Uma "bomba" rebentou
ali mesmo, (dentro de mim?!)
Sobressalto
Não vejo sangue
Nem ossos partidos
A luz do amanhecer
Entra, insidiosa
Pelas frinchas da persiana
Olho os ponteiros do relógio
É Sábado, hipotético dia de modorra
Levanto-me dum pulo
Sentidos tensos
Alerta
O quartel está a ser assaltado?!
Tento controlar-me
Na ronda do Sol
Chegou a hora do reconhecimento
Senha, Contra-senha?
Por momentos esqueci a contra-senha
Afinal era muito simplesmente
"É a Vida!"
(deverá ter de ser assim?!...)
(foto sobre a encosta de lá, Vale do rio Lis, Cortes, Sra. do Monte - amanhecer sobressaltado)
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2 comentários:
Tem uma boa semana.
Beijos.
Caro António
Não tem nada a ver, mas, assim de repente, este poema trouxe-me à memória uma situação passada no café Balalaika em Castelo Branco, nos meus tempos de liceu.
Estava à mesa com um grupo de amigos e numa mesa ao lado estava um rapaz mais que pachorrento.
Ao toque a sirene dos bombeiros, que naquele tempo aina chamave pelos voluntários (hoje parece que a chamada já é feita por telemóvel e a sirene so serve para dar a hora do meio dia), o individuo, em pânico, amandou-se para debaixo das mesas num reboliço total e ficou quieto, todo enroscado no chão.
Vim a saber mais tarde que o rapaz em questão, recentemente regressado da tropa na Guiné, sofria do que hoje se chama stress de guerra.
Um abraço Raiano
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