2011/10/29

Borboleta Papilio Machaon: em vias de extinção



Este vídeo pretende mostrar a sequência de metamorfoses por que passa a borboleta Papilio Machaon.
As fotos e o vídeo da larva foram obtidas há dias num jardim.

As da borboleta já têm 5 anos, ainda que a tenhamos visto recentemente a cirandar aqui pelo jardim.

Fizemos uma montagem em filme, este que agora se apresenta publicamente, para deixar aqui um registo que possa proporcionar a visionalização  da beleza e tamanho da lagarta (larva) que, provavelmente, dentro de poucos dias, começará a fase de se encasular em fios de seda. Após uma gestação de 45 dias surgirá a borboleta Papilio Machon
(julgamos que estamos certos na classificação desta borboleta, pelas consultas feitas, particularmente através do material disponível no blogue do amigo Augusto Mota; fonte segura pelo que conheço do meu amigo e autor deste e doutros trabalhos rigorosos de observação da Natureza).

Pelo menos já se conseguiu proporcionar uma excelente demonstração prática do quão interessante é acompanhar a vida na Natureza, nas suas mais diversas formas. O público alvo foram as crianças do Jardim-Escola dos Capuchos em Leiria. Claro, quem se incumbiu desta missão, em colaboração interessada com as professoras, foi a avó Zaida. As crianças adoraram.

A larva foi reencaminhada para a planta do jardim onde andava atarefadíssima a comer as folhas verdes e fresquinhas, com a chuva que tinha caído.
Já a voltámos a observar hoje. Lá continua a comer folhas, umas a seguir às outras. E continua a crescer. Esperemos que não demore muito tempo a encasular.
Este espécime - dizem os entendidos - está em vias de extinção.

Esperamos que apreciem este trabalho, feito com todo o entusiasmo, a pensar em como é gratificante poder partilhar conhecimentos com todos, particularmente com crianças de tão tenra idade.
Tudo o que se possa fazer para os ajudar a aprender a amar a Natureza, nunca é de mais.

2011/10/25

ÁLAMO OLIVEIRA: presente no encontro de Outubro do grupo cultural e de poetas de Alcanena

Álamo Oliveira em Alcanena no próximo Sábado. Consulte também BMA (aqui)
Monte Brasil-TERCEIRA - Posto de vigia das baleias
Vitorino Nemésio, outro ilustre Terceirense, escreveu um imortal poema(*) sobre este tema da caça das baleias.
Fotografia de 2006, no decorrer de uma inesquecível viagem de turismo e de romagem ao local de nascimento da mãe  da Zaida (Eva de Sousa Esteves Paiva - nascida, há 93 anos, no Raminho)

Álamo Oliveira vai estar presente na tertúlia mensal do Grupo Cultural e de Poetas de Alcanena, nas instalações da Biblioteca Municipal daquela vila, no próximo Sábado. Este grupo/tertúlia tem sido brilhantemente coordenado pelo Dr. Óscar Martins, desde há já bastantes anos, quantos não consigo precisar, que só há cerca de dois tenho o privilégio de o integrar, em sub-grupo de Leiria (eu próprio, Joaquim Soares Duarte, Luísa Soares Duarte e Zaida Paiva Nunes). 

Estas sessões orientam-se com base numa brochura-guia de trabalho organizada pela Biblioteca, sempre de muita utilidade e de óptima qualidade. O autor é escolhido por consenso dos participantes. Desta vez optou-se por Álamo Oliveira, que nasceu em Maio de 1945 no lugar e freguesia de Raminho, concelho de Angra do Heroísmo, Ilha Terceira (Açores), emérito escritor e poeta de reconhecidos dotes literários, com obra publicada e estudada nas áreas da Poesia, Teatro, Ficção, Ensaio e Contos.
A 10 de Junho de 2010, nas comemorações do Dia de Portugal e das Comunidades, Álamo Oliveira recebeu o grau de Comendador da Ordem do Mérito.

Muito mais se vai acrescentar, com toda a certeza, na reportagem que conto proporcionar aos leitores deste blogue. 

Na certeza do maior sucesso desta oportuna e prestigiada sessão de promoção da cultura e da língua Lusíada, aqui deixo, muito simplesmente, o seguinte poema de Álamo Oliveira:
-

antónio


nome redondo     pássaro solto
pelos búzios da ilha
que deixou sonhada.


arrumava a bruma nos bolsos dos calções
a ternura nas mãos     como
punhado de araçás.


da banqueta da memória     fez
emergir a ilha e a distância dos navios
- seu destino de marujo à descoberta
de tesouros de feno e bagas de faia.


antónio tinha o mapa secreto das cores
e navegava no oceano macio da saudade.

in
antónio
porta-te como uma flor
ed. salamandra - 1998
-
Poesia dedicada por Álamo Oliveira a António Dacosta
...
Antes, bem a tempo, já o poeta havia perguntado:«e que desígnios se ocultam para lá da tela»?
Assim remata, Fernando Azevedo, o seu Prefácio.

@as-nunes


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As Farpas de Eça: 139 anos depois

Uma pequena mostra do que vai circulando pela Net. 
Muitos de nós já recebemos na caixa de correio electrónico mails deste teor e de outros do mesmo quilate.
Poder-se-á dizer, lá estamos nós a lavar roupa suja, só a dizer mal da situação, sem avançar com soluções para os problemas que temos em mãos. 
A verdade, porém, é que a situação económica e financeira em Portugal era muito grave no tempo em que Eça e o seu amigo Ramalho Ortigão escreviam a criticar a atitude dos que se arvoravam em mentores políticos da Nação sem que para isso tivessem a ombridade necessária.
O tempo passa e continuamos na mesma...


Será que não se consegue sair deste circuito vicioso?
-
PS.: Ó Zé, mas que grande bombardeamento que me estás a fazer à minha caixa de correio! E cada .pdf mais verrinista  mas assertivo que o anterior.
Isto é que vai uma crise!...
Financeira e de valores, temos que admitir!
@as-nunes
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2011/10/24

Chuva em arco-íris




E a chuva aí está


vinda de Sul para Norte


e no intervalo


o arco-íris...
-


talvez a preparar a síntese do negrume dos dias que aí vêm...
@as-nunes
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2011/10/22

Amanhã chove





Diz que sim, amanhã vai chover em Portugal. Segundo os meteorologistas, vai chover água e granizo, talvez mesmo alguma neve, e vai-se sentir muito vento.
Há quem augure que uma corrente gélida vinda de Nordeste possa trazer uma chuva de notas de «sem» euros, valha-nos Deus!


Quem diria?!
Hoje, o tempo tão bonançoso, não buliu uma palhinha...
Muita luz, o céu no limbo do nebuloso/solarengo, temperatura amena...


Sardinha assada, batatas cozidas, salada de agriões, alface, cebola, tomate, algum azeite e pouco vinagre...


O Bruno, a Ana e a Carolina, a sua vozita cheia de vida, a vida a desabrochar neste Outono raro, ainda quente, vistoso, flores, a minha camélia «Winter snowDown». 


Não sei como esteve no resto do país, mas aqui entre o vale do Lis e as Serras à volta da Barreira - Leiria, o dia esteve sublime...


Cá te esperamos, chuva, abençoada sejas tu, que vens por bem, com certeza.
E já sentimos muito a tua falta!...
@as-nunes
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Sinais dos tempos?




Clicar para ampliar, pode ser que encontre algo que interesse. Os preços parecem ser em conta!
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IVO!!!???...

2011/10/20

Leiria: O Fim da Melia

Perguntei à alameda por onde passo
se sabia da razão deste fim
ela já muda de cansaço
só me disse: a vida é assim



E assim acabou esta bela, sinuosa,
velhinha, Melia Azedarach...
que tantas vezes,
ao longo de muitos anos,
com ela troquei olhares
e murmúrios
e recortes de encantar.
.
.

Há árvores que só deviam morrer de pé!...
.

nb:
a árvore em causa é a do lado direito da 2ª foto de baixo, na montagem. (clicar para melhor admirar);
era companheira do liquidâmbar (na 1ª foto de cima com as folhas vermelhas, do Outono), duma faia púrpura, de dois padreiros e de uma tília e namorada de sempre, do Rio Lis e dos seus barbos e bogas e ...
minha paixão arrebatada, como se pode ver aqui e aqui
@as-nunes
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2011/10/17

O passarinhar do Ministro

E eu a ouvir o snr. Ministro das Finanças de Portugal a apresentar o Orçamento de Estado para 2012. E lá vão os subsídios de férias e de natal. E não são só para os funcionários públicos! São também para todos os pensionistas, sejam do regime da Caixa Geral de Aposentações sejam do Regime Geral. O que até nem é justo, já que as regras de cálculo para estes dois sistemas ainda são substancialmente diferentes. E foram muito diferentes, desfavorecendo o Regime Geral, pelo menos nos últimos vinte anos.

Esta questão dos cortes aos pensionistas tem muito que se lhe diga. Acaba por ser um defraudar infame das expectativas do aforro duma vida inteira. Uma sociedade que não preserve uma qualidade de vida digna para os últimos dias dos seus cidadãos, depois de terem atingido uma idade que já não lhes permite competir no mercado para angariação de rendimentos que lhes proporcione a subsistência, não pode ser um modelo a seguir.

Esta sanha brutal de caça à receita e de corte brutal nas despesas para tapar buracos que resultam de gestões danosas (para não usar um termo mais incisivo) da coisa pública é um sinal muito depressivo para os tempos que correm.

Quer dizer, estamos na presença dum Orçamento do Estado ao nível de há 35 anos atrás!
Como foi possível chegarmos a este estado de coisas?
@as-nunes


22hoo 
Assisti em directo a um excelente debate com Jerónimo de Sousa, no Clube dos Pensadores
Nem uma ameaça de bomba impediu este debate. 
Seguir o vídeo  a partir do 21º minuto


Fica-se com a sensação: porque não dar mais força ao PCP ?

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