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2019/01/31

Bálsamo




é um bálsamo
ler poemas
que nos dizem muito
sabendo nós
contudo
que muito mais haverá a dizer

e é esta sensação indizível
que nos obriga a pensar
que o que nós somos
não sabemos

o que saber
o que fazer
para conseguirmos
entender
o quê e quem somos

não sabemos

saberemos ¿¡


a DA
jan19


(Talvez se possa melhor entender o que se passa consultando https://cmlopires.blogspot.com/  )

2019/01/02

Possivelmente




possivelmente



tempos de solstício de inverno
dias quedos e ledos
que possivelmente estão a contrariar
uma possível ordem cósmica

possivelmente
estamos em mudança

em vias de nos transformarmos
em algo que só se pressente
quando conseguimos
boiar na corrente 
que continuamente nos transporta
para sítios inimagináveis
mas que talvez estejam  

e que só quando lá estivermos
possivelmente encontraremos
tudo o que julgávamos perdido

possivelmente

a DA
31dez2018
-
Caros amigos, que esta passagem para o calendário de mais um ano,
vos seja muito favorável.
(ensaio dum comentário/resposta a um poema de Carlos Lopes Pires
por altura da passagem de ano de 2018/19. Troca de correspondência por emeile)

2018/11/18

Uma flor ao longe




Uma flor ao longe


Nas minhas deambulações etéreas
sintonizei uma emissão
cuja origem
só pode ser um mundo diferente
dos muitos em que nós outros
julgamos acreditar

e que alguns de nós
até olhamos e dizemos que gostamos do que vemos

só que não conseguimos descortinar
o caminho
rumo a algo que sentimos inalcançável

Demais sabemos que há outros mundos
que nos parecem cada vez mais distantes
à medida que reparamos neles

mas que talvez estejam
à mão duma simples flor
duma maçã acabada de colher
das pedras do caminho
dos detalhes do meu quintal

duma gota de chuva
nas areias do deserto
ou no fogo

redemoinhado pelo vento

nada será em vão

a DAlmeida
(comentário que deixei no blog de Carlos Pires)

2018/10/09

A poesia e o dia 5 de Outubro de 2018




Em dias d´ouro
(para o Carlos Pires e aqueles outros 4 amigos que nós sabemos)
(comovido/emocionado com o poema-prenda evocativa do 5 de Outubro de 2018)


a poesia é das coisas boas
que o homem pode usar
e com ela 
muito simplesmente
oferecer uma rosa aos amigos

em momentos de vida
determinados ou não

por isso mesmo
ficamos-te muito gratos
por esta tua prenda

das melhores 
que se podem receber

em qualquer altura

oh mas esta data
talvez por já a termos 
interiorizado como marcante
é uma das que se nos gravam
no coração

e queremos que fique esculpida
para todo o sempre
numa daquelas pedrinhas
que encontrámos
no nosso caminho

a guardámos religiosamente

e a conseguimos dourar


a d´Almeida
Por mim e pela Zaida
1968-2018

---
nota:
alguém terá reparado que eu, às vezes, também tento escrever uns ensaios de posia:
e aqui ficou publicado https://gazetadepoesiainedita.blogs.sapo.pt/a-dalmeida-nunes-em-dias-douro-48975

2018/09/12

Os poetas também escrevem poemas aos amigos



Acabei de ler no blog dum grande amigo um poema dedicado à minha mulher para a vida toda ( (´para Zaida no falecimento de sua mãe`). Senti o impulso de deixar este comentário:




Eva de Sousa Esteves Paiva (1919-2018) (1ª do lado esqº), em 1968, no casamento de sua filha Zaida Manuela Paiva Nunes.(5out1968)

houve momentos
de adeus esvoaçados 
talvez a sinalizar
o regresso migratório
do pássaro pousado
no seu coração
até que esse pássaro
levantou voo
rumo a perder de vista

a d´Almeida Nunes

(os poetas também escrevem poemas aos amigos)
(https://cmlopires.blogspot.com/2018/08/blog-post_30.html)


2018/08/20

Deus será imutável?!



Deus será imutável
e já decidiu
tudo é fogo

e nós fazemos parte dele
ainda que
não
durante um tempo

já estou cansado
de tentar minar
um trilho
desse fogo

na percepção
da impossibilidade
de cumprir
esta missão

a DA (ago18)
após ler “Poema de ouvir o Pablo”
de Carlos Pires

Os aniversário dos amigos

O Facebook é uma coisa impressionante.
Temos sempre à mão
um sítio onde deixar correio
com endereço ou não



Olá, Carlos

Recebe este abraço
que eu quero que seja
um poema

um hino
ao teu aniversário
no significado de tempo
embrulhado
em pássaros
e outras coisas simples

como aquelas
com que nos embalas
e tornas mais fácil
a nossa viagem
rumo ao infinito


encantado por ser teu amigo
antónio d´almeida nunes
(agosto 2018: a pensar, também, na minha mãe)

- entretanto,morreu a minha sogra EVA Paiva.

2018/08/13

No aniversário de um amigo






Ao Carlos Pires

há amigos que marcam
porventura para sempre
a marcha da nossa vida

pelos montes
vales
rios 
nos quintais

encontramos sinais

como sejam
peixes pássaros formigas
maçãs chuva
Deus a sorrir por entre as folhas
das macieiras

e coisas que nos falam
de coisas a celebrar
juntam seixos na areia
e mostram-nos desenhos

que significam sempre algo
de extraordinário

por exemplo um sete
do mês de agosto

salve amigo 

Lourais, no meu quintal, em 7 de Agosto de 2018

António Nunes (a DA)

(e-mail Có-Có)

2018/08/03

um poema do mundo



medito nos olhos
um poema do mundo

talvez mesmo uma pauta sideral

e vejo imagens de bruma
e de nuvens de chuva

nas reverberações de luz do farol
diz que vai chover amanhã
a pedido do homem

que os deuses concordem
que venhas chuva
por bom caminho
mas vem chuva

nós adoramos-te
mesmo quando dizemos
que te demoras
a limpar o céu carregado

libertando o azul infindo
e o sol

(bênção, poetas em S. Pedro de Moel)
- particularmente a Carlos Lopes Pires

Leiria, 2 de Agosto de 2018 - 39ºC
--- (foto de 28jul18 - Pª Pedrógão)

a DA

2018/06/30

Carlos Lopes Pires e o seu 25º livro de Poesia: «a noite que nenhuma mão alcança»





No "Jornal das Cortes" nº 386 de 7 de Julho de 2018 pode ler-se uma reportagem assinada por Carlos Fernandes, outro grande amigo, intitulada:
"Novo livro de poesia de Carlos Pires".

Estiveram na mesa, o autor dessa crónica, como apresentador da obra, Fulvio Capurso (ilustrador), o autor Carlos Lopes Pires e Rita Justino, anfitriã da Casa-Museu João Soares.
Carlos Fernandes  referiu o facto de Carlos Pires ter editado uma média de um livro por ano, de carácter literário, sendo que, ultimamente, o autor se esteja a dedicar à Poesia em exclusivo.

Dedico o vídeo deste "post" a Carlos Pires, que considero um grande amigo e que me tem seduzido com a natureza da sua poesia a ponto de o considerar, neste momento, como Mestre.
A pp 131 pode ler-se o poema "ontem Deus" que tem a dedicatória: a "António Nunes". Obrigado, Carlos Pires por tanta simpatia e pela amizade.

2018/06/23

a noite que nenhuma mão alcança. Um novo livro de poesia de Carlos Lopes Pires









Em complemento dum outro post anterior. Porque abri nova conta YouTube: Orelhavoadora.

Logo que este livro seja apresentado oficialmente irei permitir-me transcrever pelo menos um poema.

Repito o que já aqui deixei escrito acerca de Carlos Lopes Pires:


Ao mestre, amigo e ´irmão` Carlos Lopes Pires.

Mais um livro que vai apresentar - 30 jun 2018.

2018/06/14

Mais um livro de Carlos Lopes Pires: "a noite que nenhuma mão alcança"

https://www.facebook.com/orelhavoadora/videos/10204675341400412/



De há uns tempos a esta parte, tendo o acesso à minha conta YouTube cortada, e todos os meus vídeos, quase duas centenas, "apagados", passei a fazer upload daquilo que me vai ocorrendo com o recurso a esta formidável "ferramenta" virtual das redes sociais, usando o Facebook.

A legenda deste vídeo ficou assim:


Ao mestre, amigo e ´irmão` Carlos Lopes Pires.
Mais um livro que vai apresentar - 30 jun 2018.
Claro, não podemos deixar de referir, neste ensejo, também,
os nomes de Fulvio Capurso (ilustrador), Carlos Fernandes (editor e apresentador da obra) e Pedro Jordão, que me emprestou a sua espectacular música e piano, "Yomalay", em recordação duma flor mítica de campo do ambiente místico dos Himalaias...

Lamento profundamente o que se está a passar com a GoogleYouTube:

1) Admito que usei trechos de música muito conhecida e que já circula em tudo quanto é sítio na internet;
2) Demonstra-se facilmente que não fiz esse uso senão para fundo musical de vídeos amadores, a maior parte das vezes, simples montagens de fotografias minhas, sem qualquer intuito comercial;
3) Muitos desses vídeos constituíam peças importantes de documentação de momentos importantes da minha vida;
4) Pago cerca de 25 dólares à Google por ano para ter acesso a uma maior capacidade de armazenagem de fotos;
5) Espero bem que não me apaguem definitivamente aqueles vídeos e que um dia ainda mos possam facultar.

  

2018/04/14

No blog de Carlos Pires: https://cmlopires.blogspot.pt



No blog do meu amigo Carlos Pires, na zona de comentários:
---


foi-me dado a saber
que amanhã vai ser
tempo de mais um foco
da luz dos teus poemas

há um ponto no universo
na infinitude do tempo
e no incomensurável do espaço

onde os teus versos
se procuram

no princípio que não encontra o fim

uma luz indescritível
que não invisível
pressente-se
vinda dum buraco negro
não-dimensionável

luz filtrada por rosas
e pelo voo dos pássaros

abr18
a-porfírio


Há pessoas que encontramos na vida, e nem sabemos bem porquê. Pessoas que nos fazem sentir redondos. Pessoas que se acompanham de leveza e nos fazem sentir leves. Que usam as palavras como se fossem rosas. Pessoas que podemos ter conhecido apenas ontem, mas que sentimos conhecer desde sempre e de algum lado. Assim és tu.

-

Grato pelas tuas palavras, Carlos.


2018/03/19

Poesia (ensaios) - pingos passam por mim




ainda bem que os telhados
não protegem de toda a chuva
pingos passam por mim
com um sorriso

Estão velhas
estas telhas

gosto delas assim

fazem-me recordar
um certo tempo

(a pensar na Lurdes, na Sinó, no Vitor: a treparmos o tempo de dois em dois degraus...)


-

O meu amigo Carlos Pires tem-me incentivado a escrever "poesia".
E eu, às vezes, até penso que se calhar também sou poeta...

-

Este meu amigo tem um blog (que começou a editar recentemente, em substituição de um outro, já mais antigo, mas de que perdeu os códigos de acesso.

O ponto cego da existência

-

Obrigado, Carlos, por me teres dedicado:


apanhar ar
mexer na terra 
receber a luz 

mover as sombras
ou segui-las

depois ir
como se fosse vento
e lá fora chuva
                             (para a-porfírio)


em 27 fev 2018

2018/03/06

Ainda os meus amigos: Pedro Jordão (compositor e músico injustamente esquecido) e Carlos Lopes Pires (poeta do mais puro quilate)

Permito-me partilhar uma publicação que acabei de ver na internet, neste endereço:
https://festivaiscancao.wordpress.com/2017/08/10/pedro-jordao-edita-cd-era-tao-azul/

---

Tentando substituir-me, na minha modesta medida, na memorização do trabalho desenvolvido por Pedro Jordão, nos anos 60 e 70, pelo menos, enquanto músico e compositor, não posso deixar de transcrever:

«Pedro Jordão foi o compositor de sete das canções que na década de 60 do século passado marcaram presença nos Festivais da Canção e uma na década de 70.
Este compositor fez parceria com o autor Rui Malhoa em cinco temas, com António José em dois e assinou letra e música de uma outra canção.
Pedro Jordão e Rui Malhoa apresentaram a concurso as seguintes canções:
Balada da traição do mar (1967) interpretada pelo próprio Rui Malhoa, Vento não vou contigo (1968) por Mirene Cardinalli, Fui ter com a madrugada (1968) por Tonicha, Ao vento e às andorinhas (1968) por João Maria Tudella e Canção ao meu piano velho (1968) por Simone de Oliveira.
A dupla Pedro Jordão e António José levaram ao Festival da Canção de 1968 as canções Calendário e Dentro de outro mundo interpretadas respetivamente por Tonicha e Simone de Oliveira.
Pedro Jordão foi autor e compositor da única canção que não se conhece e nunca foi gravada do Festival da Canção de 1975, o tema Leilão da lata a que Fernando Gaspar deu voz.»

-
Mais sobre Pedro Jordão já eu aqui deixei publicado conforme:

http://dispersamente.blogspot.pt/search/label/Pedro%20Jord%C3%A3o

2017/09/04

Nos meus 70 anos de vida. Obrigado, Carlos Pires

No dia dos meus 70 anos (em forma de agradecimento a um e-mail que recebi do Carlos Pires em   fevereiro 2017  )


Carta de agradecimento 
Carlos Pires


Acuso a receção da tua carta, poeta
e quero dizer-te que a li
atentamente
e reli-a
uma, duas, várias vezes
quero agradecer-te as coisas
simples que nela dizes 

a vida é e não é
aquilo que nós pensamos ser
sem conseguirmos chegar 
a lado algum

afinal o que é a vida?
o que pensamos ser a vida?
o que queremos que ela represente?
o que seria a vida sem poetas?
um pouco de nada a querer ser tudo?

a vida será o tempo que passa?!
o voo dos pássaros sobre o mar?!
o tempo partido em fragmentos?!
o vento que nos quer falar?!

queria responder à tua carta, poeta
com palavras em tinta de chuva
que pudessem dizer coisas 

mas não estou a conseguir
hoje dei comigo a querer ser tempo
tempo que me foge 
não sei se porque me falta
se porque me ando a perder
nele

o tempo hoje
é um número
70

                          espero bem viver
                          o que me faltar
                          simplesmente

O arrojo de falar da poesia de Carlos Lopes Pires

Apresentação do livro de poemas de Carlos Lopes Pires em 1 abril de 2017 no auditório da Casa-Museu João Soares.
(pelo sim pelo não talvez tenha interesse ver o meu vídeo https://youtu.be/42x9zVdWVYU )

A este propósito e porque me permito, às vezes, o arrojo de
me referir à poesia do meu amigo e "irmão" Có-Có Carlos Lopes Pires
---


ato de contrição (para o Carlos Pires) Uma campainha soou e o som não era um simples toque eram palavras estranhas que não podia ignorar diziam coisas de alarme que queriam dizer coisas que eu teria de decifrar e não ficar na eterna ignorância e falavam estranhamente de formigas e de muito céu e de maçãs e de tardes azuis estariam a interrogar-se sobre um livro de poemas e de como o tratar naquela sua capa de adeus com letras em branco e silfos e um menino verde e azul e uma formiga a ajudar-nos a ver como era Deus a minha ignorância talvez seja poesia também mas «a minha poesia é uma ignorância» é um livro bonito com uma poesia infinitamente maior que toda a minha ignorância Esta é a minha penitência mas não me sinto penitenciado o suficiente ... antónio n