2006/05/25

TIMOR - SUGESTÃO de 1613


Segundo os seus dados biográficos, o autor deste livro, Pedro Vasconcelos, viveu intensamente, experiências de viagem por várias zonas do planeta, designadamente, pelas áreas de influência da Índia e Indonésia e por Timor. Daí nasceu, segundo confessa, este Romance.
Comecei e ler este trabalho, ainda antes de se terem precipitado os actuais acontecimentos trágicos que se estão a viver nesta antiga colónia portuguesa, ainda e sempre relacionados com os desentendimentos fratricidas e violentos naquela Ilha do Índico.
Tudo começou na ilha de Solor(*), na Insulíndia... Os Holandeses, em maior número e fortemente armados, estão a atacar o forte Português com três naus e outros barcos de menor porte, apoiados na artilharia e em guerreiros recrutados na área.
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Não tenho muito tempo disponível para literaturas, nesta altura do ano, que sou Contabilista e tenho que ultimar os elementos de gestão e fiscais para apresentar ao Fisco. E a verdade é que os prazos estão, uns em dias finais e outros logo a seguir.
No entanto, dados esses acontecimentos trágicos vividos actualmente em Timor Loro Sae tenho vindo a fazer um esforço suplementar para conseguir adiantar a leitura deste livro, posso dizer emocionante e altamente esclarecedor das contingências vividas pelos portugueses naquela zona, sob a influência do nosso Império Colonial das Índias, e das lutas travadas com os Holandeses pelo domínio das rotas de navegação para o transporte e comércio das especiarias do Oriente, muito apreciadas e cobiçadas naquela época, séc. XVII. (*)
Para se avaliar da situação actual em Timor acompanhe-se as notícias que, hora a hora, nos estão a chegar através das agências. Já chegaram a Dili os primeiros soldados dum contingente de 1.300 soldados que a Austrália se prontificou a enviar para ajudar a pacificar os ânimos exaltados de alguns chefes/facções que sempre existiram em Timor. Os portugueses também vão enviar um contingente de mais de 100 sodados da GNR.
Entretanto, já há várias dezenas de mortos e feridos nos confrontos armados registados.
"Xanana retirou competências na área da segurança ao governo. O Presidente da República de Timor-Leste, Xanana Gusmão, anunciou hoje a decisão de retirar todas as competências na área da segurança ao governo liderado pelo primeiro- ministro Mari Alkatiri, revelou o gabinete da presidência à Agência Lusa.
«O presidente da República, na qualidade de chefe de Estado e de comandante supremo das forças armadas, chamou a si todo o controlo da segurança do país», explicou a mesma fonte.
A decisão é «consequência de consideração profunda sobre a deterioração da situação de segurança no país», acrescentou o gabinete da presidência, referindo que esta informação foi já enviada ao corpo diplomático acreditado em Díli.
O presidente da República fez esta declaração a partir da sua residência em Balibar.
Diário Digital / Lusa
25-05-2006 8:38:00"
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Veremos no que vai dar toda esta convulsão que se vive em Timor. Claro que as circunstâncias actuais são bem diferentes das que se verificaram aquando da revolta e subsequente massacre pelos Indonésios, a que se seguiu a Independência, dado o reaparecimento em cena - agora com mais vigor dado que a área está definitivamente catalogada como rica - dum outro elemento fundamental no puzzle: o petróleo, o sempre presente e intimamente ligado às grandes convulsões económico/sociais pelo Mundo fora, que é o Poder do Petróleo.
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(*) História de Timor a partir 1512
Só com a chegada dos Portugueses se abre em Timor o período propriamente histórico - pois só então foi na ilha a escrita. A conquista de Malaca em 1511 abrira aos portugueses o domínio dos mares da Insulíndia e do comércio das drogas e especiarias que se produziam nas diversas ilhas. A Timor atraiu-os o do sãndalo. As primeiras expedições comerciais dos portugueses à Insulíndia Oriental datam de1512; mas dirigiam-se às Molucas e não devem ter dado em 1514. A partir dessa data visitaram regularmente a ilha navios portugueses, que traziam de Malaca panos de algodão e objectos metálicos, como facas, espadas e machados, levando em troca sândalo, mel e cera. Na segunda metade do séc. XVI há notícias de se realizarem carreiras regulares não só de Malaca mas também de Macau - pois era a China o principal consumidor do sândalo. Não há porém qualquer traço de estabelecimento permanente de portugueses na ilha. O enraizamento da presença portuguesa em Timor não se deve, porém, aos comerciantes mas aos missionários. O primeiro de que há notícia certa foi o franciscano Fr. António Taveira, que em 1556 converteu numerosos nativos . Em 1561, o primeiro bispo de Malaca, D. Frei Jorge de Sta.Luiza, dominicano, enviou para a zona quatro dominicanos que se estabeleceram na ilha de Solor; daí irradiou, agora de modo sistemático, a acção missionária para as vizinhas ilhas de Adunara, Flores, Savu e Timor. Para defender dos mouros jaus e maçares o seu convento de Solor, os dominicanos construíram um forte; escolhido inicialmente pelos religiosos, o seu capitão começa no fim do século XVI a ser nomeado pelo vice-rei da Índia ou pelo próprio Rei. A entrada em cena dos Holandeses (c.1595) provoca o reforço e desenvolvimento da capitania; os ataques daqueles a Solor (desde 1613) levam à sua transferênciapara Larantuca, nas Flores (1637). Entretanto, em Timor a acção dos dominicanos convertia ao cristianismo diversos régulos que se iam colocando sob a suserania do rei de Portugal - entretanto assim, a pouco e pouco, a ilha na esfera de influência portuguesa, ora na dependência dos capitães de Larantuca, ora com capitães-mores privativos. O centro da presença portuguesa passa assim gradualmente das Flores para Timor. Para sede da capitania construiu-se, em 1646, no Cupão um forte - que logo em 1652 caiu em poder dos Holandeses. A capitania passou então para Lifau, no actual enclave de Oé-Cussi.

2006/05/24

QUEM SOMOS NÓS?



Face a esta maravilha, Mar, Terra, Luz, Sombra, o planeta Terra em movimento, o incógnito, a Beleza do Infinito, a nossa mente a dispersar-se, mansamente, distraidamente, a raiva incontida perante a violência descontrolada e tola do Homem, que fazer?...
Homem, acorda e defende o Planeta onde vives.
Mas não te esqueças, nunca! Não vives sozinho!...
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asn
"A literatura não permite caminhar, mas permite respirar"
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Barthes, Roland

2006/05/22

ARTE e LETRAS

Palamedesz., Anthonie (Dutch, 1601-73)

Elegant Company Gaming and Drinking
1632-34 Oil on panel
Richard Green Galleries, London.

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Em Leiria está em fase de formalização a AIALL - Associação Internacional de Arte e Letras de Leiria.
Presidente: Adélio Amaro (Editor e Jornalista); Vice-Presidente: Salanga (Artista plástico); Tesoureiro: Marcelo (Artista plástico).
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Seguindo o link recorda-se a reunião deliberativa da constituição da AIALL:
http://viveremleiria.blogspot.com/2006/03/aiall-artes-e-letras-em-plena-conjugao.html
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Um dos artistas plásticos fundadores:
jo.art@sapo.pt
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asn

QUE FAZER?

(clicar em cima da foto para melhor se ver...)


Ainda que mal pergunte. Que fazer num caso destes?
Passo a explicar. Um tanto vagamente, consegue-se ver, na fotografia, alguns gatos, que fazem parte de uma ninhada, têm um mês, mês e meio talvez, e nasceram no meio de fetos e mato dum terreno para construção, na minha rua, mesmo ao lado da minha casa.
Já temos cá em casa dois gatos, alimentamos solidariamente alguns outros, que foram aparecendo por estas bandas. A prole está a aumentar, pelos vistos. Que fazer? Deixar de alimentar, precariamente embora, que o nosso fundo de apoio alimentar aos bichos não suporta tais encargos por mais tempo, correndo-se o risco de começar a ver estes animais a vaguear com fome e a morrerem de doenças?
Não haverá quem queira tomar conta de alguns destes gatos, que é uma dor d´alma ver a mãe gata numa azáfama louca à procura de comida para poder alimentar os seus filhos?
Que fazer, deixá-los ao abandono? Que se governem sozinhos dirão alguns dos leitores!
Pois...

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NOVO LIVRO DE JÚLIA MONIZ

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Não sabe quem é Júlia Moniz? É natural, que ela própria não faz grande alarido para que o seu nome seja conhecido por todo o lado. Mas sempre vos poderei dizer que Júlia Moniz nasceu no lugar e fregesia da Barreira, concelho de Leiria, no ano de 1947. Descende de uma das famílias rurais mais numerosas e tradicionais desta freguesia.
Já publicou diversas obras em poesia e em prosa, sendo que a última, em co-autoria com António Rodrigues a Cruz, em Maio de 2004, se intitula "Tardes de Domingo". Dissertam - e com que maestria - sobre esta terra, as suas gentes e a sua história.
Lembrei-me de colocar este "post", uma mera e simples fotografia dum folheto anúncio do lançamento dum outro seu livro, que, muito francamente, pelo que já conversei com a autora, penso que será muito interessante, comovente e inspirado em documentos familiares do tempo das invasões francesas que, como se sabe, martirizaram - e de que maneira - toda esta zona de Leiria.
D. Júlia Moniz, espero não estar a cometer nenhuma inconfidência imperdoável!
No dia 11 de Junho, lá estarei no Solar do Visconde. Se Deus quiser!
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PS: Júlia Moniz escreveu o Prefácio dum livro por mim publicado no ano passado, sob o título "Caminhos Entrelaçados - na freguesia da Barreira", resultado da minha experiência de membro da Junta desta freguesia, para a qual vim morar há 13 anos. Muito simplesmente, um Ensaio Monográfico e Histórico desta freguesia, que eu fiquei a conhecer por dentro, nalguns dos seus encantos e recantos, mas que muitos outros não fui ainda capaz de decifrar.

EÇA de QUEIROZ e os políticos.

(clic em cima da imagem para poder ler com facilidade) Hoje, como no tempo de Eça - Crises políticas e sociais sucessivamente adiadas. Já lá vão 139 anos e a ideia que fazemos dos políticos que têm governado o nosso país continua a ser a mesma: nulos a resolver crises.

(Enviado por e-mail por Mário Freitas)

2006/05/20

MULTIDÃO COM OS FINALISTAS


Um aspecto da multidão, que acompanhou os finalistas universitários da Academia Leiriense, na sua festa religiosa da benção das pastas.

- foto tirada do 1º andar da Casa dos Paivas, onde estou a trabalhar...neste momento a fazer um intervalo para documentar esta ocasião neste meu blog.
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asn
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LEIRIA ACADÉMICA e CATÓLICA


Missa da bênção das Pastas dos finalistas universitários na Sé de Leiria. Foto tirada pelas 17h30 no interior da Sé, completamente cheia. Muitas centeas de pessoas, familiares e amigos dos estudantes com toda a certeza, cá fora no Adro e no Largo da Sé e redondezas, muita gente nos cafés. Também havia muita animação de estudantes a festejar efusivamente com canções académicas bem regadas com cerveja. Bem os vi - onde está o espanto? - quando tive que sair um bocadito para espairecer e tomar um café. Tive que ir à Praça Rodrigues Lobo, que aqui ao lado, no Café/Restaurante do Filipe não havia espaço para mais ninguém. Estava a abarrotar de estudantes envoltos nas suas capas e batinas pretas, muitos de chapéu preto de aba larga.
Uma festa de tradição, fé e orgulho por se ter atingido o objectivo de finalizar um curso Universitário. Quer para os estudantes quer para os seus familiares.
Muitas felicidades e sorte é o que se deseja, de que bem vão precisar no Futuro que por aí vem, sorrateiro e matreiro. Que estes nossos estudantes venham a ser capazes de tornear as dificuldades que se adivinham nas brumas do horizonte da vida actual!...
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