2012/03/04

PT: pago 15 Mb/s e é isto! ... e a TDT?



Se isto não é roubalheira, o que será então?!...
- Já agora:

TDT - A vergonha nacional... sabiam disto? 




"TDT é um imposto disfarçado para ver televisão".
Ontem, num debate proposto pelo PCP sobre a TDT (Televisão Digital Terrestre) ficou provado, mais uma vez, que podíamos ter muitos mais canais gratuitos e não uns míseros 4 canais.
Esta operação foi um tremendo negócio para a PT.

Curiosidade: Alemanha tem 20 canais gratuitos; França tem 29 canais gratuitos; Espanha tem 20 canais gratuitos; Itália 27 tem canais gratuitos; Reino Unido tem 38 canais gratuitos.
O Governo podia ter incluído mais canais, mas não o fez para manter o negócio de alguns «tubarões»...
ESTAMOS A SER ROUBADOS.

(fragmento de um e-mail que circula na internet)

@as-nunes

2012/03/03

Ensaio sobre a ausência ...

“ A tua ausência ainda pernoita……
nos escombros de uma fotografia”
....................................................................................Al   Berto


Gosto de escrever. Gosto de ler. Preciso de ler e de escrever.
Abri esta folha, olhei-a, à primeira vista, um branco imaculado.
Sentei-me à secretária com a ideia de escrever, o quê não sabia, tinha adotado o mote daquela metáfora de Al Berto, acima exposta, sem ter a certeza de que conseguiria escrever algo de novo, algo de útil e diferente, que resultasse do trato natural e espontâneo da minha imaginação. Imaginação, o que é a imaginação, em que é que se irá materializar a minha imaginação ao ser transposta para letra de forma sobre esta folha de papel que tenho aqui à minha frente? É verdade que ela já está a começar a aparecer com uns salpicos gráficos, mas para que servirá essa mancha assestada na claridade?

O dia esteve esplendoroso, já é de madrugada, mentalmente em frente diviso uma paisagem vistosa, a Natureza em pleno vigor, o rio Lis aqui perto a caminhar de mansinho, pelo vale, entre montes sobranceiros, mal acabou de nascer. Lá vai ele ao encontro do Lena, na Barosa. Ali se juntam, há quantos séculos não sabemos, há muitos, que não os conseguimos contar, ninguém ainda conseguiu contar. Muitos já o cantaram e continuam a cantar. Maravilhosamente. Bucolicamente. Romanticamente.

Leiria e o seu castelo e o seu rio trazem-me à ideia ausências várias. A  ausência do tempo em que não senti a sua alma, ao mesmo tempo a ausência de terras de Viriato, da minha ancestralidade, da minha juventude.

Poderei afirmar categoricamente que uma grande parte do que me vai ocorrendo na vida está fixado em fotografia. Fotografia no sentido literal do termo. Quantas fotografias não me olham com ares misteriosos, às vezes desconfiados, outras como que a querer falar comigo, enquanto eu as olho e ao olhá-las sou assaltado por sentimentos os mais dispersos, contraditórios e, em muitos casos, a apelar intensamente a certas  ausências, algumas de que mal me tenho apercebido no nevoeiro infernal com que o tempo vai desfocando o tempo.

Ausência…
Pernoitar..
Escombros..






A ausência de alguém corporeamente registado numa fotografia? Já deteriorada pelo correr do tempo?

Essa ausência, o que é?!
Ainda é noite!
Até quando  vai continuar eu mesmo?
Não amanhece…

2012/03/01

Outra vez: ameixoeiras em flor




Hoje, ao seguir 
na rua cidade de Tokushima
em direção à escola da Carolina
aí estavam elas,
as ameixoeiras de jardim,
de novo em flor.


E a chuva sem vir!...
@as-nunes

2012/02/29

Gracias a la vida



Em complemento da entrada anterior, como prometido...

Música:
Violeta Parra
Gracias a la vida


@as-nunes

Porque não, vamos lá para o telhado?!...

 A Ema como que a desafiar-me; sabes há quantos anos é que montaste as antenas da tua estação de rádio, no telhado? Pois, já lá vão 20 anos; pouca manutenção tens feito e, lembra-te, estás a ficar velho!

Hoje decidi-me, aproveitei o ensejo duma ida ao sótão com o Snr. Marques, eletricista de alto gabarito, ex-colega de Ensino na antiga Escola Industrial de Leiria, 1966/7/8, levei a caixa das ferramentas, não me esqueci de levar as duas máquina fotográficas, pisguei-me pela janela de sótão, e lá passei uma grande parte do dia, em trabalhos de manutenção de antenas, cabos de transmissão, uma telha partida pela equipa ao serviço da PT, que lá tinha andado a montar a TDT (só dei por essa falha porque me deu para ir ao telhado, não me disseram nada quando a partiram e deram o trabalho por terminado).
E fotografei belas vistas panorâmicas sobre a encosta da Barreira/Carvalhinha/Quinta do Cabreiro, vale do Lis, encosta da Sra. do Monte, Cortes, eu sei lá, uma assombração, todas aquelas vistas panorâmicas fabulosas que eu não me canso de fotografar; como diria Assis Pacheco, um pasmado sem cura!
-
Um dia no telhado...

Sou radioamador há 30 anos…
Gosto de fotografia,
desde sempre...
Gosto de ir ao telhado
Nas asas da fantasia.

Deixem-me pasmar o horizonte...
Já não tenho 30 anos, nem 50...
Mas o poder tocar o próprio éter
Mesmo aos 65 anos de vida
É uma grande emoção!...
Sempre foi!...

Viva a Vida!...

Se a alma existe
Eu quero ficar
Nas ondas da rádio
A olhar, a falar...

Com quem quer que seja
Onde quer que esteja!...

António Nunes
CT1CIR
-
também tenho um filme para mostrar, vamos lá a ver se não se perde nas asas etéreas das ondas hertzianas!...
@as-nunes

2012/02/26

Um Plano Marshall de combate ao desemprego na Europa

Ouço, com muita frequência, a Antena Um. Há dias, já noite fechada, estacionei junto a um declive sobre o vale das Cortes -  Leiria, vinha eu a ouvir o programa "Contraditório", ao mesmo tempo que observava as luzes dessa zona de vale do Lis, desde o lado da Barreira.
E falava-se sobre Durão Barroso e as suas presumíveis incursões no meio político/social português, talvez a preparar uma eventual candidatura à presidência da república...será que já há movimentações tendo em vista uma retirada precipitada de Cavaco Silva?
E que o desemprego galopante que se verifica em Portugal e em toda a Europa só poderá ser combatido através da adoção dum Plano baseado nos métodos do Plano Marshall dos Americanos para recuperar a Europa no pós II Guerra Mundial?
Ou seja, confirma-se que estamos em guerra, uma nova forma de fazer guerra, com o objetivo de cada país posicionar a sua economia o melhor possível, de forma a dominar os mercados e proteger os interesses particulares dos seus povos! 
É, então, isto, a União Europeia?!...

Ao longe as luzes de toda a zona do vale do Alqueidão, Fontes e Cortes
Eram 7:33 m PM
@as-nunes

2012/02/24

Toponímia e estética em Leiria


Estamos no Bairro dos Capuchos, em Leiria.
-
Enfim, para que não fique unicamente a constar pela negativa, pode-se acrescentar informação mais gratificante:
1- Miguel Franco
Nasceu em 14-4-1918 e faleceu em 19-2-1988.
A sua notoriedade deveu-se ao facto de ser um dos grandes dinamizadores das atividades teatrais em Leiria.
Deixou escrito O MOTIM, adaptação daquela obra ao teatro, da autoria de Arnaldo Gama e a peça teatral "Legenda do cidadão Miguel Lino".

2- Dr. Agostinho Tinoco (* Coimbra, Janeiro de 1896 . + Agosto de 1969), em Lisboa)
Esta rua começa na rua cidade de Tokushima, inflete para a direita e não tem saída.
A deliberação camarária de 7-12-1973, que lhe atribui o nome, não indica as extremas, mas encarrega os S.T.O. de procederem à colocação das respetivas placas toponímicas.

Foi professor e reitor do Liceu de Rodrigues Lobo e diretor da Biblioteca Pública e Arquivo Distrital de Leiria.
Foi louvado e agraciado pelo Ministério da Educação (1940) e pela Câmara Municipal de Leiria, pela sua profícua atividade intelectual em prol da Arte e da Cultura em geral.
É autor do Dicionário dos Autores do Distrito de Leiria - 1979 (ver também atualização editada em 2004 pelas ed. Magno).

2012/02/23

A génese do poema



GÉNESE

Todo o poema começa de manhã, com o sol. Mesmo
que o poema não esteja à vista (isto é, céu de chuva)
o poema é o que explica tudo, o que dá luz
à terra, ao céu, e com nuvens à mistura – a luz incomoda
quando é excessiva. Depois, o poema sobe
com as névoas que o dia arrasta: mete-se pelas copas das
árvores, canta com os pássaros e corre com os ribeiros
que vêm não se sabe de onde e vão para onde
não se sabe. O poema conta como tudo é feito:
menos ele próprio, que começa por um acaso cinzento,
como esta manhã, e acaba, também por acaso,
com o sol a querer romper.

Nuno Júdice
pp 302
Poesia Reunida 1967 - 2000
 - Publicações Dom Quixote - 2000

Foto:
Duma varanda da Barreira avista-se a Serra da Maúnça, a Sra. do Monte, nas suas silhuetas matinais, envoltas ainda na neblina do vale do Lis.
 @as-nunes

2012/02/21

Sol poente a nascer



Poeta, eu sou
mesmo sem saber
usar as palavras
mais apropriadas
dando a ideia
daquilo que não quero ser
nem sequer parecer

Por isso
quero declarar
que não estou a dizer
aquilo que na fotografia
deixei transparecer

Quero continuar
a lutar
a viver
sem desfalecer

Quero...
Veremos se consigo!

António S Nunes 
@as-nunes