Comprei há tempos um livro com este título, de J.L. Pio Abreu.
O título seduziu-me e, depois de desfolhar as suas páginas, pensei que ia gostar de as ler para aprender algo mais sobre mim e os outros, meus semelhantes.
O tempo entretanto, corre tão rapidamente, que já decorreram dois anos.
Só agora é que me decidi a lê-lo com mais atenção.
Hoje, por exemplo, li e reli um capítulo que nos explica como é que o corpo humano assume a forma masculina ou feminina.
Pode concluir-se (?) que tudo se resume, duma forma básica, ao resultado da permanente luta entre dois cromossomas, o X e o Y, sendo que o X é muito mais forte que o Y. O cromossoma X determina que um corpo humano será feminino, pelo que se pode antever que, em consequência, acabam por nascer muito mais mulheres que homens.
E mesmo assim, para que o genoma possa transformar um corpo em masculino, foi necessário que o cromossoma Y se dissimulasse de forma a resistir aos ataques poderosíssimos do seu co-habitante do corpo humano, concentrando-se num dos seus genes, o SRY, transformando-se, assim, no cromossoma XY, esse sim com força bastante para vencer a luta contra o cromossoma X.
Só assim é que o homem vê a luz do dia.
Por ser macho este cromossoma apenas pode sobreviver e preservar a sua identidade transmitindo os seus genes ao corpo duma mulher. Para que essa transmissão ocorra são necessários centenas de milhões de gâmetas, uns com o Y, outros com o X.
Como consequência das dificuldades de êxito dessa transmissão se processar de forma a se conseguir o cromossoma XY, a Natureza dotou o Homem e a Mulher de uma incomensurável força de atracção entre si.
É assim que o Homem tem sobrevivido através dos tempos. Mas também porque o corpo masculino foi dotado duma arma poderosíssima, a testosterona, a hormona que determina toda a impetuosidade do homem, para o bem e para o mal.
Poder-se-á inferir desta breve introdução que é como resultado de toda a violência, impaciência e actividade do homem, induzidas pela testosterona, que o Homem ainda não sucumbiu?