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2012/03/28

Cores do sentir estes tempos que correm...


Da minha varanda sobre a Sra. do Monte...

Cores do sentir
Estes tempos
Que correm
Desgarrados
Desatentos
Ao que as pessoas
Sentem
Os malfadados
Vidas à toa
A insinuar desistir!...

Mas não
Algo mais se vê
Sem ser o chão
Duro e seco da terra
Que se adivinha
No meio da escuridão…

Amanhã
Cá estaremos
Melhores serão
Os dias próximos
Quem sabe choverá
E o campo florescerá…


2012/03/07

Oração da noite...


Esta noite, 
uma destas noites, 
fui à varanda 
e fotografei 
(pela enésima vez...)
a vista do lado de lá, 
na margem direita do rio Lis, 
máquina montada num tripé,
do lado de cá
da Barreira,
4 segundos 
a absorver a 
luz da noite
as pessoas em repouso


que tenham passado
uma noite feliz
e descansada...


Ámen 
@as-nunes

2012/02/29

Gracias a la vida



Em complemento da entrada anterior, como prometido...

Música:
Violeta Parra
Gracias a la vida


@as-nunes

Porque não, vamos lá para o telhado?!...

 A Ema como que a desafiar-me; sabes há quantos anos é que montaste as antenas da tua estação de rádio, no telhado? Pois, já lá vão 20 anos; pouca manutenção tens feito e, lembra-te, estás a ficar velho!

Hoje decidi-me, aproveitei o ensejo duma ida ao sótão com o Snr. Marques, eletricista de alto gabarito, ex-colega de Ensino na antiga Escola Industrial de Leiria, 1966/7/8, levei a caixa das ferramentas, não me esqueci de levar as duas máquina fotográficas, pisguei-me pela janela de sótão, e lá passei uma grande parte do dia, em trabalhos de manutenção de antenas, cabos de transmissão, uma telha partida pela equipa ao serviço da PT, que lá tinha andado a montar a TDT (só dei por essa falha porque me deu para ir ao telhado, não me disseram nada quando a partiram e deram o trabalho por terminado).
E fotografei belas vistas panorâmicas sobre a encosta da Barreira/Carvalhinha/Quinta do Cabreiro, vale do Lis, encosta da Sra. do Monte, Cortes, eu sei lá, uma assombração, todas aquelas vistas panorâmicas fabulosas que eu não me canso de fotografar; como diria Assis Pacheco, um pasmado sem cura!
-
Um dia no telhado...

Sou radioamador há 30 anos…
Gosto de fotografia,
desde sempre...
Gosto de ir ao telhado
Nas asas da fantasia.

Deixem-me pasmar o horizonte...
Já não tenho 30 anos, nem 50...
Mas o poder tocar o próprio éter
Mesmo aos 65 anos de vida
É uma grande emoção!...
Sempre foi!...

Viva a Vida!...

Se a alma existe
Eu quero ficar
Nas ondas da rádio
A olhar, a falar...

Com quem quer que seja
Onde quer que esteja!...

António Nunes
CT1CIR
-
também tenho um filme para mostrar, vamos lá a ver se não se perde nas asas etéreas das ondas hertzianas!...
@as-nunes

2012/02/23

A génese do poema



GÉNESE

Todo o poema começa de manhã, com o sol. Mesmo
que o poema não esteja à vista (isto é, céu de chuva)
o poema é o que explica tudo, o que dá luz
à terra, ao céu, e com nuvens à mistura – a luz incomoda
quando é excessiva. Depois, o poema sobe
com as névoas que o dia arrasta: mete-se pelas copas das
árvores, canta com os pássaros e corre com os ribeiros
que vêm não se sabe de onde e vão para onde
não se sabe. O poema conta como tudo é feito:
menos ele próprio, que começa por um acaso cinzento,
como esta manhã, e acaba, também por acaso,
com o sol a querer romper.

Nuno Júdice
pp 302
Poesia Reunida 1967 - 2000
 - Publicações Dom Quixote - 2000

Foto:
Duma varanda da Barreira avista-se a Serra da Maúnça, a Sra. do Monte, nas suas silhuetas matinais, envoltas ainda na neblina do vale do Lis.
 @as-nunes

2012/02/19

DECLARAÇÃO de hoje; e amanhã?


Este meu olhar embasbacado...na direção das Cortes e Serra da Maúnça, logo a seguir à Sra. do Monte...


Assim:


DECLARAÇÃO

Eu, abaixo assinado, não sei o que
hei-de declarar.

Mas posso declarar que foi ontem que eu,
abaixo-assinado, declarei que era hoje que
iria declarar o que tinha de declarar.

E declaro hoje que não sei o que declarar no dia
de hoje enquanto amanhã não chega.

Eu abaixo-assinado declaro que
amanhã terei de declarar tudo o que tenho
de declarar.

Ontem teria declarado e subscrito
o que tinha de declarar.

E amanhã também iria declarar
todas as declarações do mundo se, quando
amanhã chegar, não descobrisse que amanhã
é hoje.

Por isso é que eu, abaixo-assinado,
declaro que não sei declarar hoje, que é o amanhã
de ontem, tudo o que tenho de declarar.

E eu, abaixo-assinado, declaro solenemente
por minha honra que só não declaro nada hoje porque
hoje é o amanhã de ontem,
e também não vou declarar nada amanhã porque
amanhã é o hoje em que irei deixar para depois
de amanhã o que tenho de declarar.

E cumpra-se esta declaração que vou datar
de amanhã, sabendo que só a poderei escrever
depois de amanhã, quando ontem for o amanhã
em que a vou adiar para ontem.

Nuno Júdice
Pp 50 “A matéria do poema”, Ed. Dom quixote - 2008
-
Ou seja, estou a repetir-me, parece-me a mim, talvez seja altura de pensar melhor naquilo em que se está a transformar este meu "DISPERSAMENTE...", se calhar só isso, um amontoado de apontamentos dispersos mas também dispersivos, em demasia!...

Para já é esta declaração que aqui me apetece deixar hoje, logo a seguir à DECLARAÇÃO de Nuno Júdice, de forma a que me possa servir de muleta, tentando o balanceamento do passado e presente com o futuro.

Será que amanhã estarei a pensar o mesmo que hoje?!...
@as-nunes

Quinta do Cónego - Cortes - Leiria: vista panorâmica 1



Esta vista panorâmica é-me muito familiar, mostra-se-me todos os dias, às mais variadas horas do dia. 
Objecto principal: os terrenos e Quinta do Cónego, do lado de lá, das Cortes.
A perspectiva alcança um ângulo relativamente grande, não porque tenha usado uma grande angular, mas porque do lado de cá, da Barreira, uso uma objectiva 70-300 mm da marca Sigma ou uma máquina(2) Canon Power Shot Sx30 IS.

Vou passar a mostrar aqui a evolução da Natureza observada desta varanda.
Este vai ser o primeiro quadro desta série de 2012:

17 de Fevereiro de 2012
16h38m
Máquina (2)
Abertura: 6.17
f/5.6
ISO 80
-
nota:
vale a pena ler mais sobre a Quinta do Cónego.
@as-nunes

2012/02/13

Viva o 13 de Fevereiro!

Durante o dia, esta camélia, belíssima, retratei-a eu no meu jardim, talvez um pouco desfavorecida pelos frios intensos que se têm feito sentir...

Esta vista panorâmica é uma das minhas companhias diárias...
E não me podia esquecer de fazer referência ao 1º "Dia Mundial da Rádio" instituído pela UNESCO, ou não fosse eu radioamador desde 1980 (CT1CIR).

 65 anos da colheita de 1947, concentração à média luz, um filme a correr, suspense!...
(foto da Maria Inês Nunes)

Tínhamos reservado uma festarola de arromba no Hotel Cinco Estrelas, mas acabámos por ficar em casa, em família...
(foto da Maria Inês Nunes)
Mas valeu a pena, ora digam lá que não.
A diferença de idades correspondente a três gerações, sendo que a mais idosa tem 93 anos e a mais novinha 4.
@as-nunes 

2012/02/03

O raiar poético de uma sexta feira gélida


Olá, Bom Dia… Boa Tarde… ou Boa Noite…
Salve, quem quer que seja, onde quer que esteja!
Paz e Solidariedade.



Hoje levantei-me ao nascer do Sol... a vida é bela, não demos cabo dela!

AMANHECER BRANCO

Adivinho esta construção: uma cúpula
que abriga o mundo. E o mundo roda sobre
si próprio, fechando o círculo dos instantes
no centro da eternidade.

Ponho esta cúpula no cume
de um monte. O dia nasce, derramando na esfera
de vidro o líquido luminoso da madrugada,
com o brilho puro de um seio.

E bebo esta luz, num desejo ébrio
de nascente, ouvindo os primeiros pássaros
soltarem-se da noite com o canto côncavo
com que acordam o dia.

Nuno Júdice
In “A matéria do poema”
Ed. Dom Quixote - 2008

@as-nunes  

2012/01/31

Voando sobre o vale do Lis

                                     (Foi o que se pôde fazer... nas circunstâncias do imprevisto.)

De vez em quando dá-me para isto.

Talvez tenha passado ao lado duma carreira que eu havia de ter adorado: repórter profissional, fotojornalista, talvez!

Afinal acabei por ser professor, profissional de contabilidade e gestão de empresas, toc, autarca,  para além de  militante político, dirigente associativo,  pescador desportivo (de rio e de mar), caçador desportivo, futebolista, radioamador, amante da informática, internet, webmaster (desde os anos 90), bloguista (desde 2005), escritor de ocasião (jornais, revistas, dois livros, muitas experiências e ideias na gaveta e nos papéis espalhados por tudo quanto é sítio, garagem incluída), dezenas de milhares de fotografias e muitos filmes desde o 8 mm, instalador e manutenção de antenas de rádio comunicação (chegaram mesmo a confundir-me com o zé do telhado), jardineiro, hortelão, etc. etc.

Sempre superiormente enquadrado por uma família do melhor que há no mundo...pais, mulher (comunhão geral), filhos, netos, irmãos, sobrinhos...


É assim a vida!...

@as-nunes 

2012/01/20

Portugal, em dias de apreensão...de nostalgia...de luta...


Dias consecutivos -   Sérgio Godinho (álbum "Mútuo Consentimento")
Usar Écran inteiro para melhor apreciar
-
É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.


É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.


É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.


Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer.


Eugénio de Andrade


@asnunes
Andradendrade

2012/01/13

Leiria, num dia 13, Sexta-Feira

 Altas horas da madrugada. Dia aziago, por acaso 13 de Janeiro de 2012, Sexta-Feira. Não estava nada bem, não conseguia dormir. Fui à varanda, meio às escuras, programei a máquina para uns dois segundos de exposição, sem tripé. O resultado foi este, agora até lhe acho alguma piada. Ao menos eu!...
Será que alguém, dos meus amigos que por aqui passam com mais frequência, pelo menos, descortina qual o alvo desta fotografia?


Apesar de não ter dormido quase nada neste famigerado dia 13, mesmo assim fui ao centro da cidade de Leiria. Num momento de possível descontração disparei a objectiva da minha canon SX 30S, estava eu no Largo Cónego Maia. Se ampliarem a foto pode ler-se um poste com referência a uma hipotética ilha ecológica. Nunca percebi muito bem qual a razão deste nome para designar uma zona de recolha de lixos em reservatórios subterrâneos. Uma ilha 
subterrânea?!... 
Para já não falar da confusão que por ali vai, na perspectiva desta foto, claro!

O carro que aqui vêem estacionado é o meu 
(espero que não se tope a matrícula). 
Se ampliarem a foto verificarão que tinha acabado de passar um Polícia (de trânsito). Sorte a minha que ele já devia ir a pensar no almoço. Aquele sítio não é para estacionar, ainda que tenha lá uma escapatória, muito discutível e que tem dado azo a n multas. 
Afinal este dia 13, Sexta-feira, acabou por não me correr assim tão mal como isso!

Bem, boa noite, caros leitores e amigos.
Vou dormir, que o meu mal é sono!...

2011/12/16

Um diálogo permanente com o Universo



...
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação


António Ramos Rosa - em 1961
-
Ele quer levar essa descida ao extremo limite da integração cósmica (embora, como dissemos, acabe por integrar o cósmico na sua atmosfera pessoal), ao máximo de comunhão entre Corpo e Terra, para se sentir despojado, longe da cadeia do mundo convencional, livre, enfim (até onde essa liberdade lhe é possível...).
(in Ensaio de João Rui de Sousa sobre António Ramos Rosa no nº 1 da Revista bandarra - Primavera 1961)
-
                   em dia de 7º aniversário deste blogue.            
@asnunes

2011/12/09

De crepúsculo em crepúsculo até ao eclipse total da UE?

 Na direcção Ocidente, o snr. Obama a clamar, que o Euro até faz falta...para servir de almofada!...
Ao mesmo tempo, na direcção Leste, a Europa, nas nuvens, declarações e mais declarações, as peças do xadrez a posicionarem-se, os jogadores a fazerem bluff...
Assim vai a União Europeia...em vésperas de Natal de 2011

Mas qual é, afinal, a questão? Dinheiro? Então, mas o BCE não pode imprimir €uros em quantidade suficiente para emprestar a juros decentes aos membros da zona €uro em dificuldades? 
Além do mais, os sócios da UE mais aflitos, já provámos à saciedade que até somos bem comportados, que agora que há regras rígidas (à custa do Zé, do Zé Povinho, nada de confusões) para melhor controlar o Défice Orçamental até seremos capazes de equilibrar as contas públicas.

Tudo o que se passa nestas cimeiras é só folclore, quem é que acredita que se vai deixar cair uma moeda tão bem cotada como o €uro? 
Deixem-se de fitas! Se o BCE não pode servir de Banco para financiar a UE então para que é que queremos o BCE? Para controlar a inflação na zona Euro?! 

Resumindo estas "doutas" reflexões deste blogue (02h00AM):

1- Não se vai decidir nada de concreto;
2- Fica na calha permitir que o FEEF possa substituir o BCE como Banco financiador;
3- Os países pobres da UE passarão a comprometer-se a ser cada vez mais pobres;
4- Mesmo assim, as suas Dívidas Públicas serão pagas a prazos infinitos, mas os juros estarão sempre a contar;
5- Daqui a umas gerações logo se fará o balanço final.

Amanhã, Sexta-Feira, cá estaremos para conferir!...



2011/12/01

Estado crepuscular


Nem é de noite nem é de dia, nem é Barreira nem é Cortes, rua, ora sossegada ora com o ruído de automóveis a subir, só com iluminação pública/natural da via pública ou também com iluminação privada.

Era só para observar as diferenças de tons das cores destas duas fotografias tiradas no mesmo sítio e no mesmo momento (mais coisa menos coisa)...
Interessante, muito interessante.... fronteira, luz, sombra, público, privado... 

Orçamento do Estado Português mais gravoso de que há memória nas últimas décadas. Aprovado pela maioria governamental, cortes e mais cortes, tudo "A Bem da Nação"!

Os meus pensamentos num turbilhão!...

Ah, pois...hoje, por sinal até será o último 1º de Dezembro que vamos comemorar na sorna, com direito a feriado nacional.
Quer dizer, deixa de haver o 1º de Dezembro, ou seja, já não nos interessa por aí além, que em 1 de Dezembro de 1640 nos tenhamos livrado do domínio dos Filipes, nuestros hermanos
E deixem-me que vos diga, não será premonição do que irá acontecer nos tempos mais próximos? Ou nos federamos a nível da União Europeia - política, económica e financeiramente - ou então voltamos à antiga, cada um que trate de si, com a sua própria moeda, fronteiras controladas a rigor, salve-se quem puder!

A Alemanha, mais uma vez, a tramar a Europa! Até parece que serão auto-suficientes, que podem muito bem viver sozinhos!

Foi para isto que, após tratados e mais tratados, assinados e jurados por homens decididos, se lançou a Europa na aventura fantástica que era a ideia duma Europa Unida para o que desse e viesse, mas no sentido do incremento dum verdadeiro espírito de Solidariedade?

Infelizmente parece que este sonho já está a entrar no difuso campo do crepúsculo. Ainda se vêm umas luzes, mas por quanto tempo mais?

Vim aqui só para tagarelar um bocadinho e acabo chamuscado com esta tremenda inquietação destes tempos inquietantes!


penosos   estes pensamentos
cortados em fragmentos
europa   uma riça?
chiça!...
@as-nunes

2011/11/25

Pode ser que depois da tempestade venha a bonança

Uma camélia "winter snowdown", agora.
Lourais-Cortes- Sra. do Monte: o amanhecer de um novo dia. 

Esperança em melhores dias
palavras mais animosas...
que estas fotografias
as insinuam bem airosas
muito mais que o azedume
destes tempos de queixume
que aqui tenho lançado
mais parecendo desanimado
não gosto deste fado
desafinado
desesperançado

Espero bem que o FADO venha a ser mais um património imaterial da Humanidade...

e que com ele
 possamos cantar
 as alegrias 
de melhores dias
@as-nunes