2007/08/08

Edição ne varietur


Há que tempos que ando a namorar estes dois livros. Comprei-os há dias.
Acredito que haja muito boa gente que se interrogue, como eu me vinha interrogando (podia dizer que sim senhor, dominava perfeitamente este tema, mas tenho que admitir a minha ignorância, entretanto colmatada, julgo eu), do significado rigoroso da expressão "Edição ne varietur" inserta na capa do livro de António Lobo Antunes. Confesso que tive que fazer umas consultas na internet e, com a ajuda da Zaida (ela é que estudou "Latim" nos seus tempos do Liceu), confirmei num livro (que o dicionário mais sofisticado que cá tenho em casa, o "Dicionário Houaisse da Língua Portuguesa" não me ajudou em nada) lá consegui obter o resultado desejado:
"Ne varietur, como bem observa AURÉLIO BUARQUE DE HOLANDA FERREIRA, trata-se de uma locução latina que significa: “Para que nada seja mudado”; usada para indicar reprodução muito fiel (Pequeno Dicionário Brasileiro de Língua Portuguesa, 11ª Ed., Ed. GAMA)."
Ou seja, o texto publicado é rigorosa e certificadamente igual ao original entregue pelo autor à editora.
Está-se sempre a aprender. Se a minha irmã mais nova lê este post até cora de "vergonha" por esta minha confissão!...
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2007/08/04

Barreira - Leiria em festa

Como já anteriormente referi, está na altura das festas em honra do Santíssimo Salvador, o que acontece este fim-de-semana, na sede da freguesia da minha residência.
Na foto acima podem notar-se os enfeites tipicos da actualidade para avisar os visitantes que a festa é aqui. O edifício que se mostra é o chamado Solar do Visconde, com a entrada encimada com o brasão(1) do Visconde da Barreira. A envolver o Solar pode vislumbrar-se o lindo e centenário jardim do Visconde, tílias sobre o lado esquerdo da foto e uma araucária a destacar-se no azul do céu da Barreira.
Como já prometi, proximamente voltarei a falar deste majestoso jardim, intimamente ligado à família dos Viscondes da Barreira, cuja origem remonta aos primórdios do séc. XX.
Hoje já houve foguetório...como é da praxe e do estilo. (ver folheto promocional da festa de 2006).
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O título de Visconde da Barreira foi criado por el-rei D. Carlos I, por decreto de 9.1.1902, em favor de Antonio Carlos da Costa Guerra, terceiro neto, por varonia, de José Pereira da Costa Guerra, que casou com D. Carolina Amélia da Silva Marques. A carta de brasão foi concedida em 15.9.1755, por el-rei D. José ao seu trisavô(2).
O 1º Visconde, pai de D. Virginia Pereira da Costa Guerra (na origem de famílias ilustres de Leiria, como os Charters por exemplo), nasceu em Leiria a 28.7.1849 e faleceu na mesma cidade a 14.1.1909; era bacharel formado em Direito, proprietário e lavrador e exerceu em Leiria diversos cargos administrativos.
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(1) Este brasão era o que originariamente foi concedido por El-Rei D. José.
Ao lado esquerdo: brasão da fachada da casa abrasonada da família Costa Guerra, na Rua João de Deus(*), em Leiria, antes das obras de requalificação em curso. (clicar para ampliar ao pormenor)

Não é rigorosamente igual ao que, entretanto, foi "normalizado" (ver ao lado) pelo Conselho de Nobreza depois de 1910, em 1948.
(2) conforme informação obtida aqui onde se pode consultar mais dados a este respeito e da família Charters.

(*) Há quem diga que é no Largo Marechal Gomes da Costa. De facto, vai ali alguma confusão na toponímia daquela zona de Leiria. Temos a Rua João de Deus, que vai do limite da zona da fonte luminosa até ao terreiro, passando pela frente da Tipografia Lis; de permeio, ali na zona da estátua a Afonso Lopes Vieira e a casa "Iglésias", temos o Largo Marechal Gomes da Costa. A questão é que este Largo parece mesmo uma interrupção da Rua João de Deus.
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2007/08/03

Capela do Casal - Ribafeita

No post anterior mostrava-se a capela da minha terra natal, fotografia de Agosto de 2001.
Em Abril do corrente ano, apresenta-se como se vê. Ao lado há um grande Largo, agora alcatroado.

Só faço um reparo: esqueceram-se das árvores?!

Confirma-se que a festa é, este ano, de 11 a 13 de Agosto.

2007/07/31

Santíssimo Salvador - Festas religiosas - Casal/Ribafeita e Barreira/Leiria

Aproximam-se a passos largos as datas em que é costume festejarem-se os Santos Padroeiros das várias localidades de Portugal e de outros países. É imperioso referir o Brasil, com imensas e fervorosas manifestações e festas, simultaneamente religiosas e profanas, na maior parte dos casos. O padroeiro da localidade do meu nascimento é o mesmo que o da freguesia onde vivo actualmente. Este ano, os fins-de-semana das festas, são,respectivamente, 10 a 12 e 4 a 6 do corrente mês.
Daí, ocorrer-me que seria boa ideia escrever algo sobre este tema e as razões (quem as conseguirá invocar com rigor?!) da adopção do orago
Santíssimo São Salvador - Casal ou SS Salvador - Barreira, como padroeiro das respectivas festividades religiosas anuais. As festas em honra deste padroeiro, que são do meu conhecimento mais íntimo, decorrem antes do dia 15 de Agosto, como já referido; Casal - Ribafeita - Viseu e Barreira - Leiria.

Na foto do lado esquerdo pode ver-se a capa do livro que, com todo o entusiasmo, carolice e carinho, este vosso interlocutor escreveu e a Junta de Freguesia da Barreira editou, em 2004. Trata-se dum ensaio monográfico e histórico com os dados que me foi possível coligir durante o período de 2000 a 2004, duração do mandato em que fiz parte da respectiva Junta, sem esquecer que aqui habito desde 1993.
A foto do lado direito tem, para mim e para muitos outros Casalenses, um significado muito especial. Aqui se apresenta a capela da nossa santa terrinha, numa perspectiva carregada de simbolismo e que muita nostalgia e saudade me transmite. De há dois anos a esta parte, quer a capela em si, quer a sua envolvência; adro, árvores (o cedro e a oliveira) e o largo à volta sofreram obras que alteraram bastante o seu aspecto. Para melhor, dizem a maioria dos actuais residentes, sem o devido cuidado de preservar as recordações dos que tiveram que abandonar a sua terra para irem governar a sua vida para outras paragens, digo eu, por exemplo. Que até posso estar isolado nesta minha posição. O que mais me deixa saudades são as árvores que havia à volta da capela. Foram abatidas; o cedro porque estava a minar um muro e parece que também os alicerces da capela. Pois. Parece que foi a vontade da maioria. Só tenho que me render à evidência dos factos...
Vou ver se encontro uma foto que tirei há uns meses atrás para a colocar também aqui. Assim se poderá comparar. Ai, mas aquele cedro, que saudades dos meus tempos de criança em que ele também o era...
E do meu padrinho e tio Serafim, há pouquíssimo tempo falecido, com 80 e tal anos.
E das minhas tias: Aurelina, Dores e Cassilda, para falar só das que deste mundo partiram mais recentemente, as duas primeiras que viviam ali mesmo à volta da nossa capela...

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2007/07/26

CASTANHEIRA DE PERA - Praia das Rocas

A foto acima foi tirada exactamente neste momento, 19 horas. Tal como a objectiva a captou. Digamos que se trata de um post em real-time. Estou na varanda dum bungalow, fim de tarde, dia relativamente quente para o tempo que temos sentido no nosso país, muito agradável direi mesmo. Estamos há uns dias (poucos) neste empreendimnto turístico em Castanheira de Pera. Está implantado numa área de cerca de 8 a 9 km2 na Ribeira de Pera, na zona de lagoa, muito bem concebida e tratada. A temperatura da água tem estado excelente, apesar de custar um bocadinho entrar. Tem três zonas distintas: piscina circular com uma ilha artificial muito bonita e com belíssimas sombras de palmeiras esplendorosas; piscina de ondas (trabalho bem feito sem dúvida); zona de lagoa/água corrente/represa com excelentes condições para navegação de pequenas embarcações de recreio.
Temos que convir que este investimento, no interior deste Portugal dito profundo, que também é magicamente natural, integrado numa localidade extremamente singular, intimamente ligada a Bissaya Barreto, jardins com árvores duma beleza sem par, muitas centenárias. O Jardim Bissaya Barreto foi construído no final dos anos 30 do século passado e é consderado um dos mais belos jardins do nosso país.
Em próximos posts voltarei a falar dste assunto. Há muito a contar.
Muita informação também se encontra em
http://www.cm-castanheiradepera.pt/

- - O que é que se passa?!...

Já depois de ter deixado Castanheira de Pera, dei com o artigo abaixo transcrito, retirado do site da RTP . Não conhecia esta localidade (vila), parece impossível. Tive oportunidade de passear algumas vezes entre a zona da "Praia"/zona da bomba de gasolina e "lá em cima, na vila". Apreciei, agradado, o jardim Bissaya Barreto, a creche instalada na mesma área, o centro de apoio a Idosos, até que se chega ao largo da Câmara Municipal, com frondosas e robustas tílias. Muito estranharei que o problema agora noticiado se possa transformar numa questão insanável!

"Castanheira de Pera pretende que Fundação Bissaya Barreto mantenha Casa da Criança
A Assembleia Municipal (AM) de Castanheira de Pera aprovou segunda-feira, por unanimidade, uma moção que apela ao diálogo entre a autarquia e a Fundação Bissaya (FBB) Barreto, que decidiu encerrar este ano a Casa da Criança no concelho.
Em declarações à agência Lusa, a presidente da AM da Castanheira de Pera, Maria da Conceição Soares, confirmou que o documento aprovado apela ao entendimento entre as partes.
"É de todo o interesse para o concelho que a fundação se mantenha, desempenhando as suas funções", adiantou a autarca.
A FBB decidiu encerrar este ano a Casa da Criança de Castanheira de Pera, que acolhe 45 crianças do concelho onde nasceu Bissaya-Barreto, professor de Medicina e patrono da instituição.
A instituição pretendia proceder à "reconstrução completa" da Casa da Criança Rainha D. Leonor, que funciona há cerca de 50 anos naquela vila do distrito de Leiria, ampliando o edifício para que também as crianças do ensino pré-escolar oficial "pudessem ser apoiadas em modernas, seguras e confortáveis instalações".
A fundação, com sede em Coimbra, garantiu que "faria a obra sem qualquer encargo para o município de Castanheira de Pera", mas a câmara recusou a proposta em Março último.
Numa carta dirigida aos pais, a que agência Lusa teve acesso, a FBB denuncia que Câmara Municipal recusou a sua colaboração, revelando que "irá construir um edifício novo e de maiores dimensões para o pré-escolar oficial".
A presidente da AM disse esta noite à Lusa que a autarquia mantém o propósito de "fazer um jardim-de-infância, uma obra planeada há muito tempo", embora deseje que a FBB continue a desempenhar as suas funções no concelho.
Sem adiantar pormenores, o presidente da Câmara Municipal, Fernando Lopes, disse à agência Lusa que a moção aprovada "é um documento extenso que expressa a nossa vontade de dialogar com a FBB".
A Casa da Criança Rainha D. Leonor desenvolve a sua actividade na Castanheira de Pera desde 1939, integrando actualmente as valências de creche e jardim-de-infância.
© 2007 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A."
(19/6/2007)

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2007/07/23

Uma questão de senso


Tal como noutras cidades do país e por esse mundo fora, os pombos como que fazem parte do quotidiano das urbes. É sabido, no entanto, que a procriação destas aves em ambiente urbano, tem de ser controlada. Poderá estar em causa a própria saúde pública. Pelo que se julga saber, o sinistro vírus H5N1 e outras epidemias, poderão ser propagadas através da via dos pombos, que, em Leiria, proliferam sem qualquer controlo. Apesar de estar em vigor uma postura municipal que proíbe a sua alimentação sistemática por particulares, esta é feita, diariamente, a horas certas, chegando-se ao extremo de, no próprio Largo da Sé, haver bebedouros expressamente concebidos para esta finalidade, a partir de embalagens de plástico, colocadas junto à escadaria que segue para o Governo Civil e Castelo. Só quem não frequenta aquela zona (para não falarmos expressamente de outras igualmente elucidativas do actual estado das coisas), é que não se viu já na necessidade de se esquivar dos voos rasantes e a alta velocidade dos pombos, em bandos enormes, sempre que vislumbram os "tratadores" à hora determinada. Chegam a ser assustadores, pelo tamanho e à-vontade com que voam por entre as pessoas.
Tanto que se lutou contra a infestação das cidades pelos ratos, que, está chegada a altura em que se tem que encarar este caso como um problema de infestação perigosa. Que pode, que está a atingir as mesmas dimensões das infestações por ratos.
Além do mais, é também sabido que os dejectos destas aves são altamente corrosivos para os telhados, caleiras, paredes das casas do centro histórico, e até para os próprios monumentos.
Penso que é de toda a urgência, accionar os mecanismos necessários, para pôr cobro a esta situação, que está a ser a todos os títulos, calamitosa.
Pela vida animal, sim, mas haja senso!
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2007/07/20

Obrigado, ÁRVORES

...
ÁRVORES~~~~~Igual a:................ Sombra......Oxigénio.......Comida......Beleza..........Habitats para muitas outras formas de vida............................................ V I D A...
.....................................(clic nas fotos para ampliar)

Ó pinheiro, ó pinheiro
Deixas cair a caruma,
Quando o vento sopra forte
Vê-se cair uma a uma.
...
(in Anais do Município de Leiria - João Cabral - 1993)
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Pinheiro manso, muito antigo, centenário não sei quantas vezes. Fotografia cedida por um empregado da Tipografia Carlos Silva - Leiria, Paulo Moreno. Está localizado junto a uma capela existente na localidade de Alpedriz - Alcobaça).
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Quando fui à sua procura baralhei-me no caminho e acabei a fotografar a Olaia, também monumental, que mostro a seguir, aqui ao lado.
No Adro da Igreja de Santa Luzia em A-do-Barbas, Maceira - Batalha. Em Maio de 2007.
Em primeiro plano, um pormenor dum choupo de grande porte.
(- este rio, o Lis, neste momento, é um rio cheio de vida: peixes de várias espécies e tamanhos (bogas, barbos, carpas, pimpões, enguias), patos, grous (que já os vi na zona da represa para produção de energia junto à ponte Hintze Ribeiro); tílias, em primeiro plano; plátanos do outro lado do rio...)
-
Colabore com http://www.tree-nation.com/

2007/07/18

Centro histórico de Leiria


Máquina fotográfica à mão, caminho entre a Biblioteca Municipal e o Arquivo Distrital...Rua do Barão de Salgueiro. O Centro Histórico de Leiria está pelas ruas da amargura, apesar de alguns investimentos na recuperação de edifícios antigos, que se têm vindo a fazer na zona.
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2007/07/17

Contributos para a monografia do jardim do Solar do Visconde da Barreira-Leiria


Sou membro da Assembleia de Freguesia da Barreira - Leiria. No mandato anterior fui membro do executivo da Junta.
Recentemente apresentei uma proposta tendo em vista o melhor ordenamento possível do Jardim do Solar do Visconde da Barreira, cujo texto reproduzo a seguir:
PROPOSTA:

Plano de ordenamento do bosque do Jardim do Solar do Visconde da Barreira

Como é do domínio público, os princípios orientadores da política florestal, estão definidos na Lei de Bases da Política Florestal, aprovada pela Lei nº 33/96, de 17 de Agosto.
O ordenamento e gestão florestal fazem-se através de planos regionais de ordenamento florestal (PROF) que, envolvendo os agentes económicos e as populações directamente interessadas, têm em vista o estabelecimento de estratégias consensuais de gestão e utilização dos espaços florestais.
O exemplo mais recente dum PROF é o da Área Metropolitana de Lisboa (PROF AML).
Para além da “Função de produção” dos espaços florestais tendo em vista a sua contribuição para o bem estar material das sociedades rurais e urbanas, é determinante ter em consideração um outro, talvez o mais importante sob o ponto de vista ambiental e de qualidade de vida do Homem, a “função de recreio, enquadramento e estética da paisagem” ou seja, o contributo dos espaços florestais para o bem estar físico, psíquico, espiritual e social dos cidadãos.
É aqui que poderemos e deveremos, na nossa freguesia, olhar com a maior atenção possível para o nosso principal ex-libris, o Jardim do Solar do Visconde da Barreira.
Convém, nesta oportunidade, chamar a atenção para o facto de, no recente Decreto regulamentar nº 15/2006 do MADRP, se dar especial ênfase à obrigação de elaboração de PGF de perímetros florestais específicos, tais como, por exemplo:
- Parque Florestal de Monsanto;
- Quintas e Parques de Lisboa;
- Outros e variados como Tapadas, Jardins, Parques, Matas e Reservas.
É certo que este PROF não tem aplicação a Leiria, mas com certeza que irá servir de modelo para outros PROF que irão ser implementados pelo país fora.
Nesta perspectiva, e independentemente de outras iniciativas que devam ser tomadas no âmbito do enquadramento legal já em vigor, proponho que se promova tão rápido quanto possível, um levantamento rigoroso e pormenorizado das espécies arbóreas existentes e dos equipamentos já instalados e a instalar no Jardim do Solar do Visconde da Barreira, em particular, de toda a freguesia em geral, tendo em vista a publicação e divulgação dum Atlas das Árvores e plantas e, em consequência, uma resenha histórica e de promoção turística deste espaço privilegiado da nossa freguesia, ela própria, no seu conjunto, um dos melhores miradouros da nossa zona, dada a sua localização em termos de ambiente, floresta e paisagens deslumbrantes.

Barreira e Assembleia de Freguesia, em 20 de Outubro de 2006
António Almeida Santos Nunes
Deputado independente pelo PSD
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Esta proposta foi aprovada por unanimidade.
Proponho-me, a partir desta data, divulgar o mais e melhor que puder e souber, da história e cartacterísticas deste belo jardim público, situado numa localidade, embora encaixada entre o rústico e o urbano, mesmo assim a ensaiar passos significativos no sentido da sua expansão demográfica e desonvolvimento urbano e económico.
Aqui já deixei um post alusivo a este tema. Entretanto, tenho-me vindo a embrenhar nas questões básicas da botânica, o que talvez me possa proporcionar condições para (com a ajuda dos bloguistas da especialidade com os quais me tenho vindo a relacionar) dar o meu modesto contributo, com vista ao levantamento rigoroso da história e dos tipos de plantas existentes neste jardim.
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Talvez tenha o seu interesse transcrever os comentários que, na oportunidade, foram escritos a este propósito:

http://dispersamente.blogspot.com/2006/10/jardim-do-solar-do-visconde-da.html

Arte por um Canudo 2 disse...
Lugar de encanto. Belíssimo. Só de pensar que em pleno Verão se pode usufruir dum espaço desses. A Junta de freguesia tem muita sorte por poder usufruir de um espaço desses para momentos culturais e de lazer. Quem dera que a da minha terra tivesse um espaço assim. Bom Domingo. Abraço
Domingo, 15 Outubro, 2006

asn disse...
Olá Agostinho, ilustre Secretário da Junta de Freguesia de Parada de Gonta.Pois é assim. Este jardim tem uma longa e muito histórico/romântica história para ser contada. Tem árvores centenárias, algumas já a ficar velhinhas, caquéticas e até carcomidas pelo tempo.Só espero que não se lembrem de as transformar em lenha para queimar à lareira ou para fabricar móveis.Há que ter fé na seriedade e sensibilidade dos homens, não é, caro amigo? Recebe um grande abraço
António
Domingo, 15 Outubro, 2006

2007/07/14

Eucaliptos em Leiria


Vale sepal - esquina Rua da Escola/Av. Paulo VI - Leiria (1), 12 janeiro 2007
Jardim Escola Secundária Domingos Sequeira - Leiria, (2), meados de junho 2007 (já referenciado aqui)
Junto à portaria da Escola Secundária Domingos Sequeira - Leiria (2a), Junho 2007
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Estava a dar uma vista de olhos nas fotos armazenadas (por ordem cronológica) no meu computador quando dei com o eucalipto (1). Ao ampliar a foto reparei nos pormenores daquela árvore e fiquei na dúvida se será também um Corymbia ficifolia(*), como penso que não haverá dúvidas quanto à classificação do eucalipto-de-flor-vermelha (2). É que o (1) também tem flores vermelhas e os frutos são muito semelhantes, só que já estava em flor em Janeiro de 2007 enquanto que o (2) só entrou em inflorescência em Junho de 2007 e apresenta-se, à minha observação de leigo, com hábito e raminhos de flores diferentes.
A minha interrogação: Como classificar as árvores (1) e (2a)?
Quem me pode ajudar?
- (2a) A minha sugestão (de leigo na matéria, a tentar não dizer muitas asneiras) é que se tratará dum Eucaliptus gracilis. Já tem muitos anos (mais de 20, seguramente) e não cresceu mais que 8 metros.
- ACTUALIZAÇÃO em 19/7/2007: Ver foto do eucalipto (2a) tirada nesta data
- Nova actualização em 24/8/2007: segundo o "Atlas das Árvores de Leiria" este será o "Eucalyptus canaldulensis"; mantenho a minha dúvida tendo em conta as minhas próprias observações.
- (*) 24/8/2007 - opinião coincidente com o "Atlas das Árvores de Leiria". Na altura ainda não tinha dado muito uso a este Atlas. Vou passar a dar mais atenção a este Atlas. Não se refere a muitas das actuais árvores de Leiria, mas +e um instrumento precioso. Assim vamos aprendendo a consultar a informação já disponível.
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Nunca é tarde demais



Em 5 de Outubro do ano passado fez-se uma justíssima homenagem a José Maria de Almeida, pintor ilustre, natural de Cunha Alta, Mangualde, mas que viveu a maior parte da sua vida no Brasil. Na oportunidade, a Associação Cultural Pedras Vivas, em Cunha Alta, tornou patente uma exposição de pintura, na sua sede. Ocorreu-me, quase 10 meses passados, deixar aqui mais um registo para a memória futura.
1ª foto: A filha do homenageado a escrever o seu testemunho num memorial em tela;
2ª foto: No decurso da visita à exposição: Dr. Arménio Vasconcelos (Presidente do Elos Clube de Leiria, que colaborou na homenagem) e D. Ana Rita, a filha do homenageado;
3ª foto: Um aspecto da zona exterior da sede da Associação Pedras Vivas, antiga Escola Primária de Cunha Alta. Um dignificante exemplo de como aproveitar as instalações de Escolas que têm sido desactivadas da sua função primeira.
» biografia com reproduções de quadros
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2007/07/13

Largo da Sé em Leiria

Um modelo exemplar de apresentação do Largo da Sé Catedral de Leiria!?...
Atestados de menoridade espalhados pela cidade! Diz que se chamam totems. Talvez porque estamos numa cidade de índios?!
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2007/07/11

Ainda as 7 maravilhas

Não, não vou falar das 7 velhas maravilhas do Mundo. Nem tão-pouco das novas 7 maravilhas do Mundo. Nem das 7 maravilhas de Portugal. Talvez até nem vá falar de maravilha nenhuma…
Vou apenas contar uma estória em dois actos.
Primeiro Acto:
A estória começa em Julho do ano passado: mês 7. Aconteceu haver necessidade de substituir canos de escoamento das caleiras do prédio do Largo da Sé, nº 7. Depois de várias diligências junto dos serviços camarários (terão sido 7???) foi autorizada tão importante obra, a cujo processo, veja-se, foi atribuído o nº 707. E, coincidência, o número de referência do ofício em que se comunicava o deferimento da obra, começava por 7 e acabava em 7: 7297 (engraçado: 7+2 são 9… cá está sempre o 7 – à vista ou disfarçado…).
No tal ofício eram mencionadas as condições a cumprir rigorosamente. Dizia o ponto 7: “Colocar tapumes e resguardos (até 2 m) à volta da zona ocupada, os quais deverão ser enquadrados esteticamente com a zona envolvente.”
Segundo Acto:
Em Julho – mês 7 – de 2007, notei que procediam a uma “perfuração” no Largo da Sé. Até pensei que talvez houvesse petróleo por aqueles lados, o que seria uma maravilha! Talvez a elevada à potência!...
Mas não! O buraco foi cheio de cimento e nele colocado, veja-se, um painel publicitário! Moderno, apelativo, um autêntico candidato a maravilha!
Enquadrado esteticamente com a zona envolvente?
Que as 9 (7+2) Musas valham a quem teve tal ideia!

Zaida Paiva Nunes
Leiria - Portugal

(clic para ampliar)

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2007/07/10

Ainda a propósito de TORGA e de Leiria

Zé Oliveira é, de há bastantes anos a esta
parte, o cartoonista de serviço, do semanário "A Região de Leiria". Quem seguir o link terá oportunidade de ler duas excelentes e oportunas crónicas por si concebidas, por altura do 10º aniversário da morte de Torga, e que realçam a nítida falta de reconhecimento dos Leirienses por muitas personalidades que, duma forma ou doutra, estão ligadas a esta cidade.









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Neste ensejo, permito-me acrescentar, em jeito de divulgação e reforço do conteúdo do post anterior, que o ELOS CLUBE de LEIRIA está a envidar esforços no sentido de promover uma sessão de homenagem ao grande escritor, que também viveu e trabalhou em Leiria, Miguel Torga.
O programa desta sessão será divulgado muito em breve, segundo julgo saber.

2007/07/07

TORGA


Vamos lá a falar, mais uma vez, de Miguel Torga. Até para não esquecermos que se está a comemorar, durante o corrente ano, o Centenário do seu Nascimento.
Há dias estávamos nós, os membros do ELOS Clube de Leiria, em jantar/reunião, eis que, inevitavelmente, veio à conversa este tema. Andamos em preparativos para se efectivar uma sessão de homenagem a este nosso grande escritor, que também foi médico, o Dr. Adolfo Rocha. Mais pormenores sobre esta sessão, que irá ter lugar em Leiria, muito proximamente, serão brevemente divulgados, quer neste sítio quer no sítio do próprio
Elos Clube.
A propósito, ocorreu-me que em 2004, integrado na colecção "25 Poemas" da Ed. Folheto, foi dado à estampa o livro "De Leiria partidos - Em mim presentes" de Arménio Vasconcelos.(*)
Escreve o autor na sua introdução ao livro: ..."Os que chamamos a este livro são alguns dentre os que tiveram a ver com Leiria; e que nós vemos como a Leiria ligados, de um modo mais ou menos estreito."...
Um dos poemas insertos neste livro evoca "Miguel Torga". Permito-me, com a devida vénia, transcrevê-lo:
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Meu Gigante

Fui parido na Montanha

Num casulo entre horizontes
De altas cumeeiras
Nevadas.

Pinchei sobre fragas e penedos.

Tomei o gosto da carqueja
Do tojo, da urze, da giesta.

Bebi a água cantante
Dos córregos e das
Levadas.

Vagueei por outros mundos.
Por longínquos horizontes.

Mas certo é ser nestes montes,
De granito,
De xisto,
Que existo.

E quando medito,
Homem,
Português
E vagabundo:

Vejo-te, Torga,
Do tamanho do Mundo
.
-
(*) Presidente do Elos Clube de Leiria

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2007/07/06

Eucalipto-de-flor-vermelha


Eucalipto-de-flor-vermelha, Corymbia ficifolia

Espécime existente no jardim da Escola Secundária Domingos Sequeira, em Leiria, é o mais espectacular de todos os eucaliptos floridos.
Produz grandes feixes de flores escarlates a alaranjadas, no fim da Primavera e no Verão. Os frutos que se seguem são de tamanho assinalável e assumem a forma de um barril incompleto. Pode-se observar este pormenor por ampliação da foto da esquerda ou a do post anterior e já referido.
As folhas são muito parecidas com as do eucalipto propriamente dito. De realçar que, durante muito tempo, esta árvore era cientificamente classificada na família dos eucaliptos, razão porque mantém o nome vernacular por que ainda é conhecida popularmente. Não existem muitos exemplares desta árvore em Portugal, talvez menos de 100.
Cresce até 9 metros.
Há uns meses atrás fotografei-a, ainda não estava em flor.
Fui professor nesta escola de 1966 a 1968 e não me lembro de, nesse tempo, ter dado por esta árvore. É provável que não me tivesse apercebido da sua beleza, dado que, nesse tempo, íamos de férias em princípios de Julho e só retomávamos o serviço em Outubro. Entretanto, não posso precisar qual a sua idade. É que já passaram 40 anos!
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2007/07/04

Pela estrada plana toc, toc, toc...(*)




Como TOC dirigi-me, hoje, logo pela manhãzinha, estrada fora, Leiria, Curvachia, Chainça, Santa Catarina da Serra - não, não me apeteceu ir pela A1 - até que estacionei num enorme parque junto ao Centro Apostólico Paulo VI - Fátima, em cujo Auditório, teve lugar mais uma acção de formação eventual promovida pela nossa Câmara, a CTOC. Íamos tratar de assuntos técnicos e de estudo de legislação recente abordando temas como:
. Segurança Social:
- Lei de Bases da Segurança Social;
- Protecção Social no Desemprego;
- Reforma por Invalidez e Velhice;
.
Alterações ao Código do Iva:
- Regras especiais de tributação de desperdícios, resíduos e sucatas recicláveis;
- Regimes de renúncia à isenção do IVA nas operações relativas a bens imóveis;
- Serviços de construção civil, incluindo a remodelação, reparação, manutenção, conservação e demolição de bens imóveis, em regime de empreitada e subempreitada.
Estivémos por lá, de volta destes assuntos, todo o santo dia!...
Entretanto, poder-se-á perguntar, mas o que é que as flores da berma daquela estrada têm a ver com um assunto tão sério?
Nem eu sei. Tudo e nada...
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(*) Este verso soou-me a familiar, do antigamente. A gente jovem, provavelmente, nem faz qualquer ligação deste título com um poema que, nos anos 50, constava do nosso livro de leituras da 4ª classe (actual 4º ano do Ensino Básico). O Google levou-me a este sítio , onde o podemos ler na íntegra. Como nós gostávamos daqueles textos, os poucos que, muitos de nós, tínhamos ocasião de ler, reler e decorar!...