2007/10/20

3 Oliveiras - 1 fábrica

Não podia ficar indiferente. Estas três oliveiras(*), centenárias com toda a certeza, foram preservadas, apesar de se situarem precisamente na entrada duma fábrica, em Alcaidaria - Milagres - Leiria. As instalações da fábrica são grandes, pode-se dizê-lo. Noutras circunstâncias - bem do nosso descontentamento - estas oliveiras já estariam transformadas em cinza há muito tempo.
Ainda há quem olhe e veja também a natureza, que não só o dinheiro! Terá sido imposição de alguma entidade pública?!...
Não percamos a esperança!
(*) Olea europaea L Oliveira
Árvore até 15 m, de grande longevidade, com copa larga e tronco grosso, frequentemente muito curto e nodoso, por vezes dividindo-se em vários troncos ou com rebentos, e por vezes com numerosas cavidades no tronco e ramos principais.
(Painel de azulejos na fachada da casa onde viveu Afonso Lopes Vieira(a)(**) no lugar de Cortes - Leiria. Neste lugar, histórico e centro de irradiação de cultura, podemos visitar, entre outros, a Casa da Nora, a Casa-Museu-Biblioteca João/Mário Soares, o sítio idílico do nascimento do rio Lis, Noras antigas, a sua Igreja dedicada a N. Sra. da Gaiola (com uma história cheia de fervor religioso e de encantamento, come-se e bebe-se muito bem, etc.)).(**) (a)link
..
.


(clic para ampliar)Posted by Picasa

2007/10/19

Reflexões várias, do dia...

(clic para ampliar)

Leiria. Ainda não são oito e meia. Depois de uma noite mal dormida. Aliás, quem pode dormir em sossego no Largo da Sé? Será que esta rebaldaria tem que se suportar e de cara alegre?!

-----------------------------------------------------

Entretanto (não tenho fotografia porque deixei esgotar-se a bateria da máquina), no Largo do Papa Paulo VI (integrante do extenso "Largo 5 de Outubro de 1910", ali mesmo junto ao Jardim Luís de Camões) elementos do Exército Português andavam azafamados a montar tendas e diverso outro material, tendo em vista as comemorações do Dia do Exército).
Consegui reter, escrito num painel em letras garrafais, um apelo ao alistamento voluntário de mancebos no Exército.

-----------------------------------------------------

Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém.

Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;

Mas eu, que nunca principio nem acabo,

Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

(José Régio) - Afinal não é só de agora...que de poetas e loucos...(digo eu)


Não sei por onde vou,

Não sei para onde vou

- Sei que não vou por aí!

(José Régio) - Se não sabia por onde ia como podia saber que não ia por aí? (digo eu)

---------------------------------------------------



ARTUR FRANCO - Exposição no Teatro José Lúcio da Silva - até 21 de Outubro (v. aqui)

"LIS - VIDA E COR"

2007/10/17

Cortes, ali mesmo em frente.

Vista panorâmica sobre a localidade de Cortes - Leiria. Desde os Lourais. Ao fundo, a recortar a linha do céu azul, a Sra. do Monte. Esta foto é deste mês de Outubro de 2007. O Snr. Rui (por sinal meu ex-aluno na Escola Domingos Sequeira nos anos 60), proprietário da Livraria Martins, deu-me a dica que havia um livro(1) sobre as Cortes (andava eu à procura de informação sobre a Qta. de S. Venâncio), edição em 1997 do Jornal das Cortes. Da sua leitura consegui perceber o quão interessante é o seu conteúdo, tendo em conta os inúmeros artigos e ensaios que têm sido publicados naquele jornal desde a sua fundação. Os autores desses artigos e ensaios são pessoas muito qualificadas e conhecedoras das realidades e da história da freguesia das Cortes, donde resultou inevitavelmente uma mais valia para a compreensão da vida das suas gentes e da história desta terra. Dada a ligação íntima desta freguesia das Cortes com a da Barreira, na qual tenho residência e de cuja Junta já fiz parte, penso que é pertinente, quanto mais não seja para meu próprio conhecimento e de quem comigo estiver interessado em partilhar, reflectir sobre os temas desta freguesia vizinha e amiga. De notar, que, parcialmente, a Quinta de S. Venâncio faz parte desta freguesia. E, muito francamente, não compreendo (ignorância minha certamente) porque é que não há mais referências, quer no jornal das Cortes, quer noutros suportes de informação, acerca de Quinta tão simbólica desta zona! Entretanto, obtive a informação abaixo, que talvez possa ter interesse para os estudiosos das questões relativas a Cortes - Leiria:
Departamento de Inventário, Estudos e Divulgação
IGESPAR, I.P.
De acordo com a informação existente na base de dados de património arqueológico do nosso Instituto, o único registo com a designação Leiria - Quinta de São Venâncio (CNS – 6906) refere-se a uma estação de ar livre de época paleolítica, descoberta em 1947/8, sob a orientação de Manuel Heleno e na qual se identificaram indústrias líticas (conforme pode pesquisar em
www.ipa.min-cultura.pt). Esta informação foi retirada do processo 85/1(096) - Levantamento arqueológico das Estações Paleolíticas da Bacia do Liz. (2)

(1) "ReCortes do jornal daí" - As Cortes da Pré-História à Actualidade - estudos de história, património, cultura, religião, toponímia e etnografia. Ed. Jornal das Cortes - 1997. Sem grande espanto confimei que à frente da equipa do "Jornal das Cortes" "estavam José Bento da Silva e Carlos Fernandes que, fazendo apelo a energias insuspeitas, deram corpo a um projecto que não mais parou."
(2) O livro que estou a seguir contém um artigo(3) muito rigoroso acerca da forma de se escrever o nome do Rio que atravessa Leiria. Esse artigo já tem uns bons 10 anos e parece-me ser bastante elucidativo. Apesar de a tendência que se está a revelar na escrita desta palavra se orientar no sentido de se usar a palavra LIS, ainda existem muitas placas de sinalização com a toponímia LIZ. Quanto a mim, que não me considero um versado em linguística, nem pouco mais ou menos, depois do que tenho lido e estudado, inclino-me para a utilização da palavra LIS em detrimento de LIZ.
(3) "O Lis...os analfabetos... e os filhos bastardos", ensaio de Manuel Marques da Cruz, pág. 296.

Nota: (Nem precisaria de acrescentar que este tema é para continuar a ser tratado em próximos posts)

Posted by Picasa

2007/10/16

Entardecer de S. Venâncio!?...

À entrada da Quinta de S. Venâncio, atrás referenciada... do lado de lá segue a estrada Leiria-Cortes, muito perto do preciso local onde se limita a zona da cidade com as Cortes.
Entardecer Outonal...com Cedros, Plátanos e...muita folha velha acastanhada ou amarelecida pelo tempo...apesar de ele próprio andar muito confuso!...

Fala-se em que esta Quinta virá brevemente a transformar-se numa zona de Turismo Rural. Não seria má ideia!...

Posted by Picasa

2007/10/13

Quinta de S. Venâncio - Leiria

Legenda: (fotos de Abril de 2007) (clic para ampliar)
1 - Portão de entrada do lado poente ("...acompanha a aludida estrada municipal até encontrar o portão da Quinta de S. Venâncio, junto ao quilómetro 0,980, e continua, depois, pelo caminho particular que atravessa aquela Quinta e se dirige para a sua estrada principal, situada na estrada nacional nº 856-2, junto ao quilómetro 10,130, nas proximidades da Quinta de Vale de Lobos, e, aí, desvia-se para sudoeste, por um caminho público..." conforme "Anais do Município de Leiria" - vol II -1993 - João Cabral ("limites da cidade de Leiria", de acordo com o Decreto nº 358/72 de 21.9,1972(*));
2 - Alameda de plátanos centenários desde o portão até ao edifício principal da Quinta, incluindo uma capela privativa (**);
3 - Fachada nascente do edifício principal da Quinta. Repare-se na imponência que se pressente terá sido a vida desta Quinta nos seus tempos áureos. (***)
-
(*) O nº desta estrada está errado no "Anais..." pág. 62. Trata-se da Estrada Nacional 356-2. Daqueles erros de simpatia, que afinal são muito antipáticos.
Poder-se-á dizer que a entrada principal da Quinta de S. Venâncio ficará na parte mais a Sul da Rua de Vale de Lobos, que vai da Praça Rotária (Mc Donalds como é conhecida popularmente) atè à Quinta de Vale de Lobos, na Guimarota.
(**) Em próximo post voltarei para falar expressamente sobre esta capela; a capela de S. Venâncio. A sua história é muito interessante. Toda a Quinta também tem muito a ver com a história das invasões francesas. Como uma grande parte do concelho de Leiria, aliás.
(**a) - Ver Cedros centenários da quinta aqui
(***) No suplemento "Viver" - Jornal de Leiria - de 16 de Fevereiro de 2006, Damião Leonel, escreve mais uma das suas variadíssimas crónicas sobre Eventos históricos relacionados com Leiria, sempre muito bem documentadas e estruturadas. Desta feita, aborda a temática da "Quinta de S. Venâncio".Com base nesta crónica podem extrair-se algumas informações muito interessantes e de rigor, dados os contactos que este jornalista estabeleceu com elementos da própria família, como aliás me confirmou pessoalmente.Com a devida vénia do autor, comecemos, então, por uma fotografia que mostra a família Oriol Pena no palacete da Quinta, estávamos no séc. XIX, antes das invasões francesas (se se fizerem as devidas comparações com a foto 3, da actualidade, pode constatar-se que se trata duma cena junto à fachada nascente do palacete).
Esta quinta foi destinada inicialmente a Pavilhão de caça, até ao reinado de D. João VI. Entretanto, no decorrer das invasões francesas, é destruída, tendo os proprietários, os Oriol Pena, fugido para o Brasil. Só em 1886 ou 1889 é que a propriedade foi reconstruída e voltou a atingir os fulgores de outrora com Joaquim Xavier, que foi senador na Corte, homem culto e influente. Entre os visitantes ilustres desta Quinta contam-se o rei D. Carlos e a rainha D. Amélia e até José Relvas, proclamador da República em 1910, aqui esteve, talvez motivado pela sua paixão pela fotografia. Aqui foram instalados o telescópio, uma biblioteca e um estúdio de fotografia, tecnologia muito atraente e recente, que trouxe a esta Quinta vultos da ciência e das artes.
Este brasão, que passou a ser o brasão da família Oriol Pena está incrustado na fachada do actual Montepio Geral (Leiria - Rua Vasco da Gama) e é constituído pela simbologia das famílias Figuieiredo (à esquerda com 3 folhas verdes de figueira) e dos Mello (à direita). Neste edifício esteve instalado o Hotel Central, que ardeu num brutal incêndio em 1974 (antes da dita revolução dos cravos, esclareça-se). Constituiu o palacete dos Oriol Pena dos seus tempos áureos do séc. XIX. Também foi barbaramente saqueado pelos franceses aquando das invasões.
Todas estas famílias, Oriol Pena, Figueiredo e Mello, estão ligadas genealogicamente à família Charters d´Azevedo.
-
Aditamento em 16 de Outubro de 2010
1891 -
A 27 de Dezembro o Districto de Leiria anunciava a inauguração do edifício do Grande Hotel Liz do capitalista alcobacense Francisco de Oriol Pena...
-
NOVO ADITAMENTO - Cópia das minhas fotografias, usadas abusivamente sem qualquer referência da sua autoria (ver aqui) 7fev2012

2007/10/12

Mourinho em campanha de Marketing! Por Leiria!

Há que aproveitar! Campanhas destas custariam milhões!

"Mourinho protagonizou, numa entrevista concedida à BBC – já emitida pela televisão portuguesa – e disponível, sob vários formatos, na internet, uma crítica pouco simpática à cidade onde esteve como treinador há seis anos: “Pela primeira vez deixei a minha mulher e filhos em Lisboa. Não estavam comigo porque [Leiria] não era um bom sítio para os levar comigo”. Esta publicidade negativa corre mundo. Serão já milhões as pessoas que ouviram da boca do treinador mais mediático que Leiria não é o melhor sítio para se viver com a família. Miguel Sousinha, presidente da Região de Turismo Leiria/Fátima, relativiza o impacto negativo destas declarações e replica: “Vale a pena convidar Mourinho para visitar Leiria”. Ora aí está uma excelente manobra de marketing que pode jogar a favor de cidade, entende Paulo Faustino, leiriense, docente universitário e investigador na área da comunicação e do marketing. Era uma oportunidade para mostrar o que Leiria tem de bom. ...
... Adelino Mendes, adjunto do governador civil de Leiria, lembra o poder de compra, a segurança, a dinâmica e o desenvolvimento de Leiria para reforçar o convite: “Leiria está em mudança e, quem sabe, após a conclusão das obras do Estádio Municipal, Mourinho não regressa… Não para treinar, mas para passear com a família. A cidade, o concelho e a região terão muito gosto em recebê-lo!”. "

2007/10/09

Leiria Outonal e ancestral


4fev2012: esta zona está toda transformada com as obras gigantescas de construção do IC36, ligação da A1 à A8), acessos na rotunda de Vale de Lobos, vale do lis.

(2) (3)
Não me encontro com entusiasmo para escrever grandes textos. O meu pensamento anda muito disperso e em ebulição.
O Outono, neste hemisfério, o do Norte do Planeta Terra, aí está.
Resumindo, para abreviar... e desanuviar:
Foto 1 - Uma panorâmica Outonal com o prado cheio de malmequeres amarelos;
Foto 2 - Um carvalho antigo (muito antigo de certeza), num caminho, mesmo nas bordas da cidade de Leiria.

4fev2012: acrescentei, que na altura não sabia, aqui já era a Rua Ramalho Ortigão (Leiria, junto à rotunda na EN 356-2, estrada Leiria-Cortes, acesso ao novo IC 36 - viaduto sobre a Quinta de S. Venâncio)
Quercus faginea Lam (Carvalho-cerquinho, muito frequente nesta zona Centro, em montados abertos em que a componente arbórea se associa às componentes pastoril e agrícola, o que sucede em grande parte da área de Vale de Lobos e parte da Qta de S. Venâncio; claro, com tendência ao abandono da sua exploração original).
Há 42 anos que vivo nesta zona e só agora é que me decidi a percorrê-lo! Descobri um carvalhal antigo e outros recantos naturais interessantíssimos para quem usa os olhos para olhar com atenção a Natureza.
Foto 3 - Um dos vários cedros centenários, imediatamente à entrada da Quinta de São Venâncio, mesmo no limite SudEste da cidade, quem vai na direcção das Cortes, Torrinhas, Reguengo do Fétal, Fátima. clicar para aumentar)

Proponho-me, o mais breve que me for possível, apresentar-vos o interior desta Quinta, uma das mais representativas desta zona e com uma história fantástica a revisitar. Também se notam as folhas de plátanos de enormes dimensões, mais uma das árvores abundantes neste sítio, que se estendem numa alameda com cerca de cem metros, desde a entrada principal até ao edifício central.
- Consultar, entretanto, http://arvoresdeleiria.blogspot.com/
e aqui (localização precisa da Qta de S. Venâncio - Leiria) 39.72514º N, 8.79644º W (mais rigor só no GPS)
- Um poema! Sabia bem ler um poema, até ouvi-lo. Fazia-nos bem, de certeza absoluta! : 1) leia-se e veja-se o belo post e poema colocado no AzorianaBlog dos Açores (Terceira), a este propósito.
Posted by Picasa

2007/10/07

A Voz das Árvores


"A minha árvore - a árvore com que eu tinha crescido e cuja companhia, pensava eu, me acompanharia ao longo dos anos, a árvore sob a qual, pensava eu, cresceriam os meus filhos - tinha sido arrancada. A sua queda arrastara consigo muitas coisas: o meu sono, a minha alegria, a minha aparente despreocupação."
Enquanto leio, recordo com amargura:
2000 - Abate à falsa-fé, de todas as árvores do Largo da Sé, Leiria. Revolta. Insurreição com artigos nos jornais. Abateram os acer pseudo-plátanos (padreiros), habitat de milhares de pássaros de todas as espécies e chilreios, que nos animavam a alma, ao fim do dia.
2002 - Abate dum Freixo centenário, junto ao Rio Lis, para lá ser colocado um relógio gigante, para se fazer a contagem decrescente do Programa-Polis, em estrutura horrível em ferro, pesadíssima. Para nada. Não serviu para nada.
2005 - Abate duma árvore-do-ponto, centenária, no Jardim Luís de Camões, para que se pudesse seguir à risca o desenho dos paisagistas de gabinete.
2006 - Queda (por negligência criminosa) de duas tílias prateadas (tília tormentosa) de grandes dimensões, companheiras amigas de várias gerações, no jardim Luís de Camões.
(O texto transcrito acima faz parte do livro reproduzido na imagem. Dramático e chocante...)
Posted by Picasa

2007/10/06

A caminho do Abismo?

Estamos à espera de quê? Já se inteiraram dos brutais incêndios que estão, neste preciso momento, a devastar a Amazónia?!... A este ritmo de destruição dos recursos naturais quanto tempo mais conseguiremos manter a VIDA neste planeta?
À atenção URGENTE de quem manda no MUNDO!
Para além de Deus, claro. Será que mesmo ELE nos poderá salvar do APOCALIPSE? Com tanto egoísmo e insensatez que grassa por todo o lado?!!!!...............

Posted by Picasa

2007/10/05

Árvore do gelo - Leiria


Fotografias actuais da chamada "Árvore-do-gelo" existente no Jardim Luís de Camões, em Leiria. Quem não tiver visitado esta zona da cidade há mais de dois anos, há-de verificar que a estátua do autor de "Os Lusíadas" está deslocalizada em relação à sua posição inicial. Que mania de mudar as estátuas e monumentos de lugar!!!..."Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades"...
O nome científico desta árvore é Braychychiton populneus e é da família das ESTERCULIACEAE. É de origem Australiana, cresce até aos 18 metros de altura e é muito resistente ao gelo e à poluição urbana.
Vale a pena observar os seus pormenores, por ampliação das fotografias, clicando em cima.
Tenho acompanhado a evolução desta árvore, com fotografias regulares, há mais de um ano.
.
.
Luís Vaz de Camões

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
muda-se o ser, muda-se a confiança;
todo o mundo é composto de mudança,
tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
diferentes em tudo da esperança,
do mal ficam as mágoas na lembrança,
e do bem – se algum houve - , as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
que já coberto foi de neve fria,
e enfim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
outra mudança faz de mor espanto:
que não se muda já como soía.
Posted by Picasa

2007/10/04

Olha a grande novidade!

Estudo alerta para riscos de campos electromagnéticos.
Os limites de exposição à radiação electromagnética definidos internacionalmente são insuficientes para proteger a saúde humana, concluiu um estudo que relaciona vários casos de leucemia com a proximidade de campos electromagnéticos originados em linhas eléctricas.
O relatório do Bioinitiative Working Group, um grupo internacional que reúne cientistas, investigadores e profissionais de saúde pública, datado de finais de Agosto, manifesta «sérias preocupações científicas» sobre os limites que actualmente regulam os campos electromagnéticos admissíveis de linhas eléctricas, telemóveis e muitas outras fontes de radiação presentes na vida quotidiana, que considera inadequados para proteger a saúde humana
.
.
- É caso para dizer: olha a grande novidade!
Já há muitos anos que várias entidades e investigadores, nomeadamente os radioamadores, têm vindo a alertar para este risco evidente. Experiências feitas, de há mais de uma década a esta parte, têm vindo a demonstrar à saciedade, o perigo das radiações electromagnéticas para a saúde pública.

2007/10/03

Borda d´Água

No Largo 5 de Outubro de 1910 (na zona da estátua do Papa Paulo VI). Um Romeno - disse-mo ele - recentemente operado ao fígado, a vender o "Borda d´Água" para 2008 (Bissexto). Comprei-o e fiquei a saber que este amigo anda à procura de emprego (que não o obrigue a fazer muita força por causa da operação...). A foto foi tirada a pedido...
Se se ampliar a fotografia (clicar) fica-se com uma ideia da desgraceira que vai por este Mundo fora (ao ler o painel), o bicho Homem a dar cabo de tudo onde põe o olhar e as mãos. Eu acrescentaria mais uma desgraça: pelo andar da carruagem, o Centro Histórico de Leiria vai ficar completamente descaracterizado, tendo em conta que se deve entender por Centro Histórico duma urbe, como Leiria, o núcleo histórico e tradicional da comunidade, desde os tempos da sua fundação. Para não ir mais longe, avivando algumas memórias mais distraídas, porque é que se abateram 3 choupos (do tempo dos que são visíveis ao fundo) para, no seu lugar ser feita uma bifurcaçao rodoviária? É que as árvores já lá estavam, faziam parte do património da cidade e, pior ainda, nada justificou o seu abate para os fins em vista.
O trânsito automóvel, com o traçado original ou ligeiramente adaptado, sem necesidade de abater as árvores, funcionava perfeitamente.
As árvores que foram plantadas em todo este Largo, salvo melhor opinião, que ainda ninguém a emitiu, não serão as mais adequadas a um Centro Histórico como o de Leiria.
Posted by Picasa

2007/10/02

O nº da Bola!

O meu neto Guilherme apareceu com uma caderneta para coleccionar os jogadores de futebol das várias equipas da actualidade. Estava todo entusiasmado e fez questão em que eu reparasse bem nos vários jogadores que já tinha colados. Ainda lhe faltam bastantes. Mesmo assim já lá tem alguns, daqueles que mais têm dado nas vistas ultimamente. Como ele é adepto do FCP é claro que me mostrou, em primeiro lugar, os craques daquele grande clube. Mas, como sabe que eu sou Benfiquista, também foi mostrando o Rui Costa e outros do SLB.
Aproveitei para lhe falar dos meus tempos em que tinha mais ou menos a idade dele e em que nós, os putos da época (anos 50), também fazíamos estas e outras colecções, colando aquelas imagens em estampas do mesmo tamanho. E vieram-me à recordação:
- O nº da bola;
- História de Portugal;
- Figuras Humanas;
- Batata cozida a fazer de cola, às vezes misturada com resina de ameixoeira;
- Aqueles frascos enormes com os caramelos envoltos nos cromos;
- Os prémios que, muito esporadicamente, nos eram atribuídos;
- A alegria esfuziante que tínhamos quando nos calhava o jogador do número da bola, que só nessa altura é que conseguíamos completar a colecção. Também nos dava direito a uma bola de futebol, como devia ser, os gomos cosidos à maneira. A qualidade do material era rasca mas nós ficávamos todos contentes. Estou a ver-me ali na Rua Direita em Viseu, a passar em frente das lojas onde vendiam os cromos, sempre na expectativa de poder ver o frasco já quase no fim. A probabilidade de nos calhar o nº da Bola era muito grande. De modo que era ver a rapaziada a estoirar os tostõezitos a comprar mais cromos que o habitual.
Que tempos! Que saudades! Que é feito da maior parte dos meus amigos da altura?
Esqueci-me de perguntar ao Guilherme se ainda há o número da Bola. Seria só para confirmar a minha suspeita. Acho que já não existe essa técnica de vendas.
Muitos anos mais tarde acabei por ser professor da disciplina “Técnica de Vendas e sua Publicidade”. Anos 60 e tal. Quem se lembra? Aliás, hoje já não é técnica de vendas que se diz. É Marketing, não é?


2007/09/30

Quinta do Hespanhol


Há dias fui a um casamento que teve lugar nas instalações da célebre Quinta do Hespanhol, para os lados de Torres Vedras. Todo o cerimonial e banquete esteve excelente, mas não é propriamente este o motivo que me levou a colocar este post.
Não conhecia esta zona e posso dizer que fiquei encantado pelo enquadramento paisagístico, em termos ambientais e, principalmente, das árvores que lá encontrei. Não tive grandes ocasiões de me demorar na tomada de fotografias, pelo que a reportagem não é nada significatica. No entanto, uma árvore deixou-me intrigado, porque não consegui que ninguém me desse informações precisas sobre o seu nome.
Os pormenores mais significativos que consegui fotografar são os que estão expostos nas duas últimas fotos. Consultei vários livros, tais como: Botanica - The illustrated A-Z of over 10.000 garden plants and how to cultivate them (ISBN 3-8331-1253-0, edição de 2004; Árvores de Portugal e Europa - Guia Fapas; Portugal Botânico de A-Z; Árvores e Florestas de Portugal -09- Guia de campo, ed. LPN e outros e também "dias-com-arvores.blogspot.com" e "sombra-verde.blogspot.com".
Lancei aqui, neste blogue, o apelo (*) abaixo transcrito e consegui chegar a esta conclusão: Consultando melhor (após as dicas dos amigos na zona de comentários) o "dias-com-arvores" (), parece-me que cheguei ao nome desta árvore. Será então um pitósporo do género Pittosporum undulatum. (ver comentários).
Esta quinta tem uma longa e interessantísima história, contada com todo o pormenor num desdobrável bem concebido pela empresa, um ramo da própria família, que actualmente detém aquelas instalações.

(*) Apelo inicicial: Não obtive, com garantias mínimas de não errar, dados sobre esta árvore, que me pareceu mais que centenária, ainda que de porte pequeno. Será uma Malus ornamental crab., "Golden Hornet"?

-
Creio ser relevante, como fonte inicial de estudo, o seguinte fragmento de texto:
"NOME: Quinta do Hespanhol / Solar dos PerestrellosFREGUESIA: Dois PortosLOCALIZAÇÃO: Junto a Carreiras (Carvoeira)DESCRIÇÃO: Por cima da porta de entrada, um medalhão com a data de 1542 apresenta o instituidor do Morgado, João Lopes Perestrelo, neto de Fillipo Pallastreli, fidalgo italiano. Este veio para Portugal no tempo do Rei D. João I, que lhe doou, entre outras, estas terras que vieram a ser conhecidas como “do espanhol” em virtude do epíteto que o povo concedeu a Pallastreli, identificando a sua língua natal com o castelhano.Uma descendente deste fidalgo veio a ser esposa de Cristóvão Colombo, que também terá passado por esta quinta.Cronologia, segundo a DGEMN: 1333 a 1385 - doação régia das terras a Filipo Pallestrelli, a quando da sua vinda para Portugal; 1513 - os edifícios originais forma destruídos por calamitoso terramoto; 1542 - até à data a posse da terra permaneceu com os donatários, o representante da família, João Lopes Perestrelo, vinculou a propriedade em morgadio do qual foi o primeiro administrador. Reconstrução do solar actual; 1755 - o edifício manuelino desmoronou com o terramoto. Reconstrução do edifício e ampliação do mesmo para dois andares; 1861 - plantação da alameda, existe placa comemorativa com data assinalada, 1940 - construção do jardim no local que corresponderia a parte da antiga horta.ÉPOCA: séc. XVINOME: Quinta do Hespanhol / Solar dos PerestrellosFREGUESIA: Dois PortosLOCALIZAÇÃO: Junto a Carreiras (Carvoeira)DESCRIÇÃO: Por cima da porta de entrada, um medalhão com a data de 1542 apresenta o instituidor do Morgado, João Lopes Perestrelo, neto de Fillipo Pallastreli, fidalgo italiano. Este veio para Portugal no tempo do Rei D. João I, que lhe doou, entre outras, estas terras que vieram a ser conhecidas como “do espanhol” em virtude do epíteto que o povo concedeu a Pallastreli, identificando a sua língua natal com o castelhano.Uma descendente deste fidalgo veio a ser esposa de Cristóvão Colombo, que também terá passado por esta quinta.Cronologia, segundo a DGEMN: 1333 a 1385 - doação régia das terras a Filipo Pallestrelli, a quando da sua vinda para Portugal; 1513 - os edifícios originais forma destruídos por calamitoso terramoto; 1542 - até à data a posse da terra permaneceu com os donatários, o representante da família, João Lopes Perestrelo, vinculou a propriedade em morgadio do qual foi o primeiro administrador. Reconstrução do solar actual; 1755 - o edifício manuelino desmoronou com o terramoto. Reconstrução do edifício e ampliação do mesmo para dois andares; 1861 - plantação da alameda, existe placa comemorativa com data assinalada, 1940 - construção do jardim no local que corresponderia a parte da antiga horta.ÉPOCA: séc. XVI"
in http://www.oestediario.com/oestediario/artigo.asp?cod_artigo=107033
Posted by Picasa

2007/09/28

Preservar o ambiente


Que mais dizer?
Repare-se:
na primeira foto; temos água com abundância, uma fonte luminosa bonita, quase que nos esquecemos que o Planeta em que vivemos é muito mais que este cantinho no centro da cidade de Leiria; Alguns Jacarandás estão em plena floração azul/lilás (onde já vai o mês de Maio!?...).
na segunda foto a sensação com que se tem de ficar, inapelavelmente, é de calafrio.
Será que o Homem vai ser capaz de arrepiar caminho de forma a conseguir o equilíbrio dos ecossistemas ambientais que permitam a sustentação das condições básicas da Vida?

(fotos tiradas hoje, pelo meio-dia, no centro de Leiria)

Posted by Picasa

2007/09/27

Barreira e a sua história

Livro a ser lançado brevemente na freguesia da Barreira - Leiria. Terá 352 páginas. O Autor é pessoa interessadíssima na matéria, já foi Presidente da Junta e é professor aposentado com vasta obra bibliográfica para o Ensino Primário. O prefácio é do Prof. Dr. Saul António Gomes(*), ilustre historiador catedrático da Universidade de Coimbra.
Vivo nesta freguesia desde 1993. Faço parte da sua Assembleia de Freguesia. Já participei do seu executivo, de 2001 a 2005. E já escrevi um livro, digamos que um ensaio monográfico e histórico, (Caminhos Entrelaçados - na freguesia da Barreira) com base na experiência e nas minhas observações enquanto membro da sua Junta de Freguesia.
Sinto uma grande satisfação em fazer este anúncio até porque tenho vivido esta freguesia como se fosse a minha terra natal. Aliás, sou de opinião que a nossa terra será o sítio onde nos sentimos bem e em cuja comunidade nos esforçamos por integrar. A área geográfica da Barreira, reparte-se pela zona urbana da cidade de Leiria e por outra parte, rústica, mas extraordinariamente bonita em termos paisagísticos. Um autêntico e belo miradouro sobre o Vale do rio Lis, Cortes e Sra. do Monte, a nascente, Batalha e Maceira a poente. O seu ponto mais alto localiza-se na zona dos Andreus e dispõe de restaurantes de boa qualidade. Vale a pena uma visita, que mais não seja pela vista panorâmica que abarca todo o nosso olhar num raio completo de 360º.
A sua história muito à volta das origens da Paróquia, cujo orago é SS Salvador, reparte-se pelo Solar e Jardim dos Viscondes da Barreira, Casa Senhorial Oliveira Simões e a zona de reminiscências românicas da cidade de Colipo. Aqui nasceram, viveram e estão sepultadas individualidades de alto relevo, não só regional mas também nacional. É esta riquíssima história, muita que ainda só constava de documentos escritos arquivados no cartório paroquial, arquivo distrital e até Torre do Tombo, que o professor Borges da Cunha nos vai divulgar através deste seu livro.
(*) De entre a extensa obra já publica consulte-se "Castelo de Leiria".
Posted by Picasa

2007/09/24

Becos sem saída!

As árvores a secarem...mais do que seria normal!...

Para voltar tive que vir de marcha-atrás. Árvores? O ramito que se vê e pouco mais!...

Porquê?...

(Algures perto de Leiria)

Posted by Picasa

2007/09/23

Desassossegadamente...

Uma "bomba" rebentou
ali mesmo, (dentro de mim?!)
Sobressalto
Não vejo sangue
Nem ossos partidos

A luz do amanhecer
Entra, insidiosa
Pelas frinchas da persiana
Olho os ponteiros do relógio
É Sábado, hipotético dia de modorra

Levanto-me dum pulo
Sentidos tensos
Alerta
O quartel está a ser assaltado?!
Tento controlar-me

Na ronda do Sol
Chegou a hora do reconhecimento
Senha, Contra-senha?
Por momentos esqueci a contra-senha
Afinal era muito simplesmente

"É a Vida!"
(deverá ter de ser assim?!...)
(foto sobre a encosta de lá, Vale do rio Lis, Cortes, Sra. do Monte - amanhecer sobressaltado)
Posted by Picasa

2007/09/20

Olhar a Vida. Ela aí está perante nós.

As bagas dum pilriteiro. Na encosta Nascente do morro do Castelo de Leiria. E eu que andei, há um ano atrás todo baralhado para identificar esta planta. O amigo Augusto Mota deu-me as dicas necessárias e agora não falho. Quando vejo um Pilriteiro, mesmo que não esteja em flor ou com fruto identifico-o com a maior das facilidades.

O Outono aí está ele, mesmo aqui ao nosso lado. Pela temperatura do ar nem parece. Imagem captada quem desce a Rua Cónego Sebastião da Costa Brites (1885-1948). Do lado esquerdo, a lia de que vos tenho falado nos últimos posts (Largo da Sé), com as folhas ali mesmo à mão. Já matizada, a preparar-se para o rodopio outonal que julgamos adivinhar.
Isto de previsões do tempo e das estações do ano já não é como antigamente...

Ainda não consegui tomar conhecimento do nome destas flores. Crescem nas paredes dos muros à antiga, na cidade. Continuamos na rua atrás referida. Vinha eu das Finanças, 2º Serviço, na Rua de S. Francisco e seguia para o Largo da Sé, para o edifício da "Pharmácia Paiva" onde ia almoçar em família. O dia estava lindo...ainda que os meteorogistas nos andassem a ameaçar com borrascas para a tarde.

Quem diria?!...
(A pensar na Inês (mãe, minha filha), na Mafalda e no Guilherme...e na Zaida, mãe e avó. Beijinhos e coragem. A vida é bela mesmo quando alguém põe pauzinhos na engrenagem).

Posted by Picasa