Hoje à tarde voltei a subir na direção do Castelo de Leiria. Fiz o percurso de carro e até consegui estacionar, no largo do edifício da PSP, ali mesmo ao lado do MiMO. Fui assistir a uma sessão de lançamento dum livro e da abertura duma exposição de fotografias do snr. José da Silva Fabião, talvez o fotógrafo profissional de Leiria, de mais nomeada, durante mais de três décadas do século XX. Ainda é vivo, tem 90 e poucos anos. Consegui trocar umas palavrinhas com ele, grande amigo que foi do meu sogro, José Teles Paiva, muito privei com ele e os filhos (igualmente exímios fotógrafos).
A apresentação do livro foi muito bem conseguida, pela qualidade e brilho dos oradores, com um senão. A assistência não teve acesso ao livro!
- Não há livros para o público?!
Interrogámo-nos, uns quantos, se calhar todos teríamos levado um livro, dado o tema tratado ser de extremo interesse para os leirienses, acumulado ao facto de o livro ter resultado da transcrição dum manuscrito que nos foi deixado por Raul Faustino de Sousa.
Raul de Sousa nasceu em 1905 na Marinha Grande mas a sua ligação à cidade de Leiria foi muito intensa, a tal ponto que as suas "Memórias", agora sob a forma de livro, diz que constituem um documento invulgar, pelas inúmeras pessoas e locais que conheceu.
Pois é. O livro não estava disponível para o público. Apesar de o termos visto, à distância das mãos de alguns dos presentes (amigos e familiares, presumo), fomos surpreendidos pelo facto de não o podermos comprar, no momento do seu lançamento. Se bem percebi, um dos patrocinadores da edição reservou para si a sua posse e distribuição posterior. Não percebi esta insensibilidade. Muito sinceramente.
Bem, mas voltemos à justificação da escolha das fotos acima.
Vinha eu de regresso da sessão, nas instalações fabulosas do MiMO (Museu da imagem em movimento), lá em cima, ao lado da igreja de S. Pedro, vai daí olhei para poente e lá estava aquele fabuloso contraste de cores do pôr do sol. Mais abaixo, já no caminho para a Sé de Leiria, deparei com aquela perspetiva da rua, da tília tomentosa do adro da Sé, e das suas folhas amarelecidas pelo outono (naturalmente alouradas). Nesta altura do ano já aquela famosa e centenária tília está na fase final do despir de parte do seu hábito.
Quer dizer, está a ficar quase nua...
E pronto.
Vou preparar um registo mais pormenorizado sobre a exposição dos materiais do estúdio e das fotografias que, ao longo da sua vida, o snr. Fabião foi acumulando e que acabou por se transformar num extraordinário espólio que doou ao Arquivo Distrital de Leiria.
Claro que também terei muito gosto - aliás fazia questão nisso - em divulgar o mais que me for possível o livro acima referido.
@as-nunes
8 comentários:
Que pena não ter sabido, se bem que, se calhar também não teria podido ir por causa dos netos... Mas tenho de ir visitar a exposição.
(Quando souber que o dito livro chega - finalmente... - às livrarias, agradeço que me diga, pode ser? Deve ser bem interessante)
O percurso até ao Castelo é bem bonito, não é?
Belo apontamento, amigo Nunes.
Bom domingo
Estranho... Uma apresentação é, normalmente, um lançamento. E um lançamento sem o objecto lançado, não lembra ao diabo...
As fotos têm a qualidade conhecida.
Surpreendente mesmo a falta do principal objeto do encontro,
falemos pois das fotos rs
Traze-nos o Outono que vai chegando ao fim já amadurecido pelos dias e que o vento caprichosamente, e nada tímido, tira-lhe a roupa ... rs
é sedutor nunes;
e o por-do-sol está esplêndido manchando o céu de tons fortes e sempre pontual avisa que a noite já chegou,
lindo
deixo abraços
Bonito registo.
faltou dizer: belas, muito belas fotos!
Que belas fotos! Na verdade já nos habituou há muito, não só à qualidade como ao bom gosto.
Parabéns, mais uma vez.
Faltei ao evento porque também eu estive numa apresentação de livro, na Livraria Arquivo e a essa não poderia faltar dado que me coube em sorte.
Gostei das fotos. Agora não haver livros para venda no lançamento do livro não lembra a ninguém.
Um abraço e uma boa semana
Está claro que um blogger (bloguista) que se preze, devia responder a todos os comentários, até por uma questão de delicadeza.
Ora o que acontece comigo é que eu sou muito desorganizado, não estou a conseguir gerir o tempo (((de trabalho, família ((casal propriamente dito, sogra, netos, filhos (coitados até vão ficando para segundo plano)), os meus pais, os meus irmãos, os amigos)), ler, escrever, associativismo, saúde, estacionar o carro para estar aos bocadinhos em Leiria, tratar do quintal e do jardim, ah o carro também precisa de que se veja se tem combustível, óleo, ar dos pneus, etc., não posso perder aquela perspetiva fotográfica, etc etc etc)))...
Não sei se consegui fazer-me entender! E atenção que não sou o Vitor Gaspar nem o PPC, nem até o "diáfano" Relvas, que esses sim, têm que dizer e voltar a dizer o que disseram e voltar para tentar explicar o que quiseram dizer...
e nós é que somos estúpidos que nem 7 carradas de mato!?...
Resumindo:
Muito obrigado pela paciência que têm demonstrado para me aturar nesta minhas rezinguices...
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