2014/10/07
ADESBA - Um pouco da sua história entrelaçada na vida dos seus associados.
Um pouco da história da ADESBA entrelaçada na vida dos seus associados
Sou natural do Casal de Ribafeita – Viseu, onde nasci em 1947. Mas também sou do Porto, onde vivi até aos 8 anos. E de Lamego e da Sra. dos Remédios, por menos de um ano. E novamente de Viseu, cidade, que vivi em idade escolar primária e secundária. E novamente do Porto, depois, Leiria, para onde vim para lecionar na então Escola Industrial e Comercial.
A tropa, a seguir, Mafra, Lumiar, RI7 (actual RAL 4, aqui mesmo ao pé, estávamos em 1969, já eu me tinha casado, lua de mel em S. Martinho do Porto e Alfeizerão, dois dias de licença militar...). E de Moçambique, onde a minha filha Inês nasceu, eu mobilizado em serviço militar,
de 1969 a 1971.
E tanto mais que fica para escrever ... Regressámos a Leiria. E cá ficámos...
Muitos anos a viver na casa da família no Largo da Sé, também muitos (uns 10) na Quinta do Bispo – Leiria.
Em 1992 viemos (um casal perto dos 45 anos e dois filhos estudantes) para a freguesia da Barreira. Que me desculpem os que inventaram as “Uniões de Freguesia”, mas para mim será sempre a freguesia da Barreira. Acabei por fazer parte da Assembleia de Freguesia e até da própria Junta. E já criei raízes aqui neste torrão, barrento, altaneiro, com vistas a perder de vista!
Bem me lembro dos anos 90. Dos tempos da constituição da ADESBA em 1997. Dos seus Estatutos iniciais e da sua publicação em Diário da República. Fui eu que os disponibilizei na Internet (para o que tive de os digitar na íntegra) através de vários ́sites`, alguns feitos de raiz por mim. Nos tempos românticos dos anos 90, em que não havia ́Blogs` nem ́Facebooks`.
E recordo a luta insana de pessoas como José Cunha (p. 153 do livro “Caminhos Entrelaçados na freguesia da Barreira”, António AS Nunes – ed. Junta da Barreira, 2005), Joaquim Cruz, Vitor Miranda, José Agostinho, sem descurar, obviamente, todos os fundadores na generalidade.
Em 18 de Abril de 1999 iniciou-se a valência de Centro de Convívio, numa sala do Solar do Visconde da Barreira, prestando apoio a 35 pessoas, com a colaboração de uma funcionária, da
assistente social e de 22 voluntárias.
Em 2000 começou a funcionar a valência de Apoio ao Domicílio a 14 utentes e em 2002 a de ATL, com 30 crianças, na escola da Barreira e, posteriormente, na casa cedida por Isabel e Paula Borges.
Muitas outras actividades, culturais (Lançamentos de Livros, Exposições), Tasquinhas, Torneios desportivos foram sendo processadas tendo em vista o fomento da Cultura e a promoção de eventos que permitissem a angariação de receitas que proporcionassem o melhor equilíbrio possível do Orçamento da Associação.
Apesar de todas as dificuldades inerentes ao facto de a sua actividade se desenvolver em “casas emprestadas” ao longo de muitos anos, a verdade é que em 2004 a ADESBA dava assistência social a cerca de 110 pessoas, entre idosos e crianças e o seu quadro de pessoal era constituído por 12 funcionários e algum voluntariado.
-
Dobados que são mais dez anos, eis que as novas e modernas instalações da ADESBA são inauguradas oficialmente. Que as funções de reconhecido e valioso serviço de utilidade pública que associações como a ADESBA prestam aos cidadãos não deixem de ter o devido e imprescindível apoio das instâncias governamentais. É o que nós, associados e utentes, julgamos que se justifica e impõe como uma das prioridades absolutas para a qualidade de vida em Portugal.
...
António Almeida Santos Nunes
Sócio da ADESBA, desde 2001
Barreira-Leiria, 21 de Setembro de 2014
(Texto segundo o Novo Acordo Ortográfico)
2014/10/01
"Lolita" - escultura de Maria Rita Pires inaugurada no 12º aniversário da Biblioteca Municipal de Alcanena
Inauguração da estátua "Lolita" de Maria Rita Pires, no 12º Aniversário da Biblioteca Municipal de Alcanena, no dia 28 de Setembro de 2014. Na fotos, para além da escultora (http://www.mariarita.com), a vereadora do pelouro da cultura e Vice Presidente da CM Alcanena, Dra. Maria João Martins Antunes Gomez e o Diretor do Centro de Investigação Prof. Dr. Joaquim Veríssimo Serrão.
2014/09/30
HUGO SANTOS: No passado sábado, na Biblioteca Municipal de Alcanena fiquei a conhecer mais um escritor, Poeta, romancista e contista.
Hugo Santos, Dra. Fernanda Asseiceira (Presidente da CM Alcanena) e Dr. Carlos Nuno Nunes Ferreira
Hugo Santos (*)
para re-haver emoções que se perderam
entre as esquivas areias do tempo.
Acabo por sentir-me um intruso na casa do poeta,
nem aqui está a libélula doce que, voando em redor da palavra,
encontra a luz e a justifica.
É dum alheio território que falo, desconhecido e irreparável,
que fica sempre longe dos rios que por mim passaram.
Estas, repito-o, não são as minhas águas.
Esta margem não é, seguramente, aquela sobre a qual me debrucei,
nem estes os círculos da pedra atravessando o coração da água.
in
A Luz das pequenas coisas
Ed. Vega, 2011
p. 21
-
(*)
Hugo Santos
Hugo Santos nasceu em Campo Maior e toda a sua obra nos fala
da vasta e silenciosa beleza do Alentejo raiano. Poeta, romancista e contista,
tem mais de quarenta livros publicados e foi distinguido com múltiplos prémios
literários dos quais são de destacar, na poesia, Corpo Atlântico, Prémio Antero
de Quental, Decálogos do Bom Amor, Prémio Cesário Verde, e na prosa, os
romances A Mulher de Neruda e As Mulheres que Amaram Juan Tenório que lhe
valeram, respectivamente, o Grande Prémio de Albufeira e o Prémio Miguel Torga.
O muito contacto que teve com crianças (exerceu as funções de professor até há
bem pouco tempo) e a imensa ternura que sempre lhes devotou, levou-o também a
escrever um belíssimo livro para elas, já incluído no Plano Nacional de
Leitura, intitulado Eu, a Casa, os Bichos e Outras Coisas (Vega, 2008).
2014/09/23
Um bilhete do elétrico
Acabei de receber dum alfarrabista, pelo correio, um livro de 1974.
Lá dentro estava este bilhete.
Como já tenho uns anos largos de vida, veio-me logo à memória, que em tempos que já lá vão há muito, tínhamos que o mostrar ao revisor do elétrico. Dos tempos do Porto, anos 60, ainda que este deva ter sido usado em Lisboa. C.F.L. - caminhos de ferro de Lisboa?
2014/09/22
Eça de Queiroz em Leiria, o Largo da Sé e o Teatro
Um dia destes tive de ir ao Largo da Sé, a ver se havia correio...
Estavam a ensaiar uma cena de Teatro de rua acerca de "O Crime do Padre Amaro"
* Acho um piadão observar as várias fases por que passou o sítio onde está este banco no Largo da Sé, em Leiria. (...)
2014/09/21
ACLAL - Academia de Letras e Artes Lusófonas (Assembleia Geral)
ACADEMIA DE LETRAS E ARTES LUSÓFONAS – ACLAL
CONVOCATÓRIA
Convocam-se todos os membros da ACADEMIA DE LETRAS E ARTES LUSÓFONAS – ACLAL, associação cultural, com sede administrativa no Museu Maria da Fontinha, em Além do Rio, Gafanhão, para comparecerem pelas 18 horas, de sábado, dia 11 de outubro de 2014, no auditório do CLUBE FIGUEIROENSE, em FIGUEIRÓ DOS VINHOS, PORTUGAL, para em ASSEMBLEIA GERAL debater e decidir acerca dos seguintes pontos da ORDEM de TRABALHOS:
1. Apresentação de documentos, discussão, aprovação e ratificação das contas referentes aos exercícios anteriores, isto é, de 2009 a 2013, inclusive;
2. Mudança da sede social para o local supra indicado como o da Assembleia Geral. Motivos para tal.;
3. Apresentação de LISTAS, PROGRAMAS e ORÇAMENTOS, para eleição dos Órgãos Sociais para o triénio 2014-2017.;
4. Tomada de posse dos Órgãos Sociais eleitos.;
5. Completação das composições dos Quadros dos Patronos. Eventuais alterações. Eleição dos respectivos representantes.;
6. Referência aos muitos membros entretanto falecidos. Propostas de honrarias.
Idem, quanto a terceiros, figuras marcantes da Lusofonia.;
7. Discussão e definitiva aprovação do valor da quota de cinco euros/ano e de zero euros para Instituições, Câmaras, Associações, Academias e similares.;
8. Aprovação definitiva dos membros fundadores e dos efectivos, de acordo com a efectivação das competentes contribuições.;
9. Apresentação do diploma a emitir a todos e a cada um daqueles membros acabados de referir.;
10. Discussão e eventual alteração da alínea c) do Artigo 11.o e das seções 1a e 5a do Artigo 2.o.;
11. Outros assuntos de interesse para a Academia.
Só terão legitimidade para estarem presentes e ou representados os membros que provem ter
procedido ao pagamento das suas quotas (2014, incluída); bastando, todavia esta, no valor de
5,00 (cinco euros ou 7 dólares e ou 10 reais) entrados na conta bancária da ACLAL, até ao dia 5
de outubro, inclusive.
NIB 003502310002819683065
IBAN PT50003502310002819683065
O Presidente da Mesa da Assembleia Geral
Prates Miguel
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Mais sobre a ACLAL
DENTRO DE TI, Ó LEIRIA: Fotos de Leiria antiga em slide-show
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Em 2011 partilhei esta apresentação de fotografias antigas...
Fica aqui...
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2014/09/20
2014/09/19
Barreira na internet em 2001 - ADESBA
NOTAS
http://barreira.no.sapo.pt/entrada.html
Em 2001 andava eu na internet a falar sobre a freguesia da Barreira neste endereço.
Freguesia da BARREIRA - Leiria
Este site tem como únicos objectivos mostrar e discutir a freguesia da Barreira, em todas as suas facetas, que são muitas, ricas e variadas.
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Andreus | Barreira | Cantomilo | Carvalhinha | Casal da Cortiça | Casal da Mourã | Casal Galego | Casal Mil Homens | Casal Pinheiro | Chão Direito | Cruz da Areia |
Colipo | Cumeira | Hortas | Lourais | Marvila | Mourã | Palheirinhos | Pinhal Verde | Quinta do Retiro | Sobral | Telheiro |
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ADESBA - ESTATUTOS INICIAIS
2014/09/17
ACÁCIO de PAIVA. Forma de obter o livro.
Para receber este livro pode contactar o e-mail nunes.geral@gmail.com
Distribuição gratuita por ser edição da Junta de freguesia e porque se pretende, acima de tudo, divulgar a vida e a obra de ACÁCIO de PAIVA.
Distribuição gratuita por ser edição da Junta de freguesia e porque se pretende, acima de tudo, divulgar a vida e a obra de ACÁCIO de PAIVA.
Capa do livro
Acácio de Paiva: Poeta, cronista, jornalista, dramaturgo e, sempre, um Homem de princípios.
Os bons princípios quando germinam, crescem e frutificam no “campus” do homem válido, do homem vestido de sublimidade que lhe garante a ascensão ao humano que poucos atingem, são sempre invioláveis e eternos; havendo sempre a disponibilidade de um asilo onde viva, mesmo em exílio, a sua consciência. E quando tais princípios se juntam de parte em parte, de gota em gota, no espírito de um homem de valor, transformam-se numa enorme vaga, que nem a lei os reprime nem a inquisição os alcança; ou porque a vaga se desfaz longe da costa e sem estrondo se esvai e é pelas suaves ondas absorvida; ou a areia, com carícias, a recebe, salvaguarda e esconde.
Tais princípios são eternos e imortais, porque encerram em si mesmos, alheios a preconceitos, o carácter, a energia e a substantividade de uma lei absoluta, imutável e universal.
O que determina o seu inegável valor, a supremacia diante da força e do interesse, nas viagens que a sociedade desde sempre prossegue e seguirá, é a virtude reprodutora dos seus benéficos resultados e a inalienabilidade maravilhosa e marcante das aquisições que vai, no percurso, criando e incorporando para benefício de todos os que buscam aquele limiar do humano.
E houve homens, ao longo de toda a História, tal como aconteceu com ACÁCIO DE PAIVA que só consigo próprios dialogaram e/ou, sempre que lhes foi permitido, só com Deus estabeleceram diálogos – estes,porém, não decifrados aos restantes homens - e, por isso, se acentuando, como é o caso, a frase de ANTÓNIO NUNES que, em certo ponto da sua missiva nos explicita estas palavras: “Só de facto um “Crésus Perdulário” poderia ter passado uma vida a produzir, sem a preocupação de que a sua obra ficasse imortalizada num livro...”.
Mas, agora, há-de ficar,devido aos méritos de Acácio de Paiva e de António Nunes.
O grande homem da Cultura, Fernando Paulo Baptista, escreveu (para que nós, com a devida vénia e reconhecimento, aqui o exararmos) em certa ocasião e para certa obra, o seguinte: “Numa palavra: o dinamismo textogónico e testofânico não deixa de brotar, de modo consciente ou mesmo inconsciente, do substante e identitário “território” corpóreo-mental, auto-biótico e existencial, com seus entornos sociais e seus constituintes de natureza cronológica,histórico-geográfica,civilizacional, filosófico-axiológica, cultural e artística que fundam e estruturam a “personalidade” do autor de um texto. E assim aconteceu, como não podia deixar de ser, com ACÁCIO de PAIVA.”
Também ele, como o Joan Miró do famoso poema de Octavio Paz, “semeia pássaros no jardim do vento “, pássaros de insatisfeita, irresignada e desassossegada inquietação, mas, ao mesmo tempo, e com Ernst Bloch, “aurorais e apaziguadores pássaros de amor e de esperançosa utopia...”
Estas palavras merecem ser gravadas no eterno Memorial de Acácio de Paiva, por serem a resplandente luz vinda do Sol, a qual, suplanta todas as demais e cobre como manto dourado toda a substância por si produzida na sua multifacetada actividade de Artista.
Adoptar, portanto,e neste passo, tais palavras e pensamentos, explanando-os com o sentido que se lhes atribui é, para nós, uma elevada e dupla honra, por se conformarem plenamente com os valores de quem os escreveu e de quem os recebe: Fernando Paulo Baptista e Acácio de Paiva, baluartes notáveis da nossa Cultura.
II
ACÁCIO DE PAIVA foi Poeta lírico, Prosador, Cronista, Jornalista, Dramaturgo e Emérito humorista de reconhecido e superior espírito de cidadão.
Autor com grande labor literário, sempre vestido de entusiasmo e de génio, sempre intervindo nas mais diversas áreas da cultura e da Cidade; Cruzando todos os estilos e ambientes;
Interveio ele em jornais e revistas de marcada qualidade sempre acrescentada por si, dirigindo-os, orientando-os, deixando sempre plasmada nas suas páginas a sua elevada Cultura;
Escreveu maviosos e copiosos versos;
Deixou-nos inesquecíveis trabalhos no campo do Teatro;
Criticou com subtileza e de um modo muito pessoal e original os desmandos da sociedade em que estava inserido;
Fez rir muitas pessoas, em riso franco, muitas das vezes as próprias criaturas caricaturadas nos seus escritos.
Trabalhou ao lado de personalidades várias do nosso mundo cultural, as mais ilustres ao tempo, tais como António Ferro, Júlio Dantas, Rafael Bordalo Pinheiro, Stuart Carvalhais, Stuart Magalhães, Rocha Vieira e tantos outros que o admiravam.
Dirigiu, como se disse, diversos periódicos, deixando em todos a qualidade da sua passagem, realçando-se, neste ponto, o ícone documental “Ilustração Portuguesa”, “O Século Cómico”, “Suplemento de O Século”, neles publicando poemas, crónicas, ecos, temáticas originais e singulares, todas plenas de hilariedade; focando nomeadamente o quotidiano, tudo assinando com o nome próprio ou sob pseudónimos vários, como os de Belmiro, Máscara Azul, Manecas e outros.
É de realçar tambem a sua mestria no burilar da palavra, onde a mesma se sucede e por vezes se confunde por meio de engenhosos trocadilhos.
Fez uso de um hábil e contínuo jogo de palavras na sua prodigiosa arte de versejar.
Foi notável a sua acção no campo da caricatura, bem como no desenho. O “Quim e o Manecas” são disso elevado e concreto exemplo.
Possuía ágeis e versáteis recursos para obter efeitos didáticos e cómicos.
Analisado com alguma atenção e cuidado o seu subtil humor satírico denuncia, de um modo especial e original situações e temáticas de índole social e política, não só da realidade nacional como de demais pessoas e países da Europa e do Mundo.
Dotado de uma enorme, mesmo inigualável, capacidade de ironizar, sempre capaz de fazer gargalhar os outros, bastaria esta qualidade para de todos merecer a permanente e eterna homenagem.
Mas será para sempre lembrado como um Insigne Poeta Leiriense, da Lusofonia, da “Poiêsis”.
Realcem-se, aqui chegados, alguns dos seus poemas e as citações que mereceu dos seus confrades, e neste minguado espaço se darem a saber, as notas que os mesmos mereceram de modo a se atribuirem a ACÁCIO DE PAIVA, os encómios, que o alcandoram ao patamar dos grandes vultos da Lusofonia:
AS PAPOILAS, AS ROSAS, AS ANDORINHAS, O SONETO A LEIRIA, O SONETO DE 8 de Maio de 1936- VINHO! Coragem, Nervos, Luz, Amor; JOÃO FERREIRA DA ROSA, OLAVO BILAC, Dr. FERNANDES DE OLIVEIRA, Minº da Agricª, AS DUAS COLHERES e tantos e tantos outros que o tornaram inequivocamente um dentre “os pássaros semeados no jardim”, “pássaros de amor e de esperançosa utopia “.
Quanto às citações deduzidas pelos seus admiradores, grandes vultos da Cultura de então, basta lerem-se, na presente obra, as de Adelino Mendes, Américo Cortez Pinto, Afonso de Sousa (meu saudoso Amigo), Adelaide Felix, Afonso lopes Vieira, André Brun, Augusto de Castro, Augusto Gil, Ernesto Rodrigues, João Colaço e outros, os quais, em vida, reconheceram de modo iniludível o seu valor. Valor que será reconhecido perpetuamente, reitera-se, a Bem da Verdade e da Cultura Lusófona.
III
A Obra de ANTÓNIO NUNES.
Nobre propósito norteou o meu admirado Amigo.
Com inultrapassável nobreza, coragem, dedicação e sentimento atingiu ele o cume até agora inexplorado, rico de tesouros variegados e só agora conhecidos, possibilitando que tantos regalos e pérolas culturais pudessem, a partir de agora, ser usados e usufruídos por todos os Leirienses, por todos os estudiosos Portugueses, por todos os que têm a ver com a Lusofonia, e não só.
Para o Autor, António Almeida Santos Nunes: “BEM HAJAS, ANTÓNIO!”…
Porque na esteira da legenda Aquiliana “Quem porfia sempre alcança”, tiveste dentro de ti a força, a vontade, o engenho, a arte e o valor imprescindíveis para que aquele buscado cume fosse atingido e de todos sabido e conhecido, disso beneficiando toda a humanidade e a sua Cultura.
Manifesto, neste passo final, o meu regozijo por o Autor ter conseguido estes tão belos resultados que ultrapassam, certamente, o que por si foi sonhado.
No Rio e em Almofala, Junho de 2013
Arménio Vasconcelos
Presidente da Academia de Letras e Artes Lusófonas
António Nunes
António Almeida Santos Nunes é natural de Viseu, onde nasceu no lugar de Casal, freguesia de Ribafeita, a 13 de Fevereiro de 1947. Reside nos Lourais, freguesia da Barreira – Leiria.
Em Outubro de 1966 veio para Leiria a fim de lecionar disciplinas do 6.º grupo na então Escola Industrial e Comercial de Leiria (actual Escola Secundária Domingos Sequeira).
Em 1968 casou em Leiria com Zaida Manuela Paiva. Tem dois filhos e quatro netos.
Cumpriu o serviço militar obrigatório como Alferes miliciano, no período de 1968 a 1971, tendo sido mobilizado para Moçambique (a sua filha Inês nasceu em Nampula). Em Leiria tem exercido a profissão de Contabilista, Consultor de Gestão e Professor do Ensino Secundário. É Radio-amador, categoria A, licenciado pela ANACOM, desde 1982, cuja Estação emissora opera sob o indicativo internacional CT1CIR.
Fez parte da Assembleia de Freguesia da Barreira-Leiria, mandato de 2005 a 2009, tendo sido membro da sua Junta no mandato anterior, de 2001 a 2005. Também fez parte da Assembleia de Freguesia de Leiria imediatamente a seguir às primeiras eleições pós 25 de Abril de 1974.
É coautor de “José Teles de Almeida Paiva - Uma Vida, uma Época, uma Cidade - 1917-1994”, Folheto, Leiria, 2004 e autor de “Caminhos Entrelaçados na freguesia da Barreira-Leiria”, Ed. da Junta, 2005. É editor de várias páginas e blogues na Internet, desde o ano de 2000, nomeadamente “Viver em Leiria” e “Dispersamente”.
(Texto retirado daqui)
2014/09/13
AQUILINO RIBEIRO: Leiria ingrata que nada faz pela divulgação da sua obra e da ligação a esta zona
(clicar para ler confortavelmente o texto todo)
in
Diário de Leiria
em 12 de Setembro de 2014
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Quer pertencer ao grupo no Facebook?
2014/09/12
2014/09/09
A lua cheia, cá anda ela às voltas ... et secula seculorum
Chico Buarque - Lua Cheia
df 2.469 mm
Não indico as coordenadas
Não ma vão deitar abaixo
com um desses mísseis sofisticados
que o homem já consegue fabricar
2014/09/02
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2014/08/29
Agosto 28, 2014 - Poente no Centro Oeste de Portugal
Vídeo sob montagem de fotografias acabadas de tirar para capturar o admirável pôr do sol que estava a observar, no centro oeste de Portugal, a uns 30 kilómetros do Atlântico... A música, a "Ballade pour Adeline", é de André Rieu e a sua orquestra.
O dia estava a fechar. Um dia de trabalho de pintura no interior de casa. Um dia extenuante.
Vim à varanda olhar o tempo que fazia. O crepúsculo noturno aí estava ele.
Bonito.
Uma balada...
ps
Podem-se observar com calma as fotos do vídeo aqui.
Bonito.
Uma balada...
ps
Podem-se observar com calma as fotos do vídeo aqui.
2014/08/28
Eduardo White - Poeta moçambicano morreu aos 50 anos
Morreu no passado dia 24 de Agosto, de madrugada, no Hospital Central de Maputo, o poeta moçambicano Eduardo White, um dos nomes mais significativos da actual literatura moçambicana e autor de uma extensa bibliografia, inaugurada há 30 anos com Amar sobre o Índico (1984). Tinha 50 anos.
A morte de Eduardo White ocorreu às 3h da manhã, segundo uma mensagem colocada por familiares na página de Facebook do escritor, que algumas horas depois já tinha mais de centena e meia de mensagens lamentando o desaparecimento do autor de Poemas da Ciência de Voar e da Engenharia de Ser Ave (1992), Janela para Oriente (1999) ou O Manual das Mãos (2004).
Eduardo Luís de Menezes Costley-White nasceu a 21 de Novembro de 1963 em Quelimane, de mãe portuguesa e pai inglês. É um dos poetas ligados à fundação da revista bimestral Charrua, da Associação de Escritores Moçambicanos (AEMO), que em meados dos anos 80 contribuiu para renovar a literatura do país.
Em 2001, foi considerado a figura literária do ano em Moçambique, e três anos depois recebeu o Prémio José Craveirinha, atribuído ao seu livro O Manual das Mãos. Em 1992, já recebera o Prémio Nacional de Poesia por Poemas da Ciência de Voar e da Engenharia de Ser Ave. Ainda no ano passado, recebeu o Prémio Literário Glória de Sant'Anna com o livro O Poeta Diarista e os Ascetas Desiluminados.
Além de poesia, publicou também novelas e outros textos em prosa. Entre os seus livros mais recentes incluem-se O Homem a Sombra e a Flor e Algumas Cartas do Interior (2004), Até Amanhã Coração (2007), Dos Limões Amarelos do Falo às Laranjas Vermelhas da Vulva (2009), Nudos (2011), antologia da sua obra poética, O Libreto da Miséria (2012), A Mecânica Lunar e A Escrita Desassossegada (2012), O Poeta Diarista e os Ascetas Desiluminados (2012), e Bom Dia, Dia (2014), recentemente lançado pela chancela portuguesa Edições Esgotadas.
A AEMO já divulgou um comunicado a lamentar a "morte prematura de um dos maiores talentos da literatura moçambicana".
(texto publicado pelo Público na internet)
-
in
«Dos Limões Amarelos do Falo às Laranjas Vermelhas da Vulva»
Não faz mal.
Voar é uma dádiva da poesia.
Um verso arde na brancura aérea do papel,
toma balanço,
não resiste.
Solta-se-lhe
o animal alado.
Voa sobre as casas,
sobre as ruas,
sobre os homens que passam,
procura um pássaro
para acasalar.
Sílaba a sílaba
o verso voa.
E se o procurarmos? Que não se desespere, pois nunca o iremos encontrar. Algum sentimento o terá deixado pousar, partido com ele. Estará o verso connosco? Provavelmente apenas a parte que nos coube. Aquietemo-nos. Amainemo-nos esse desejo de o prendermos.
Não é justo um pássaro
onde ele não pode voar.
(p. 22)
(pode-se consultar mais aqui)
2014/08/23
Aldrabas em Leiria (Sé e ruas próximas). Ler também o que escreveu Aquilino Ribeiro.
Numa das ruas da zona histórica de Leiria
Na rua D. Dinis. O batente já lá vai.
Uma pega na caixa de correio?
É melhor limar os parafusos. Digo eu...
Há dias foi publicado, num dos meus registos, um comentário dum amigo de Viseu, a esclarecer que há diferenças que devem ser consideradas, entre o que se deve entender por aldraba e por batente.
Fiquei com a nota (aliás essa dúvida já se me tinha levantado).
Para mim, é assim: tudo o que não tiver o feitio duma mãozinha a agarrar numa bola e uma base metálica presa/incrustada na porta, deixa de ser batente para ser aldraba.
Discutível, claro, se tivermos em conta o que dizem os dicionários.
Interessante este trecho do romance de Aquilino Ribeiro, "Terras do Demo", p 266, Ed. Círculo de Leitores, 1983:
"Uma boa manhãzinha, a Teresa Zabana apresentou-se à porta do Joaquim Javardo, em Aris, a bater à aldraba.
- Olhe que não está; saiu para as fazendas - esclareceu uma voz ali perto."
Ou então n´O Malhadinhas", p 17, ed. Bertrand, 2008:
(...)
Nunca adiantei o pé em casa alheia, sem tocar a aldraba; (...)
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