2012/11/12
2012/11/11
Pela enésima vez...
O castelo de Leiria, perspetiva da margem direita do rio Lis, quem estaciona junto à frente do antigo Hospital D. Manuel de Aguiar.
Ontem passei por aquela rua, ia apressado, mais ou menos à mesma hora em que hoje, com mais vagar, parei para captar esta imagem, só possível nesta altura do ano.
Pela enésima vez, talvez até já se estejam a aborrecer comigo, cá deixo este registo, de qualquer modo na melhor das minhas intenções, que só quero aproveitar este ensejo para mostrar este recanto de puro encanto, nesta cidade de Leiria que me habituei a admirar, agora num misto de amor e de nostalgia.
Cada vez frequento menos a cidade, por motivos vários, e isso provoca-me dor e um sentimento de enorme ingratidão para com a terra que me chamou em 1966... por telegrama...
E eu, jovem de 20 anos, meti-me a caminho, diretamente de Viseu, na carreira dos Claras, numa viagem de 7 horas, o meu pai lá me emprestou o seu relógio, para eu aparecer na Escola Industrial e Comercial de Leiria, dentro do horário combinado com o diretor para me apresentar ao serviço...
Sou capaz de estar a contar esta minha aventura pela enésima vez neste blogue...
Mas o tempo dá, quando menos se espera, um salto para trás.
Este filme é muito antigo e as suas imagens são devolvidas à realidade em momentos mágicos e hipnóticos como este...
-
E a chanceler Merkel que aí vem fazer revista aos seus súbditos...e o que mais dói, é que dela estamos cada vez mais dependentes.
Que é feito do teu orgulho, da tua história, da tua antiga glória, Portugal?
E não me venham dizer que é só lamúrias! Que fazer mais, senão renegociar a nossa colossal Dívida Externa? Rapidamente e com competência e sagacidade, onde estão os nossos governantes, não podem servir só para nos atolar em impostos e mais impostos?! ...
@ as-nunes
E não me venham dizer que é só lamúrias! Que fazer mais, senão renegociar a nossa colossal Dívida Externa? Rapidamente e com competência e sagacidade, onde estão os nossos governantes, não podem servir só para nos atolar em impostos e mais impostos?! ...
@ as-nunes
2012/11/09
Nunca terá sido tão importante gostarmos muito de Portugal como na atualidade!...
Portugal
Eu tenho vinte e dois anos e tu às vezes fazes-me
sentir como se tivesse oitocentos
Que culpa tive eu que D. Sebastião fosse combater os
infiéis ao norte de África
só porque não podia combater a doença que lhe
atacava os órgãos genitais
e nunca mais voltasse
Quase chego a pensar que é tudo mentira que o
Infante D. Henrique foi uma invenção do Walt Disney
e o Nuno Álvares Pereira uma reles imitação do Príncipe Valente
Portugal
Não imaginas o tesão que sinto quando ouço o hino
nacional
(que os meus egrégios avós me perdoem)
Ontem estive a jogar póker com o velho do Restelo
Anda na consulta externa do Júlio de Matos
Deram-lhe uns electro-choques e está a recuperar
àparte o facto de agora me tentar convencer que nos
espera um futuro de rosas
Portugal
Um dia fechei-me no Mosteiro dos Jerónimos a ver
se contraía a febre do Império
mas a única coisa que consegui apanhar foi um
resfriado
Virei a Torre do Tombo do avesso sem lograr encontrar
uma pétala que fosse
das rosas que Gil Eanes trouxe do Bojador
Portugal
Se tivesse dinheiro comprava um Império e dava-to
Juro que era capaz de fazer isso só para te ver sorrir
Portugal
Vou contar-te uma coisa que nunca contei a ninguém
Sabes
Estou loucamente apaixonado por ti
Pergunto a mim mesmo
Como me pude apaixonar por um velho decrépito e
idiota como tu
mas que tem o coração doce ainda mais doce que os
pastéis de Tentugal
e o corpo cheio de pontos negros para poder
espremer à minha vontade
Portugal estás a ouvir-me?
Eu nasci em mil novecentos e cinquenta e sete Salazar
estava no poder nada de ressentimentos
o meu irmão esteve na guerra tenho amigos que
emigraram nada de ressentimentos
um dia bebi vinagre nada de ressentimentos
Portugal depois de ter salvo inúmeras vezes os
Lusíadas a nado na piscina municipal de Braga
ia agora propôr-te um projecto eminentemente
nacional
Que fôssemos todos a Ceuta à procura do olho que
Camões lá deixou
Portugal
Sabes de que cor são os meus olhos?
São castanhos como os da minha mãe
Portugal
gostava de te beijar muito apaixonadamente
na boca.
Jorge de Sousa Braga
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UE - que União Europeia?
2012/11/08
Estamos de regresso aos anos 70?
Já todos os portugueses (uns mais do que os outros) o estamos a sentir, que o nosso nível de vida está em retrocesso fulgurante.
E lembrei-me de ir vasculhar umas fotos que se reportam aos tempos dos anos 70, mais precisamente, 1978.
A foto ao lado representa uma simples mas elucidativa amostragem do que era a vida da dita "classe média/baixa? de então. Férias na praia do Pedrógão. A fazer campismo e, mesmo assim, num parque improvisado, que era o que se podia arranjar.
Dou comigo a pensar no que nos está a acontecer na atualidade. Habituados a uma vida relativamente desofogada (comparativamente, claro) como é que nos poderemos mentalizar de que, às tantas, ainda vamos regressar, económica e socialmente, a esses velhos tempos dos anos 70, ou, pelo menos, dos anos 80?
E, muito francamente. Estou muito cético quanto às possibilidades que teremos de retomar uma qualidade de vida como aquela a que nos estávamos a habituar até que, bruscamente, em 2008, a bolha financeira mundial rebentou, deixando a descoberto, inúmeras e impensáveis fragilidades do sistema económico/financeiro em que assentava o desenvolvimento de todo o chamado "Ocidente"´.
Entretanto, esquecíamo-nos que, quando os colossos asiáticos (particularmente a China e a Índia) acordassem da letargia em que deixaram viver o povo, a sua integração na era do desenvolvimento e da riqueza, só viria a ser possível, à custa de um grande reajustamento de todos os circuitos de produção e comercialização global de bens que até então eram como que um monopólio de meia dúzia de países ricos, Estados Unidos, Europa (particularmente a Alemanha, Itália, França) e Japão.
Hoje mesmo, veio a lume a informação de que os ministros das Finanças da Zona Euro resolveram adiar a decisão sobre a próxima tranche de ajuda à Grécia de 12 para 26 de Novembro. Coincidência ou não, a verdade é que, todas estas hesitações se seguem a uma visita da chanceler Merkel à Grécia.
Ou seja, será que anda por aí algo de muito decisivo, no ar, agora que a Sra. Merkel já vem a caminho de Portugal?
Maus presságios?
@ as-nunes
2012/11/07
2012/11/06
Harmonia da natureza em dias de demasiada turbulência em Portugal
Entretanto, Pedro Passos Coelho, aprendiz de feiticeiro como primeiro ministro, cá continua com os seus falsos avanços e recuos, sem saber como balancear as contas deste país.
Tão bem que ele falou ao coração dos portugueses, que tinha chegado a hora do salvador da pátria, afinal o que temos pela frente é austeridade sobre austeridade até à pobreza total (para alguns milhões)!...
2012/11/05
Refunda-se o acordo com a Troika de especuladores! Já!...
05-11-2012 12:01 - Juros sobem na periferia e descem no centro da Zona Euro |
Em véspera das eleições presidenciais nos EUA e no dia em que a Grécia discute o orçamento de Estado para 2013, as taxas de rendibilidade associadas aos títulos de dívida pública estão esta manhã a subir na generalidade dos países da periferia do euro, em particular em Espanha, e descer ligeiramente no centro, caso de Alemanha e França.
No caso do país vizinho as subidas são na casa dos cinco pontos base, estando as “yields” a oscilar entre 1,125% (dois anos) e 5,733% (dez). Em Portugal, os sinais são mistos. Os juros da dívida soberana estão hoje a descer a dois anos, mas a subir nos restantes prazos. A três anos, sobem mesmo 21 pontos base, para 6,273%, oscilando entre 5,549% (dois anos) e 8,517% (dez anos). |
Jornal de Negócios - Jornal de Negócios Online - Não será assim, com toda a certeza, que se poderá avançar com o projeto da União Europeia! Que UNIÃO? @ as-nunes |
2012/11/03
ACORDAI!... Povos do Sul Europeu!...
Talvez não seja má ideia acompanhar as crónicas e reflexões de José Pacheco Pereira no seu blogue "abrupto". Não é por nada de particular, mas pressinto que vamos necessitar, nos tempos em curso, desta opinião abalizada (até porque conhece por dentro o modus operandi dos barões e baronetes deste partido do "arco do poder").
(...)
O caminho para a servidão começa no confisco da propriedade por via fiscal. É em primeiro lugar a expropriação da propriedade do salário e do trabalho, mas também o de todas as outras formas de propriedade, privando os indivíduos e a sociedade de terem um espaço privado de "posse", que é em primeiro lugar garantia da sua liberdade e de controlo sobre a sua vida. Perdida essa liberdade, o reino da necessidade torna-se despótico, sem serem precisas polícias políticas, porque basta a utilização de leis iníquas e de procedimentos autoritários para obter uma sociedade em que a liberdade é residual. E não me venham dizer que tem que ser assim, porque perdemos a nossa soberania, porque dependemos de credores, porque nunca tivemos qualquer liberdade, mas apenas a ilusão dela. Tretas e tretas perigosas, porque não conhecem limites. Servem para tudo e justificam o injustificável.
(...)
querendo continuar a ler siga por aqui...(o negrito é da iniciativa do autor deste blogue)
-
Tenho andado a acompanhar os escritos e o posicionamento político de José Pacheco Pereira, desde sempre pode-se dizer, ultimamente com redobrada atenção.
JPP é militante do PPD/PSD desde a primeira hora, mas nem por isso deixou de ser sempre uma voz mais inconformista dentro deste partido dito defensor da Social Democracia.
A verdade é que JPP está-se a empenhar numa luta sem quartel contra o aviltamento das ideias e práticas que devem nortear um verdadeiro Partido Social Democrata.
Basta assistir-se ao seu programa Ponto-Contraponto e à Quadratura do Círculo na SIC.Não podem restar quaisquer dúvidas de que a sua intervenção pública na TV e nos jornais, o Público, particularmente, está a transformar-se num baluarte estratégico nesta luta sem tréguas contra a a nítida tentativa de a Alta Finança internacional e os seus lacaios da UE transformarem, custe o que custar, os países da Europa do Sul nos futuros escravos que virão a constituir-se na mão de obra barata, que há-de permitir a recuperação da Economia da Zona Euro e o seu relançamento planetário.
Desta forma pretendem conseguir o objetivo vital de manterem intactas as suas fontes astronómicas de rendimento do seu Capital.
Senão atente-se no que esses senhores andam a apregoar aos sete ventos, acenando-nos com o papão da "bancarrota" e consequente fome de toda (quase toda) a população dos países com dívidas soberanas incomportáveis, já que elas próprias são o alvo da ganância dos juros de agiota que temos que pagar aos credores internacionais (FMI, BCE, nomeadamente.).
Esperem por, pelo menos, mais 5 anos de políticas de austeridade orçamental, andam por aí a apregoar. A sra. Merckel à frente do coro.
E nós, o povo desses países, continuaremos a ser simplesmente "carne para canhão", não importando o nosso bem estar social.
E nós, o povo desses países, continuaremos a ser simplesmente "carne para canhão", não importando o nosso bem estar social.
Não é precisamente o que o Primeiro Ministro do atual Governo de Gestão de Portugal nos tem andado a "querer dizer" com as indiretas que tem usado, por medo das palavras que todos entendam e que estão a provocar um crescendo de ira entre os portugueses?
@ as-nunes
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2012/11/01
Uma tarde de outono na EN 356-2 (Leiria-Fátima)
Música: Light Today - Eddie Vedder (Ukulele Songs)
Legendas que ficaram esquecidas na montagem do filme:
1 . 1-
Pura
ilusão de ótica! O reflexo é proporcionado pelo tejadilho do carro em que
seguia ...
2 2-
Perto
de Rio Seco ...
3 3-
O
sol a espreitar antes de se recolher para o Atlântico ...
2012/10/30
Maria Lucília Moita: em Alcanena, uma justa homenagem a uma pintora de mérito
Aspetos de pormenor da sala da biblioteca municipal de Alcanena onde está exposto diverso material (outubro-novembro de 2012) que nos pretende ajudar a entrar no ambiente criado à volta da vida e obra da pintora e escritora Maria Lucília Moita.
Aqui deixo, em jeito de registo para a memória deste blogue, e como singelo contributo para a divulgação do seu trabalho artístico e literário, este apontamento fotográfico captado no passado sábado, antes de mais uma sessão de tertúlia de poesia, no decorrer da qual de reviu o trabalho e a obra de Natália Correia.
-
A pintora Maria Lucília Moita, considerada uma das últimas herdeiras dos grandes pintores naturalistas portugueses como Silva Porto e Henrique Pousão, morreu em 22 de Agosto de 2011, aos 82 anos em Abrantes, onde residia.
Lucília Moita nasceu em Alcanena em 1928 mas, embora longe dos grandes centros artísticos e culturais, não deixou de fortalecer uma carreira, tornando-se numa personalidade cultural contemporânea e uma das pintoras mais conhecidas e premiadas da região.
Abrantes foi a sua terra de acolhimento, ali residindo desde 1954.
Há alguns anos que na sua própria casa abria as portas do seu atelier a visitas de grupos escolares, num gesto de serviço à comunidade local. «A pintura para mim não é um passatempo, é uma exigência», costumava dizer.
A sua arte está representada em colecções particulares nacionais e estrangeiras e ainda em museus como o do Chiado, Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, Museu José Malhoa, Casa Museu Dr. Anastácio Gonçalves, Museu de Setúbal e outros.
Em comunicado, por alturas do seu falecimento, a Câmara Municipal de Abrantes «lamenta com pesar o desaparecimento de uma figura ímpar da cultura local e nacional, recordando a vasta obra artística e o seu carácter humanista».
Maria Lucília Moita cedeu uma grande parte do seu espólio ao município de Abrantes, do qual fazem parte quadros a óleo, um vasto conjunto de desenhos e diversa documentação que enquadra a sua vida e obra, peças e material que integrarão o núcleo de pintura com o seu nome, a instalar no futuro Museu Ibérico de Arqueologia e Arte.
Lucília Moita nasceu em Alcanena em 1928 mas, embora longe dos grandes centros artísticos e culturais, não deixou de fortalecer uma carreira, tornando-se numa personalidade cultural contemporânea e uma das pintoras mais conhecidas e premiadas da região.
Abrantes foi a sua terra de acolhimento, ali residindo desde 1954.
Há alguns anos que na sua própria casa abria as portas do seu atelier a visitas de grupos escolares, num gesto de serviço à comunidade local. «A pintura para mim não é um passatempo, é uma exigência», costumava dizer.
A sua arte está representada em colecções particulares nacionais e estrangeiras e ainda em museus como o do Chiado, Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, Museu José Malhoa, Casa Museu Dr. Anastácio Gonçalves, Museu de Setúbal e outros.
Em comunicado, por alturas do seu falecimento, a Câmara Municipal de Abrantes «lamenta com pesar o desaparecimento de uma figura ímpar da cultura local e nacional, recordando a vasta obra artística e o seu carácter humanista».
Maria Lucília Moita cedeu uma grande parte do seu espólio ao município de Abrantes, do qual fazem parte quadros a óleo, um vasto conjunto de desenhos e diversa documentação que enquadra a sua vida e obra, peças e material que integrarão o núcleo de pintura com o seu nome, a instalar no futuro Museu Ibérico de Arqueologia e Arte.
(texto retirado da internet; mais e melhor informação se pode obter consultando a biblioteca municipal de Alcanena)
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2012/10/28
Olá, boa boite - Hallo good evening -Sonata ao luar (Beethoven)
À tarde estivemos, no salão paroquial da Barreira, no lançamento do livro de Júlia Moniz,
Ludwig Van Beethoven - O Génio da Música da Era Romântica
(registo biblioteca AZ #1835)
2012/10/27
Que reforço do poder de compra?!...
Lisboa, 26 out (Lusa) -
O ministro da Solidariedade e da Segurança Social, Pedro Mota Soares, disse hoje que as pensões mínimas serão aumentadas em 1,1%, "acima da inflação".
"A inflação prevista para o próximo ano é 0,9%, faremos um aumento nas pensões mínimas de 1,1%", disse Mota Soares durante um debate na Assembleia da República.
"Haverá assim um reforço do poder de compra", que irá ter impacto sobre "um milhão de pessoas", acrescentou o ministro.
Se a inflação é de 0,9% (valor tão baixo que não se consegue perceber) como é que um aumento de 1,1% (diferencial de 0,2%) sobre pensões abaixo dos limiares da pobreza pode constituir um aumento do poder de compra?!
Olhem é para o escândalo das pensões dos políticos!...
2012/10/26
Invocando Natália Correia, tão fartos que estamos desta guerrilha permanente em tempos de austeridade febril e agoirenta!
Quem, no outono de 2012, sai da Marinha Grande a caminho de S. Pedro de Moel...
Quem está na rotunda antes de subir para o Sítio da Nazaré e olha, num fim de tarde de outono, para o mar...
ODE À PAZ
Pela verdade, pelo riso,
pela luz, e pela beleza,
Pelas aves que voam no
olhar de uma criança,
Pela limpeza do vento,
pelos actos de pureza,
Pela alegria, pelo vinho,
pela música, pela dança,
Pela branda melodia do
rumor dos regatos,
Pelo fulgor do estio, pelo
azul do claro dia,
Pelas flores que esmaltam os campos, pelo sossego dos pastos,
Pela exactidão das rosas,
pela Sabedoria,
Pelas pérolas que gotejam
dos olhos dos amantes,
Pelos prodígios que são
verdadeiros nos sonhos,
Pelo amor, pela liberdade,
pelas coisas radiantes,
Pelos aromas maduros de
suaves outonos,
Pela futura manhã dos
grandes transparentes,
Pelas entranhas maternas e
fecundas da terra,
Pelas lágrimas das mães a
quem nuvens sangrentas
Arrebatam os filhos para a
torpeza da guerra,
Eu te conjuro ó paz, eu te
invoco ó benigna,
Ó Santa, ó talismã contra
a indústria feroz.
Com tuas mãos que abatem
as bandeiras da ira,
Com o teu esconjuro da
bomba e do algoz,
Abre as portas da História,
……………………………….. Deixa passar
a Vida!
Natália Correia
1989
(Vai-se dizer poesia
e falar da poetisa,
na biblioteca municipal
de Alcanena,
sábado que vem)
(Vai-se dizer poesia
e falar da poetisa,
na biblioteca municipal
de Alcanena,
sábado que vem)
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S. Pedro de Moel
2012/10/24
Sem trabalho, toda a vida apodrece...
Última proposta do Governo de Gestão de Portugal:
"Governo quer baixar limite mínimo do subsídio de desemprego em 10% "
(Afinal já desdisse...agora é... ?????...)25-10-2012
Não se pode dar carta branca aos que julgam ser os donos do mundo! ...
Precisamos de um Governo que governe para os portugueses, que não minta, que seja capaz de se impôr à Alta Finança, que trabalhe em prol duma força Europeia capaz de renegociar a Dívida Pública nas mesmas condições em que os Alemães o conseguiram após as duas Guerras Mundiais em que sairam completamente destroçados e lhes foi emprestado dinheiro a juro zero para recuperarem da miséria a que estariam condenados, caso se tivesse feito o mesmo que nos estão a fazer a nós! ...
E também é necessário e muito urgente que seja feita justiça contra os abutres que desbarataram o dinheiro público.
@as-nunes
Há vida para além do Défice
Andreus, Cumeira, freguesia da Barreira - Leiria - Portugal. Uma das freguesias a agrupar, segundo o projeto de reorganização administrativa do Governo.
mesmo que não haja
nem sequer um cacho nos ramos da vinha,
mesmo que as oliveiras mintam
na sua promessa de fruto
e que os campos não voltem a produzir
nem sequer um cardo;
mesmo até que o galo tenha morrido
e se achem vazios todos os estábulos,
mesmo assim, eu quero exultar no Senhor,
achar a minha alegria no Deus que me salva.
O Senhor meu Deus é a minha força,
aquele que torna os meus pés iguais aos das gazelas
e me faz caminhar até às alturas.
HABACUC
Profeta caldeu que terá vivido no séc. VII ou VI a.C.. O texto que
aqui se apresenta é conhecido como O Cântico de Habacuc.
in
Os Herdeiros do Vento
Antologia Apócrifa
JOAQUIM PESSOA
bib. az-biblioteca #1831
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vida
2012/10/21
Estou farto de Passos Coelho, de Seguro, de Portas - já em Agosto passado dizia MANUEL ANTÓNIO PINA
Coisas sólidas e verdadeiras - JN
Coisas sólidas e verdadeirasPublicado em 2012-08-01
O leitor que, à semelhança do de O'Neill, me pede a crónica que já traz engatilhada perdoar-me-á que, por uma vez, me deite no divã: estou farto de política! Eu sei que tudo é política, que, como diz Szymborska, "mesmo caminhando contra o vento/ dás passos políticos/ sobre solo político". Mas estou farto de Passos Coelho, de Seguro, de Portas, de todos eles, da 'troika', do défice, da crise, de editoriais, de analistas!
Por isso, decidi hoje falar de algo realmente importante: nasceram três melros na trepadeira do muro do meu quintal. Já suspeitávamos que alguma coisa estivesse para acontecer pois os gatos ficavam horas na marquise olhando lá para fora, atentos à inusitada actividade junto do muro e fugindo em correria para o interior da casa sempre que o melro macho, sentindo as crias ameaçadas, descia sobre eles em voo picado.
Agora os nossos novos vizinhos já voam. Fico a vê-los ir e vir, procurando laboriosamente comida, os olhos negros e brilhantes pesquisando o vasto mundo do quintal ou, se calha de sentirem que os observamos, fitando-nos com curiosidade, a cabeça ligeiramente de lado, como se se perguntassem: "E estes, quem serão?"
Em breve nos abandonarão e procurarão outro território para a sua jovem e vibrante existência. E eu tenho uma certeza: não, nem tudo é política; a política é só uma ínfima parte, a menos sólida e menos veemente, daquilo a que chamamos impropriamente vida.
+
em tempo: Manuel António Pina, onde quer que o seu brilhante espírito possa estar, decerto que me vai perdoar por ter acrescentado a foto à sua composição; ainda pensei em incluir também um gato, pensando que esta pretensa ligação esotérica, tivesse o significado que eu lhe quereria dar. Talvez não seja oportuno, havemos de voltar a escrever-nos... @as-nunes |
Uma travessa de Leiria guardada pelo anjo da guarda e em homenagem ao grande pintor e aguarelista Lino António
Quem foi Lino António, personagem singular da história de Leiria do séc. XX? (*)
A travessa está a cargo do anjo da guarda
Mas, pelo sim pelo não, nada como ter também um cão de guarda.
Esta travessa situa-se na zona da Cruz da Areia, em Leiria, perto do Quartel do RAL 4.
Numa pequena extensão de menos de 50 metros, registei esta sequência de pormenores, mesmo sem sair do carro.
Para além de se poderem observar vários trabalhos de pintura seguindo este link pode observar-se, amiúde em casas particulares, reproduções fiéis e de muita qualidade de várias aguarelas em que Lino António retratou os trajes regionais de Leiria por volta dos anos 30 do século passado.
A que se pode admirar na foto ao lado, é uma dessas várias aguarelas reproduzidas numa coleção, editada pela Comissão de Turismo de Leiria-Fátima.
Esta aguarela está assinada e datada com referência ao ano de 1931.
--
-
-
outras etiquetas (leiria antiga)
http://dentrodetioleiria.blogspot.pt/search/label/leiria%20antiga
@as-nunes
2012/10/19
Ainda não é o fim nem o princípio do Mundo...
Jornalista, escritor, vencedor do Prémio Camões em 2011, Manuel António Pina morreu esta tarde no Porto, aos 68 anos. (in Antena 1)
Estarei ainda
muito perto da luz?
Estarei ainda muito perto
da luz?
Poderei esquecer
estes rostos, estas vozes,
e ficar diante do meu
rosto?
Às vezes, como num sonho,
vejo formas como um rosto
e pergunto: «De quem é
este rosto?»
E ainda: «Quem pergunta
isto?»
E: «E com quem fala?»
Estarei ainda longe de Ti,
quem quer que sejas ou eu
seja?
Cresce a noite à minha
volta,
terei palavras para
falar-Te?
E compreenderás Tu este,
não sei qual de nós, que
procura
a Tua face entre as
sombras?
Quando eu me calar
sabei que estarei diante
de uma coisa imensa.
E que esta é a minha voz,
o que no fundo de isto se
escuta.
Manuel António Pina
1943-2012
in NENHUM SÍTIO (ou pp 105 TODAS AS PALAVRAS /poesia reunida}
-
um dos seus grandes livros de poesia
-
Andava eu de carro, no centro de Leiria, quando, inesperadamente, ouvi a notícia da morte de Manuel António Pina.
Chego a casa, em cima da minha secretária de trabalho, por acaso/coincidências premonitórias? tinha dois livros:
Os Herdeiros do Vento - Antologia Apócrifa: Joaquim Pessoa
2012/10/18
E agora, povo?! ...
E agora, povo?!
Esta melia em tom dulcíssono
Postada ali mesmo em
frente
Está bonita cores de outono
Com seu ar cândido e dolente
Que bom seria vivermos
Esse teu contentamento
E o nosso rumo invertermos
Neste lamentável momento
Há aqueles que se amofinam
Por agora atentarmos em ti
Presunçosos mas não atinam
Estás muito bem assim, aí
Este Orçamento está
péssimo
Sem qualquer margem de
dúvida
Precisamos desse
empréstimo
Mais uma tranche para a
Dívida
-
Se o povo é quem mais ordena
Porque é que deixámos que os “novos senhores”
Tenham feito o que quiseram
E ainda lhes cresceu tempo
Para se porem ao fresco?
E agora, povo?! …
@as-nunes
@as-nunes
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2012/10/17
Antes que seja tarde
Há dias, a meio da semana passada, talvez,
(o tempo está a passar tão depressa, as perspetivas deste país são uma miséria, bem à vista de todos, mas nós a querermos que tudo isto não passe dum sonho, um pesadelo que nos está a atormentar mas que ainda temos esperança que, de repente, acordamos, estrebuchamos, acendemos a luz, afinal era mesmo só um pesadelo),
pensei que seria uma boa altura para tirar uma fotografias das flores do meu jardim/quintal.
Ei-las, algumas, não fotografei a parte do quintal, que agora está em pousio, umas couves e alfaces numa estufazita pequenina, aí uns 12 metros quadrados.
A foto do canto inferior direito mostra as folhas do meu liquidâmbar, aquele que já aqui apresentei em tempos (talvez ainda aqui deixe o link(*), vou consultar o índice temático deste blogue), com o típico mudar de cor das folhas, que irão ficar avermelhadas neste Outono, agora aí em pleno, já não era sem tempo.
Entretanto, a rádio, a minha companhia quando estou sozinho, que ouço normalmente e por romantismo, a Antena Um, a anunciar aquilo que já estamos a ficar fartos de perceber. Os partidos da coligação governamental de candeias às avessas, estarão mesmo, não será só mais uma fita? para iludir os seus eleitores? raio de partidos que só servem para pensar nos votos que podem perder ou ganhar com as posições que assumem, importa lá o interesse do país, dos portugueses?
Se não quisessem ter de enfrentar a situação atual, assumindo-se com coragem e inteligência, tinham-se demarcado em devido tempo, impondo como condição uma investigação exaustiva ao estado calamitoso em que as contas Públicas estavam e o extremo grau de endividamento externo a que o nosso país tinha chegado.
E que continua a aumentar, cada dia que passa, sem que se vislumbre a dose de esperança que seria indispensável para nós, os eternos pagantes, acreditarmos que vale a pena mais este descomunal sacrifício que nos está a ser imposto pela atual proposta de orçamento do Estado.
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