2010/03/03

Leiria - O último "alcaide" do seu Castelo


Quando em 1966 cheguei a Leiria, um dos primeiros locais que visitei foi, inevitavelmente, o Castelo de Leiria.
E lá estava o Snr. Basílio,  carinhosamente tratado pelo alcaide do Castelo. E assim ficou para a posteridade: o último "alcaide" do Castelo de Leiria.
Não podia deixar passar este infausto evento  sem uma referência, singela que seja, neste meu blogue.
O snr. Basíllio foi um homem de sete ofícios. Um dos que eu posso comprovar foi o de mecânico de cofres. Uma  ocasião, por volta do ano de 1979, era eu o responsável do Departamento Financeiro da firma, já extinta, Carvalho & Catarro, Lda. no Alto Vieiro, Leiria. Precisava de resolver uns assuntos inadiáveis (estávamos aliás na altura do pagamento dos ordenados do pessoal, já nessa época as finanças estavam muito periclitantes para a empresa e para os trabalhadores) e tinha absoluta necessidade de aceder ao cofre. Intento gorado. O sistema de abertura não funcionava. Chamou-se o Snr. Basílio. Depois de umas quantas tentativas lá se conseguiu resolver o problema e o cofre foi aberto, graças à sua persistência e  engenho.

Basílio Artur Pereira nasceu a 17 de Agosto de 1913 no "Bairro dos Anjos", Leiria e foi, durante toda a sua vida, um dos mais típicos e considerados personagens da cidade de Leiria.

Em 1952, Basílio Artur Pereira, aceitou o convite que lhe foi endereçado pelo célebre Arquitecto Ernesto Korrodi (*), para trabalhar como guarda permanente do Castelo de Leiria, daí lhe advindo o cognome de "alcaide" do Castelo. Esta tarefa não tinha segredos para o novo "alcaide" pois já o seu avô e o seu pai tinham desempenhado funções idênticas naquele castelo.
Nas duas últimas décadas da sua longa vida dedicou-se a colaborar com os jornais e rádios locais sempre com muita vivacidade e uma capacidade de memória fantásticas.
Uma parte das muitas histórias que sabia acerca do castelo, das personalidades que por lá passaram e da cidade em geral, escreveu-as num livro "As minhas lembranças". Bem tentei comprá-lo, recentemente. Já está esgotado há uns anos. Não admira. As histórias que nos conta nesse seu livro são de uma sinceridade a toda a prova. Um autêntico manancial de informação viva que perpassou por Leiria, as suas gentes, o seu Castelo, durante quase todo o século XX.

O último "alcaide" do Castelo de Leiria também era poeta:
Alguns versos soltos... à guiza de preito de saudade e homenagem:



“Qual dia qual hora
Que os homens em fraterno
Se abraçarão
Em amizade nos dêem
A certeza
Que em cada lar
Nunca falta pão.”

.
"Porque não um mundo mais feliz?"

Sublinha o "Diário de Leiria" de hoje, na sua segunda página, toda dedicada a esta figura que agora partiu desta vida, talvez descontente, ao contrário do que sempre mostrou no contacto com os amigos, que eram praticamente todos os Leirienses!

(*) Leia-se a obra ímpar "Introdução à história do Castelo de Leiria", Ed. da CMLeiria, Prof. Dr. Saul António Gomes, a que já aqui se fez a devida e merecida referência. O arquitecto Korrodi foi o grande impulsionador das obras de restauro do Castelo de Leiria, na primeira metade do séc. XX e um dos autores dos projectos de obras de vulto, ainda hoje das mais admiradas em Leiria, pelo seu estilo característico e robustez das construções.
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2010/03/02

BOMBA METEOROLÓGICA


Na sequência da brutal depressão que se formou sobre o Oceano Atlântico e que assolou a Madeira com os efeitos devastadores já sobejamente descritos, e sentidos no corpo e na alma dos seus habitantes, eis que um fenómeno meteorológico raro, uma "Bomba Meteorológica", dizem os entendidos (?!) na matéria, entrando pelo Sudoeste do Continente Português, invadiu duma forma assustadora (nunca vista para muitos de nós) praticamente toda a Europa, com ventos ciclónicos, chuvas diluvianas, deslizamentos de terras e destruição de infraestruturas vitais para o conforto da vida a que nos temos vindo a habituar.

Um dos resultados foi o corte da electricidade em muitos pontos do nosso país, como consequência de quedas de árvores e derrube de postes de apoio ao transporte da corrente eléctrica.
Os efeitos desses cortes de electricidade estão bem à vista nas fotos acima: Televisão não havia, de modo que lá tivemos que nos socorrer do "transistor" como inicialmente chamávamos aos receptores de emissões de rádio; os restantes equipamentos domésticos funcionam, cada vez mais, só com energia eléctrica. Assim sendo não se encontrou outra solução (quer dizer, lá teve a Zaida que deitar mão ao tacho e ao fogareiro a gás) senão preparar um jantarzito de emergência para nos governarmos até que a energia eléctrica fosse reposta, o que aconteceu já pela noite adentro.

Entretanto, a olharmos espantados uns para os outros, cá nos vamos interrogando: o que se passa com o nosso Planeta?!
Num espaço de menos de um mês podemos registar entre outras calamidades: o Terramoto do Haiti; o temporal repentino sobre a Madeira com todo aquele terrível rosário de desastres pessoais e materiais a que assistimos em directo e em diferido na Televisão, dias a fio; esta macabra "Bomba Metorológica" que tomou de assalto a Europa, desde este extremo Oeste até ao Norte e ao Centro; o devastador Terramoto do Chile a que se seguiu um violento "Tsunami" que arrasou ainda mais a moral e os bens dos Chilenos.

Que mais nos irá acontecer?
Coincidências ou resultados cada vez mais evidentes da acção nefasta do Homem sobre a Natureza e a sua incontrolável capacidade de reacção/adaptação?

E eu, que em adolescente, mantive que Deus é Deus, ponto final.
Com tudo o que se está a passar no Mundo, com a Natureza a dar sinais do seu poder incomensurável, da sua força indomável, começamos a pensar que afinal "Deus é a Natureza". E não será assim? Tudo o que nos rodeia, a matéria, o próprio pensamento do Homem, que é isto tudo, senão a NATUREZA?

DEUS!...


ps: isto sou eu a pensar, agora, sob o efeito infinitamente grande, poderoso e anestesiante da mãe de todas as mães, a Natureza!

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2010/02/26

O velho problema da Zona Histórica de Leiria


O velho problema das zonas históricas, os núcleos de muitas das nossas cidades, Leiria íncluída.

Esta fotografia retrata a lastimável situação a que estão a chegar alguns dos edifícios do Centro Histórico de Leiria. Podem notar-se duas situações, qual delas a mais flagrante.
O edifício que se vê já  parcialmente demolido e com pré-licenciamento aprovado, mantém-se no estado revelado na foto, há vários anos. As obras já começaram e foram interrompidas algumas vezes. Os motivos de tal dislate, que constam publicamente,  prendem-se com burocracias e consequente desmotivação dos investidores para prosseguir com os trabalhos de reconstrução do prédio. E fica-se com a sensação de que não se está a actuar com a convicção necessária para levar por diante esta obra tão importante para o restauro da Zona Histórica de Leiria.
No plano imediatamente a seguir, de permeio a Rua Direita, existe outro prédio que consta está ambém para reconstruir. O entrave que está a levantar-se, neste caso, tem a ver com o desentendimento com um inquilino quanto ao montante da indemnização a pagar. Entretanto, repare-se no calamitoso estado do telhado do prédio, uma boa parte do qual está protegido por plástico em vez de telhas. Na extremidade encostada ao prédio ao lado, veja-se o autêntico relvado que se está a formar. Já imaginaram o que isso significa em termos de iminência de desabamentos e infiltrações de humidade?
Ou seja, ou as obras de recuperação deste prédio vão avante com a rapidez necessária, ou um dia destes, estamos a lamentar que naquele sítio haverá mais um "buraco negro" na Zona Histórica de Leiria.
É que estamos no Largo da Sé de Leiria. Um local a preservar a todo o custo, um dos locais da cidade que já foi dos mais frequentados pelos turistas de todo o Mundo.

Há dias desmoronaram duas casas no Centro Histórico de Viseu. Não houve desastres pessoais, para além dos bens que se perderam, mas podia ter acontecido uma desgraça, com mortes e feridos. E, quando assim é, fica toda a gente de consciência tranquila. 
Em muitos casos, entaipam-se os escombros e aguarda-se que saia o euromilhões para se fazerem obras. O problema é que acontece com muita frequência, que os proprietários dessas casas não têm capacidade financeira para restaurar esses prédios ou, quando o têm, deparam-se com a inevitabilidade de ter de indeminizar os inquilinos (Há décadas e décadas nessa qualidade) para poderem de seguida proceder às obras de manutenção indispensáveis.

Que fazer?
A solução ideal seria a promoção de financiamentos a longo prazo e a juros bonificados que permitissem a manutenção ou restauro dos prédios previamente sinalizados e em zonas devidamente demarcadas. 
Ao fim e ao cabo o que é que caracteriza e distingue as cidades actuais umas das outras, senão os seus Centros Históricos, com os seus edifícios representativos das várias épocas passadas e que simbolizam a evolução social, política e económica ao longo dos séculos? Sem esquecer a preservação de todo o ambiente paisagístico e de desenho da urbe que está na sua origem?

Claro que é preciso haver orçamento onde haja cabimento das verbas necessárias.
Por isso é cada vez mais premente que os Governantes e Autarcas tenham vontade política para que não se desperdicem sucessivamente as várias oportunidades que vão surgindo e não se desviem fundos para obras eleitoralistas em detrimento do que é útil, necessário e catalisador do sentimento de comunidade que deve reger a vida do Homem!
  
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2010/02/24

De LEIRIA: Estamos convosco, Madeirenses!...

Largo da Sé, Leiria. Chovia abundantemente.
Largo de S. Pedro, a descer quem vem do Castelo, Leiria.

Visitei a Ilha da Madeira em 1992.

Tenho recordações fantásticas daquela terra portuguesa e do mundo. Das suas estradas íngremes, montanhas duma beleza e mistério ímpares. Das levadas e ribeiras que encaminhavam as águas pluviais e que só por sí constituiam momentos de rara emoção. As suas povoações encostadas às montanhas, cheias do colorido das flores mais bonitas e viçosas que eu já vi em dias da minha vida. As escarpas íngremes mas que nos deixam o espírito libertar-se na contemplação do poder e do misticismo da Natureza na sua expressão verdadeira, da sua infinita grandeza!

O Funchal, que cidade mais pitoresca, não me lembro de ter visto outra assim!

E Porto Monis com o antigo acesso, montanha abaixo, curvas e mais curvas, mas que como que nos encarreiravam por paisagens de sonho até nos levarem àquelas lagoas espantosas, em pleno mar e nas quais podemos banharmo-nos sob um Sol radioso e uma brisa acariciadora?

Já tenho uns bons anos de vida! Não tenho tido oportunidade de regressar àquele jardim plantado em pleno Atlântico.Mas não quero morrer sem lá voltar!...
Sei que muitas obras, novas estradas, túneis a furar montanhas, infraestruturas de toda a ordem, lá foram executadas, entretanto o que facilita a deslocação das pessoas. Concerteza que agora, em pleno ano de 2010, as deslocações estão muito mais facilitadas. Mas aconselho vivamente a que, em viagem de turismo, utilizem, sempre que possível, aquelas aquelas estradas secundárias de então.

A vida plena das cores da Natureza e do fervilhar das gentes da Ilha e dos inúmeros turistas que demandam aquelas paragens tem já o seu curso imparável no sentido do revigoramento depois do rigor que agora se vive!...

Espero bem que sim, com a ajuda de todos, Portugueses e comunidade Europeia e Mundial!...
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2010/02/23

ZECA AFONSO deixou-nos há 23 anos num dia 23 do mês de Fevereiro...

As canções de Zeca Afonso marcaram uma época de luta pela liberdade e por uma sociedade mais Justa e Solidária. Irão perdurar como estrelas guia de muitos de nós e dos nossos vindouros. Por muito tempo, todo o Tempo, quem sabe?...




Para ouvir a voz de Zeca Afonso desligue a música da barra lateral

2010/02/21

VISEU - Quinta do Barreiro em Couto de Cima


Quinta do Barreiro, Couto de Cima, Viseu. Pretexto para visitar este local paradisíaco (Repare-se na alameda de cameleiras na entrada da Quinta), certamente carregado de história,  com origem num solar ligado à família de Pesanha (?!):
Casamento da minha sobrinha Rita com o Gil.
Numa primeira observação do brasão de família da frontaria do solar que se vê na foto abaixo, não consegui descortinar elementos que se relacionem imediatamente com os dos brasões dos Pesanhas e Quevedos conforme dados que consegui recolher, até ao momento.

Espero poder completar esta recolha de    dados acerca desta quinta.
Vou indagar...


Vista panorâmica de Couto de Cima com a sua igreja.

Fotografia tirada da "Quinta do Barreiro". A mancha de fumo parece resultar duma queimada nos campos próximos.  


Casa senhorial da actual "Quinta do Barreiro", no lugar de Couto de Cima, Viseu. Segundo uma breve conversa telefónica que tive com o Snr. Lucas, actual proprietário deste Solar, enquadrado num investimento turístico com o nome da actual Quinta, o senhor de todos estes termos começou por ser um dos descendentes de Manuel Pessanha (em italiano Emanuele Pessagno, nome que depois aportuguesou em Pessanha) foi um genovês, filho de Simone, senhor de Castelo di Passagno, que entrou ao serviço de Portugal, no tempo do rei D. Dinis (in wikipedia). A presença desta família nesta zona remontará ao ano de 1460. A última remodelação do solar da foto terá tido lugar em 1901. Segundo o meu interlocutor existe documentação de sua posse, que suporta este tipo de informação,  e que num futuro próximo será divulgada publicamente.


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2010/02/18

"DIÁRIO" de Miguel Torga em Leiria - 2 de Fevereiro, todos os anos

Por vários motivos de ordem pessoal não tive ensejo de registar neste meu caderno virtual de notas e apontamentos do que me vai ocorrendo e/ou acontecendo, uma referência que fosse sobre o Dia de Miguel Torga em Leiria.

Soube pela imprensa que a Junta de Freguesia de Leiria foi no passado dia 9, descerrar uma lápide no local onde existiu a casa em que morou Miguel Torga com a mulher, junto do Hotel Eurosol.
Logo a seguir foi feita a apresentação de um livrinho de 50 páginas "a Leiria de Miguel Torga - Guia da Cidade - 2010" da autoria de Carlos Alberto Silva, Edição conjunta da Junta de freguesia e do Inatel. Está muito bem concebido e contem várias fotografias comparativas de Leiria da época e da actualidade. Muito interessante. A contra-capa aborda o tema "Uma vista retrospectiva do "bairro" de Miguel Torga" que nos permite compreender a transformação que a zona mais frequentada por Torga em Leiria sofreu desde 1939 até à actualidade.

Talvez em jeito de contrição, passei pela "Livraria Martins", na rua D. Dinis (É sempre com muito gosto que entro nesta Livraria e troco impressões sobre livros com o Snr. Rui, que por sinal até foi meu aluno nos velhos tempos de 1966 a 1968 da Escola Industrial e Comercial de Leiria) e comprei todos os Volumes do "Diário" de Miguel Torga, edição em 2 Tomos da "Publicações Dom Quixote", 2ª edição (integral), Dezembro de 1999.

Não resisto a transcrever o poema «Exortação» que Torga escreveu quando foi preso e interrogado pela PSP de Leiria, à ordem da PVDE e do Ministro do Interior, de 30 de Novembro a 2 de Dezembro de 1939:

Meu irmão na distância, homem
Que nesta mesma cama hás-de sofrer;
Que nem a terra nem o céu te domem;
Nenhuma dor te impeça de viver!


Hei-de voltar a falar de Torga! Vezes sem conta, assim espero!...

2010/02/15

LEIRIA - CASTELO, SÉ CATEDRAL, VISTA PANORÂMICA - Fevereiro de 2010


(para ouvir o som de fundo deve desligar o som da barra lateral)

 
O filme que acima se reproduz aborda aspectos dos mais representativos e caracterizadores da cidade de Leiria.
O seu Castelo, a sua Sé Catedral e Torre Sineira ( a última fotografia) e o seu Largo fronteiriço, tão familiares que estes ícons de Leiria me são, intimidade que já remonta ao ano de 1966, data em que pisei, pela primeira vez, esta histórica e romântica terra, são dignos da nossa melhor atenção.


-
Castelo de Leiria

Acerca do Castelo de Leiria foi  publicado em 2004 um excelente trabalho, da autoria do Prof. Dr. Saul António Gomes: "Introdução à História do Castelo de Leiria". Este livro de grande interesse historiográfico e literário, tem como objectivo principal o estudo e divulgação do Castelo sob o ponto de vista histórico e arquitectónico, contem ainda uma valiosa recolha de factos, de lendas e narrativas da maior importância para o conhecimento da história de Leiria e das suas gentes.

Alguns aspectos fotografados incluídos neste filme correspondem a pormenores descritos por Saul Gomes com grande precisão histórica e de belo recorte literário. É o caso do "Portão Norte" e das muralhas do Castelo de Leiria a que o autor do livro em referência dedica os seguintes excertos:
1) Permaneciam, contudo, os vestígios materiais do empenho pretérito da aristocracia concelhia no zelo da sua muralha, encontrando-se um honorífico testemunho heráldico do que acabamos de afirmar na porta românica da entrada norte da barbacã. Ali se encontra o brasão medievo do concelho. Simbolicamente, a sua observação pelos que demandavam a alcáçova recordar-lhes-ia o poder municipal leiriense, a sua jurisdição em todo aquele espaço, o senhorio deste dentro e fora das muralhas. ...
2) Em 1641-42, os procuradores de Leiria às Cortes de Lisboa reclamavam do rei a reparação do Castelo e das suas muralhas, defendendo que poderia ter um papel militar activo nas guerras que se previam.
Mas em meados de Setecentos, o corredor entre a muralha e a barbacã servia de quintal, agravando-se a degradação das muralhas no decorrer de daquela centúria e da de Oitocentos.

 

2010/02/13

13 de FEVEREIRO - UMA DATA MEMORÁVEL


a)


«O homem não nasceu para trabalhar,
nasceu para criar.»
.
«Se fosse possível explicar-te tudo
não precisarias de perceber nada.»
.
«Deus não se afirma nem se nega:
Deus É, mesmo quando não é, uma plena manifestação
da sua suprema liberdade.»





O dia tem estado lindo, luminoso, um Sol de Inverno frio, muito frio...

Mas este dia é, efectivamente, muito importante. Para começar porque foi num dia 13 de Fevereiro do já longínquo ano de 1906 que nasceu um grande pensador, filósofo como não podia deixar de ser. Mas, antes de mais, um grande pensador e um excepcional conversador, talvez o maior de todos os tempos.
Agostinho da Silva (13 de Fevereiro de 1906 a 3 de Abril de 1994).


Parece que o estou a ouvir, na RTP, a falar das coisas da vida, sob todos os ângulos, com uma simplicidade, fluidez de raciocínio e desmistificação dos grandes enredos científicos da filosofia, que até parecia que a vida era simples de se viver. E seria, e não fosse o Homem a complicar tudo. A seguir por vias sinuosas quando tem o caminho da simplicidade e do desprendimento do supérfluo mesmo à sua frente.


Enfim, somos complicados de mais e pensamos pouco, antes de actuar. De modo que passamos a nossa vida a tentar emendar as asneiras que fazemos no imediato do dia a dia.

Porque me ocorreu, muito simplesmente, aqui estou a registar esta entrada neste meu blogue, o meu caderno de notas, sobre este dia 13 de Fevereiro, por sinal o do ano de 2010.


Quais os factos que me mais me marcaram neste dia para, todo o  sempre?  E então não é, que, precisamente num dia 13 de Fevereiro mas do ano de 1947, também nasceu mais um ser humano, que já está a dar a sua 63ª volta ao Sol e que dá pelo nome de António, este que se escreve agora? E que nasceu numa aldeia perto de Viseu? 

Questão de somenos, dirão. Eu também sou tentado a dizê-lo, mas, bem vistas as coisas, somos todos muito importantes. Muito mesmo. Todos sem excepção.

In Wikipedia:
Nasceram neste dia...
Morreram neste dia...
Várias outras anotações aqui poderia deixar relativamente a este dia. Uma delas poderia ser, sendo eu católico, a referência a santos devotados neste dia:
Santo Martiniano, monge eremita, Atenas, Grécia, 422
Martiniano era um monge eremita, mas acabou se tornando um andarilho para que o pecado nunca o achasse "em endereço fixo". Martiniano era natural da Cesaréia, na Palestina, nasceu no século quatro.
Santa Catarina de Ricci, religiosa, +1590
Pertencia à nobre família Ricci, da cidade de Florença, no centro da Itália, onde nasceu em 1522.
Santo Gregório II, Papa de 715 a 731, Gregório nasceu no ano de 669. Pertencia a uma família cristã da nobreza romana, o pai era senador e a mãe uma nobre, que se dedicava à caridade. Ele teve uma educação esmerada junto à cúria de Roma. Muito culto, era respeitado pelo clero Ocidental e Oriental. Além da conduta reta, sabia unir sua fé inabalável com as aptidões inatas de administrador e diplomata. Tanto que, o papa Constantino I pediu que ele o acompanhasse à capital Constantinopla, para tentar resolver junto ao imperador do Oriente, Leão II, que se tornara iconoclasta, a grave questão das imagens. Escolhido para o pontificado em 19 de maio de 715, Gregório II governou a Igreja durante dezasseis anos.


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2010/02/12

Buraco da Fechadura

Buraco da Fechadura      

O Cartoonista "ZéOliveira, que faz o favor de ser meu amigo, já há muito que é o autor desta expressão, até pelo nome do seu blogue. Portanto, aqui fica a referência aos devidos direitos de autor. Nem sei mesmo se o Engº Sócrates não deveria ser chamado à pedra para responder perante mais este "abuso"! eheh.

                                               (introdução ao post a seguir)

Portugal visto pelo "buraco da fechadura"


Tanto alarido! Tanta balbúrdia!

Afinal, que país é este em que vivemos?

Neste momento que Portugal atravessa, toda a estrutura política e administrativa da Nação, está a ser posta permanentemente em causa!

Os ataques feitos nos Media ao Governo e à Justiça, sucessivamente e duma forma demolidora, estão a pôr à prova a capacidade de resistência psicológica dos protagonistas imediatos, mas também da população em geral.

Em quem acreditar?
Afinal, o que é que se passa neste país?

Pelo que me arrisco a depreender, das duas uma: ou temos um Primeiro Ministro que tem andado a trilhar caminhos obscuros e que, portanto, deveria ser investigado com todo o rigor; ou então estamos face a uma campanha orquestrada com meios poderosos e que visam, pura e simplesmente, aproveitar a conjuntura económica, política e social desfavorável, para derrubar o actual Governo e abrir caminho à propalada mudança. Que mudança?!

A verdade é que já há fumo demais!
Acabe-se com esta intrincada telenovela, antes que acabemos por esticar o pernil, intoxicados!...
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2010/02/10

ADEUS, LILI...


Nem de propósito.
Na véspera da morte
da Lili,
companheira de muito tempo,
floresce esta bela camélia
de seu nome D. Herzília de Magalhães,
no mesmo jardim em que
a nossa amiga balsâmea
Jaz enfim...
Lágrimas nossas...


Adeus Lili...

Um mês antes...
ainda a nossa gata
gozava
no seu deambular
pelo telhado
pelo relvado
pelo jardim
...


Aqui ficará para sempre
a sua presença
o seu miar feliz
Tudo o que nasce
é para morrer
Porque terá de ser assim?


Porque sim...
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2010/02/07

Leiria e as crises cíclicas

Os tempos que correm são de grande perturbação social como consequência da persistente crise económica e financeira em que o Mundo mergulhou desde 2008, particularmente.
No que ao nosso país diz respeito, vivem-se momentos de grande incerteza no Futuro de Portugal. O Partido Socialista, após 4 anos de Governo apoiado numa maioria absoluta, não conseguiu, nas Eleições de 2009, mais que uma maioria relativa no Parlamento.
A Dívida pública e o Deficit Orçamental estão a obrigar a que se tomem medidas cada vez mais drásticas e anti-populares.
Quando se imporia que os políticos unissem esforços no sentido da desejada e imprescindível recuperação da Economia e das Finanças Portuguesas, eis que, diariamente, somos confrontados com informações contraditórias que geram mais e mais confusão e uma grande balbúrdia.
E nós, “O Zé”, repetindo-se a história de todas as épocas, cá vamos continuando a ser o bombo da festa.
___

Dá-se, entretanto, o caso de que, em Leiria, teve lugar no passado dia 30, sob os auspícios da ODA, Associação defensora do Centro Histórico de Leiria e da Junta de Freguesia desta cidade, um debate seguido da abertura duma exposição sob o tema “comércio tradicional no centro histórico de Leiria – início do séc. XX ao início do séc. XXI”. Esta exposição foi apresentada por Fernando Rodrigues, coleccionador Leiriense essencialmente dedicado às questões relacionadas com as actividades económicas de Leiria.
Foi assim que tive acesso à carta abaixo reproduzida (1) .

Nesta sequência, procedi a uma investigação tendo em vista relacionar o tom melodramático deste texto de 1924 com a situação política, económica e social que se viveria nessa época em Portugal. Estávamos em plena agonia da I República e o debate que a desgastou até ao extremo, foi - pasme-se – entre os defensores do regime de monopólio (2) ou de livre iniciativa no que respeita ao exercício da indústria tabaqueira. Já nessa altura, as forças políticas propagandeavam como bandeiras de actuação: reforma fiscal, programa de fomento, autonomia administrativa e financeira das Ilhas Atlânticas, equilíbrio de classes, desenvolvimento da província (3).

Consultando o livro “100 Anos – 1902-2002” editado pela “ACILIS – Associação Comercial e Industrial de Leiria, Batalha e Porto de Mós” pode ler-se uma justificação para o conteúdo e estilo da carta a que se está a referir:
Em Novembro de 1923, encontrámos um veemente protesto dos comerciantes. A Voz do Povo refere que já há algum tempo se notava que companhias industriais, sobretudo de 
Lisboa, adoptavam oprocesso irritante e vexatório de exigirem o pagamento dos produtos das suas fábricas no momento que o comércio da província” fazia as suas requisições. Como tal, a mercadoria era entregue um ou dois meses depois de paga.
A notícia dizia que “aqueles senhores nababos para quem o comércio da província é apenas um farrapo” tinham por isso, sempre milhares de contos e podiam ter lucros fantásticos, empregando-os.”

.(clic na imagem para ampliar)
(1) Com autorização do dono do documento original
(2) Tema insistentemente abordado no decorrer do IV Congresso Nacionalista de Março de 1926.
(3) Província entendida como as regiões geograficamente afastadas de Lisboa.

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2010/02/03

"Não me lamentes."... - ROSA LOBATO DE FARIA


Morreu Rosa Lobato de Faria!
A notícia atingiu-me profundamente!
Não queria acreditar! E comoveu-me.
Há muito que me habituara a admirar esta grande Senhora. Primeiro como actriz de televisão e cinema. Depois como escritora e poetisa.
O primeiro livro que li de Rosa Lobato de Faria, já lá vão onze anos, foi o “Prenúncio das Águas”. E não mais parei.
Cada livro, pelo seu conteúdo, pela sua escrita, tinha o condão de me “prender” durante horas que me pareciam minutos.
Cada obra sua é verdadeira obra-prima!
Rosa Lobato de Faria nasceu a 20 de Abril de 1932. Poeta, romancista, actriz, guionista, letrista, a sua actividade dividiu-se pelas mais diferentes áreas.
Quem não se lembra, por exemplo, do Festival da Canção de 1994, de Sara Tavares e da canção “Chamar a Música”?
Com o “Prenúncio das Águas”, Rosa Lobato de Faria recebeu, em 2000, o “Prémio Máxima de Literatura”.
A sua vasta obra encontra-se traduzida em França, Alemanha e Espanha.


Morreu Rosa Lobato de Faria!
Mas por aquilo que escreveu e como o escreveu, Rosa Lobato de Faria continuará sempre, bem viva, entre nós.


2 de Fevereiro de 2010
Zaida Paiva Nunes
-

SE EU MORRER DE MANHÃ

Se eu morrer de manhã
abre a janela devagar
e olha com rigor o dia que não tenho.

Não me lamentes. Eu não me entristeço:
ter tido a morte é mais do que mereço
se nem conheço a noite de que venho.

Deixa entrar pela casa um pouco de ar
e um pedaço de céu
- o único que sei.

Talvez um pássaro me estenda a asa
que não saber voar
foi sempre a minha lei.

Não busques o meu hálito no espelho.
Não chames o meu nome que eu não venho
e do mistério nada te direi.

Diz que não estou se alguém bater à porta.
Deixa que eu faça o meu papel de morta
pois não estar é da morte quanto sei.

Rosa Lobato de Faria
-
Ver transcriçao deste post em 
http://aviagemdosargonautas.blogs.sapo.pt/391000.html

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2010/02/02

REPÚBLICA: a luta pelas Bandeiras




A escolha da Bandeira para simbolizar a Unidade Nacional em torno do ideário Republicano do 5 de Outubro de 1910 assumiu contornos bastante controversos em que intervieram personalidades do mais alto gabarito e que, mesmo assim, não se resumiu a uma questão meramente académica ou literária.
Nesta querela envolveram-se poetas como Guerra Junqueiro, Afonso Lopes Vieira, Bernardo de Passos, Alexandre Fontes e outros ilustres homens de letras, professores universitários, ideólogos e jornalistas com arreganhos de polémicas furiosas (Bruno, Lopes de Mendonça, Abel Botelho, Teófilo Braga, etc.), políticos (Machado Santos) e artistas apolíticos como Columbano.
A polémica que mais se popularizou foi a que se travou entre Junqueiro, em defesa das cores azul e branca e Teófilo a favor do conjunto verde-rubro.

Esta questão que, aparentemente, se poderia apresentar como uma simples guerra do alecrim e da manjerona, acabou por se enredar em infinitas argumentações, tendo prevalecido a ideia mítico-simbólica do verde-rubro, de conformidade com a deliberação da comissão oficial da nova bandeira da República Portuguesa composta por cinco vogais. O relatório desta deliberação foi confiado ao general Abel Acácio, também conhecido por Abel Botelho.
Este relatório é merecedor duma leitura atenta já que é neste documento que se justificam as razões da escolha do bicromatismo verde-rubro e se faz o apelo para uma interpretação ideológica e psicológica da Bandeira que viria a ficar até ao presente como o símbolo de Portugal como Nação Republicana. Neste relatório ficaram registadas as justificações das escolhas dos símbolos que compõem toda a bandeira. Foi aprovado por unanimidade em reunião de 15 de Novembro de 1910.

Em muitas ocasiões mais controversas levantou-se a pertinente questão de se não ter feito um plebiscito popular para se escolher a Bandeira da República Portuguesa.

Este ano de 2010 decorrem as comemorações do Centenário da República, durante as quais se vão gastar 50 milhões de Euros. Dado o actual estado precário das contas Públicas do Estado Português não se devia ter optado por um programa comemorativo menos dispendioso? Penso que sim. Até porque é dos parcos haveres de cada Português que sai a colecta para fazer face a estas comemorações que a todos nós dizem directamente respeito...

Apesar de tudo, VIVA A REPÚBLICA!

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Para mais e mais profundos estudos sobre este tema pode ler-se o Vol. X da "História de Portugal - Dos tempos Pré-Históricos aos nossos dias", Coordenação de João Medina, ediclube, págs. 164 e outras.

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2010/01/30

Portugal - Que Futuro?


Já não sei que vos diga ou que vos conte!
Cortes indiscrimados! No OE? Nas árvores? No discernimento?!...
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2010/01/28

Orçamento do Estado e Poder

Passei pelo MSN, aliás, está na minha página inicial do meu browser "Google Chrome" e deparei com esta questão, a título de inquérito.




Que evento vai marcar 2010?



Respondi instintivamente, como se estivesse na pele da maioria das pessoas que, provavelmente, respondem a este tipo de inquéritos.


Como devem saber, após se responder ao inquérito, dão-nos, como retorno, a posição percentual da importância que os questionados atribuem a cada questão. Ei-la, no caso concreto da pergunta acima:


O Casamento entre pessoas do mesmo sexo (Jan’10) 20%
O debate do Orçamento de Estado (Fev’10) 5%
A visita do Papa a Portugal (Mai’10)
23%
O Rock in Rio 2010 (Mai’10)
7% 

O Mundial 2010 (Mai-Jun’10) 34%
O centenário da República (Out’10) 5%
A Campanha para as Presidenciais (Dez’10)
6%



7618 respostas, sem valor científico, resultados actualizados ao minuto. (12h50 de 28/12/2010)


Ou seja, a maioria significativa das pessoas que responderam a este inquérito, estão predispostas a darem a sua atenção máxima, ao que se vai passar relativamente ao "Mundial 2010" de Futebol, deixando para último plano das suas preocupações, o tema que deveria ser de importância extrema para as suas vidas, ou seja o Debate do Orçamento de Estado para 2010!


Se bem que também é verdade que pouco resultado prático teria o manifesto da nossa preocupação na busca das melhores soluções para um equitativo OE!
Com o dinheiro a ser gerido sempre no intuito de favorecer os mesmos, os mais privilegiados, os que estão na roda do Poder, e o princípio de que Cidadãos de Primeira somos todos nós, a ser constantemente menosprezado, para não dizer desprezado!...

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2010/01/26

As i am


(se quiser ouvir o som, desligue a playlist da barra lateral)
As discussões à volta do Orçamento do Estado trazem-me de cabeça à nora. 
Não há dinheiro nos cofres do Estado? Pois como é que pode haver? Diz-se que o dinheiro que a Madeira reclama que é uma gota de água, que as mordomias dos políticos que passam à "reserva" da Nação, Ministros e por aí abaixo, idem aspas, que há que dar mais subsídios para tudo e mais alguma coisa, etc etc.
Nós somos assim! 
Podemos continuar assim?!...

2010/01/23

27 LUGARES COMUNS


Tenciono estudar as histórias que estiveram na origem do maior número dos chamados "lugares-comuns". A talho de foice vou já aqui deixar anotado o que o Dicionário imediatamente antes referenciado nos diz: "Lugar-comum Nome de todas as fontes de onde se podem tirar argumentos e formas aplicáveis a todos os assuntos; são recomendáveis como parte essencial da arte oratória pelos antigos oradores gregos."
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Como se pode confirmar, a porta da casa da fotografia, em Leiria, tem o número, chamado o de polícia, 27.
Precisamente neste momento. Está em curso o sorteio dos números do euro-milhões desta semana. Ninguém acertou no primeiro prémio. Um dos números que saíu: 27.


Tenho uma longa e íntima ligação com os algarismos 2 e 7. Quando fui para a tropa foi-me atribuído o nº 27 nos três meses que permaneci na EPAM - Escola Prática de Administração Militar, de Outubro a Dezembro de 1968. Depois de cumprido o serviço militar (EPI de Mafra, EPAM, RI7 em Barreira/Leiria, Batalhão de Engenharia em Nampula - Moçambique) fui viver para o nº 7 do Largo da Sé, em Leiria.
Com a mobilização para Moçambique, a cumprir o serviço militar obrigatório, acabei por passar 27 meses da minha juventude na tropa.


Alguns anos depois mudámo-nos para o nº 27 da Rua C (mais tarde Rua de Roma) da urbanização da Quinta do Bispo em Leiria. Entretanto, aluguei e mantive durante muitos anos, um apartado postal a que me coube o nº 227.


Actualmente vivo no nº 327 na rua que limita as freguesias de Cortes e da Barreira no lugar dos Lourais.


Tenho ouvido com frequência o programa de 1 a 3 minutos de Mafalda Lopes da Costa na Antena 1 a abordar, duma forma muito interessante e creio que competente, a explicação que me parece extremamente rigorosa, da origem dos lugares comuns usados na língua portuguesa.
E fiquei bastante entusiasmado com a ideia de aprofundar este tema. Através de consultas em livrarias, internet (aqui só no site da RDP encontrei referências ao programa que está em curso) e algumas bibliotecas, não tenho conseguido obter pistas rápidas e práticas. No entanto, na "Biblioteca Calouste Gulbenkian - João Soares", sita nas instalações da Fundação Casa-Museu -Mário Soares, no lugar de Cortes - Leiria consegui que me fossem disponibilizados 3 livros que me podem ajudar nesta tarefa que tenciono levar avante. Entre estes livros destaco o "Dicionário de Expressões Populares Portuguesas".


A página 227, última referência, pode ler-se:
"Desalumiar Ter muita amizade a...; gostar muito de... (Serpa) (Pjr)."


Voltarei a este assunto, em breve...
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2010/01/19

LEIRIA - Mas que má sina a deste Largo da Sé




Peço-lhe o favor de tirar o som para não se sujeitar à tortura de ouvir o apresentador deste vídeo (tem que se ter em conta que se trata de um estagiário nesta área da comunicação. Para a próxima promete que vai preparar um vídeo profissional).

Se, mesmo com esta recomendação, ouvir o narrador, rapidamente se aperceberá da vergonha que se está a passar nesta Zona Histórica de Leiria. Inacreditável que se tenha deixado degradar até este ponto uma das áreas mais representativas do que poderia ser o Centro Histórico da cidade de Leiria.
O mais grave é que parece que ninguém se manifesta publicamente contra este estado de coisas. 
Segundo consta, a actual Câmara Municipal, manifesta-se impotente para fazer algo de positivo para reavivar esta Zona da cidade. Diz que está sem dinheiro, endividada até mais não. 
Acredito que sim, que esteja endividada, que tenha recebido de herança um passivo incomportável para as contas do Município. Mas há um mínimo de obras de manutenção que têm que ser orçamentadas e executadas em conformidade. A não ser que esteja completamente falido e as receitas mal cheguem para pagar ordenados!...
Às tantas!...