finança internacional. A tal que enriqueceu à custa da pirataria sobre os nossos barcos de transporte de especiarias e pérolas. 
Diga-se, outrossim, que muitas dessas mercadorias a bordo dos nossos barcos que vinham da Índia, eram produto de saques a barcos e cidades muçulmanas localizadas na zona do Índico Ocidental.

Depois do desabar estrondoso do sonho megalámano de D. Sebastião, Portugal ficou completamente na penúria.

Seguiu-se o domínio dos Filipes de Espanha e consequentes tropelias e erros grosseiros de governação.

E assim fomos andando até chegarmos aos dias de hoje …

Os senhores da Alta Finança Internacional a mandarem em Portugal por intermédio do Governo de Gestão de Pedro Passos Coelho

E o resultado de todos os desmandos sobre o povo de Portugal é o que está à vista! …

Portugal, que foi o berço da primeira aldeia global, um povo que mudou o mundo, está resumido a este mísero Estado, que se limita a tentar salvar a pele dos ricos à custa do sacrifício crescente do Povo Trabalhador! 

(E saber que D. Dinis, que tão intimamente está ligado ao Castelo de Leiria, tanto se esforçou para dotar Portugal de um dos maiores e bem administrados pinhais da Europa, com cuja madeira se construíram as primeiras caravelas usadas pelos portugueses nas navegações por todo o mundo!)

Portugal, que Futuro? ...


 bibliografia:
- A primeira aldeia global: como Portugal mudou o mundo
Martin Page - ed. casa das letras -2012
@as-nunes

Ler abaixo "Discurso simplesmente vergonhoso!!!!!"

2012/09/07

Brasil como motor do eixo ibero-afro-americano

Ano Portugal no Brasil

Seis meses após o regresso de Vasco da Gama a Lisboa, Pedro Álvares Cabral largou da capital portuguesa no comando de uma frota de 13 navios com destino à Índia.

A caminho da Índia, Cabral fez uma paragem na costa do Brasil. Dizem os documentos oficiais que esta descoberta foi um acaso, que os ventos desviaram a rota da frota de Cabral.
No entanto, sabe-se que a forma como o Brasil de então foi reclamado para a coroa portuguesa teve contornos muito especiais, pois que já antes os portugueses saberiam da sua existência.
A forma magistral como os portugueses conseguiram negociar o Tratado de Tordesilhas teve tudo a ver com a "descoberta" do Brasil.

Estávamos em 1500. 


Hoje comemora-se o Dia da Independência.


História da Independência do Brasil - pintura, quadro de Pedro Américo 
Independência ou Morte: 7 de setembro de 1822 - quadro de Pedro Américo
@as-nunes

Contrastes


Rua dos Camponeses - Marinheiros - Leiria