2012/12/12

Concentrado...

composição da minha neta Mafalda 

A Ema e o Ivo aproveitaram a ocasião e ocuparam a minha cadeira da secretária onde tenho o computador...

2012/12/10

O lançamento sui generis dum livro, ...


O livro e o manuscrito que lhe serviu de suporte, dentro duma vitrina. Em exposição no m|i|mo, em Leiria.

A ver se amanhã consigo encontrar o livro que foi lançado no sábado passado no m|i|mo.
Um lançamento sui generis
Sem que o livro fosse colocado à disposição dos presentes na respetiva sessão de apresentação…

Como já narrei no registo anterior. 
(11.12.2012- ver notas complementares nos comentário e aqui)



 A noite, ao serão, passou-se melhor assim...
Vale, também, que consigo usar alguma lenha proveniente das podas das árvores...
-
m|i|mo - museu da imagem em movimento
Largo de São Pedro (cerca do castelo)
Leiria
@as-nunes

2012/12/08

Memórias de Leiria do século XX, em palavras, em desenhos e esboços e em fotografias. Milhares e milhares de fotografias.



Hoje à tarde voltei a subir na direção do Castelo de Leiria. Fiz o percurso de carro e até consegui estacionar, no largo do edifício da PSP, ali mesmo ao lado do MiMO. Fui assistir a uma sessão de lançamento dum livro e da abertura duma exposição de fotografias do snr. José da Silva Fabião, talvez o fotógrafo profissional de Leiria, de mais nomeada,  durante mais de três décadas do século XX. Ainda é vivo, tem 90 e poucos anos. Consegui trocar umas palavrinhas com ele, grande amigo que foi do meu sogro, José Teles Paiva, muito privei com ele e os filhos (igualmente exímios fotógrafos).

A apresentação do livro foi muito bem conseguida, pela qualidade e brilho dos oradores, com um senão. A assistência não teve acesso ao livro! 


- Não há livros para o público?! 


Interrogámo-nos, uns quantos, se calhar todos teríamos levado um livro, dado o tema tratado ser de extremo interesse para os leirienses, acumulado ao facto de o livro ter resultado da transcrição dum manuscrito que nos foi deixado por Raul Faustino de Sousa

Raul de Sousa nasceu em 1905 na Marinha Grande mas a sua ligação à cidade de Leiria foi muito intensa, a tal ponto que as suas "Memórias", agora sob a forma de livro, diz que constituem um documento invulgar, pelas inúmeras pessoas e locais que conheceu.

Pois é. O livro não estava disponível para o público. Apesar de o termos visto, à distância das mãos de alguns dos presentes (amigos e familiares, presumo), fomos surpreendidos pelo facto de não o podermos comprar, no momento do seu lançamento. Se bem percebi, um dos patrocinadores da edição reservou para si a sua posse e distribuição posterior. Não percebi esta insensibilidade. Muito sinceramente.


Bem, mas voltemos à justificação da escolha das fotos acima.

Vinha eu de regresso da sessão, nas instalações fabulosas do MiMO (Museu da imagem em movimento), lá em cima, ao lado da igreja de S. Pedro, vai daí olhei para poente e lá estava aquele fabuloso contraste de cores do pôr do sol. Mais abaixo, já no caminho para a Sé de Leiria, deparei com aquela perspetiva da rua, da tília tomentosa do adro da Sé, e das suas folhas amarelecidas pelo outono (naturalmente alouradas). Nesta altura do ano já aquela famosa e centenária tília está na fase final do despir de parte do seu hábito. 
Quer dizer, está a ficar quase nua...

E pronto. 

Vou preparar um registo mais pormenorizado sobre a exposição dos materiais do estúdio e das fotografias que, ao longo da sua vida, o snr. Fabião foi acumulando e que acabou por se transformar num extraordinário espólio que doou ao Arquivo Distrital de Leiria.

Claro que também terei muito gosto - aliás fazia questão nisso - em divulgar o mais que me for possível o livro acima referido. 

@as-nunes

2012/12/07

A fotografia e a pintura


Uma fotografia como tantas outras que tenho tirado ao longo dos muitos anos que levo a retratar aquilo que vejo e me absorve a atenção num determinado momento.
É um desses precisos momentos que aqui deixo publicado.

Dia 5 de Dezembro de 2012, 15 horas de Portugal continental, do miradouro do antigo Paço Episcopal de Leiria, hoje a esquadra da Polícia de Segurança Pública. Vêem-se os campanários da igreja de Sto. Agostinho, a capela do santuário de N. Sra. da Encarnação, na linha de horizonte, os cumes da Sra. do Monte e da Serra da Maúnça. 

Um simples retrato? Um mero registo contemplativo? 

Os fotógrafos profissionais insistem em que a espontaneidade não implica que o fotógrafo seja menos artífice que o pintor. 
Eu, como fotógrafo não profissional, ainda que com muitos anos de experiência na fotografia espontânea, não temática, não me atrevo a propor que a fotografia force a concorrência com a pintura!...

Tema com probabilidades de originar um bom debate!
- talvez tenham interesse em ler http://az-biblioteca.blogspot.pt/2012/12/ensaios-sobre-fotografia.html

2012/12/05

Bom dia! Sou a primeira camélia deste ano!...



Há já uns anos que esta camélia se presta a servir-me de via de saudação radiosa com os meus amigos
como se pode ver aqui

-
Estou apaixonado por esta camélia. 
Não consigo resistir aos seus encantos. 
Ao afago do seu olhar. 
À volúpia da sua "pele", de seda da mais pura! 
À imaculada alvura da sua presença física que se nos entranha no espírito 
e nos transmite uma incrível sensação de leveza, 
de tranquilidade, dum mundo puro, 
qual donzela cuja honra vai ser defendida em duelo medieval!
Se esta camélia  me consegue transmitir todas estas sensações, 
então só posso estar verdadeiramente apaixonado por ela!
Duvido mesmo que alguém consiga deixar de se perder de amores por ela!...
@asnunes

2012/12/03

Querem acabar com a nossa freguesia!...


Vamos a eles!...

Quer dizer, o snr. Relvas e os seus "assessores" decidiram, está decidido!?

Até agora:

Freguesias:

Leiria
Pousos
Cortes
Barreira

No futuro, já amanhã:

Agrupamento União de Freguesias de Leiria (e arredores, claro).

Parece que se chamará: União das freguesias de Leiria, Pousos, Barreira e Cortes. A sede deverá ser Leiria. 
5ª feira próxima a AR vai votar uma Proposta de Lei neste sentido e, segundo já ouvi, vão votar a favor desta Reorganização Administrativa do Território, o PSD, o CDS e o PS.

Tanta pressa para quê? Para obedecer às cegas ao mando duma pseudo Federação Europeia? 
Federação para a austeridade, que não para a União!...

União Europeia, sim, voltarmos ao Feudalismo, NÃO!...
-

Veja-se o vídeo do 5º Aniversário do Grupo Coral AdesbaChorus.
Não é uma freguesia qualquer que se pode vangloriar de ter um grupo coral como este!


2012/12/02

É outono, quase inverno, e pronto








Em Leiria, junto à ponte do Arrabalde...
-
Se, depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia,
Não há nada mais simples,
Tem só duas datas - a da minha nascença e a da minha morte,
Entre uma e outra coisa todos os dias são meus.

A. Campos

Não me arrependo do que fui outrora
Porque ainda o sou.

A. Campos
@as-nunes

2012/12/01

Odete Santos cita Almeida Garret e pergunta quantos pobres são precisos para produzir um rico


No final da sua intervenção, Odete Santos invocou o escritor Almeida Garret, dedicando uns «versos», que adaptou, ao primeiro-ministro. 

«E eu pergunto aos economistas, políticos, aos moralistas, se já calcularam o número de indivíduos que é forçoso condenar à miséria, ao trabalho desproporcionado, à desmoralização, à infâmia, à ignorância crapulosa, à desgraça invencível, à penúria absoluta, para produzir um rico?»

,declamou, suscitando os aplausos de pé por parte dos congressistas, que gritaram a palavra de ordem PCP/PCP.

in TVI-online
-
O tempo não pára. Odete Santos decidiu que era altura de dar lugar a outros, tendencialmente mais novos. Nem sempre isso acontece no PCP. O Comité Central sempre foi um órgão muito fechado e não é fácil que nele sejam admitidos jovens.
O PCP de que eu me lembro e que ainda hoje julgo conhecer é o dos célebres anos de 1974 a 1978/80.
Mantive, em tempos, acesos debates com militantes deste partido, e, em regra, dou-me bem com as pessoas enquanto cidadãos devotados à causa pública.
@as-nunes

2012/11/30

Os dias que correm e Fernando Pessoa


Em 18.1.1985 Al Berto escrevia no seu Diário:
[...]
(uma das maneiras possíveis de compreender este país é reler Pessoa. Atentamente. Devotadamente. Todos os dias. Alguma luz se fará, por entre a teia magnífica dos heterónimos. Por vezes, penso que este país é o heterónimo dum outro país que sobreviveu ao seu próprio criador. Assim, já não possuindo o motor que o faz pensar, criar, imaginar, mover-se, acabou por se afundar no orgulho do seu próprio esterco.)

Hoje escreveria da mesma forma, com toda a certeza!
Onde está a tão apregoada mudança do rumo deste país?!
(para bem dos portugueses em geral ... e não, só das elites.)
@as-nunes

2012/11/29

Conhecem o "piritóritári"?



 A minha neta Carolina, 5 anos, entrou no carro, na companhia da avó. Fomos buscá-la à escola, que esta semana é por nossa conta. Uma semana nós, outra semana a avó Lucília.

Vinha toda entusiasmada porque levámos connosco a Tina, uma cadelita muito meiga e mexida, que se saracoteia toda quando lhe dão mimos. As duas são muito amigas.
Também trazia na mão um desenho que fez na escola e que me  mostrou, na expectativa de eu lhe dizer da minha avaliação. Habitualmente sou o seu crítico de arte, de modo que ela fica logo à espera de poder trocar umas impressões comigo.
E disse, muito segura:
Na parte superior:
- mala que dá luz;
- pássaro que brilha:
- carrinho com a rena, a voar no céu;
- Pai natal (falta acabar);
- também faltam mais renas;
Na parte de baixo:
- árvore de Natal;
- carro-cavalo, com chapéu
(Mas, atenção, do carro só contam as rodas, o resto é mesmo o cavalo e com chapéu); a completar este conjunto há dois elementos que são também muito importantes: uma bomba de ar para encher os pneus do carro e uma “coisa” necessária para este equipamento andar rápido;
- animal do Natal chamado “piritóritári”;
- cama que manda para o céu a pessoa que lá dorme e que se chama Kika;
- A Carolina com um vestido muito colorido, que assim é que é bonito; também tem cinto.

E pronto. Perguntei-lhe se me deixava pôr este desenho na internet. Que não, que queria levar a folha com o desenho para casa, para acabar o que faltava.
Tirei logo ali uma fotografia do desenho e mostrei-lho no lcd da máquina. Está bem, isso podes pôr na internet.
Jc tm

2012/11/28

Governo que Ri ! ...


Em dia de Lua Cheia o Governo ria... em plena AR, no decorrer da votação do Orçamento do Estado desgraçado de Portugal... 
Governo de Lunáticos! ...

Há improváveis nichos de mercado que a crise destapou: vender máquinas para fazer furos nos cintos é outro.

Ferreira Fernandes - DN de hoje, dia seguinte ao da aprovação do OE2013
-
Entretanto:
O Ministro da Economia, o meu conterrâneo Álvaro Pereira, tem que ouvir e ver mais o que se passa neste país, deixar de se engalfinhar tanto - na Assembleia da República, a armar-se em valente, todo esganiçado - contra os partidos da oposição, particularmente o PS, e ser mais reivindicativo com Passos Coelho e o Ministro das Finanças.

Sem um Ministério da Economia à altura das circunstâncias não há desenvolvimento; sem desenvolvimento não há criação de riqueza. 
Então para quê toda esta austeridade? 
@as-nunes

2012/11/26

Biblioteca Municipal de Alcanena - 10 anos

 

Zaida Paiva Nunes a oferecer ao Diretor da Biblioteca, Dr. Óscar Martins, um Livro/Álbum com 49 páginas, composto por texto e fotografias por si selecionadas, relativo ao período de 2010 a 2012. 

" CORTAR O TEMPO"
Apresentação, seleção e arranjo gráfico: Zaida Nunes
Fotografia e tratamento de imagem: António Almeida Nunes
 
 
 
 

Carlos L. Fonseca (recém chegado ao grupo)
Diz que lhe chamam poeta. Ouvi a sua poesia dita por Soares Duarte. Fomos unânimes em concordar. Temos poeta!
Ver livro a lançar sexta-feira em Alpiarça. Eu já o tenho.
Recém chegada ao grupo; com trabalhos literários muito ligados a Cabo Verde e a Alcanena e ao Ribatejo 

Na senda das comemorações do 10º aniversário da criação da biblioteca municipal de Alcanena, o grupo de poetas que ali se reúne mensalmente, desde o ano de 2003, por iniciativa do seu coordenador, Dr. Óscar Martins, decidiu que este aniversário seria um bom pretexto para se fazer um balanço do que tem sido esta estreita e profícua colaboração entre a biblioteca, a câmara municipal e um grupo de pessoas amantes da poesia, que, desde então, ali se têm reunido sem qualquer interregno estudando um poeta por mês. 
Os serviços da biblioteca têm sido incansáveis na organização de brochuras alusivas a cada autor, o que tem contribuído decisivamente para uma boa orientação das sessões, e que muito tem fomentado o gosto pela poesia e o estudo dos vários movimentos literários na língua lusófona.

É com enorme prazer e reconhecimento que o grupo de Leiria se tem conseguido integrar neste ambiente de perfeita tertúlia, vocacionada para a poesia e são convívio, tão úteis ao  equilíbrio emocional de que o homem tão carecido se tem apresentado, particularmente nos tempos que correm.
-
O fotógrafo/poeta (lírico, talvez) em pose para a fotografia, junto ao seu estimado amigo Óscar Martins
-
Claro está que o rigor e disciplina do uso da língua portuguesa é prioritário em qualquer forma de escrever, mas esta regra de ouro pode e deve ser adaptada pelo poeta.
Ainda que nós saibamos que a poesia é uma substância imaterial que existe num ser, logo, assume um cunho muito pessoal, o poema, depois de criado, deverá ficar ao alcance de qualquer leitor. Evidentemente que esta simples conceção(*) traz-nos imediatamente a ideia da necessidade de o leitor do poema ter de ser capaz de sentir a poesia que lhe está subjacente.

Há quem diga que só é poeta quem pode, não quem quer.
Não concordo.
Sentindo-se a poesia, pode escrever-se um poema...

Há ideias e imagens, umas tão belas, outras tão líricas ou dramáticas, que só quem sente a poesia as poderá transmitir na sua integralidade, tangível e/ou intangível.
...  
(ainda eu estava na fase da edição, mas a publicar o que ia ensaiando, recebi um comentário dum bom amigo da blogosfera em que ele diz, muito expressivamente:
As tertúlias de poesia são um espaço saudável de camaradagem e de difusão da palavra. Renova a alma e dá-lhe coragem... )

(Obrigado, Rogério Pereira)
-
(*) Quanta hesitação para escrever esta palavra segundo o novo AO !
@as-nunes
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CAMINHOS ENTRELAÇADOS: Biblioteca Municipal de Alcanena - 10 anos

CAMINHOS ENTRELAÇADOS: Biblioteca Municipal de Alcanena - 10 anos:   Zaida Paiva Nunes a oferecer ao Diretor da Biblioteca, Dr. Óscar Martins , um Livro/Álbum com 49 páginas, composto por texto e fotografia...

2012/11/25

IMI - Aí estão a chegar as contas atualizadas/íssimas


Só um exemplo:

Uma casa nos arredores de Leiria, que tinha um valor patrimonial de 20.000€ (avaliação de 1995) "vale" agora (que os imóveis vendem-se facilmente e a ganhar rios de dinheiro!...) para as Finanças,  5 (cinco) vezes mais.

Resultado: o IMI aumenta para mais do dobro em 2013, para mais do triplo em 2014 e para mais do quádruplo em 2015.

Entretanto, os rendimentos dos proprietários (que, na maior parte dos casos ainda estão a pagar o imóvel ao Banco) têm vindo a diminuir drasticamente ano após ano...

E assim nos vamos empobrecendo cada vez mais.

Em contrapartida, os ricos e detentores do capital, continuam a engordar as suas fortunas a cobrarem juros de agiota para que Portugal pague os juros da Dívida Pública acumulada pelos sucessivos (des)governos e gestões autárquicas deste país. 
E a Dívida Pública a continuar a aumentar!...
@as-nunes

2012/11/23

Perdido e Achados

Rotunda dos Peregrinos/Fátima - S. Mamede, uma vista celestial, o liquidâmbar cor de outono a sobressair
A descer do cume da Sra. do Monte, o vale da zona das Fontes/Cortes, uma vista idílica
A alameda interior do acesso ao solar com capela privativa da Quinta de S. Venâncio, Vale de Lobos/Cortes, plátanos centenários e monumentais...
À entrada principal da Qta. de S. Venâncio, dois cedros, belos, simbólicos e de grande porte, ao fundo vislumbra-se, para quem conhece a zona, o viaduto aéreo do IC36 (liga A8, A17, A19, IC2 à A1...), sobrevoando o vale do liz em toda a sua largura, naquela zona vital, do ponto de vista de aproveitamento agrícola e ambiental em geral (rio Lis e sua fauna piscícola - barbos, bogas, ruivos, enguias - as suas bucólicas margens bordejadas de salgueiros, choupos, ulmeiros, freixos, a extensa variedade de aves que lá vivem e nidificam:  melros, patos, cotovias, canários, garças, verdelhões, estorninhos, piscos e tantas mais...)
 Placas e mais placas de sinalização, úteis, sem dúvida, para quem circula de automóvel, mas extremamente poluidoras do ambiente visual...

Há dias assim
Momentos distraídos
Pensamentos em turbilhão
Caminhos deslaçados
Viagem de automóvel
Trajeto curto
Semanal
Habitual
Leiria Pousos
Variante norte
A bezerra morreu?!
Embiquei no corte para a A1
Alerta erro vital
Sem hipótese de ressalva
Viagem alongada
Direção Fátima obrigatória
Regresso via S. Mamede
Sra. do Monte a encurtar caminho
Alô Pousos, há algo
Muito importante?
Que não, esta semana não
Regresso a Leiria
Sigo pela N 356-2
Já a referi aqui
Olha que cores fabulosas!
Quinta de S. Venâncio
Plátanos majestosos
E cedros
Uns e outros centenários
Rotunda de serviço
Acessos rodoviários
Caríssimos, desnecessários
Sumptuosos, perdulários

Pensamentos em correria
Tensão em demasia
Valha-me a fotografia
E a poesia …

2012/11/22

Eis Aqui o Agiota

Com as minhas desculpas ao pombo, que estava a fazer pela vida, depois de escorraçar a concorrência.
Quer ele lá saber das teorias de Keynes? Tal como o Agiota, mas este sabe perfeitamente que a sua vida de nababo consegue-a à custa da infelicidade de milhões de seres humanos...

Eis aqui o agiota
Eis ali a agiotagem
De novo mergulho na luz do astro da música
A minha cabeça
De novo a procura daquela
Melodia que teima
Em nascer às avessas
Se ribomba no contrapasso e se já cruza o ciberespaço
Então
Cuida de ti usurário
Na zona escura do erário
E da folia financeira
Do teu corpo fundo
E mais anónimo
A volta do mundo
Atravessando fronteiras
Esvoaçam
À tua volta esvoaçam
Taxas de juros e cambios
De cambistas e banqueiros
Títulos e dívidas
Contraseguros
Visões garridas
Malabaristas
E oníricas
Do dinheiro
A minha guitarra não toca para ti
A minha guitarra rosna
Obeso e rebarbativo alardeando
A engorda
O teu figurino
Obesa a corruptela que mais
Disfarça e transforma
Selvagens capitalismos
Em brandos neoliberalismos
O mais doce dos eufemismos
E então
Tu provas na perfeição
Que geres com o teu cifrão
A infelicidade dos outros
Reduzes um drama
O do maior desemprego
A centigramas
A percentagem de uns poucos
Encurralados
Os mais jovens encurralados
Em becos rasos de seringas
Contrafeitos mercadores
Em praças e ruas
Ruelas e avenidas
Envergonhadas
E mais anuladas
As mãos estendidas
De arrumadores
Morreu a proletária ditadura
A ditadura do mercado já nasceu
Se cada vez menos produzem
Mais para a maior minoria
Toda a riqueza
Se cada vez menos para a imensa maioria sobram
Sobras que te caem da mesa
Da guerrilha dos capitais
Em doces paraísos fiscais
Então
Cuida de ti argentário
O que retrata este sudário
E a maior parte do mundo
Que sobrevive na penumbra
De olhos postos em ti
Moribundo
Mas que te olha já defunto
E enches a boca
De direitos humanos
Enches a boca
De fala
Do pensamento
Mas o do trabalho nunca
E porque será
Que esse direito
No esquecimento fica
Se crucifica
Mais
Se abdica
Mas fica a pergunta
Keynes
Ao pé de ti
E arrumado a um canto
É a alegoria
Ou o retrato de um santo
Fausto

2012/11/20

O Futebol como desporto ao serviço da arte


No passado domingo os iniciados A do União Desportiva de Leiria receberam no campo de Sta. Eufêmea o Caldas e venceram por 3 golos sem resposta. 
Duas boas equipas de futebol, sendo que a do UDL integra um plano de trabalho duma Academia de Futebol Juvenil.
O União Desportiva de Leiria está a desenvolver um interessante trabalho em prol do desporto em geral e do futebol em particular. Há muita gente envolvida nesta iniciativa e o espírito e a antiga mística do União de Leiria parece que está a rejuvenescer. A verdade é que a quase extinta SAD a que o União esteve ligado durante mais de duas décadas acabou em contendas de natureza financeira e negócios obscuros à mistura e ainda bem que se voltou à primitiva forma de o clube ser gerido como clube desportivo sem "sociedades" ditas desportivas à mistura.

Na foto acima pode apreciar-se um momento interessante de movimentações de praticantes do futebol em plena entrega ao jogo bem praticado.
O Gui (meu neto, que já tive ocasião de o apresentar aqui), no futebol, o "Moura" (o que leva a bola dominada e se prepara para passar o defesa da equipa adversária), é extremo direito, tem um bom potencial e engodo pelo jogo em velocidade, de modo a poder servir os avançados de área em condições de marcar golos. O que acontece com muita frequência. Ele próprio lá vai marcando os seus golos, que também tem um bom remate. 
Dou comigo a compará-lo com o grande José Augusto, campeão Europeu ao serviço do glorioso Benfica!

Ora digam lá que não se fica com uma sensação de movimento, de harmonia e de técnica de jogo ao olhar para esta fotografia?
@as-nunes

2012/11/19

IVA, IVA, IVA em "Dia Nacional Sem Restaurantes"



Ainda se consegue ver a paisagem, a natureza bem nos acena com simpatia e beleza.
Até quando? Com o afunilamento das nossas expectativas, que futuro, Portugal?

Vou a Leiria a uma sessão de esclarecimento sobre a forma de cumprir, já a partir de 1 de Janeiro próximo, as obrigações fiscais no que respeita ao IVA, que vão resultar em que todas as atividades, feirantes inclusivé, tenham que faturar on line 
(na maior parte dos casos em tempo real, de modo a que os dados fiquem instantaneamente registados na base de dados das Finanças; e o servidor do Fisco aguenta com tanta informação?!, quando já não o consegue para os movimentos normais de acesso por parte dos contribuintes?) 
todas as suas vendas. 

As pessoas/pequenos empresários parece que ainda nem sequer se aperceberam do imbróglio em que estão a ser metidos!

Este governozito ou é ingénuo ou é sabido de mais e tem a nítida  intenção de destruir para depois reinar sobre os escombros! ....
-
Entretanto...
Diz o Ministro das Finanças que a reposição da taxa do Iva da restauração aos níveis anteriores é um assunto que vai ser objeto de análise de um "grupo de trabalho"...  
Bem sabemos como funcionam esses grupos de trabalho!...

Já cansa, snr. Ministro, não há paciência para ouvir as suas lengalengas, monólogos longos, entediantes, nitidamente a tentar "poupar" o Primeiro Ministro...no seu incrível objectivo de ainda estar no governo em 2014...

2012/11/17

O meu país não pode ser só capital




PAÍS

Não sei se sem poemas há país
Ou se sem eles se perde o pé a fé e até
Esse país que está onde se diz
Ai Deus e u é?

Alguns julgam que é tanto vezes tanto
Capital a multiplicar por capital
País é um café e a mesa a um canto
Onde um poeta sonha e escreve e é Portugal.

Levantou-se a velida e levantou-se a alva.
Por mais que o mundo nos oprima e nos esprema
Há sempre um poema que nos salva
País é onde fica esse poema.


Manuel Alegre
Nada está escrito
D. Quixote - 2012

@ as-nunes

2012/11/16

Só para dar notícias...e mostrar este belo arco-íris



Ultimamente tenho alimentado este blogue com publicações quase diárias. De dois em dois dias, vá lá. Esta semana tem sido um tanto complicada, pessoal e coletivamente (para todos nós, portugueses, particularmente) e, muito francamente, teria tanta coisa para dizer e mal dizer da vida, que acabei por me deixar sossegado para ver se evitava que me saísse algum desabafo mais forte de que me pudesse vir a arrepender.

Nesta conformidade - só para vos cumprimentar, caros amigos e leitores ocasionais -  aqui vos deixo esta fotografia tirada ontem ao fim do dia, instantâneo sem grandes preliminares, mas este arco-íris até teria justificado uma grande angular. Tivesse eu à mão essa objetiva (que ainda hei-de comprar, talvez quando as contas melhorarem) e estaria agora a mostrar esse arco-íris, na sua plenitude, dum extremo ao outro, uma perfeita maravilha da natureza, as reverberações da luz solar no seu despontar no meio das nuvens do fim da tarde, já a anunciar a chuva forte que viria logo a seguir.
Este instantâneo foi captado na direção nascente na zona do vale do Lis, Cortes, Barreira.


(Ah, não sei se sabem, mas as freguesias das Cortes e da Barreira vão passar a ser agrupadas na freguesia de Leiria  juntamente com os Pousos, segundo proposta da UTRAT
(*).
Ao menos que se se fizesse um agrupamento entre estas duas freguesias, até pelo historial que já existe entre elas. Podia, inclusive, juntar-se a própria freguesia da Golpilheira, por exemplo).

Voltarei a este assunto, tão candente que ele se está a apresentar aos olhos das populações, que, diga-se também, não têm encorpado movimentos reivindicativos com a devida força.

-
(*) UTRAT - Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa do Território)
@ as-nunes
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2012/11/13

Tempos fuscos...



Tirei esta fotografia há dias, na semana passada, com o tempo a dar chuva, por vezes forte, estamos no vale do lis, aqui no centro oeste de Portugal. Como eu gosto de chamar a este sítio de Portugal, que quero que continue livre e independente. Livre da corja de bandidos que o assaltaram e o deixaram completamente exaurido, à mercê dos barões da nova oligarquia dominante, meros e prestáveis funcionários da Alta finança internacional e dos seus próprios interesse e de grupo. Independente e capaz de não se deixar prender pelas garras daquela águia bicéfala, que durante a primeira parte do séc.xx, não conseguiu impôr a sua vontade à Europa, e que agora, sob o estandarte duma dama de olhos azuis Merkel, se dá ao luxo de fazer um périplo de revista das forças dispostas no terreno, e sem gastar dinheiro em munições, conseguir o domínio absoluto da Piglândia, distribuindo medalhas de mérito e exemplar comportamento,  pelos seus alunos e mandatários.
Mesmo que contra a opinião e vontade manifesta da esmagadora maioria do povo português, que não querem ser vergados a ponto de virem a ser os escravos do ressurgimento da produção e crescimento da economia Europeia, depois de os seus salários e condições sociais serem reduzidos a menos que o mínimo de sustento. 

E não nos venham com a história da Dívida Pública ser excessiva. Culpem-se os verdadeiros responsáveis. Eles estão aí bem à vista de toda a gente!

É da história que os povos mais frágeis terão de ser domados à força do medo da pobreza. É isso que a Troika e a Direita portuguesa, à qual fomos forçados a entregar-nos, vai acabar por conseguir. A mão de obra barata e não reivindicativa, a nacionalização das empresas públicas rentáveis vendidas ao desbarato, depois  de tudo se ter feito para as desvalorizar alegando que são mal administradas, eis os ingredientes imprescindíveis para o assalto final do neo-liberalismo e da alta finança internacional.

Sempre à força da arma letal e implacável de nos incutirem o medo de sermos pobres! Depois de nos roubarem todas as expetativas que tínhamos de que o Estado era de confiança, que nele podíamos depositar as nossas poupanças da vida inteira. Que era uma pessoa de bem, que geria não só as nossas expectativas como também tinha gente que era eleita para co-mandar, ouvindo os anseios do povo e as opiniões de pessoas idóneas e competentes, muitas e de saber incontestável.

Mas não, o que importa é ser-se o menino bonito, custe o que custar aos povos da Piglândia...

@ as-nunes
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