2006/04/29

O cartão dos Radioamadores de todo o Mundo

(Clic em cima da imagem para apreciar os pormenores do cartão. Uma raridade. O radioamador da fotografia nasceu em 1918! Confirma ele que estabeleceu contacto comigo, via rádio, em fonia, na banda dos 20 metros, em 14,245 Mhz, em 21/6/1992.)
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O cartão de QSL dos radioamadores. Está um tanto em desuso mas ainda o utilizamos, uns mais que outros, dado que nos ficou como uma regra de cavalheirismo entre radioamadores confirmar por escrito, o contacto que havíamos feito via rádio. Dizíamos na língua inglesa, logicamente a que mais utilizamos em contactos de longa distância, o DX, que "The final courtesy of a QSO is the QSL". QSO são as abreviaturas utilizadas nos nossos "comunicados" quando nos referíamos ao contacto rádio em si, toda a sequência de troca de mensagens entre duas estações amadoras de rádio.
O cartão acima é de um radioamador Sueco, por sinal com um curriculum invejável. Só duvido é que ainda pertença ao mundo dos vivos. Digo eu, que nunca mais tive notícias dele, desde o dia 21/6/1992, que foi a data em que estabelecemos o contacto a que se refere cartão acima.
O meu indicativo de radioamador é CT1CIR. Os suecos têm um indicativo começado por S, normalmemte SMxxx, SKxxx.
Possuo uma colecção de perto e dois milhares de cartões de QSL vindos da maior parte dos países do Mundo. Em próximos "posts" irei reproduzindo os que considerar mais significativos, esteticamente e em termos da maior ou menor dificuldade que havia, na altura, e agora também, partindo do pressuposto de que a comunicação será feita via rádio sem ajuda de satélites ou outros repetidores, que os há, hoje, em abundância. Por isso mesmo, dadas todas as facilidades que as novas tecnologias da comunicação nos colocaram à disposição, perdeu-se uma grande parte do romantismo, talvez um tanto quixotesco visto com o olhar da actualidade, que era comuncar via rádio, nos tempos áureos do rádio, utilizando-se muito simplesmente, o emissor/receptor e uma antena, quantas vezes construídos um e outro pelos próprios radioamadores, sendo que as antenas mais antigas não eram mais que fios esticados em dipolo a que se acoplava a respectva baxada do cabo de transmissão até ao rádio.
Uma verdadeira aventura e um contributo imprescindível para a evolução das telecomunicaões até aos dias de hoje, que são aquilo que está à vista e ao ouvido de toda a gente.
Sou radioamador desde 1982, ainda sou do tempo dos emissores a válvulas, mesmo assim já apanhei o "comboio" em pleno andamento e a uma velocidade muito razoável.
Que tempos! Particularmente nos anos 80! Milhares e milhares de contactos em todas as frequências, atribuídas em exclusivo aos radioamadores, em AM, FM, SSB - seja em fonia, seja em comunicações digitais. Pode-se dizer que foram os radioamadores os pioneiros da Internet em Portugal, via rádio.
As bandas mais utilizadas: 3cm, 2m; 10,15,20,49,80,160 metros (onda curta) e outras, algumas para os mais entendidos e alguns os há, que são verdadeiros experts na matéria, que já há muito vinham a testar as frequências Muito Altas, hoje vulgarizadas através do uso do telemóvel. Perigosas para a saúde, já nessa época, se constatava.
Muitos Engenheiros, alguns muito cotados nas suas carreiras profissionais ligadas às Telecomunicações e à Electrónica.
Até outra ocasião!...
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asn

À janela!

O Rapazito a espreitar à janela. Tenho quase a certeza que estava a observar atentamente o voo dum pássaro ou o evoluir duma lagartixa.
Hoje, de manhã está um dia de Primavera verdadeiramente esplendoroso!...
Bom dia a todos, desde Barreira - Leria - Portugal!
(Lá, na empresa, trabalha um ucraniano que cumprimenta, toda a gente, simpaticamente, com expressões deste tipo:"bom fim de semana para todos", Bom dia a todos", "Boa tarde a todos")
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asn
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2006/04/28

Coisas que vou escrevendo 1.n


(Mandei este texto para o programa da Antena 1, "história de vida". Parece que não lhe ligaram pevide. Aqui fica a minha "vingançazinha"!...)
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O Jofre e o “Orelha Voadora”

Pode-se dizer que esta é uma história de vida, da minha vida. Não sei se o caso (e outro dentro do mesmo), que descrevo a seguir, ainda é sequer recordado pelos meus ex-colegas, para além de mim. Mas no que me diz respeito, sem dúvida que me ficou na memória, está a ter influência na minha vida actual, quarenta anos passados, e, diga-se, até me terá afectado e influenciado a minha atitude política futura. Até aqui eu quase que nem tinha a verdadeira noção do que era a política, no sentido social e militante do termo. A política era uma coisa estranha, abstracta, quase esotérica.
1966, Rua de Entreparedes, Instituto Comercial do Porto. Os alunos da 2ª turma do Curso de Contabilista, rapaziada na casa dos 17 anos, estavam a agrupar-se no 3º andar do edifício do Instituto, um prédio antigo, escadas interiores em caracol. Alguns de nós estávamos debruçados sobre o corrimão a apreciar o movimento de colegas e professores a subir e a descer as escadas. Do último andar, tínhamos uma panorâmica que nos permitia observar o que se passava desde o rés-do-chão. Sempre que divisávamos, lá ao fundo, o Aurélio, lá começava a gritaria do costume: lá vem o grande chefe orelha voadora”. Ainda hoje uso na internet, sempre que oportuno, o nick “orelha voadora”. O Aurélio, coitado, é que não achava graça nenhuma à brincadeira e subia a correr, a ameaçar o bandalho que andava a gozar com ele. Claro, pior a emenda que o soneto, como se vê e é sabido desde sempre .
Mas esse poiso da estudantada também nos proporcionava um outro espectáculo peculiar, que era o de saber se o professor da aula estava a chegar ou se ia faltar (algumas vezes ao abrigo do artº 5º, vim eu a saber mais tarde, quando passei a assumir essa função dois anos depois, enquanto esperava que me chamassem para a tropa, inevitavelmente, para uma das nossas ditas “províncias ultramarinas”). No momento fixado na minha memória, o professor em causa era o Jofre, assim se chamava o nosso professor de História Geral e Económica. Ainda o estou a ouvir dizer-nos, na apresentação. Rapazes, podem comprar o livro oficial, mas as minhas aulas não têm nada a ver com a forma como a matéria vem explanada nesse livro. Assim foi, na verdade, o que resultou em muitos apontamentos escritos à mão, que depois intercambiávamos uns com os outros. Por esse e outros motivos é que o Jofre, de vez em quando, era forçado a faltar às aulas. Era certo e sabido que tinha sido chamado à Pide e por lá ficava por uns tempos. É que ele não se cansava de nos dizer que a História contada no livro oficial era uma grande aldrabice. Vai daí contava a História como deve ser, dizia ele…
Um dia não apareceu. Nos dias seguintes, até lhes perdermos a conta, também não.
Nunca mais soubemos notícias do Jofre…
Ainda hoje me pergunto, nostalgicamente, qual terá sido a trajectória da sua vida! Será que ainda é vivo?
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asn

FERNÃO de MAGALHÃES - Astrónomo


....................Retrato de Fernão de Magalhães. (1480?-1521)
.....................1848, óleo sobre tela, 720 x 610 mm
.......................Museu Naval, Madrid, Espanha

Viajava de carro entre Leiria e Boa Vista, 10 km mais ou menos, quando ouvi na Antena 1, no programa da tarde sobre Astronomia, Máximo Ferreira* a falar sobre as observações astronómicas feitas e anotadas por Fernão de Magalhães aquando da sua passagem do Atlântico para o Pacífico, através do canal que assumiu por esse facto, o seu nome, o estreito de Magalhães. Essas observações foram muito importantes para os conhecimentos de astronomia, muito limitados à época, na medida em que foi a primeira vez que se fez referência à existência de nebulosas localizadas em pontos do Universo diferentes dos que eram conhecidos na altura. Ainda hoje essas nebulosas - A Grande e a Pequena Nuvens de Magalhães - assim são conhecidas cientificamente com o nome daquele grande navegador português, ainda que naquela altura estivesse ao serviço dos Reis de Espanha.
Faz precisamente, hoje, dia 28 de Abril de 2006, 545 anos sobre a morte - em resultado de lutas travadas ao chegar às Filipinas - do empreendedor da primeira viagem de circum-navegação da Terra.
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Comprei, há pouco tempo, influenciado por um programa de rádio, um livro sobre Astronomia, para iniciados, explicações muito acessíveis, deste brilhante Astrónomo português da actualidade. Sempre que tenho ocasião não perco os seus breves programas na Antena 1, por volta das 3 horas e tal da tarde.
Na contra-capa escreve-se, em final, o seguinte:
"...Viaje pelos céus. Atravesse galáxias, observe nebulosas, contemple o nascimento de uma estrela, brinque com deuses, animais ou figuras lendárias, mas...com os pés bem assentes em terra!"
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asn

OS CARRILHÕES DA TORRE SINEIRA DA SÉ DE LEIRIA





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Sexta-feira, 28 de Abril 2006

Leiria tem a única escola de carrilhão do país pela mão da SAMP.

Se um destes sábados andar a passear pela zona histórica da cidade e ouvir os sinos da Torre da Sé a 'tocar' o 'Apita o Comboio' ou 'Coimbra é uma lição', não se admire. Isso significa que há alunos da única Escola de Carrilhão do País a mostrarem os seus dotes. A escola, criada pela SAMP (Sociedade Artística e Musical dos Pousos), há pouco mais de uma ano, e cujas aulas são ministradas pelo mestre carrilhanista do Palácio de Mafra Abel Chaves, já conquistou 'fans' dos 12 aos 65 anos .Sempre que os sinos tocam em concerto, são quatro mil e 300 quilos de música que ecoam pela zona histórica da cidade de Leiria. É sempre assim, de 15 em 15 dias, aos sábados,...
...Uma emoção que ninguém vê, já que o carrilhanista está no interior de uma pequena cabina de madeira, no topo da Torre da Sé, mas que todos podem ouvir,...
... Daí que, aquando do pedido da SAMP para criar a escola de carrilhão, tenha "surgido um embróglio" já que o Ministério da Educação deferiu o pedido para abrir um curso oficial daquele instrumento, mas o Conservatório de Coimbra "não faz a mínima ideia do que é um curso de carrilhão porque não tem nem professor nem o curso, e portanto o Ministério autorizou, a DREC não percebeu como é que aquilo era possível e o processo ainda se arrasta, mas a verdade é que o curso está a funcionar", e este ano "arrancou o primeiro curso oficial do País", para delícia de quem aprende, de quem ensina, e de quem ouve.
Que os sinos toquem!
Marilene Pinheiro

(O negrito é da responsabilidade do editor deste blog)

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asn

2006/04/27

UM Livro, um GUIA de Guía - Pombal

A razão desta referência tem a ver com o facto de pensar que há que promover as iniciativas editoriais locais. Quantas não passam completamente despercebidas no emaranhado de informação que circula a velocidade e quantidade impressionantes. E quantas não se perdem nesta voragem avassaladora, que tudo arrasa e tudo promove, num instante!
A apresentação do livro será da responsabilidade do Dr. Vítor do Casal Martins.
Na obra são abordadas questões antropológicas, através do testemunho de pessoas,traços económico-sociais, tendo em parte como pano de fundo, a fábrica do vidro,propriedade de família Tomé Fèteira. São retratadas vivências, histórias, cultura e património da Guia. Trata-se de um cartão de visita da Guia, que é um pequeno historial em busca da identidade guiense.
NB: A Folheto Edições & Design e a Junta de Freguesia da Guia têm o prazer de convidar V. Ex.ª para a apresentação do livro de Cidália Rodrigues: Guia, uma história, uma identidade. A sessão terá lugar no próximo dia 5 de Maio, pelas 22 horas, na Cantina Escolar, na freguesia da Guia, concelho de Pombal.
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asn

DR - Ordenamento Territorial e Música Portuguesa!


DR nº 82 - I-B de 27 Abril 2006
(Note-se que só se transcreve o Sumário parcial do Diário da República)
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Presidência do Conselho de Ministros
Resolução do Conselho de Ministros nº 41/2006:
Aprova, para efeitos de discussão pública, a proposta técnica do Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território(1)............... pág. 2931 e seguintes.
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Portaria nº 204/2006:
Estabelece, pelo período de um ano, a quota mínima de 25% de música portuguesa(2) na programação musical dos serviços de programas de radiodifusão sonora....... pág. 3041
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(1) Está aberta a discussão pública...
(2) Esta disposição legal entra em vigor no dia 2 de Maio de 2006.
Quem vai controlar a execução desta portaria?
Quais as sanções para as estações radiofónicas que não cumprirem estas determinações?
Ainda a procissão vai no adro e não me parece que de lá consiga sair tão depressa!...
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asn

LUÍS DE CAMÕES - O Icon duma Comunidade Mundial



Que segredo tão árduo e tão profundo:
nascer para viver, e para a vida
faltar-me quanto o mundo tem para ela!
e não poder perdê-la,
estando tantas vezes já perdida!
Canção X

Não se aprende, Senhor, na fantasia,
Sonhando, imaginando ou estudando,
Senão vendo, tratando e pelejando.
Lusíadas, C.X. 153, vv,6-8

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A propósito do "Elos Internacional da Comunidade Lusíada", por alturas da constituição do Elos Clube de Leiria, no passado dia 22 do corrente mês.

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asn

2006/04/26

RADIOLOCALIZAÇÃO


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Ou não fosse eu Radioamador desde 1982:

"Agrupamento 1278 de Barcarena do CNE faz ARDF.
O ARDF ou Radiolocalização (rádio - orientação) faz já parte do conjunto das disciplinas de treino, formação e ocupação dos tempos livres que o agrupamento de escuteiros de Barcarena, o 1278 do CNE (recentemente fundado), disponibiliza para os seus elementos. Sábado dia 29 de Abril, irão realizar diversas provas em todo o terreno, numa das regiões mais montanhosas do país. "
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( Mais informação sobre as actividades deste Agrupamento de Escuteiros, consultar o site da AMRAD, cujo logotipo fica reproduzido a seguir).

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asn

PARA PENSAR 1.n


PARA PENSAR... (O que alguns - os que vou "pescando" por aí, na Net e noutros sítios - dizem e escrevem e me põem a pensar.).
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"Leitor em Formação
Na leitura de um livro, uma página de jornal, uma revista especializada, o leitor se torna também o criador do texto. Não há leitor de verdade quando não se realiza, no ato da leitura, a mágica da comunicação. Em especial na literatura, o leitor é co-autor da obra que se materializa nos sentidos surgidos, e (re)significados por sua vivência. Sabemos que a literatura é plurissignificativa. Percebemos a co-autoria do leitor, por exemplo, quando dizemos que quando relermos anos mais tarde uma dada obra literária a compreenção foi outra, foi diversa daquela primeira vez."
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(Quantos outros não vão ficar no meu desconhecimento e/ou desatenção...)
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asn