Uma conclusão e um repto lançados por Carlos Fernandes:
Há, pois, um tempo antes e um tempo depois de 5 de Março de 1811. Leiria renasceu paulatinamente das cinzas de há 200 anos para cá.
Há que promover o debate inadiável sobre um Plano de Desenvolvimento de toda a região de Leiria. São já notórios os sinais de revitalização deste pólo fundamental para o necessário e urgente relançamento do Portugal de hoje!
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"O soldado Wheeler recordou os numerosos corpos estendidos nas ruas das vilas e aldeias pelas quais passavam, cujas casas eram muitas vezes incendiadas para embaraçar o avanço dos Aliados. Foi o que aconteceu em Leiria:
A vila ardera em diversos pontos, as casas estavam completamente abarrotadas [sic], portas, janelas, gelosias, e em muitos locais os soalhos tinham sido arrancados para servirem de combustível [...] as igrejas não escaparam, os túmulos estavam abertos e os mortos tinham sido arrastados para fora.
Marchando no trilho do exército francês, os britânicos viram muitas cenas terríveis. Grattan recordou a destruição de belas vilas como Leiria e Pombal e as brutalidades e crimes cometidos contra os seus habitantes."(*)
Convento de Sant´Ana, à data em que foi incendiado pelos franceses, em 5 de Março de 1811, aquando da III Invasão Francesa. A Igreja que se vê do lado esquerdo é a Igreja do Espírito Santo, junto à Rotunda do Sinaleiro, em Leiria.
(clic para ampliar)
clic para ampliar.
Com a esperada concordância do "Diário de Leiria"
in "Diário de Leiria" de 3 de Março de 2011
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(*) p. 181, Wellington contra Massena - A terceira Invasão de Portugal - 1810-1811
David Buttery
Ed. Gradiva, 2008
5 comentários:
Adoro estes temas históricos. Especialmente quando toca em lugares perto de nós. Tem o livro do Dr. Jorge Estrela sobre o assunto? Tá muito bom.
Beijos, ou melhor, bisous, que sempre é à francesa...
A isto é que eu chamo eficiência. Ainda há pouco aconteceu e já está aqui noticiado, com todos os pormenores. Parabéns pela eficiência e celeridade.
Carol
Tenho vários livros sobre as invasões francesas, mas não o do Dr. Jorge Estrela. Não se proporcionou adquiri-lo.
No entanto esteve presente na apresentação, em 2009, no Auditório da Casa-Museu Mário Soares, do livro de David Buttery que refiro em nota de rodapé.
Este período é um manancial de inspiração para obras literárias e de investigação de todos os géneros.
Pois, então, bisous...
Isabel Soares
Tive muito prazer em a poder ver e conversar de viva voz.
Podemos ter o mundo ao alcance dum clic do teclado do computador, mas a proximidade física, o contacto pessoal e de viva voz são insubstituíveis.
Esperemos que as gerações que se estão a formar, logo à nascença, nesta era digital, tenham o bom-senso de não tentarem sobrepor os bits aos abraços!
Olá, António:
Muito obrigada pela sua gentileza e simpatia. Gostei muito de o ter (re)conhecido. Foi pena não termos tido oportunidade de conversar um pouco mais mas, por certo, outras ocasiões surgirão.
Mais uma vez aqui fica o meu apreço pelo seu magnífico trabalho neste óptimo blog.
Um abraço.
Isabel
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