Mostrar mensagens com a etiqueta crise. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta crise. Mostrar todas as mensagens

2011/03/24

Rádio Batalha: uma rádio em serviço público

O meu querido amigo Soares Duarte, no seu programa na Rádio Batalha, de hoje, "Conversas e Ideias", abordou, essencialmente, a temática da necessidade de uma adequada programação dos tempos de antena da rádio - uma rádio dita local, neste caso - tendo em conta os seus objectivos e premência na luta pela qualidade, audiência e, sem contestação nenhuma para uma rádio não financiada como Fundação ou Instituto Público, pela sua rentabilidade económica e financeira.
Muito se disse, vários foram os depoimentos de ouvintes, em determinada altura como que ouvi as suas lágrimas de comoção , a correrem-lhe pela face, que quase lhe «calaram o pio». Uma senhora, pareceu-me que estaria nos primeiros anos de actividade em rádio, tantas palavras de elogio lhe dirigiu, relativamente à sua já longa e meritória carreira de radialista, que o meu amigo teve que deixar passar uma pausa na emissão para lhe agradecer a amabilidade. Que é merecida, como bem sabemos, os seus ouvintes.
A verdade é que a Rádio como meio de comunicação social é uma Arte. Incontestavelmente. Só sendo encarada com esse espírito, a Rádio conseguirá atingir os seus objectivos, a começar pelo seu público alvo. Que tem de estar sempre na mente de quem programa a actividade da Estação.
A Rádio tem de ser capaz de dizer coisas às pessoas, de transmitir Cultura, para além da necessária Informação sempre em linha com os acontecimentos e da indispensável Música, criteriosamente seleccionada.
--
Passando para a minha participação no programa, que muito me honra com a sua confiança, era inevitável falar, ainda que sumariamente, nos acontecimentos políticos em Portugal, dos últimos dias, melhor, do que se passou ontem no Parlamento.
Que me desculpem os ouvintes da Rádio Batalha, mas faço questão, na rubrica de que fui incumbido "Opinião", de exprimir a minha opinião, que não será, logicamente, a mesma de muitos dos ouvintes.
No entanto, uma coisa temos que convir. É da diversidade democrática das opiniões que pode e deve sair a síntese indispensável à escolha do melhor caminho para a nossa vida colectiva.
Quem me estiver a ler, pode ficar com uma ideia da orientação que tentei imprimir às notas breves que lancei à consideração dos ouvintes, ampliando a fotografia acima (estava eu na boa companhia do meu computador portátil e duma folha de papel de apontamentos) e lendo o que se consegue vislumbrar na dita folha de papel.
Resumindo: ainda acredito que o nosso Presidente da República não vai aceitar o pedido de demissão como Primeiro Ministro do Engº José Sócrates; ainda o teremos à frente do Governo, pelo menos até ao fim do Verão. 
Haja calma, se for imprescindível para uma melhor governação do País, substituir o actual Governo, não sejamos precipitados. 
Por amor de Portugal e consideração para com os portugueses!
Se atentarem nas consequências, estrondosamente visíveis, hoje, corte de dois lugares no rating Fitch de Portugal, subidas dramáticas das taxas de juro da nossa Dívida Pública, declarações de reputados e influentes dirigentes Europeus e da OCDE...perceber-se-á a razão destas minhas reticências...e vamos lá a ver onde é que esta tragédia vai parar. 
@as-nunes
Posted by Picasa

2011/03/23

ALERTA GERAL! ...Se eu fosse Presidente da República...


As botas cá continuam penduradas! Até quando?

Governo cai?!...
Temos Governo?!


Aquele fumo sobre as Cortes, Leiria, rumo a Fátima, terá algum significado premonitório?


Será branco?
Será preto?
O que é que será melhor para os Portugueses?!...


Alguém sabe?!...
-
Se eu fosse Presidente da República:
1- Esperava o chumbo do PEC IV - não é isso que toda a gente quer? - na Assembleia da República;
2- Esperava que o Primeiro Ministro apresentasse a sua demissão;
3- Não aceitava esse pedido, invocando o momento actual, completamente desapropriado e prejudicial ao País;
4- O Governo mantinha-se em funções na condição de, enquanto geria Portugal, nesta fase dramática, de luta pela sobrevivência,  tentar a todo o custo um acordo com outros partidos de modo a conseguir a garantia de apoio na Assembleia da República;
5- Até à discussão do próximo Orçamento do Estado de 2012, essa maioria de apoio ao Governo deveria ser reforçada ou - em última instância - promoveria a demissão do Governo e marcava eleições antecipadas, após a derrota duma moção de confiança por parte do Governo, da aprovação duma moção de censura apresentada pelas Oposições ou da demissão do Governo - por iniciativa do PM ou do PR.
@as-nunes
Posted by Picasa

2011/03/17

Por PORTUGAL: entendam-se, Passos Coelho e José Sócrates!...

Minhas botas velhas, cardadas...
Palmilharam léguas sem fim
Acabarão penduradas
A ver Portugal assim?
Um choupal tão bonito
Verdes prados floridos
A continuar assim
Já estamos todos...perdidos!


Na Natureza o Sol põe-se
É bonito de se ver
Mas no nosso Portugal
Queremos «Sol» a nascer...

Poemas:
Zaida Paiva Nunes
Posted by Picasa

2011/03/14

Radio Batalha - Conversas e Ideias: PEC IV - Mais austeridade

(clik para ouvir a Rádio Batalha)

Soares Duarte e
António Nunes

Hoje, 14 de Março de 2011, entre as 17h10 e as 17h30, na Rádio Batalha, 104,8 Mhz
-
Vou tentar fazer uma síntese da nossa conversa via rádio, animada e preocupada ao mesmo tempo.

Decididamente nós, o Povo da rua, aquele que quer é viver a vida do dia a dia, com dignidade, à custa do esforço do seu trabalho, estamos a atingir um ponto de saturação  tal que já não podemos acreditar em mais de 10% do que vamos ouvindo na comunicação social, seja pela boca dos políticos que nos governam 
-Atenção, muita atenção, estamos a ser governados, não só pelo Governo oficial do PS minoritário, mas também pelo Presidente da República, pelo PSD e pelos restantes partidos da Assembleia da República seja pela própria comunicação social.

As notícias vindas a lume são contraditórias, actualizáveis ao minuto. Mas, acima de tudo, muito desanimadoras. Perturbadoras, teremos mesmo que o dizer.

Durante décadas convencemo-nos que estávamos a viver num tempo de vacas gordas. Que toda a gente podia comprar casa (port vezes até com piscina), carro novo, mobílias novas, viajar para países exóticos. E se não tivéssemos todo o dinheiro necessário imediatamente disponível (que era o caso geral) não havia azar. Os bancos emprestavam-nos esse dinheiro, sem grandes burocracias e a taxas de juros baixas.
E assim fomos andando e nos deixámos embalar no canto da sereia.

Todo este regabofe tinha que dar mau resultado, obviamente. A dívida individual foi aumentando exponencialmente, ao mesmo tempo que com as contas do Estado acontecia o mesmo.

Sabendo nós e sentindo na própria carne, as consequências daqui advindas, damos connosco a perguntar:
E agora?

Tentando fazer uma ligeira recapitulação do que se tem vindo a passar e que nos afecta a vida, cada vez com mais premência, retomemos a história, na altura, em que os juros da nossa Dívida estavam em alta declarada. O Primeiro Ministro e o Ministro das Finanças trazem-nos notícias de Bruxelas:
- Acordo europeu para aumentar para 440 Mil Milhões de Euros a chamada FEEF (Fundo Europeu de Estabilização Financeira);
- Que passará para 500 Mil Milhões em 2013;
- Flexibilizar a utilização destes fundos para serem utilizados na compra directa da Dívida Pública dos países em dificuldades e assim reduzir a pressão dos mercados externos para evitar a subida insustentável das taxas de juro.

Só que, entretanto, foram-nos impostas novas medidas de contenção e austeridade nos países periféricos como o nosso. É aqui que surge o já chamado PEC IV, que tanta celeuma está a levantar.

E o que é este PEC IV?

O Governo comprometeu-se na Sexta-Feira passada em avançar com novas medidas de austeridade:
- Aumento do imposto automóvel para reduzir o volume das importações;
- Corte nas pensões a partir de 1.500€ num montante médio (progressivo a partir de 3,5% até aos 10% para as mais altas;
- Revisão das Taxas do Iva;
- Revisão das condições de atribuição do subsídio de desemprego.

Entretanto, Passos Coelho, pressionado pelos gurus do seu partido e pela previsível impopularidade destas medidas, só possíveis com a sua aprovação, já que não acredito que o Governo se abalance sozinho neste difícil cruzada, já veio declarar que o Governo não pode contar com o PSD para as pôr em prática.

Face à nossa dramática situação, vamos a ver se Passos Coelho não vai ter de refrear os seus correligionários.

-
Segundo as últimas informações, os juros da Dívida Pública estão a descer drasticamente e a Grécia a ficar mais aliviada.

Será que a União Europeia, efectivamente unida, irá conseguir ultrapassar este Tsunami financeiro que está a atacar a estabilidade do Euro e da própria União?

Posted by Picasa

2011/02/12

Um país por achar neste país.

Hotel Eurosol - Leiria, 197? - um seminário sobre trabalho e sindicalismo. Sou o jovem, de bigode, manga curta cor clara, na mesa, do lado direito. Estava-se a trabalhar na criação da UGT.
Também falou o saudoso Dr. Vasco da Gama Fernandes, com o seu inseparável cigarro, sempre aceso. Lembram-se do Dr. Marcelo Curto? Ei-lo à direita.
Tempos de ideais, de juventude, de esperança no Futuro!... Bons velhos tempos!...
              (Copyright ©as-nunes)


Canto a raiz do espaço na raiz
do tempo. E os passos por andar nos passos
caminhados. Começa o canto onde começo
caminho onde caminhas passo a passo.
E braço a braço meço o espaço dos teus braços:
oitenta e nove mil quilómetros quadrados.
E um país por achar neste país.

Manuel Alegre
o CANTO
e as ARMAS
Poesia nosso tempo, 1970
Posted by Picasa

2011/02/08

Esperança?! Casa arrombada trancas à porta!...


08-02-2011 12:20 -     Esperança  
Nem tão pouco o desemprego, ou mesmo a falta de qualificação da mão-de-obra. Nem sequer a situação de descapitalização e falta de liquidez do sector financeiro e consequente "desalavancagem", eufemismo encontrado para denominar o processo de contracção de crédito e logo do investimento pelo qual a economia está a passar. O nosso verdadeiro problema, espelhado pela ausência de indignação face à situação actual, pela evidente atitude de resignação, pelo espírito pessimista dominante na população e agentes económicos, consiste, afinal, numa profunda ausência de esperança em relação ao futuro.


A economia faz-se de expectativas. Tendo os portugueses perdido a esperança no futuro, actuam em conformidade. Não investindo. Poupando em vez de consumir. Quem tem recursos aplica-os em activos externos. Quem tem mobilidade opta por sair. Hoje, temos uma emigração dual, onde o peso dos qualificados é crescente. Os imigrantes regressam aos países de origem.
O estado geral dos agentes económicos é depressivo. Assim não há economia que cresça, por muito que o marketing propagandístico oficial nos tente vender a imagem de um país virtual que a generalidade dos cidadãos não reconhece.


A agora famosa canção dos Deolinda é, em si mesmo, exemplar: 
uma geração a quem o poder deixou o encargo de trabalhar uma vida inteira para pagar as dívidas da irresponsabilidade passada protesta em canto. 
Mas ainda não se revoltou. 
Esta é a geração dos que estudaram "para ser escravos". Mas como por cá não os escravizam, não lhes dando emprego, tentam emigrar. Se o fizerem, ganham mais na escravidão e escapam a pagar as dívidas da geração anterior. Esta paga o preço da sua irresponsabilidade ficando sem pensão decente. Perante tal perspectiva, não há optimismo que resista. Para nenhuma das gerações.


Perante o pessimismo, a população olha para o poder, como o sempre fez durante séculos. Acreditamos que será sempre do Estado que virá a salvação. Mas não vale a pena ter ilusões. Durante a maior parte desta década, o Estado estará demasiado ocupado a reorganizar-se, a redefinir as suas funções, a reduzir a despesa e a dívida e a diminuir o fardo que a todos impõe via maiores impostos e menores benefícios sociais. Não será, seguramente, através da despesa pública que a economia será relançada, ainda que essa fosse uma forma eficaz de o fazer.


Inverter o pessimismo das expectativas vai depender do aparecimento de uma figura com efectivas capacidades de transmitir optimismo através de uma liderança inspiracional. Sebastianismos à parte, até pode ser que tal figura surja no meio político. Mas duvido de que o Estado, com os problemas urgentes que terá de enfrentar, tenha meios para formular, comunicar, liderar e implementar um verdadeiro processo de reformulação estratégica do País, em geral, e da economia, em particular. Mas não percamos a esperança.


É altura de deixarmos de olhar para o Estado como líder da economia e da sociedade. O modelo está esgotado e conduziu-nos onde agora estamos. A economia, para dar o salto, necessita de se libertar dessa relação simbiótica com o(s) poder(es) político(s) e fazer valer-se por si mesma. O crescimento da economia terá de passar a ser liderado pelo sector empresarial. Necessitamos, enquanto Nação, de ver umas quantas empresas assumir a liderança do processo de modernização e inovação empresariais. E por arrastamento, do País. Precisamos mais de Nokias e Zaras do que de discursos políticos. Infelizmente, uma boa parte - mas não toda - das grandes empresas nacionais habituou-se em demasia a viver à mesa do Estado e do Orçamento. Por isso, também aqui há razões para pessimismo. As excepções, os poucos que até em público ousam criticar o omnipotente Estado, estão entre aqueles que maior sucesso atingiram no exterior. Não sendo estado-dependentes, estão habituados a suceder por mérito próprio, contra a concorrência agressiva dos actores internacionais. É esta a nossa última esperança. Mas se a estas empresas e suas lideranças forem negados os meios para investir e actuar, no contexto do propalado "processo de desalavancagem" resultante da actuação incompetente do Estado, então não haverá qualquer perspectiva de esperança para a economia nacional. Não será uma nova década perdida: serão várias gerações perdidas.


Professor da Universidade Nova de Lisboa
Assina esta coluna quinzenalmente à terça-feira
  
Jornal de Negócios - Paulo Pinho


------------COMENTÁRIO DO AUTOR  DO BLOGUE:----
Permito-me, como autor deste blogue, assumir a seguinte opinião:


1- É do mínimo bom-senso não se gastar mais do que se consegue receber (ressalvando futuras potenciais receitas solidamente fundamentadas);
2- O desequilíbrio das contas públicas portuguesas já tinha a tendência notória de crescimento exponencial desde os tempos do "cavaquismo" dos anos 90. Que se fez na altura? Os políticos não usaram de terapias rudes, como pelos vistos se impunha, porque tinham medo da reacção popular, nas eleições que se seguissem;
3- Face às medidas drásticas que finalmente se estão a tomar, da forma brutal como começa a ser cada vez mais notório, que fazer?:
- Queimar na fogueira da indignação a actual equipa Governamental e a sua imagem de marca, José Sócrates?
- Dar uma oportunidade a outro partido da mesma área ideológica (na prática)? Ou seja, mudar as caras mas não a política? Isto é, alinhar no jogo do assalto ao poder, nem que para isso seja necessário que as chamadas direita e esquerda da oposição Parlamentar se postem do mesmo lado da barricada?
- Escavacar tudo indo para a rua fazer barulho a reclamar indiscriminadamente contra tudo e contra todos?
- Ter Esperança? Em que a União Europeia nos ajude a resolver a nossa faraónica Dívida Pública? 
- Ajuda da UE? Que tipo de ajuda? Só com um perdão de parte da nossa dívida pública aliado a forte contenção nos gastos públicos é que poderemos ter alguma hipótese de por as contas em dia!


Creio que não restará outra possibilidade de restabelecer algum equilíbrio na zona da UE senão usando de um grande espírito de Solidariedade para com os países Europeus ditos periféricos! Doutra forma ainda vamos assistir ao funeral do Euro e de perturbações de repercussão incomensurável em toda a Europa e no Mundo!


(Copyright © António S. Nunes)

2011/01/23

Um dia frio e cinzento...




No Centro-Oeste de Portugal
---
À vezes quando menos se espera
em pleno dia de trabalho quando
a intriga aumenta e a descrença cresce
e todas as forças do cinzento
se conjugam para anular o sol

ou quando todas as palavras se degradam
no comentário na notícia no discurso
às vezes subitamente há uma corrente
um arrepio no espírito um sobressalto
um aviso que chega uma espécie de alerta.

Então eu sei que no mais fundo de mim
por entre pedras provocações insultos
enquanto D. Pedro avança eles atacam
às 20 em ponto na TV. E o poema escreve-se
no dia adverso como um sol inverso.

Manuel Alegre
canto 8
Sete Partidas
Ed. NM - 2008
Posted by Picasa

2011/01/20

Hortas urbanas, biodiversidade e desenvolvimento económico

Nas últimas décadas a preocupação fundamental das grandes decisões governamentais a nível global têm-se prendido com o desenvolvimento económico a qualquer custo.
Que o desenvolvimento económico é condição imprescindível à qualidade da vida do homem, que sem economia forte não há desenvolvimento - invoca-se.
Não podemos contestar tal concepção, mas podemos e devemos travar a velocidade do desenvolvimento económico a qualquer preço em nome duma ideia muito mais importante para o Homem e o próprio Planeta em que ele vive e de cuja sustentabilidade depende a própria vida: a biodiversidade.
Corre pelas chamadas “redes sociais” um movimento “pela criação de hortas urbanas e biodiversidade nos espaços verdes das grandes cidades”. Eu acrescentaria, pensemos em todas as urbes e não só nas grandes cidades. Pensemos também nas terras em pousio pela migração maciça das populações, para os centros urbanos em busca da ilusão de melhores condições de vida.
Actualmente, assistimos à decepção dos novos habitantes das urbes, particularmente aqueles que vêm de zonas mais ou menos interiores e até de áreas limítrofes. É que estão a ser confrontados com uma qualidade de vida muito deficitária, em múltiplos aspectos. Preços incomportáveis dos combustíveis para usar no transporte privado, os próprios transportes ditos públicos cada vez mais caros, engarrafamentos brutais com o aumento subsequente do tempo ocupado em transportes, salários muito baixos para fazer face ao custo de vida, falta de tempo livre.

E a alimentação, o que é que andamos a comer, com estas pressas todas e a necessidade de gerir orçamentos familiares baixíssimos? E deficitários, feitas as contas.

É esta a vida que queremos viver, de facto?

Dada a actual conjuntura económica e social mundial, parece-me evidente que temos que encontrar todas as alternativas possíveis e imaginárias para procurarmos o equilíbrio dos nossos orçamentos familiares e da própria Terra.
Sou incondicionalmente a favor dum melhor aproveitamento das terras de cultivo e que estão votadas ao abandono. E ao aproveitamento dos próprios jardins que, alguns de nós, possam ter à volta das suas habitações. E também a favor da criação de talhões de terreno comunitários para horta.


Nesta perspectiva, dou o meu apoio a esta iniciativa (espero bem que não só virtual) e que seja posta, desde já em prática, por cada um de nós.
Pelo que a mim e à minha família diz respeito, já estamos em fase de substituição de parte do relvado do jardim. Até porque com a relva se gasta demasiada água e pouco ou nada se contribui para a biodiversidade de que o nosso Planeta tanto carece. 
Em sua substituição, estamos a plantar couves, alfaces, plantas aromáticas e medicinais e a semear feijão verde, cenouras, alho, nabiças, nabos, o que a terra possa produzir e ajude na alimentação. E não esquecendo – muito importante – a reciclagem de todos os resíduos biológicos da cozinha, do jardim e da própria horta, bem como o aproveitamento das águas das chuvas.
Ao mesmo tempo, já começámos a dar preferência às plantas e flores autóctones no remanescente do terreno ajardinado. Sem esquecer as árvores de fruto que se possam plantar, como laranjeiras, limoeiros, pereiras, cerejeiras, macieiras, etc.
Aproveitem-se todos os bocadinhos de terra de cultivo (alguns jardins e espaços verdes, inclusivé) para melhorarmos a qualidade de vida das nossas cidades e não só, que há por esse Portugal fora, muita terra abandonada!...

E que não haja “vergonha” de agarrar numa enxada, numa pá, num ancinho, pôr os pés na terra e usufruir, para além de tudo o mais, do bem que é o contacto com a Natureza!...
---
(Estive em rádio - Rádio Batalha - a conversar sobre este tema, com o meu amigo e realizador do programa "conversas e ideias", Soares Duarte. Na 5ª feira passada, à tarde. Na rubrica "destaque", quem diria, nestes tempos de campanha para as Presidenciais. Eu, que sou dos que pensam que todos devemos participar com força cívica nos momentos importantes para o nosso país!... 
Estou cansado de ver o povo a não ser mais e melhor juiz das acções concretas dos nossos dirigentes políticos, a branquear factos que deviam ser esclarecidos, para não nos virmos a sentir enganados no futuro).


A composição ao lado é um fragmento do que foi publicado na "Ilustração Portuguesa", um nº de 1916, que retirei do blogue colipoleiria
É certo que nessa época vivíamos essencialmente da Agricultura, a verdade, porém, é que com a nossa entrada na Comunidade Europeia, os Governos Portugueses praticamente foram empurrados a tudo fazer no sentido da desvalorização/menorização da actividade agrícola. Os efeitos perversos estão à vista. Consumimos mais de metade de produtos alimentares importados de outros países Europeus porque nos convenceram que a nossa agricultura não era necessária para coisa nenhuma, que a Europa produzia tudo em abundância, qualidade e preço. 
É o que se está a ver!...

2011/01/10

Haverá Santos que nos acudam?!...


O artigo escrito por Pedro Sousa Carvalho e colocado on line aqui reporta-se a um tema que assusta.

Basta ler o seu título:

O FMI, o assalto ao poder e a Nossa Senhora de Fátima

Fica-se com uma sensação terrível do estado a que estarão a chegar as contas do Estado Português!

O que se passa afinal?
Andam a brincar com os Portugueses?


Como foi possível deixar que as contas resvalassem a tal ponto?!...



                      ADITAMENTO (11-dez-2011)                                 

 Eu (o autor do artigo em refª) sugiro que comecemos a rezar por:

Santa Edwiges, padroeira dos endividados;
São Lourenço, protector dos pobres;
Santo Expedito, o santo das causas urgentes e das questões financeiras;
Santo Onofre que nos ajude a arranjar dinheiro;
São Judas Tadeu, o tal das causas perdidas;
Santa Rita de Cássia, a padroeira da causas impossíveis. 
E já agora, e por que não, pela Santa Dinfna, a padroeira dos loucos. 

Esta vida de informação em tempo real, nós a sermos massacrados ao centésimo de segundo, emocionalmente e nos bolsos, incógnitas atrás de incógnitas acerca do Futuro!...

Será que o Inferno mudou de sítio?!...

Posted by Picasa

2011/01/08

Reflexões sobre Portugal

Na quinta-feira passada, na Rádio Batalha, 104.8 Mhz, estive à conversa com Soares Duarte, realizador do programa «Ideias e conversas», das 15h às 18h. O tema foi o incontornável assunto de qual o estado actual da Nação portuguesa e de como enfrentar a crise em que estamos envolvidos
Dei por este livro precisamente na véspera do programa. Claro que, pela oportunidade do tema e do momento, comprei-o sem hesitação. Além do mais, desta forma acabei por colaborar com o BANCO ALIMENTAR CONTRA A FOME, já que os Direitos de Autor deste livro revertem para esta instituição de mérito reconhecido na sua actuação em prol da sociedade, ajudando a combater os efeitos da fome que por aí grassa. Quantas vezes ainda encapotada, já que vivemos um período que podemos considerar na fase transitória entre o desperdício e a pobreza efectiva.

Li todos os artigos de opinião que constam desta colectânea. Fica-se siderado com a maior parte das reflexões das personalidades convidadas.
A conclusão inquestionável que se acaba por tirar é a de que há que encontrar rapidamente uma solução para os problemas que afligem a sociedade portuguesa e, no limite, uma reformulação do actual modelo de desenvolvimento e crescimento. Seja no que respeita a Portugal seja no que se refere a todo o Planeta.

A verdade é que o Homem, independemtemente da sua localização geográfica e até da cultura em que está integrado, vive hoje em dia, momentos de grande indefinição e indecisões no rumo a traçar no sentido duma vida digna, equilibrada e equitativa.

Muito sinceramente, ao lerem-se estas 50 reflexões, fica-se com a sensação de que, de facto estamos a viver momentos muito difíceis, mas não há unanimidade nem sequer determinação nos caminhos a seguir com vista a se encontrarem soluções.

Mesmo assim, deixo aqui uma síntese do que de mais oportuno devemos ter em conta:

1- Há 50 anos, os economistas marxistas denunciavam a exploração do Terceiro Mundo pelas economias do Ocidente e classificavam como troca desigual o comércio internacional. Hoje, assistimos pacificamente à destruição massiva das actividades económicas do Ocidente pela segunda maior economia do mundo, a China, que é paradoxalmente um país de pobres, de salários de miséria, de moeda subvalorizada e de corrupção secular;
2- Importa passar para o País uma mensagem de responsabilidade e de esperança que mobillize toda a Nação;
3- A batalha pelo crescimento da nossa economia deve mobilizar duma forma articulada e solidária, os cidadãos, as empresas, as organizações e o Estado;
4- É tempo de os cidadãos, individualmente considerados, mudarem de atitude e de vida e de trabalharem activamente na participação cívica; (*)
5- Deve ser defendido e aperfeiçoado o Estado Social, sem o qual não poderemos manter a coesão e desenvolver equilibradamente a nossa sociedade.

(*) É de toda a actualidade fazer referência, nesta oportunidade, ao trabalho que, nesta área, tem vindo a ser desenvolvido pelo "Clube dos Pensadores". Na próxima Terça-Feira, em Gaia, vai ser lançado um livro "Blog Clube dos Pensadores" da autoria de Joaquim Jorge, fundador e dinamizador do CdP e nele são inseridos vários textos de opinião do prórprio e de outros membros do Clube.
O Dr. Alberto João Jardim vai ser quem vai fazer a apresentação deste livro.
Lá estará a coluna de Leiria deste Movimento de Cidadania!
Posted by Picasa

2010/12/30

Presidente de quê?!...

(Hoje, de manhã, em Leiria, no Largo 5 de Outubro de 1910)

Ontem, os dois candidatos à Presidência da República Portuguesa, Cavaco Silva e Manuel Alegre, apresentaram-se em debate televisivo.
Quem ganhou? Ouvi esta pergunta hoje de manhã, na Antena Um. Parece que era tema para fórum naquela estação de rádio.
Será que vale a pena estarmos a distrair as nossas atenções do essencial da nossa vida do dia a dia, que para mais já não estamos dotados financeiramente? Estamos a lutar pela sobrevivência, senhores!...

Não nos compliquem mais a vida! Precisamos de facto dum Presidente da República, porque assim determina a Constituição. Mas para que é que queremos um Presidente que, num dia manda recados para o Governo e para a Assembleia da República, a dizer que não pode concordar com o que aprovaram, ou em Conselho de Ministros ou no Parlamento, e no dia seguinte promulga Decretos e Leis que vão contra o seu modo de ver os problemas que afligem a Nação? E o Povo quase que nem se apercebe do que se passa, pois que a legislação é imediatamente publicada em Diário da República, para entrar em vigor logo a seguir ou até com efeitos retroactivos.

Veja-se o caso recentíssimo do financiamento do Ensino Privado e Cooperativo. O Presidente a "barafustar" nas televisões e na rádio contra as decisões do Governo, o Parlamento a aprovar legislação em contra-ciclo com o Governo, o Presidente da República ultrapassado pela publicação da Portaria que vai lançar mais instabilidade no Ensino e mais desemprego.
Afinal o Estado não gasta mais com o financiamento do Ensino Privado do que com o Público, contas já feitas e refeitas. E quando estamos a falar em Ensino Privado até nos referimos a muitos estabelecimentos que se têm substituído completamente ao Estado há muitas décadas. E que estão localizados em zonas onde não há oferta pública; nem tal se justifica, a partir do momento em que as infraestruturas já estão implantadas no terreno e a funcionar com bons resultados. E sem selecção dos alunos, como é óbvio, dado o interesse público do Ensino Ministrado nesses estabelecimentos.

Permito-me abrir um parêntesis para criticar a actuação da FENPROF que, defendendo os professores, não tem defendido os do Ensino Particular e Cooperativo. Não são Professores como os outros?

Resumindo, por ora: 
Temos que admitir que o Regime constitucional vigente deve ser alterado. A questão de mais Presidencialismo ou mais Parlamentarismo deve ser esclarecida duma vez por todas. 
-
Talvez não seja má ideia passarmos a ter mais atenção ao que vai sendo publicado no Diário da República electrónico.

Posted by Picasa

2010/12/26

Balanço de 2010 na Rádio Batalha

Segunda-Feira próxima, 27 de Dezembro de 2010, entre as 15h00 e as 17h00 tmg, irei participar num programa da "Rádio Batalha" produzido por Soares Duarte.
Vamos abordar, durante duas horas, os factos, locais, nacionais e internacionais, que mais terão ou poderão vir a ter influência relevante na vida dos Portugueses, em particular e de todo o mundo, em geral.
Como é timbre deste tipo de programas que Soares Duarte tem produzido na Rádio Batalha, a antena estará receptiva a todas as colaborações dos ouvintes, estejam onde estiverem, sejam quem forem.
Não nos podemos esquecer que a rádio, hoje em dia, já não é só aquela via fantástica e romântica de comunicar, usando o efeito da propagação do som através das ondas hertzianas. Na actualidade, o sinal de rádio já é transmitido para todo o mundo através da internet.
Daí o meu apelo a todos quantos tiverem oportunidade de ler este pequeno apontamento. Ficaríamos muito honrados, eu e Soares Duarte, com a vossa colaboração, via telefone, por e-mail , via msn ou mesmo blogue ou facebook (neste programa poderão ser usados os endereços abaixo indicados).
Seria extremamente interessante e muito gratificante que pudéssemos contar com o vosso contributo para levar aos ouvintes deste programa, opiniões as mais diversificadas tendo em vista uma informação verdadeiramente útil e interactiva.
É urgente cada um de nós fazer ouvir a sua voz de forma a darmos o nosso melhor no sentido de se encontrar o caminho mais seguro na resolução dos problemas que afligem a sociedade actual.
Todos nós temos o DEVER cívico de não ficar calados e participar no debate acerca dos graves problemas que nos afligem.
Não são só os outros (os governantes e restantes instituições da Administração do Estado) que têm a obrigação de procurar o melhor rumo no sentido da defesa do interesse colectivo.


Cada um de nós tem de dar o seu contributo e dizer alto e bom som da sua opinião.
Temos o direito e a obrigação de ser parte activa na definição das linhas de rumo que queremos para o nosso País! Só o poderemos conseguir, não tendo medo de manifestar as nossas ideias publicamente!...


Contactos:
Escuta: 104,8 Fm ou internet
Telef.: 244 768 440
Msn: orelhavoadora@hotmail.com
Blogue: http://dispersamente.blogspot.com (neste "post", em comentários)
Facebookhttp://pt-pt.facebook.com/profile.php?id=1742211899
(msn, blogue, facebook; endereços do autor do blogue, que estarão on-line em tempo real)

2010/11/26

Orçamento 2011 em busca de farol

Os deputados do PS e quase todos os do PSD (excepção aos da Madeira, vá-se lá entender porquê!...) aprovaram, hoje, na Assembleia da República, o Orçamento do Estado Português para o ano de 2011. O mais duro desta década, pelo menos. Mesmo assim, este resultado final só foi possível após muitos S e Ses até se chegar a este farol sem luz, sob tempo escuro, ameaçador...

Que nos possa servir de consolação e de Esperança no nosso Destino ainda termos o privilégio de sentir o mar, a temperatura amena, a paisagem duma praia como a da Nazaré.
Posted by Picasa


2010/11/24

Contrastes em tempo de trastes...


Tempo de contrastes
Tempo de crise
Tempo de mudança
Tempo de trastes


Não podemos andar a fazer sombra uns aos outros...
O que acontecerá se não chegarmos a um entendimento.


___             EDUCAÇÃO -                
Siga este link por favor. (PETIÇAO PÚBLICA)


Posted by Picasa

2010/11/22

GREVE GERAL?!...

(clic para ampliar)
- foto tirada hoje, junto às instalações do Centro Regional de Segurança Social de Leiria, e da Câmara Municipal de Leiria, e do Tribunal Judicial de Leiria, na Praça da República, em Leiria.
Neste preciso momento, ouvia-se o som do altifalante dum carro de propaganda da CGTP a apelar à mobilização para esta Greve!...

A este propósito não resisto a transcrever excertos de um emotivo mas racional depoimento publicado no blogue http://pensamentos-vagabundos.blogspot.com/, escrito por uma senhora luso-italiana, Alda Maia(*), dotada de uma capacidade de análise das questões sócio-políticas portuguesas e italianas, que não me canso de enaltecer.
Só me espanta é como os seus escritos não são mais propagandeados, seja na própria blogosfera, seja até nos chamados media. Ainda não a descobriram? Sempre aprendiam um pouco mais como seguir um comportamento verdadeiramente informativo, ao serviço público, na real acepção do termo!

(...)
Relativamente às greves, sempre as vi somente como um último recurso, quando se procurou tratar com um sério conhecimento das situações, das razões das partes em causa e as contratações falharam. 

Houve uma época própria para as lutas de classe
Hoje, as dinâmicas sociais são diversas. Com a maldita crise que nos atenaza e quase nos sufoca, a globalização e as deslocalizações das empresas, há outros mecanismos que deveriam orientar os sindicatos que operam com responsabilidade. Temos sindicatos com a capacidade de diálogo, quando as circunstâncias o exigem?
...
Em conclusão, foram exigidos sacrifícios, indubitavelmente....
Paralelamente, penso seja admirável, e modelo para imitar, a maneira como os sindicatos alemães interpretam a sua função.Não posso deixar de pensar nos protestos, sobretudo na próxima quarta-feira, dos nossos funcionários públicos, dos magistrados (!), etc., cuja estabilidade de emprego é óbvia. Insisto, os sacrifícios são apenas monetários e não ameaçam desemprego. Logo, não consigo experimentar um mínimo de simpatia por todo este clamor contra o que, infelizmente, não podemos evitar. Aplaudiria, sim, uma gigantesca manifestação contra a nossa estupidez de não darmos mais atenção à importância do nosso voto; não escolhermos, com mais acuidade, quem deva governar-nos; como privados, não aprendermos a ser mais equilibrados, evitando de recorrer a empréstimos bancários para gozar férias nas Caraíbas, por exemplo.
Texto extraído daqui

nb: o negrito é da minha iniciativa.
-
Leia-se todo o texto para ficar com uma visão mais completa do alcance do artigo da autora.

(*) Cara amiga.
Espero que me possa perdoar este abuso de usar os precisos termos que estão publicados no seu blogue.

2010/11/18

Almada Negreiros e a actualidade

Sempre desejou que a produção artística se orientasse pela linha de renovação dos países já animados do espírito europeu - o que pode explicar a tendência provocatória de alguns dos seus manifestos (com destaque para o conhecido Manifesto Anti-Dantas) e o ter participado e fomentado muitas das manifestações culturais realizadas no seu tempo em Portugal.(*)
(Ouvir aqui na voz do grande Mário Viegas)

Sou um ouvinte compulsivo da Antena Um. Vinha eu de regresso de Monte Redondo para Leiria, via A17, claro, a ouvir aquela estação de Rádio.
Eis senão quando começo a ouvir uma gravação do célebre "Manifesto Anti-Dantas". Ampliado pela voz excelente do diseur, relembrei aquele extraordinário texto, a veemência dum Manifesto autêntico, escrito por uma das figuras mais importantes da cultura portuguesa do século XX. Tinha, Almada, 23 anos. 
No Verão passado comprei em Monte Gordo, numa feira das Velharias, um livro antigo em que se faz a apologia da vida e da obra de Júlio Dantas. Ou seja, sem dúvida, que Júlio Dantas foi um escritor controverso e alvo de muitas críticas dos seus contemporâneos.

Precisamente hoje comprei o livro nº 11 da colecção "Pintores Portugueses", edição da Quidnovi em colaboração com o HH - Instituto de História da Arte e o jornal "Público" que está a promover a sua distribuição semanal, à Terça-Feira. Decidido a rever e actualizar informação sobre a Pintura Portuguesa ao longo dos tempos, assinei em tempo toda esta colecção. Esta semana deu à estampa o livro, cuja capa se reproduz acima. O seu autor é André Silveira, doutorando em teoria da Arte pela faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

Almada Negreiros viveu entre 1893 e 1970.

O percurso da sua carreira multi-facetada multiplicou-se entre a caricatura, o desenho, a poesia, a prosa, a dança, a cenografia, a coreografia e a pintura.

Muito se devia saber sobre a vida e obra de Almada Negreiros, até pela necessidade que todos nós, portugueses, temos de tentar perceber como nos posicionarmos, nos tempos que correm, quer em termos nacionais quer até em relação à própria Europa, como um caminho para o nosso Futuro. Simplesmente, Almada Negreiros como Fernando Pessoa (os dois participaram em conjunto no muito estudado fenómeno da pubicação das revistas Orpheu e Portugal Futurista) como tantos outros vultos da nossa história literária, artística, criativa enfim, requerem que os estudemos na devida profundidade para que daí possamos retirar as sínteses necessárias.
Como dizia Fernando Pessoa: "Creio na Síntese, sempre"

Almada Negreiros escreveu, em dada altura da sua vida:

"A História da Humanidade

começa exactamente por um fracasso,
o fracasso da primeira colaboração
entre pessoas"


Fica-se a cismar!...
-
(*) Texto retirado daqui
Posted by Picasa