2009/12/20

Nas bandas da Paiva, Rio, Serras, Vale e Terras

Azevinho de médio porte, árvore protegida, fotografada há 8 dias, no jardim do Museu Maria da Fontinha, Além do Rio, Gafanhão.
Aproveitando o ensejo desta imagem tão a propósito, aqui ficam, desde já, os meu Votos de Um FELIZ NATAL a todos que aqui chegarem, nas suas andanças e entrelaçamento de Amizades neste Mundo virtual. Que seja para a Felicidade de Todos.

Cativante vista panorâmica sobre o vale da Paiva e Serra de Montemuro, captada ao fim duma tarde de Outono a bater à porta do Inverno, desde o Jardim do Museu Maria da Fontinha.
Um Carvalho ancestral (Quercus robur), provavelmente com mais de 500 anos, enquadrado num recanto de lazer, na localidade do Carvalhal, Castro Daire.
Pegas voando em pleno centro da mesma localidade do Carvalhal. Uma terra calma, implantada no interior Beirão, muito perto de Castro Daire.
Estas imagens sedutoras ficaram retidas na objectiva da minha máquina e daqui transferidas para o computador. Não ficava de bem com a minha consciência se as não partilhasse convosco.
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Energia

O homem sonha, ama, pensa, cria.
Porque dotado de cósmica energia.
Mesmo antes de nascer...já ele vivia.
E após morrer, renasce dia a dia.

Por toda a eternidade...

Arménio Vasconcelos
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2009/12/16

Da Ilha de Moçambique, com amor pela Língua Portuguesa


Porque sinto a Ilha de Moçambique - que conheci em 1970 - como se lá tivesse deixado uma parte do meu ser Cósmico e Lusófono!...



Excerto do excepcional texto do Prof. Dr. Fernando Baptista
Da náutica dos mares... à «coyta de amor»
do «cuydar» da nossa língua.(1)
inserto no Boletim Nº1 da ACLAL de Novembro de 2009. (*)

(…)
1.1. A palavra dos grandes poetas e escritores da CPLP e a língua portuguesa como insuperada
memória e arquivo dos legados fundamentais duma cultura polifónica, inter-continental e
inter-oceânica

"Sopro pulmonar tornado paixão / de música", a inspirar "a escrita suprema de imaginar por música as coisas"2 e a transmudar-se em "ânfora cantante"3, é A PALAVRA plasmada nos textos dos grandes poetas e escritores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) que, mais do que nenhuma outra palavra, transporta elevatoriamente a nossa língua, fazendo-a ascender à sua mais alta potência comunicacional, noética e semiósica, à sua mais acabada configuração estético-literária e à sua mais dilatada e globalizada projecção cartográfica, resultante daquela que foi e, em certa medida, ainda continua a ser a sua odisseica navegação, errância e diáspora pelas sete partidas do mundo...
(…)

1) O presente texto reproduz, no essencial, uma conferência proferida em 20 de Maio de 2009, na Cidade da Beira / Moçambique, na Delegação do Instituto Camões.

3Na graciosa e «arqueológica» metáfora grega de Alberto de Lacerda
Oferenda I, Lisboa, IN.CA, 1984, poema “Esta língua que eu amo»,
pp. 316-317. Carlos Alberto Portugal Correia de Lacerda, de seu nome completo, nasceu na Ilha de Moçambique, em 20 de Setembro de 1928, e faleceu em Londres, em 26 de Agosto de 2007.
(*) Pode-se ler na íntegra, este e outros belos textos de apologia da Língua de Camões, a partir do lugar da internet (aqui).
Ver também o blogue da ACLAL – Academia de Letras e Artes da Lusofonia.

2009/12/13

ACLAL - Convívio Natalício em Além do Rio - Gafanhão - Castro Daire


A tradicional refeição de Natal, batatas com bacalhau e couves, regadas a azeite, acompanhadas por um vinho tinto refinado, tudo de produção local da melhor e saudável qualidade biológica. A convite do Presidente da ACLAL - Academia de Letras e Artes Lusófonas, Dr. Arménio de Vasconcelos. Na foto também se pode ver o Prof. Dr. Fernando Paulo Baptista, ilustre Investigador, Ensaísta e Conferencista muito requisitado na área das Letras Lusófonas, Inglês e Humanísticas. (de óculos).
Nesta foto podemos ver o Prof. Paulo Baptista (Viseu), Soares Duarte (Leiria), António Nunes (Viseu/Leiria), (Mangualde) e Vieira da Mota (Cortes - Leiria).
A lareira da sala de estar da casa do Museu Maria da Fontinha.
Arménio Vasconcelos em preparativos para oferecer uma aguardente alicorada (produção caseira de uma das associadas da ACLAL presentes, fórmula secreta, sabor inigualável).

Esta reunião, em pleno coração do Vale e Serras da Paiva, perto de Castro Daire, S. Pedro do Sul e, até mesmo Viseu, prosseguiu, da parte da tarde, trabalhando-se afincadamente até noite cerrada, na busca dos nomes dos patronos da ACLAL, nas áreas da Literatura e das Artes Plásticas.

Essa sessão merece um tratamento especial em post próprio.
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Ler o nº 1 do Boletim Informativo e Cultural da ACLAL - Nov2009
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2009/12/06

Participação cívica




No passado Sábado, um grupo de amigos e admiradores do "Clube dos Pensadores", Soares Duarte, Luísa Duarte, Zaida Nunes e este que vos está a teclar as palavras que aqui ficam vertidas para quem tiver a paciência de as ler, tendo partido de Leiria na véspera e acomodando-se em Gaia, deslocaram-se de táxi ao FórumJovem da Maia.
O objectivo era ficar a conhecer in loco, o funcionamento original e altamente pedagógico, do Clube dos Pensadores, fundado há quatro anos por Joaquim Jorge, licenciado em Biologia e incansável lutador por uma forma, diria mesmo libertária, quase anarquista, na pura acepção da palavra, de levar as pessoas a pensarem pela sua própria cabeça, a ouvir os pensamentos dos outros e a tentar fazer as possíveis sínteses que possam vir a constituir contributos válidos para uma reorganização da vida em sociedade. Uma tarefa gigantesca, temos que convir. Que não poderá ser de uma pessoa ou dum grupo isolado. Que terá de ter o contributo de todos os seres pensantes. Já não nos podemos  limitar a ficar em casa, sentados no sofá e a ver televisão versus telenovelas e jogos de futebol.


É urgente constituirmo-nos em fóruns de discussão com vista a ajudar a abrir trilhos em direcção a uma Nova Ordem Mundial. Temos que ser mais ambiciosos no sentido de estarmos preparados para as alterações de toda a ordem a que teremos que pôr ombros.


Não podemos perder mais tempo, à espera de milagres de santos e deuses etéreos! Nesta figura de retórica apetece-me colocar a maior parte dos políticos carreiristas que por aí andam, entretidos em fomentar intrigas, a pensar num único objectivo: a manutenção dos seus lugares nas cadeiras do Poder.


E, por favor, os mais jovens que participem mais, que não se acomodem aos luxos artificiais em que os mais velhos deixaram a actual sociedade.


A Bolha da Felicidade Artificial está a rebentar por todos os lados!...


Estamos em Alerta Laranja, pelo menos!...


António Nunes
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2009/12/03

Leiria - Rua D. Sancho I



A caminho do Largo da Sé. Não consegui passar. Um vizinho deixou-me entrar na sua casa e fui sair mais à frente.


Já era tempo da Câmara Municipal de Leiria resolver este problema de escoamento das águas pluviais do Adro da Sé.
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2009/11/27

A Camélia "Winter SnowDown"


O nome por que é conhecida esta camélia é: Winter SnowDown". Entretanto, na data primitiva deste post, eu chamei-lhe "Snow Winter". Já Nietchze dizia que o maravilhoso da memória é achar-se muita graça às coisas bonitas, boas, que no presente, no momento, são sempre novidade, ainda que já as tenhamos apreciado/conhecido no passado. (eu, em ressalva, em 29/11/2010).

Camélia "Snow Winter"
A primeira do meu jardim.
A sua alvura é p´ra ver
O que há p´ralém de mim...


Bons Dias...
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2009/11/22

Ferreira de Castro e Sara Afonso - escritor e pintora


Há dias comprei este livro na Feira das Velharias de Leiria. Por se tratar de uma edição original, de 1964 e ser constituído por três belas novelas de Ferreira de Castro, uma delas escrita no ano em que eu nasci, 1947. Contém uma dedicatória de oferta "Para a Mãe da Terezinha" 8-XII-60.

Esta primeira edição de "A Missão" é constituída pelas Novelas "a Missão", "A Experiência" e "O senhor dos Navegantes". Cada uma delas é composta a abrir com protecção em papel vegetal por uma ilustração da célebre pintora e desenhista, Sara Afonso (1899-1983), que foi casada com Almada Negreiros.(ver foto da época)


Lá está, na última página, o carimbo manual do ex-libris de Ferreira de Castro.
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2009/11/20

Ao cair da folha!...


(clic para ampliar)


Reformar a vida



Vivo dias ansiosos
Dias já previstos
E falados
Durante anos


Ouvi conselho médico
Falámos desta ansiedade
Deste prever
Dum começo e porvir


Começo de quê?
Tempo descontraído?
Tempo trabalhado?
Tempo desperdiçado?


Não sei o que virá aí
Sinto-me desconfiado
Destes dias que me faltam
Do resto da minha vida!...


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2009/11/15

TUDO ISTO É VIDA


BÓSNIA-PORTUGAL (18/11/2009)

Portugal rumo à África do Sul!
O Futebol Português tem que voltar a voar mais alto, mais longe, mais forte!...
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(clic para ampliar)
Esta abóbora (4 palmos de bojo e 2,5 de altura), produção das boas terras dos arredores de Leiria, está em cima da mesa da cozinha para ser cortada e usada para fazer sopas e compota. Artes da Zaida, que eu, ai de mim, por minha conta e risco, só com enlatados, pão torrado e ovos estrelados é que poderia subsistir...

O "rapazito" gosta muito de se postar no parapeito da janela da cozinha, sempre que pressente movimento familiar cá dentro.
Apesar de o dia estar agora muito invernoso, de manhã até teve momentos de muita luz, o que aliado ao branco vistoso do nosso gato e do colorido e belo das orquídeas que tanto nos apaixonam, proporcionou este exuberante instantâneo fotográfico.


E assim se vai passando este Domingo chuvoso, a começar a ficar com ar deprimente, de má catadura...


Enfim, tudo isto é Vida!
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2009/11/10

Pão para a boca!...



(clic para ampliar)

Algures, em jeito de homenagem ao Povo trabalhador.
O Povo, contudo, precisa de mais do que estas manifestações, como do pão para a boca!...
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2009/11/07

Quem nos faz como somos?



Comprei há tempos um livro com este título, de J.L. Pio Abreu.

O título seduziu-me e, depois de desfolhar as suas páginas, pensei que ia gostar de as ler para aprender algo mais sobre mim e os outros, meus semelhantes.
O tempo entretanto, corre tão rapidamente, que já decorreram dois anos.
Só agora é que me decidi a lê-lo com mais atenção.

Hoje, por exemplo, li e reli um capítulo que nos explica como é que o corpo humano assume a forma masculina ou feminina.
Pode concluir-se (?) que tudo se resume, duma forma básica, ao resultado da permanente luta entre dois cromossomas, o X e o Y, sendo que o X é muito mais forte que o Y. O cromossoma X determina que um corpo humano será feminino, pelo que se pode antever que, em consequência, acabam por nascer muito mais mulheres que homens.


E mesmo assim, para que o genoma possa transformar um corpo em masculino, foi necessário que o cromossoma Y se dissimulasse de forma a resistir aos ataques poderosíssimos do seu co-habitante do corpo humano, concentrando-se num dos seus genes, o SRY, transformando-se, assim, no cromossoma XY, esse sim com força bastante para vencer a luta contra o cromossoma X.
Só assim é que o homem vê a luz do dia.


Por ser macho este cromossoma apenas pode sobreviver e preservar a sua identidade transmitindo os seus genes ao corpo duma mulher. Para que essa transmissão ocorra são necessários centenas de milhões de gâmetas, uns com o Y, outros com o X.


Como consequência das dificuldades de êxito dessa transmissão se processar de forma a se conseguir o cromossoma XY, a Natureza dotou o Homem e a Mulher de uma incomensurável força de atracção entre si.


É assim que o Homem tem sobrevivido através dos tempos. Mas também porque o corpo masculino foi dotado duma arma poderosíssima, a testosterona, a hormona que determina toda a impetuosidade do homem, para o bem e para o mal.


Poder-se-á inferir desta breve introdução que é como resultado de toda a violência, impaciência e actividade do homem, induzidas pela testosterona, que o Homem ainda não sucumbiu?


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2009/11/06

Soares Duarte - Um ano de "Conversas e Ideias" na Rádio Batalha




Soares Duarte, aos microfones da "Rádio Batalha" 104.8 Mhz, via éter e na internet. No dia 4 de Novembro de 2009, festejou na companhia de inúmeros amigos e admiradores, o seu 1º Aniversário do programa que mantém na Rádio Batalha - apesar da sua veterania nas lides da rádio nacional - designado e detentor de grande audiência, "Conversas e Ideias". Este programa ocorre, todas as semanas, entre as 15 e as 17 horas das Quartas-Feiras. É um programa que se abre a todos os que têm coisas interessantes para conversar sobre a região e a actualidade ou que, pelas suas ideias em prol da Cultura e do Desenvolvimento da Sociedade, justificam a sua divulgação pela Rádio, esse poderoso e omnipresente meio de comunicação!

A antena que a partir dum ponto sobranceiro ao Mosteiro da Batalha, um dos mais significativos e emblemáticos da preservação da nossa Cultura Lusófona, irradia através do éter, as emissões desta conceituada "Rádio Batalha".

Daqui se vê uma panorâmica do Mosteiro da Batalha e da sua zona envolvente. Por entre o arvoredo serpenteia a antiga Estrada Nacional 1, actual IC2.

Clicando em cima do bolo poder-se-á ler com facilidade, o poema alusivo à data celebrada, um dos muitos que lhe foram dedicados.
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Soares Duarte é, de há muitos anos, um dos icons da Rádio e da apresentação de espectáculos musicais e artísticos em geral, sendo um incomparável poeta e declamador com um estilo inconfundível.
Os convites que lhe são endereçados para participar em manifestações culturais continuam a surgir de variadíssimas origens.
Que eu tenha presente, para além de fazer parte da Associação Nacional dos Profissionais da Rádio, também faz parte, como Vice-Presidente, da ACLAL - Academia de Letras e Artes Lusófonas, da qual é sócio fundador.
Durante décadas esteve ao serviço activo da ex-Emissora Nacional.
Um grande e bom amigo!...


Daqui lhe renovo os meus votos de muitas Felicidades e de Parabéns pela qualidade do seu trabalho e dedicação à causa da Rádio.

NB.: Hoje é Dia de S. Nuno de Santa Maria (razão do icon no canto superior direito)

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2009/11/05

5 de Novembo de 1901 - Marconi e o Radioamadorismo



RADIOAMADORISMO


Em 5 de novembro de 1901 Marconi cruza o Atlântico com sinais de rádio. A imprensa escrita reportou-se ao facto com júbilo e triunfo.

Começava a era do "sem fio". Desde então, o radioamador tem sido pioneiro, descobrindo novos modos de transmissão em novas faixas e modalidades de operação. O Radioamadorismo transformou-se num  laboratório para quase todos os grandes projectos técnicos e operacionais que alavancaram a existência humana no mundo das comunicações.



Como já por diversas vezes aqui escrevi também sou Radioamador. Desde 1982. Indicativo CT1CIR.

www.qsl.net/ct1cir poderá servir para lhe dar uma ideia do que tem sido a minha actividade como radioamador. Ainda que pouco operacional nos últimos tempos, esta paixão mantém-se e, provavelmente, morrerá comigo!…

2009/11/01

Retratar a Vida...


Na praia da Nazaré - Outubro de 2009

No Rossio, em Viseu, Agosto de 2009

Retratar a Vida...

O Tempo vai passando, o presente, não documentado, será inexoravelmente esquecido. A fotografia pode substituir, sem dúvida, muitas palavras, quiçá, nalguns casos, crónicas inteiras.
Sou um mero amador da fotografia, que gosta de rever, a seu modo, a vida. Cada vez mais virado para a mensagem ou para o imprevisto.
Na actualidade, já temos à nossa disposição a tecnologia digital, com potencialidades infinitas, quer na captação da imagem quer no seu processamento. Em consequência começam agora a ser-nos colocadas, cada vez com mais acuidade, questões de toda a ordem: técnicas, estéticas, éticas, jurídicas, sei lá. Uma, à partida, já a estamos a sentir na pele: está-se a perder o hábito de passar a fotografia para o papel, primeiro passo para a sua perda total. A fotografia digital do cidadão comum está a ficar escondida, logo a seguir esquecida, guardada nos sistemas informáticos. Quantas fotografias se vão perder completamente com as avarias nos computadores e os “delete´s” para arranjarmos espaço no disco. Economicamente, os laboratórios fotográficos estão a ser confrontados com a inevitabilidade duma profunda remodelação dos seus equipamentos e oferta de serviços.
Pessoalmente, encontrei uma motivação extra para manter vivo o meu gosto pela fotografia, fotografando. Apesar de pertencer a uma geração que faz questão em resistir, até ao limite, aos computadores e à era digital, tenho que o dizer, em contra-mão, tenho-me esforçado, quanto posso, por acompanhar a evolução das novas tecnologias. Particularmente no âmbito das telecomunicações (sou radioamador desde o tempo das válvulas em vez dos actuais chips, cada vez mais miniaturizados) e da informática (desde os seus primórdios: talvez não saibam, mas, posso afirmá-lo sem receio de ser desmentido e sem falsa modéstia, fui o primeiro professor de informática nas Escolas Secundárias da Marinha Grande e de Leiria – anos 80; hoje, sei que já nada sei, já que a minha trajectória profissional não me permitiu acompanhar toda a evolução entretanto registada). Mesmo assim, para não me afastar do mundo da Internet e Media em geral, dedico algum do meu tempo a construir, qual hobbysta, páginas Web e, mais recentemente, blogues. Nesse particular, tenho que destacar o blogue que está agora a consultar. Que já vai para o seu 5º ano de vida activa. Tenho alojadas na Net várias outras páginas Web, quantas e quais já nem eu sei lá muito bem. Desde 1998, para aí…
Para as manter minimamente actualizadas utilizo, com frequência, fotografias, de carácter essencialmente informativo e documental.
Todo este empenho reflecte, muito simplesmente, a minha maneira de ser e de estar na vida e o meu apego à terra, não só a que me vê viver, mas também a que me assistiu quando espreitei o mundo pela primeira vez. Nasci no Casal de Ribafeita – Viseu, mas a minha terra também é, com uma intensidade cada vez mais viva, a freguesia da Barreira e a cidade de Leiria. Jamais poderia deixar de me sentir tão íntimo com esta terra que me viu chegar num dia descoberto e quente do já longínquo Outubro de 1966. Tenho a honra de ter sido, então, professor da Escola Industrial e Comercial de Leiria, hoje Escola Secundária Domingos Sequeira, passado esse que tenho presente nalguns “Kodak´s”.
Para terminar, um repto. Não deixem que as vossas fotos fiquem no esquecimento, a ganhar pó, no canto duma gaveta ou encafuadas numa arca arrecadada no sótão. Mostrem-nas. Podem crer que todos nós gostaríamos de as apreciar. Organizem-se mais Mostras de Fotografia em Leiria – cidade, em Viseu e em tantas outras localidades por esse País fora.
Vamos aproveitar as nossas fotos (porque não um livro e outro e mais outro?) e compartilhar o que as nossas fotos representam e poderão significar para a nossa memória futura?

António S. Nunes
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O Homem, essa Besta egoísta!





(clic para ampliar)


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A actual conjuntura económica, política e social não é nada animadora nem motivadora.
Bem tento abstrair-me o mais que posso, que a ansiedade começa a ser difícil de suportar.

Na tentativa dum lenitivo fotografo o "rapazito" e a "lili"e a sua descontracção! E os dois tipos de piricanta, o de pomes amarelos e o de cor vermelha. Que os tenho à mão e me ajudam a suavizar as agruras da vida.


Face às necessidades de harmonizar a vida do colectivo dos homens e mulheres que habitam este nosso País, é intolerável o egoísmo individualista e corporativista que grassa cada vez com mais intensidade, deteriorando duma forma inexorável as nossas expectativas duma vida decente.

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2009/10/28

Poluição política


(clic para ampliar)

"Há cada vez mais pessoas a pensar como nós", apregoa o cartaz!

Estávamos bem arranjados!

A zona pedonal mais ou menos ajardinada, à base de arbustos mais ou menos rústicos e erva (era suposto ser relva que desse gosto apreciar) está localizada no chamado "Largo do Papa" ainda que faça parte do "Largo 5 de Outubro de 1910", em Leiria.
Podíamos estar noutro lugar numa outra localidade de Portugal que, provavelmente, o panorama seria o mesmo ou muito parecido.


Para quando o desmantelamento de todos estes mamarrachos que pululam por tudo quanto é sítio, mesmo nos mais incríveis que imaginar se possam?


É que as campanhas eleitorais já acabaram há tempo suficiente para remover estas aberrações, que, aliadas à poluição sonora a que fomos implacavelmente sujeitos, nos martelaram a paciência durante meses a fio.
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2009/10/25

Alcanena - José Gomes Ferreira e os poetas locais



A Biblioteca Municipal de Alcanena e o Elos Clube de Alcanena levaram a efeito, no passado Sábado, mais um Encontro de Poetas. Desta feita dedicado a José Gomes Ferreira.
Mais uma vez fomos convidados, Soares Duarte e Luísa, eu e a Zaida.
Temos que convir que José Gomes Ferreira não é propriamente um autor literário fácil. No entanto, estas sessões em Alcanena têm-se vindo a revelar extremamente interessantes e de muita utilidade para rever a vida e obra dos mais variados autores representativos de épocas e correntes artísticas de todos os estilos e de todas as épocas.
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José Gomes Ferreira foi um representante do artista social e politicamente empenhado, nas suas reacções e revoltas face aos problemas e injustiças do mundo. Mas a sua poética acusa influências tão variadas quanto a do empenhamento neo-realista(1), o visionarismo surrealista(2) ou o saudosismo(3), numa dialéctica constante entre a irrealidade e a realidade, entre as suas tendências individualistas e a necessidade de partilhar o sofrimento dos outros. a)
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Já na parte final da sessão, a tarde ia já longa, a Zaida e a Luísa disseram os poemas XLI, XLII, XLIII, e XLIV (Café, in Poesia, III), que constam da Antologia de Natália Correia, "O Surrealismo na Poesia Portuguesa", Ed. frenesi, 2002.


Trancreve-se parcialmente:


XLI
(Olho para o espelho em frente)


A invenção dos espelhos
coincidiu com o nascimento dos corais
e a queda do perfil dum jasmim no rio
que as mulheres se apressaram a gelar
- para o romance dos olhos verdicais.


-1), 2) e 3) - para quem interessar: consultar wikipédia.org/wiki/surrealismo (ou neorrealismo ou saudosismo) para melhor se perceber as marcas distintivas de cada um destes movimentos artísticos;
a) Conforme brochura de 16 páginas, organizada e oferecida pela Biblioteca Municipal e o Elos Clube de Alcanena.
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