http://dispersamente.blogspot.pt/search/label/Afonso%20de%20Sousa
Conforme já aqui ficou dito, Afonso de Sousa foi um ilustre leiriense, que deixou o seu nome ligado às lides de advogado notável, insigne prosador e poeta e que, enquanto estudante (1923/1930) e até noutras ocasiões, foi um dos mais interventivos executantes de viola e guitarra da canção/fado de matriz coimbrã.
Eis um dos seus sonetos conforme consta do folheto alusivo à cerimónia de "Oferta ao Museu da A. Académica de Coimbra, em 25 de Novembro de 1989" da guitarra que utilizou como solista e acompanhador de Artistas como Artur Paredes, Albano de Noronha, Edmundo Bettencourt, Armando do Carmo Góes, Paradela de Oliveira, Artur Almeida d´Eça e, embora espradicamente, o Doutor António Menano.
---Ruelas de Leiria e de Coimbra
Rua de minha Terra, luar de prata,
E vós, Amigos meus, minha ventura:
- Silêncio, que alguém vibra de ternura
E vai passar a minha serenata.
A cada acorde meu que se dilata
Uma janela se abre à noite pura.
Cada janela aberta é uma jura,
Um idílio de amor que se desata.
Assim passei... Debalde agora vim
Meu passado rever nessas ruelas,
Tanger a minha lira, antes do fim.
Vibro-lhe as cordas, rasgo os dedos nelas...
- Guitarra, que houve em nós, ou que houve em mim,
Que já ninguém nos abre essas janelas?!
Afonso de Sousa
©(texto digitado pelo autor deste blogue)
Sem comentários:
Enviar um comentário