Segundo os seus dados biográficos, o autor deste livro, Pedro Vasconcelos, viveu intensamente, experiências de viagem por várias zonas do planeta, designadamente, pelas áreas de influência da Índia e Indonésia e por Timor. Daí nasceu, segundo confessa, este Romance.
Comecei e ler este trabalho, ainda antes de se terem precipitado os actuais acontecimentos trágicos que se estão a viver nesta antiga colónia portuguesa, ainda e sempre relacionados com os desentendimentos fratricidas e violentos naquela Ilha do Índico.
Tudo começou na ilha de Solor(*), na Insulíndia... Os Holandeses, em maior número e fortemente armados, estão a atacar o forte Português com três naus e outros barcos de menor porte, apoiados na artilharia e em guerreiros recrutados na área.
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Não tenho muito tempo disponível para literaturas, nesta altura do ano, que sou Contabilista e tenho que ultimar os elementos de gestão e fiscais para apresentar ao Fisco. E a verdade é que os prazos estão, uns em dias finais e outros logo a seguir.
No entanto, dados esses acontecimentos trágicos vividos actualmente em Timor Loro Sae tenho vindo a fazer um esforço suplementar para conseguir adiantar a leitura deste livro, posso dizer emocionante e altamente esclarecedor das contingências vividas pelos portugueses naquela zona, sob a influência do nosso Império Colonial das Índias, e das lutas travadas com os Holandeses pelo domínio das rotas de navegação para o transporte e comércio das especiarias do Oriente, muito apreciadas e cobiçadas naquela época, séc. XVII. (*)
Para se avaliar da situação actual em Timor acompanhe-se as notícias que, hora a hora, nos estão a chegar através das agências. Já chegaram a Dili os primeiros soldados dum contingente de 1.300 soldados que a Austrália se prontificou a enviar para ajudar a pacificar os ânimos exaltados de alguns chefes/facções que sempre existiram em Timor. Os portugueses também vão enviar um contingente de mais de 100 sodados da GNR.
Não tenho muito tempo disponível para literaturas, nesta altura do ano, que sou Contabilista e tenho que ultimar os elementos de gestão e fiscais para apresentar ao Fisco. E a verdade é que os prazos estão, uns em dias finais e outros logo a seguir.
No entanto, dados esses acontecimentos trágicos vividos actualmente em Timor Loro Sae tenho vindo a fazer um esforço suplementar para conseguir adiantar a leitura deste livro, posso dizer emocionante e altamente esclarecedor das contingências vividas pelos portugueses naquela zona, sob a influência do nosso Império Colonial das Índias, e das lutas travadas com os Holandeses pelo domínio das rotas de navegação para o transporte e comércio das especiarias do Oriente, muito apreciadas e cobiçadas naquela época, séc. XVII. (*)
Para se avaliar da situação actual em Timor acompanhe-se as notícias que, hora a hora, nos estão a chegar através das agências. Já chegaram a Dili os primeiros soldados dum contingente de 1.300 soldados que a Austrália se prontificou a enviar para ajudar a pacificar os ânimos exaltados de alguns chefes/facções que sempre existiram em Timor. Os portugueses também vão enviar um contingente de mais de 100 sodados da GNR.
Entretanto, já há várias dezenas de mortos e feridos nos confrontos armados registados.
"Xanana retirou competências na área da segurança ao governo. O Presidente da República de Timor-Leste, Xanana Gusmão, anunciou hoje a decisão de retirar todas as competências na área da segurança ao governo liderado pelo primeiro- ministro Mari Alkatiri, revelou o gabinete da presidência à Agência Lusa.
«O presidente da República, na qualidade de chefe de Estado e de comandante supremo das forças armadas, chamou a si todo o controlo da segurança do país», explicou a mesma fonte.
A decisão é «consequência de consideração profunda sobre a deterioração da situação de segurança no país», acrescentou o gabinete da presidência, referindo que esta informação foi já enviada ao corpo diplomático acreditado em Díli.
O presidente da República fez esta declaração a partir da sua residência em Balibar.
Diário Digital / Lusa
25-05-2006 8:38:00"
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"Xanana retirou competências na área da segurança ao governo. O Presidente da República de Timor-Leste, Xanana Gusmão, anunciou hoje a decisão de retirar todas as competências na área da segurança ao governo liderado pelo primeiro- ministro Mari Alkatiri, revelou o gabinete da presidência à Agência Lusa.
«O presidente da República, na qualidade de chefe de Estado e de comandante supremo das forças armadas, chamou a si todo o controlo da segurança do país», explicou a mesma fonte.
A decisão é «consequência de consideração profunda sobre a deterioração da situação de segurança no país», acrescentou o gabinete da presidência, referindo que esta informação foi já enviada ao corpo diplomático acreditado em Díli.
O presidente da República fez esta declaração a partir da sua residência em Balibar.
Diário Digital / Lusa
25-05-2006 8:38:00"
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Veremos no que vai dar toda esta convulsão que se vive em Timor. Claro que as circunstâncias actuais são bem diferentes das que se verificaram aquando da revolta e subsequente massacre pelos Indonésios, a que se seguiu a Independência, dado o reaparecimento em cena - agora com mais vigor dado que a área está definitivamente catalogada como rica - dum outro elemento fundamental no puzzle: o petróleo, o sempre presente e intimamente ligado às grandes convulsões económico/sociais pelo Mundo fora, que é o Poder do Petróleo.
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(*) História de Timor a partir 1512
Só com a chegada dos Portugueses se abre em Timor o período propriamente histórico - pois só então foi na ilha a escrita. A conquista de Malaca em 1511 abrira aos portugueses o domínio dos mares da Insulíndia e do comércio das drogas e especiarias que se produziam nas diversas ilhas. A Timor atraiu-os o do sãndalo. As primeiras expedições comerciais dos portugueses à Insulíndia Oriental datam de1512; mas dirigiam-se às Molucas e não devem ter dado em 1514. A partir dessa data visitaram regularmente a ilha navios portugueses, que traziam de Malaca panos de algodão e objectos metálicos, como facas, espadas e machados, levando em troca sândalo, mel e cera. Na segunda metade do séc. XVI há notícias de se realizarem carreiras regulares não só de Malaca mas também de Macau - pois era a China o principal consumidor do sândalo. Não há porém qualquer traço de estabelecimento permanente de portugueses na ilha. O enraizamento da presença portuguesa em Timor não se deve, porém, aos comerciantes mas aos missionários. O primeiro de que há notícia certa foi o franciscano Fr. António Taveira, que em 1556 converteu numerosos nativos . Em 1561, o primeiro bispo de Malaca, D. Frei Jorge de Sta.Luiza, dominicano, enviou para a zona quatro dominicanos que se estabeleceram na ilha de Solor; daí irradiou, agora de modo sistemático, a acção missionária para as vizinhas ilhas de Adunara, Flores, Savu e Timor. Para defender dos mouros jaus e maçares o seu convento de Solor, os dominicanos construíram um forte; escolhido inicialmente pelos religiosos, o seu capitão começa no fim do século XVI a ser nomeado pelo vice-rei da Índia ou pelo próprio Rei. A entrada em cena dos Holandeses (c.1595) provoca o reforço e desenvolvimento da capitania; os ataques daqueles a Solor (desde 1613) levam à sua transferênciapara Larantuca, nas Flores (1637). Entretanto, em Timor a acção dos dominicanos convertia ao cristianismo diversos régulos que se iam colocando sob a suserania do rei de Portugal - entretanto assim, a pouco e pouco, a ilha na esfera de influência portuguesa, ora na dependência dos capitães de Larantuca, ora com capitães-mores privativos. O centro da presença portuguesa passa assim gradualmente das Flores para Timor. Para sede da capitania construiu-se, em 1646, no Cupão um forte - que logo em 1652 caiu em poder dos Holandeses. A capitania passou então para Lifau, no actual enclave de Oé-Cussi.
2 comentários:
Viva!
Antes de tudo quero-lhe agradecer a sua visita ao meu pobre blog PopulusRomanus.
Peço-lhe também desculpa por só agora o fazer, mas afazeres vários, têm-me deixado sem muito tempo.
O "Mourix" está de facto, na rota de muitos encontros na blogesfera, entusiasmou-se e entusiasma quem por aqui caminha.
Dei uma vista de olhos pelos seus 3 blogs e fiquei cliente.
Devagar, vamo-nos "conhecendo" através das palavras e dos dizeres.
Aceite um sincero abraço
Caro amigo
Registei com agrado a sua passagem pelos meus blogs (os que estão activos) tanto mais que, pelo que depreendo, o tempo disponível também não abunda por esses lados.
A minha profissão também é uma desgraça em termso de ocupação de tempo e de preocupações, particularmente nesta época do ano.
É assim a vida.
Um abraço.
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