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(Vídeo produzido pelo autor do presente Post no dia 24 de Janeiro de 2015, no decorrer da Tertúlia no MiMO em Leiria)
Estive presente na Tertúlia no MiMO, junto ao Castelo de Leiria, em que esteve presente RUI PATO numa altura em que a Administração do «Facebook» fechou a sua conta, por motivos desconhecidos.
Pode-se acompanhar uma página de apoio a Rui Pato aqui https://www.facebook.com/pages/APOIO-A-RUI-PATO/380708555437003?pnref=story
"... em 1962, já só a guitarra acústica de Rui Pato se ouvia ao lado da voz de José Afonso, e assim continuaria a ser até 1968. ..." p. 19 do livro de João Carlos Callixto «CANTA, AMIGO, CANTA - NOVA CANÇÃO PORTUGUESA (1960-1974) . Ed. Âncora - 2014 . Por alturas da CENSURA do Facebook de RUI PATO...
-Pode-se acompanhar uma página de apoio a Rui Pato aqui https://www.facebook.com/pages/APOIO-A-RUI-PATO/380708555437003?pnref=story
"... em 1962, já só a guitarra acústica de Rui Pato se ouvia ao lado da voz de José Afonso, e assim continuaria a ser até 1968. ..." p. 19 do livro de João Carlos Callixto «CANTA, AMIGO, CANTA - NOVA CANÇÃO PORTUGUESA (1960-1974) . Ed. Âncora - 2014 . Por alturas da CENSURA do Facebook de RUI PATO...
Também gravei mais este vídeo. A qualidade de produção e do operador de câmara é a de um amador. Mas penso que vale a pena divulgar...
Francisco Fanhais a cantar "Canção de Embalar" (José Afonso). Rui Pato à guitarra.
João Callixto é o autor do livro acima referido.
em edição... ainda (27jan2015)
Gosto · Responder · 9 · 24/1 às 1:10
Jose Leitao Pesquisando....Blogues..... Antes de tudo e
de mais, o Rui Pato foi meu companheiro de brincadeiras de infância no Bairro
S. José, em Coimbra, futuro Bairro Marechal Carmona, actual Bairro Norton de
Matos, no Calhabé.
Por causa dele, cheguei a partir a cabeça do meu irmão
mais velho à pedrada.
Rui de Melo Rocha Pato nasceu em Coimbra, no dia 04 de
Junho de 1946, filho do jornalista-fotógrafo Rocha Pato, chefe da delegação de
Coimbra de "O Primeiro de Janeiro" e, mais tarde, do "Diário
Popular".
Pertence à "geração de viragem" da "canção
de Coimbra", tendo sido o acompanhante à viola de José Afonso, por escolha
deste, na primeira fase da sua carreira na balada, de 1962 a 1969.
Rui Pato tinha apenas 16 anos quando acompanhou José
Afonso em "Menino de Oiro", "Tenho Barcos, Tenho Remos",
"No Lago Do Breu" e "Senhor Poeta", em 1962.
A dupla com José Afonso foi interrompida pela PIDE em
1970 quando a polícia política impediu que Rui Pato seguisse para Londres para
gravar "Traz Outro Amigo Também", na sequência da crise académica de
69.
(Em vão o esperei em Março desse ano em Londres. Em sua
substituição foi oBóris, Carlos Correia - nota do signatário).
Rui Pato conheceu José Afonso através do Pai, que era
amigo de Zeca. Rocha Pato doou a sua correspondência com Zeca ao Centro de
Documentação 25 de Abril, da Universidade de Coimbra.
Numa ida a Coimbra, no início da década de 60, José
Afonso mostrou aos amigos um outro tipo de música, sem o "espartilho da
guitarra de Coimbra".
Tratava-se de uma grande liberdade rítmica, que
necessitava apenas de uns leves acordes de viola para sublinhar o poema que era
o mais importante da canção. Coube a Rui Pato executar esses leves acordes de
viola.
Mas Rui Pato não se limitou, exclusivamente, a acompanhar
José Afonso. Entre 1960 e 1971 foi também um dos principais acompanhantes de
Adriano Correia de Oliveira.
Reputado pneumologista, Rui Pato é hoje presidente do
conselho de administração do Centro Hospitalar de Coimbra, EPE.
Este ano, surpreendeu os amigos em confraternização na
Praia de Miracom uma vibrante interpretação à viola de "Apache", um clássico
dos Shadows.
Foi-lhe então perguntado se, à margem de José Afonso,
alguma vez espreitou o ié-ié e a guitarra eléctrica, ao que respondeu que
chegou a fazer parte de um conjunto, os Beatnicks, que fazia o tradicional
percurso dos bailes de estudantes.
Mais recentemente, Rui Pato confessou que já não tem
guitarras eléctricas:
Embora já tenha passado na adolescência por outros tipos
de guitarras, actualmente não tenho nenhuma eléctrica, nem tão pouco uma
acústica. Só tenho guitarras clássicas. Aqui convém esclarecer que a guitarra
de Coimbra, a de fado, assim como a guitarra de Lisboa, não têm nada a ver com
a guitarra de que estamos a falar.
Estamos a falar de "violas", ou seja, guitarras
clássicas. Neste aspecto, uma guitarra clássica só tem alguma categoria se fôr
fabricada por especialistas (lutiers), com madeiras raras que estiveram em
estufa a secar mais de uma dezena de anos .
Os grandes mestres da sua fabricação são espanhóis
(Ramirez, Rubio, etc) , mas existem alguns grandes fabricantes na América do
Sul, incluindo o Brasil, onde há fabricantes excepcionais (Di Giorgio).
Claro que existem fabricantes industriais de boas
guitarras feitas em série, muito mais baratas, mas... não têm nada a ver...
Tenho actualmente três guitarras (violas): uma Odemira,
da fábrica Luso-Espanhola, fabricada em 1967, uma do Luís Filipe Roxo,
fabricada em 1980, e uma (a melhor de todas), de um fabricante de Braga , o
Jorge Ulisses, feita em 1999.
Quando fôr rico, quero ter uma Ramirez, do modelo topo de
gama!
PS - Há precisamente 10 anos - 29 de Setembro de 1998 -
recebi uma missiva de Rui Pato, onde referia a nossa amizade de calções nas
praças da nossa infância.
Colaboração de Luís Pinheiro de Almeida
7 comentários:
Conforme já tive a oportunidade de referir no facebook, foi sem dúvida uma tertúlia inesquecível! Embora o Manuel Freire não tenha cantado, também nos encantou. Grato, uma vez mais, ao António Nunes pelo registo (não me perdoo não ter levado a máquina...).
Um abraço, Rui. Conseguiu os dois livros do João Callixto? Está ali um bom trabalho de investigação e recolha.
O Manuel Freire. Ainda consegui tirar-lhe uma fotografia, estava ele já a despedir-se da Tertúlia; eu tinha chegado aí com meuia hora de atraso...
O Francisco Fanhais continua com uma bela voz!! Nem soube disto! Que pena.
Também fui apanhado de surpresa. Fui a esta Tertúlia, mesmo in extremis, como se tivesse tido um palpite de que ia gostar.
Oportunidade única.
Falou mais divulgação, parece-me. Soube através do Facebook do David Telles.
Foi de facto um ótimo pedaço de tarde. Saí no fim sem trocar dois dedos de conversa com os amigos, porque queria espreitar o convívio no "Canto da Praça" onde estava Pedro Chagas Freitas, com o seu livro "Prometo falhar". As, sobretudo "as" e os adolescentes eram aos magotes, ou como diria o Herman, "às paletes" e acabei por nem me deter. Gostei imenso de Rui Pato, que me pareceu um ótimo conversador tal como todos os outros. Depois tudo o quye se passou tem a ver com a nossa juventude e por isso tão bem nos identificamos.
Pena a senhora que modera não saber moderar. A tertúlia vive mesmo da extraordinária qualidade dos participantes. Foi um momento que excedeu o que esperava vivenciar.
Consegui os dois livros mas só fiquei com um para mim, o outro... já era.
:)
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