Sempre que me ocorrer e tiver disponibilidade temporal e anímica para isso, aqui vou deixando as minhas notas e Apontamentos do que vou observando e/ou fazendo.
Que possa servir para quem aqui vier espiolhar...
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Acácio de Paiva lembrado por Adelaide Félix
Que possa servir para quem aqui vier espiolhar...
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Acácio de Paiva lembrado por Adelaide Félix
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Notas
aquando da recolha de informação sobre
Acácio
de Paiva, ´insigne poeta leiriense`.
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António AS Nunes para “Falando de Acácio de Paiva”,
ed. Junta de Freguesia de Leiria, 2013.
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Composto e impresso na
Pap. Veneza. Lisboa. 1944. De 23x18 cm. Com 41 pags. Brochado. Ilustrado pelo
Dr. Leonel Cardoso.
Este
livro tem 41 páginas .
Nele
é publicada uma conferência da autora, pronunciada na noite de 20 de Março de 1944, na Casa do Distrito
de Leiria, e ilustrado por Leonel Cardoso.
Com
esta conferência a Dra. Adelaide Félix pretendeu realçar a atividade literária
dos escritores que, na sua opinião, mais se teriam, até à data, revelado,
ilustrando as terras e as gentes desta área geográfica de portugal: o Distrito de Leiria.
Adelaide
Félix (Santarém 1896 - Lisboa 1971) licenciou-se em Filologia Germânica pela
Universidade de Lisboa e estagiou na Alemanha, país que visitava regularmente.
Publica
o seu primeiro romance "Hora de instinto" em 1919 a que se segue, em
1921, uma colectânea de contos "Miragens Torvas".
Foi
Teófilo Braga, seu mestre de Literatura, quem a incentivou a seguir a vida
literária, tendo-lhe prefaciado um ensaio - "Shakespeare e o Othelo".
Exerceu
funções docentes no Liceu D. Filipa de Lencastre, em Lisboa e foi também
professora no Liceu de Leiria, tal como a própria afirma no "Roteiro de
viagens feitas no mar tormentoso das letras por gentes de Leiria e seu
termo", conferência que pronunciou na noite de 22.03.1944, na Casa do Distrito
de Leiria, em Lisboa.
…
"É ainda de Rodrigues Lobo, o liceu onde orgulhosamente eu servi..."
Esta
foto foi tirada no decorrer da sessão de encerramento do festival dos jogos
florais do Outono de 1965.
É
de toda a justiça assinalar que o “Príncipe dos poetas” se chamava José Ribeiro
de Sousa, de Maceira Lis (Florão de Louros de Prata).
Uma
particularidade interessante deste festival: cada concelho da Região de Turismo
de Leiria, teve a representação em palco de uma jovem escolhida a preceito. A
representante do concelho de Leiria, foi Zaida Manuela Teles e Paiva, por sinal
sobrinha-neta de Acácio de Paiva.
Adelaide
Félix foi a presidente do Júri deste certame literário. A dado passo do seu
discurso, disse:
(…)
”; e alegram-me, finalmente, a alma, porque cumprindo a sua tarefa, todos os
componentes dum júri literário acabam por encontrar, nas produções
apresentadas, alguma hora alta, alguma tarde de vento e de sol, que na lida da
vida, já bateu à porta de todos nós.”
Não
sendo natural de Leiria, aqui viveu vários e interventivos anos, muito
contribuindo para a dignificação e divulgação das gentes e das obras literárias
de muitos leirienses de alto mérito literário.
Por isso mesmo aqui fica o meu reparo por o seu nome não constar do
“Dicionário dos Autores do Distrito de Leiria”, ed. Magno – Leiria – 2004.
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Voltando
mais atrás. Adelaide Félix disse, no seu discurso de 1944, que originou a
publicação acima referida, a propósito
de Acácio de Paiva:
“…
e não é um mareante, nem dois, nem três, que compõem hoje a tripulação da
barca.
Nos
cestos das gáveas, ao leme, no tombadilho, trepando aos mastros, ou no comando
da nau, vejo gente, da melhor, entre a marinhagem que navega no mar tormentoso
das letras contemporâneas.
E
entre ela vai esse perdulário de rimas opulentas e do modelo de poesia alegre
que é o leiriense Acácio de Paiva. Não cuida, nunca cuidou do seu renome.
Não
busca vender livros – pois nem sequer se dá à tarefa de coligir milhares de
versos esparsos… .
Dizer
«Acácio de Paiva» é o mesmo que dizer insonciance, ou
portuguesmente: «… Quanto a glória… tanto se me dá… como se me deu!...»
Ϩ
Notas de António AS Nunes em consulta na Biblioteca Municipal Afonso
Lopes Vieira
Em 2012/3.
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