Sou membro da Assembleia de Freguesia da Barreira - Leiria. No mandato anterior fui membro do executivo da Junta.
Recentemente apresentei uma proposta tendo em vista o melhor ordenamento possível do Jardim do Solar do Visconde da Barreira, cujo texto reproduzo a seguir:
PROPOSTA:
Plano de ordenamento do bosque do Jardim do Solar do Visconde da Barreira
Como é do domínio público, os princípios orientadores da política florestal, estão definidos na Lei de Bases da Política Florestal, aprovada pela Lei nº 33/96, de 17 de Agosto.
O ordenamento e gestão florestal fazem-se através de planos regionais de ordenamento florestal (PROF) que, envolvendo os agentes económicos e as populações directamente interessadas, têm em vista o estabelecimento de estratégias consensuais de gestão e utilização dos espaços florestais.
O exemplo mais recente dum PROF é o da Área Metropolitana de Lisboa (PROF AML).
Para além da “Função de produção” dos espaços florestais tendo em vista a sua contribuição para o bem estar material das sociedades rurais e urbanas, é determinante ter em consideração um outro, talvez o mais importante sob o ponto de vista ambiental e de qualidade de vida do Homem, a “função de recreio, enquadramento e estética da paisagem” ou seja, o contributo dos espaços florestais para o bem estar físico, psíquico, espiritual e social dos cidadãos.
É aqui que poderemos e deveremos, na nossa freguesia, olhar com a maior atenção possível para o nosso principal ex-libris, o Jardim do Solar do Visconde da Barreira.
Convém, nesta oportunidade, chamar a atenção para o facto de, no recente Decreto regulamentar nº 15/2006 do MADRP, se dar especial ênfase à obrigação de elaboração de PGF de perímetros florestais específicos, tais como, por exemplo:
- Parque Florestal de Monsanto;
- Quintas e Parques de Lisboa;
- Outros e variados como Tapadas, Jardins, Parques, Matas e Reservas.
É certo que este PROF não tem aplicação a Leiria, mas com certeza que irá servir de modelo para outros PROF que irão ser implementados pelo país fora.
Nesta perspectiva, e independentemente de outras iniciativas que devam ser tomadas no âmbito do enquadramento legal já em vigor, proponho que se promova tão rápido quanto possível, um levantamento rigoroso e pormenorizado das espécies arbóreas existentes e dos equipamentos já instalados e a instalar no Jardim do Solar do Visconde da Barreira, em particular, de toda a freguesia em geral, tendo em vista a publicação e divulgação dum Atlas das Árvores e plantas e, em consequência, uma resenha histórica e de promoção turística deste espaço privilegiado da nossa freguesia, ela própria, no seu conjunto, um dos melhores miradouros da nossa zona, dada a sua localização em termos de ambiente, floresta e paisagens deslumbrantes.
Barreira e Assembleia de Freguesia, em 20 de Outubro de 2006
António Almeida Santos Nunes
Plano de ordenamento do bosque do Jardim do Solar do Visconde da Barreira
Como é do domínio público, os princípios orientadores da política florestal, estão definidos na Lei de Bases da Política Florestal, aprovada pela Lei nº 33/96, de 17 de Agosto.
O ordenamento e gestão florestal fazem-se através de planos regionais de ordenamento florestal (PROF) que, envolvendo os agentes económicos e as populações directamente interessadas, têm em vista o estabelecimento de estratégias consensuais de gestão e utilização dos espaços florestais.
O exemplo mais recente dum PROF é o da Área Metropolitana de Lisboa (PROF AML).
Para além da “Função de produção” dos espaços florestais tendo em vista a sua contribuição para o bem estar material das sociedades rurais e urbanas, é determinante ter em consideração um outro, talvez o mais importante sob o ponto de vista ambiental e de qualidade de vida do Homem, a “função de recreio, enquadramento e estética da paisagem” ou seja, o contributo dos espaços florestais para o bem estar físico, psíquico, espiritual e social dos cidadãos.
É aqui que poderemos e deveremos, na nossa freguesia, olhar com a maior atenção possível para o nosso principal ex-libris, o Jardim do Solar do Visconde da Barreira.
Convém, nesta oportunidade, chamar a atenção para o facto de, no recente Decreto regulamentar nº 15/2006 do MADRP, se dar especial ênfase à obrigação de elaboração de PGF de perímetros florestais específicos, tais como, por exemplo:
- Parque Florestal de Monsanto;
- Quintas e Parques de Lisboa;
- Outros e variados como Tapadas, Jardins, Parques, Matas e Reservas.
É certo que este PROF não tem aplicação a Leiria, mas com certeza que irá servir de modelo para outros PROF que irão ser implementados pelo país fora.
Nesta perspectiva, e independentemente de outras iniciativas que devam ser tomadas no âmbito do enquadramento legal já em vigor, proponho que se promova tão rápido quanto possível, um levantamento rigoroso e pormenorizado das espécies arbóreas existentes e dos equipamentos já instalados e a instalar no Jardim do Solar do Visconde da Barreira, em particular, de toda a freguesia em geral, tendo em vista a publicação e divulgação dum Atlas das Árvores e plantas e, em consequência, uma resenha histórica e de promoção turística deste espaço privilegiado da nossa freguesia, ela própria, no seu conjunto, um dos melhores miradouros da nossa zona, dada a sua localização em termos de ambiente, floresta e paisagens deslumbrantes.
Barreira e Assembleia de Freguesia, em 20 de Outubro de 2006
António Almeida Santos Nunes
Deputado independente pelo PSD
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Esta proposta foi aprovada por unanimidade.
Proponho-me, a partir desta data, divulgar o mais e melhor que puder e souber, da história e cartacterísticas deste belo jardim público, situado numa localidade, embora encaixada entre o rústico e o urbano, mesmo assim a ensaiar passos significativos no sentido da sua expansão demográfica e desonvolvimento urbano e económico.
Aqui já deixei um post alusivo a este tema. Entretanto, tenho-me vindo a embrenhar nas questões básicas da botânica, o que talvez me possa proporcionar condições para (com a ajuda dos bloguistas da especialidade com os quais me tenho vindo a relacionar) dar o meu modesto contributo, com vista ao levantamento rigoroso da história e dos tipos de plantas existentes neste jardim.
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Talvez tenha o seu interesse transcrever os comentários que, na oportunidade, foram escritos a este propósito:
http://dispersamente.blogspot.com/2006/10/jardim-do-solar-do-visconde-da.html
Arte por um Canudo 2 disse...
Lugar de encanto. Belíssimo. Só de pensar que em pleno Verão se pode usufruir dum espaço desses. A Junta de freguesia tem muita sorte por poder usufruir de um espaço desses para momentos culturais e de lazer. Quem dera que a da minha terra tivesse um espaço assim. Bom Domingo. Abraço
Domingo, 15 Outubro, 2006
asn disse...
Olá Agostinho, ilustre Secretário da Junta de Freguesia de Parada de Gonta.Pois é assim. Este jardim tem uma longa e muito histórico/romântica história para ser contada. Tem árvores centenárias, algumas já a ficar velhinhas, caquéticas e até carcomidas pelo tempo.Só espero que não se lembrem de as transformar em lenha para queimar à lareira ou para fabricar móveis.Há que ter fé na seriedade e sensibilidade dos homens, não é, caro amigo? Recebe um grande abraço
António
Domingo, 15 Outubro, 2006
3 comentários:
Ant�nio, �s um homem de fortes convic�es e acredito plenamente que fazes o que dizes. Prova disso � que a tua propostas foi aprovada por unanimidade. Vamos, porque espero que v�s publicando na internet as tuas descobertas, ou as plantas e �rvores catalogadas, saber mais e melhor sobre esse jardim do Solar do Visconde da Barreira.Berreira tem sorte em ter um autarca assim.For�a Ant�nio. Um abra�o
Desculpe a ignorância mas onde fica este bendito jardim? E está aberto ao público?
Verdade seja dita, parece impossível, mas a divulgação da existência deste belo bosque/jardim, não tem sido feita com a devida e justa atenção.
Fala-se do Solar, que se vê da rua, mas do jardim mal se houve. Praticamente só as pessoas da freguesia é que sabem da sua existência. A entrada é franca, mesmo ao lado da Igreja Matriz, dedicada ao Santíssimo Salvador.
Mais uma demonstração inequívoca do interesse em se divulgar mais a existência e qualidade daquele equipamento público. É administrado pela Junta de Freguesia, mas é propriedade da Câmara Municipal de Leiria. Tem espécimens raros e de porte monumental. Pelos dados que disponho a sua origem deve remontar a meados do séc. XIX, época em que naquela zona se instalou a família que viria a ser a dos Viscondes da Barreira.
Hei-de voltar a este assunto com mais pormenores...
António
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