Hugo Santos, Dra. Fernanda Asseiceira (Presidente da CM Alcanena) e Dr. Carlos Nuno Nunes Ferreira
Hugo Santos (*)
para re-haver emoções que se perderam
entre as esquivas areias do tempo.
Acabo por sentir-me um intruso na casa do poeta,
nem aqui está a libélula doce que, voando em redor da palavra,
encontra a luz e a justifica.
É dum alheio território que falo, desconhecido e irreparável,
que fica sempre longe dos rios que por mim passaram.
Estas, repito-o, não são as minhas águas.
Esta margem não é, seguramente, aquela sobre a qual me debrucei,
nem estes os círculos da pedra atravessando o coração da água.
in
A Luz das pequenas coisas
Ed. Vega, 2011
p. 21
-
(*)
Hugo Santos
Hugo Santos nasceu em Campo Maior e toda a sua obra nos fala
da vasta e silenciosa beleza do Alentejo raiano. Poeta, romancista e contista,
tem mais de quarenta livros publicados e foi distinguido com múltiplos prémios
literários dos quais são de destacar, na poesia, Corpo Atlântico, Prémio Antero
de Quental, Decálogos do Bom Amor, Prémio Cesário Verde, e na prosa, os
romances A Mulher de Neruda e As Mulheres que Amaram Juan Tenório que lhe
valeram, respectivamente, o Grande Prémio de Albufeira e o Prémio Miguel Torga.
O muito contacto que teve com crianças (exerceu as funções de professor até há
bem pouco tempo) e a imensa ternura que sempre lhes devotou, levou-o também a
escrever um belíssimo livro para elas, já incluído no Plano Nacional de
Leitura, intitulado Eu, a Casa, os Bichos e Outras Coisas (Vega, 2008).
4 comentários:
Uma revelação aqui neste espaço.
Um poema onde também me sinto preso.
Nem sempre as pessoas conseguem chegar aos pensamentos ditos em poesia. Muitos a concebem do seu próprio modo
Parabéns pelo post.
Bom dia, Luís
Este escritor é muito discreto como pessoa e aparentemente, muito calmo. Apareceu com uma filha e uma neta.
Elas leram poemas seus...
Fiquei a gostar de Hugo Santos e fiquei a saber que ele era sogro do falecido Urbano Tavares Rodrigues.
Um lindo poema,não tinha lido nada dele ainda.
Obrigada pela oportunidade ,pela bonita partilha.
abraço
Nunesamigo
Voltei à tua companhia; o Crónicas das Minhas Teclas está em “hibernação”, mas não para; (diz-me sff se gostas deste título e ou não gostas). Se for não, alvitra um título que eu analisarei e se entender que será melhor, o aceitarei. É, pois, um desafio que te lanço. Muito obrigado.
Mas por agora quero dar-te a informação de que já acabei o texto, o Leonel Gonçalves está a ver o dito e… a Raquel também. É uma mulher de armas, sempre pronta a ajudar-me!...
No dia 16 deste mês começa a edição: capa e miolo vão entrar na impressão e, depois, pensar na distribuição que seja a melhor. E a publicidade? O editor e eu estamos carentes de euros e será a que for possível com a participação de quem queira também publicitar junto das Amigas e dos Amigos, o que desde já agradeço muito. Vou ainda tentar junto da malta amiga da comunicação social que façam o que melhor entenderem.
Está também a ser estudado o local do lançamento; tem de ser mais ou menos espaçoso e com boas condições. E não muito caro… Enfim, trabalha-se. E espero em breve dar-te uma novidade que entendo excelente…
Porém, neste interregno, voltarei a visitar-te e a comentar-te como é meu apanágio. E naturalmente a avisar-te sobre o local, o dia e a hora do lançamento. Quero-te lá: para te ver e/ou conhecer pessoalmente e ver… te comprar muitos exemplares rrrrrrsssss…
Abç
Este texto é único e vai repetir-se pelos blogues e comentadores e colabores que me têm acompanhado; infelizmente não posso avisar e comentar uma a uma ou um a um. Desculpem
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