2008/08/14

Natália Correia lembrada por Leiria






Na sequência da entrada anterior repare-se nos pormenores de placas e paineis colocados na Rua Poetisa Natália Correia, em Leiria.
A apresentação do painel alusivo à Quinta do Africano tem a ver com o facto de na mesma parede da quinta estarem colocadas duas placas toponímicas: uma da Junta de Freguesia de Leiria, a outra em painel de azulejos, dos proprietários da Quinta.
Parece que a estou a ver, com a sua cigarrilha ou em acesos debates no Parlamento ou a recitar com garra um poema. (leia-se o comentário de Jofre de Lima Monteiro Alves nesta entrada/post).
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Auto-retrato
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Espáduas brancas palpitantes:
asas no exílio dum corpo.
Os braços calhas cintilantes
para o comboio da alma.
E os olhos emigrantes
no navio da pálpebra
encalhado em renúncia ou cobardia.
Por vezes fêmea.
Por vezes monja.
Conforme a noite. Conforme o dia.
Molusco. Esponja
embebida num filtro de magia.
Aranha de ouro
presa na teia dos seus ardis.
E aos pés um coração de louça
quebrado em jogos infantis.
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Natália Correia
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2008/08/12

Casa das Rosas? ou das Camélias? ou do Eucalipto?

Estamos em Leiria, na zona da Cruz da Areia, entre o Quartel RAL4 e a Rotunda conhecida pela do McDonalds. Com a fotografia ampliada pode verificar-se ques esta casa é denominada das rosas. Será que houve engano quando fizeram os azulejos? Que tal "Casa das Camélias"?
Várias particularidades tem esta rua: 1) O Eucalipto (digo eu, que gostava bem que as coisas se tivessem passado assim, dada a monumentalidade desta árvore da qual me lembro praticamente desde os anos 60, já então de grande envergadura) obrigou a que a rua fizesse um ângulo de 90º para a esquerda de quem segue na direcção da fotografia; 2) Até se chegar à "Casa das Rosas" esta rua tem mais dois metros de largura. Não teria havido possibilidades de negociar, a bem da causa pública, evitando-se o afunilamento e os enormes transtornos no trânsito que se estão a causar naquele local, já com muito movimento nas horas de ponta?
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Imediatamente a seguir acede-se a uma rua com o nome de Rua Poetisa Natália Correia. Em próxima entrada vou mostrar-vos pormenores desta rua e deixar aqui um poema da grande Natália Correia (a lembrar-me também dum painel de azulejos com a sua silhueta e versos seus, na Praia da Vitória, Ilha Terceira, quando, no ano passado por lá andei uns dias. Bonita cidade. Ilha fabulosa! E andamos nós, Portugueses, a voar para as Caraíbas para passar 5 ou 6 dias de férias!).

2008/08/09

Pela Terra! Contra a Guerra!

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E anda a besta humana aos tiros na Geórgia só por questões de orgulho nacionalista insolúvel!...
Estes pinheiros estão plantados dentro dum quartel em Portugal, Leiria. Por sinal prestei serviço militar neste quartel, de Abril a Junho de 1969. Já são uns anitos. E de lá fui para Moçambique, para aquela malfadada Guerra Colonial, a fingir que a íamos ganhar! Usaram desse sofisma para nos convencer. A nós, Povo carne para canhão, que éramos um Ignorantes, claro está. A defender a Pátria, dizia o de Sta. Comba Dão e outros que tais. Bem nos lixaram.
E agora, os governantes do nosso País pouco ou nada se ralam com os cada vez menos sobreviventes dessa guerra cruel, injusta e desgastante. Quantos de nós não regressámos psíquica e fisicamente alterados. E agora, nem sequer a remuneração do tempo de serviço militar conta para efeitos de cálculo da reforma! Imagine-se só: um indivíduo desse tempo, dos anos 60 e parte dos 70, tem 3,5 anos de serviço militar. Este tempo conta para efeitos da determinação do nº de anos de cálculo da pensão; e depois? Divide-se 0 (zero de remuneração) por esses 3,5 anos e o resultado acrescenta-se à média dos restantes anos de desconto para a Segurança Social. Ou seja: a reforma é calculada pela média de duas médias: 1) a média das 10 melhores remunerações dos últimos 15 anos; 2) mais a média das remunerações dos melhores 40 anos de descontos. Resultado: a média destas duas médias desce brutalmente sempre que se têm de considerar os anos do serviço militar para contar esses 40 anos (os que conseguem atingir este número). Não é justo nem aceitável, tanto mais que nós sabemos o que se passa em relação às pensões calculadas para os políticos.
Valha-nos, entretanto, que os quartéis em Portugal até se podem dar ao luxo de plantarem árvores nos seus terrenos, como é este o caso. Assim se passasse no resto do Mundo!
Podemos ver na primeira foto: um enorme pinheiro bravo em 2º plano; junto ao muro vários pinheiros mansos (que não existiam em 1969). Na 2ª foto podem observar-se os camiões do exército junto com pinheiros e choupos, bem bonitos e encorpados.
Pela Paz! Pela Terra! Contra a Guerra e as Injustiças, marchar, marchar!

2008/08/06

Sem dó nem piedade


(clic para ampliar)

Já devem ter ouvido falar da entrada em funcionamento para breve de mais uns 6 ou 7 novos hipermercados por esse país fora.
Aqui em Leiria, não faltam projectos, sendo que o do "Continente" (ampliação) já está em obras.
Como se pode reparar, as árvores que havia em todo o espaço de estacionamento e na zona junto à fachada principal do edifício foram abatidas sem excepção: choupos como o da foto (alguns já de grande porte), acers vários e pseudo-acácias. Como estas instalações já têm para cima de 15 anos, imagine-se o quão insensível se mostrou a Câmara de Leiria porquanto podia ter imposto, na aprovação do projecto, que todas essas árvores, em vez de cortadas cerce, fossem transplantadas. Claro que essa operação custava algum dinheiro que iria encarecer as obras...

No futuro vamos viver dentro dos Centros Comerciais? Não iremos precisar das árvores? Parece que esta está a transformar-se numa moderna corrente filosófica de vida.

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2008/08/04

Livros e Ignorância

Acabei de dar entrada destes livros na minha biblioteca . Do livro "Ignorância Geral": Afinal, nem tudo o que julgava saber é verdade.

Fui a um ponto mais alto da Zona Industrial da Cova das Faias - Leiria (será que alguma vez aquela zona teve faias?!) para observar um foco de incêndio para o lado de lá do IC2, junto às bombas de gasolina, eis senão quando dou pela passagem dum camião com três toros colossais de madeira. E fiquei a pensar. Podem vir da desflorestação da Amazónia. O que andamos nós a fazer a este Planeta? Egoístas que nós somos, o que será do Ambiente que vamos deixar para os nossos filhos?

Abram-me esses olhos, juventude, não se deixem levar pela ganância destes velhos forretas da geração que vos está a governar! Ponham-nos à prova: ou fazem algo de útil para o futuro da humanidade ou então cedam os vossos lugares ou tachos ou dinheiro parado no banco, não lhes vá fazer falta!...

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2008/08/02

Arquivo Distrital de Leiria e "O Século"


Fui ao Arquivo Distrital de Leiria à procura dos jornais "O Século" do princípio do século passado. Estava um dia de Verão.
Terei que ir à Biblioteca Nacional para tentar descobrir umas quantas informações necessárias para um trabalho em que ando envolvido?
Dava um jeitão haver uma base de dados digital disponível via Internet do conteúdo destes jornais antigos...

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2008/08/01

Verão cá dentro

Praia fluvial da Roca em Castanheira de Pera. Serra, árvores, água doce de rio, ambiente da nossa terra, as palmeiras a darem-se bem.
Boas férias.
É caso para perguntar: vale a pena empenharmo-nos para ir passar 5 dias numa das ilhas da América Central, 13 ou 14 horas encafuado num avião, a maior parte do tempo enfiado num hotel a beberricar whisky, beber sumos e comer frutas tropicais, dar meia dúzia de mergulhos em águas mornas?

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2008/07/29

JPP e os Blogues dos outros

Tenho a vaga impressão de que já publiquei um texto parecido algures. Terá sido mesmo neste meu simples blogue? Às tantas! Mas, depois de ter ouvido José Pacheco Pereira, no Sábado passado de manhã na Antena Um, arvorado em mentor de 1ª do movimento bloguístico português, a dizer da sua opinião, de variadíssimos laivos de crítica a raiar o sarcástico, pelos vistos a maioria dos blogues não têm qualidade nenhuma…não me apeteceu ficar sem reacção.

Snr. Dr. Pacheco Pereira! O Snr. tem um bloque, nas áreas que abarca, de boa qualidade, sim snr. Mas não troce tanto dos outros, que não nasceram num berço de ouro, mas que até vão dando o seu melhor e despendendo o seu tempo precioso (porque têm de dar o litro a trabalhar para ganhar o dinheiro para o seu sustento, depois de deduzido o balúrdio de impostos e taxas a que são obrigados a pagar para alimentar o comboio e os passageiros do Estado; ainda temos o desplante de dizer que o Estado somos todos nós!). E sabe o snr. que a única satisfação e proveito que colhem desse labor é só o gosto de comunicar e de partilhar com os outros (pedreiros, calceteiros, professores, estudantes, jornalistas, escritores, políticos, pescadores e por aí fora…). Portanto, como dizia Cavaco Silva quando era Primeiro Ministro e lhe andavam a atazanar os neurónios, deixe-nos escrever ao nosso jeito, dar umas musiquinhas, passar uns vídeos, apresentar uns power-point, ralhar, às vezes, com as instâncias do poder, até pode ser que não estejamos com toda a razão, mas olhe que, muitas vezes, se não somos mais precisos, é porque também nos escondem muita informação de interesse público.
Finalmente: Ainda que sem traulitadas mal medidas nem mentiras, não nos devemos calar.

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Aqui estamos!…

Quanto talento!
Quanta simplicidade!
Quanta inspiração!
Quanta informação!
Quantas estórias!
Quanto fanatismo!
Quanta música!
Quantos poemas!
Quanta beleza!
Quanta fotografia!
Quantos vídeos!
Quanto desabafo!
Quanta melancolia!
Quanto entusiasmo!
Quanto escritor!
Quanto jornalista!
Quanta vaidade!
Quanto/a…!

Nós e o Mundo! Nós e as nossas tertúlias bloguísticas!…Que mal tem isso? Já não fica bem trocarmos comentários nos “posts” (quem é capaz de sugerir uma palavra com origem etimológica mais ortodoxa para ser usada em português?) dos amigos, a maior parte deles que conhecemos só virtualmente? Quantas vezes acertamos em cheio quando os acabamos por conhecer pessoalmente! E isso acontece com muita frequência.
Cada dia que passa me sinto mais pequenino nesta aldeia global dos blogues e da Internet em geral!…
Mas tal como o deserto não o seria se as suas areias, uma a uma, não existissem, também eu não quero ceder à tentação de me cingir à qualidade de mero observador!
E passar os restantes dias da minha vida a assobiar para o lado?!
E seguir, rumo a nada, indiferente às alterações de toda a ordem que, insaciavelmente, a velocidades estonteantes, o Homem vai inventando, ele próprio, induzido pela sedução insensata de prosperidade fácil e rápida que a tecnologia lhe há-de proporcionar!…

Aqui estamos! Contem connosco! Desculpem lá algumas imprecisões que cá vão ficando na Net e até podem induzir em erro alguns navegantes. Por isso é que convém olhar para os faróis de orientação mas estar sempre atento aos baixios que, por força das correntes, se podem ter formado e não estão ainda cartografados…
A blogosfera não é uma quinta vedada, muito menos com arame farpado! É de todos!
Assim não nos esqueçamos que a Liberdade de cada um acaba onde começa a Liberdade dos outros.

2008/07/28

O Polícia Sinaleiro em Leiria

"Quem não se lembra do Polícia Sinaleiro?" - Pergunta a autora da brochura, cuja capa (clic para ampliar) se vê acima. Claro que a pergunta é dirigida às pessoas mais idosas, as que ainda têm presente na própria memória, aspectos, em muitos casos nem sequer do conhecimento das novas gerações.
A EN1, que atravessava a cidade de Leiria, e aqui tinha um cruzamento de difícil circulação, passava precisamente neste local. Vindo de Coimbra, atravessava-se a ponte sobre o Rio Lis(*) e seguia pela Rua Machado dos Santos para quem pretendesse seguir em direcção a Lisboa.
Os polícias sinaleiros foram criados em 1927, tendo-se iniciado este serviço na cidade de Leiria em 1930. Com o desenvolvimento das vias rodoviárias, deixou de haver polícia sinaleiro em Leiria no mês de Dezembro de 1980.
A brochura a que se está a fazer referência é uma edição da Junta de freguesia de Leiria, da autora/investigação de Susana Carvalho e Colaboração Especial da PSP de Leiria.
Esta edição tem como intuito marcar a atribuição do topónimo "Rotunda do Sinaleiro" à nova Rotunda que confina com a Ponte Afonso Zúquete(*), Praça Goa, Damão e Diu, Rua Machado dos Santos, Largo Alexandre Herculano (o nome antigo da rotunda, onde, na foto, está o polícia sinaleiro em cima da peanha) e Largo da Comissão Municipal de Turismo, , conforme acta da Câmara Municipal de Leiria nº 26 de 18 de Julho de 2005.

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2008/07/26

Festa anual do Telheiro - Barreira


Neste fim-de-semana, realiza-se a Festa Anual do Telheiro, em Honra de Nª Sra. da Imaculada Conceição.
A foto superior retrata uma situação completamente fora do contexto em que a Festa é levada a cabo com o máximo empenho dos mordomos. A Rua principal está toda engalanada com motivos apropriados à festa. Porque não demoveram o proprietário da casa que tem a Bandeira Nacional Portuguesa hasteada, penso que terá sido aquando do último Euro de Futebol, a retirar aquela bandeira, e guardá-la a bom recato? Inclusivé a chamar-lhe a atenção para que a Bandeira Nacional não pode ser usada daquela maneira e que existe uma Lei da República que tem em vista uma maior dignificação do símbolo da nossa pátria.
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