2012/12/21

Isto está complicado! ...


E não se antevêem melhoras nenhumas!...

Alguém está a perceber o que é que se passa nesta fita da TAP, 
por exemplo?

2012/12/19

É Natal?!...


(...)


Doze signos do céu o Sol percorre,
E, renovando o curso, nasce e morre
Nos horizontes do que contemplamos.
Tudo em nós é o ponto de onde estamos.

Ficções da nossa mesma consciência,
Jazemos o instinto e a ciência.
E o sol parado nunca percorreu
Os doze signos que não há no céu.

Fernando Pessoa
Glosas, in “Cancioneiro”, 14-8-1925
@as-nunes

2012/12/18

O Fado... mas também NATAL



...
Sem mais palavras...
Pode-se ver parte de Leiria,
da sua história,
dos seus símbolos
e marcos...
-

E já estamos noutro Natal


2012/12/16

Sim, sim, snr primeiro ministro!...

Comentários do site do Sapo.pt:
1• Manuel Marques • Vila Real, Vila Real, Portugal 
Mentiroso! Eventualmente recebem mais aqueles que têm uma vida mais longa e os políticos. E aqueles que batem as botas ao fim de meia dúzia de anos após a reforma? Isto é como os seguros, eu que nunca tive acidentes pago para aqueles que andam constantemente a bater e as seguradoras têm grandes lucros na mesma Na caixa de pensões é o mesmo: o dinheiro das pensões não chega porque o andam a desviar para investimentos ruinosos e tapar muitos buracos feitos por quem nos governa. 2 • Fernando Silva • 
O homem estava a falar verdade. Referia-se às pensões vitalícias dos políticos !!!!!! - 
-
Com que então, o próprio Primeiro Ministro deste governo de gestão da Troyka, a fomentar a desunião entre os portugueses? 
Só quem for completamente parvo (no sentido de quem finge que não percebe, que não é nada consigo) é que faz declarações destas, duma forma genérica. 
Admito que haja algumas reformas que são exageradas, de qualquer modo, correspondem (nalguns casos) a grandes contribuições para a Segurança Social. 
Não sei se o atual governo está ao corrente das últimas e penalizadoras fórmulas de cálculo das pensões, já em vigor antes mesmo deste entrar em funções. 
Para essas pensões exorbitantes (em 90% dos casos, de políticos ou funcionários públicos de topo) poderia ser feita uma correção extraordinária, que mesmo assim, esses "pensionistas" ficariam bem servidos. Não se pode é fazer declarações deste teor, no tom "fingido" deste pm! 

Veja lá se ganha juízo e se começa a arrumar a própria casa, ou seja, reveja as pensões dos políticos que se aposentaram novos e com menos de 10 anos de serviço! 
Isso é que é uma vergonha!...

Mas é mais fácil e cómodo penalizar à bruta as pensões a partir dos 600 euros mensais, não é, snr. pm?
@as-nunes

É preciso um país



É PRECISO UM PAÍS...

Não mais Alcácer Quibir.
É preciso voltar a ter uma raiz
um chão para lavrar
um chão para florir.
É preciso um país.

Não mais navios a partir
para o país da ausência.
É preciso voltar ao ponto de partida
é preciso ficar e descobrir
a pátria onde foi traída
não só a independência
mas a vida.

Manuel Alegre
(Águeda, 1936)

Manuel Alegre: "Cada bom poema que se faz é uma derrota da indigência"
É preciso um país                           
É preciso um país                             
É preciso um país                                
É preciso um país                      
É preciso um país                 

2012/12/15

Chuva através do vidro do carro vs Falta de qualidade da emissão em FM da Antena UM


Leiria. Chovia a potes.
Centro, na zona do Largo 5 de Outubro de 1910.
Um dos largos de maior dimensão que eu conheço, para além da Praça do Comércio, em Lisboa.
Estava dentro do carro, estacionado, de atalaia, não fosse aparecer a polícia para me multar.
É que não se pode estacionar no centro de Leiria. 
Só a pagar, que parques de estacionamentos subterrâneos pagos (e bem pagos) há-os como cogumelos.
Era só por um bocadinho.
Claro que só é possível ter êxito nesta operação se forem duas pessoas no carro.
Uma para ficar a "fingir" que "vai já arrancar", que foi só para espirrar sem provocar um desastre.
Outra para ir à farmácia, ou buscar o jornal, ou fazer qualquer coisa rápida.
Os comerciantes bem se queixam que a cidade está às moscas, que as pessoas emigram para o Shopping e de lá não saem.
Há dias tive uma "discussão" com um polícia, que à viva força queria multar-me, num caso destes.
E eu barafustei. Dentro dos limites que não lhe proporcionassem dar-me ordem de detenção por desrespeito à autoridade.
É que são 30 Euros que vão para o maneta... que há um código nas multas aplicável à situação de "que estava a impedir a formação de fila de trânsito". É a que dá mais valor, dentro destas multas de estacionamento.

Aproveitei para ouvir a minha rádio, a Antena Um. Como chovia forte, a emissão nos 98.7 mhz (que é a que serve Leiria, Batalha, Porto de Mós) estava entre-cortada. 
Como já é habitual. Há anos que assim sucede. Sempre que chove com um bocadinho de intensidade não se consegue ouvir a Antena Um, em FM, em condições minimamente aceitáveis, nesta zona.
Não me digam que estão a pensar poupar uns cobres e porem-nos a ouvir rádio em onda média!...
Vou mandar este apontamento para a Administração da RTP e queixar-me ao Provedor.(*)

Uma vergonha, uma falha imperdoável
É caso para perguntar para que é que serve a taxa de comunicações audio-visuais que temos de pagar, todos os meses, na conta da luz/EDP?

Bem, vou ficar por aqui hoje. 
Parece que o tempo meteorológico vai melhorar, dizem.
-
(*) Acabei por remeter e-mail para o António Macedo e para a Filomena Crespo, que são os que mais acompanho.
E ao provedor.
@as-nunes

2012/12/13

Memórias de Leiria, de Viseu e outras...



No seu livro “As Minhas Memórias – Leiria . 1909-1939”, Raul Faustino de Sousa, em dado passo, escrevia:
(…)
Em Junho de 1935, o Órfeão de Viseu visitou Leiria, conforme já foi referido.
No mesmo ano, em 26 de Junho, Leiria e o seu Orfeão foram a Viseu em agradecimento da visita a Leiria. Demos passeios maravilhosos, houve almoço no Parque do Fontelo, visita às Caves de Viriato, e outros pela cidade, e, à noite, o espectáculo num teatro enorme, deixando óptimas impressões a todos, O Orfeão de Viseu acompanhou-nos em cortejo até à Estação do C. Ferro, e fez despedidas com um hino, que foi retribuído com outro hino, dos de Leiria.
(…)
Pág. 114

Deixo agora esta referência particular por aqui se falar duma ida a Viseu (a minha terra natal), em anos tão longínquos, e se evocar a existência de um “teatro enorme”.
Provavelmente seria o Teatro Avenida, na Av Emídio Navarro, no centro da cidade de Viseu. Não me dei ao trabalho de indagar das hipóteses de se poder tratar também de outro Teatro de Viseu, o Teatro Viriato, uns 200 metros mais acima na mesma avenida.

Pode ser que algum dos meus leitores de Viseu me possam dar alguma dica. Quem sabe não estará ainda alguém vivo, dessa época, e que se lembre deste facto?

Sem dúvida, Raul de Sousa, Viseu já nessa altura era uma cidade de valor e mérito cultural de relevo!
Para além de ter esses dois pontos de extraordinário interesse turístico e ambiental:
Um, o Parque do Fontelo (onde cheguei a participar num acampamento da Mocidade Portuguesa; não dormi quase nada com os gritos estridentes e caraterísticos dos pavões durante toda a noite). Talvez aí pelos anos 1958/9.
Cheguei a ser chefe de quina (não me envergonho desse facto, nem sequer imaginava do significado perverso que, mais tarde, veio a ser dado à existência dessa instituição!) e a tropa é que nos forneceu a alimentação no acampamento, com cozinha montada no local e tudo. Lembro-me que foi uma experiência muito emocionante para a ganapada da altura.
 Outro, a Cava de Viriato (*)nessa altura, não deveria ser muito diferente do que era quando eu, muitos anos mais tarde, brinquei aos espadachins com espadas improvisadas com os ramos das mimosas que abundavam por ali.
Quantas horas não passei naquela zona a estudar em voz alta, horas a fio, que assim é que me sabia bem!

E a estação do Caminho de Ferro? Estaria, hoje, em pleno centro da cidade, ali muito perto do recinto da feira franca de Viseu, que se realiza todos os anos em Setembro, e que constitui um dos grandes certames do género em Portugal. Grandes jogatinas de matraquilhos com moedas de 2 tostões ou com algumas chapas à medida para endrominar o comando de descarga das bolas! E aquelas enguias em barril? E os carrinhos de choque, em pista em Ó alongado? E as projeções de filmes de corrida de fórmula um, do tempo do Fângio? E o fogo de artfício preso com o ciclista e outras figuras?

Obrigado à editora Textiverso, que, em conjunto com o Arquivo Distrital de Leiria e o apoio da Caixa Agrícola de Leiria, editou este livro a que me tenho vindo a referir há já uns registos atrás e que tão gratas recordações me trouxe, com este bocadinho do texto manuscrito e guardado nessa forma durante tanto tempo! 
Agora dado à estampa através desta edição!

Obrigado Leiria, por me teres acolhido, duma forma tão íntima e duradoura! Desde o já longínquo ano de 1966, chegava eu para exercer o cargo de professor do 6º grupo na Escola Industrial e Comercial!  Um miúdo, a enfrentar a sua primeira experiência profissional, à espera de ser chamado para a "guerra"! 
Que anos aqueles! 
Que juventude de luta pela vida! ...

Dentro de ti, ó Leiria, tenho-me sentido perfeitamente, em casa!

-
Ver capa do livro e mais anotações aqui

2012/12/12

Concentrado...

composição da minha neta Mafalda 

A Ema e o Ivo aproveitaram a ocasião e ocuparam a minha cadeira da secretária onde tenho o computador...

2012/12/10

O lançamento sui generis dum livro, ...


O livro e o manuscrito que lhe serviu de suporte, dentro duma vitrina. Em exposição no m|i|mo, em Leiria.

A ver se amanhã consigo encontrar o livro que foi lançado no sábado passado no m|i|mo.
Um lançamento sui generis
Sem que o livro fosse colocado à disposição dos presentes na respetiva sessão de apresentação…

Como já narrei no registo anterior. 
(11.12.2012- ver notas complementares nos comentário e aqui)



 A noite, ao serão, passou-se melhor assim...
Vale, também, que consigo usar alguma lenha proveniente das podas das árvores...
-
m|i|mo - museu da imagem em movimento
Largo de São Pedro (cerca do castelo)
Leiria
@as-nunes

2012/12/08

Memórias de Leiria do século XX, em palavras, em desenhos e esboços e em fotografias. Milhares e milhares de fotografias.



Hoje à tarde voltei a subir na direção do Castelo de Leiria. Fiz o percurso de carro e até consegui estacionar, no largo do edifício da PSP, ali mesmo ao lado do MiMO. Fui assistir a uma sessão de lançamento dum livro e da abertura duma exposição de fotografias do snr. José da Silva Fabião, talvez o fotógrafo profissional de Leiria, de mais nomeada,  durante mais de três décadas do século XX. Ainda é vivo, tem 90 e poucos anos. Consegui trocar umas palavrinhas com ele, grande amigo que foi do meu sogro, José Teles Paiva, muito privei com ele e os filhos (igualmente exímios fotógrafos).

A apresentação do livro foi muito bem conseguida, pela qualidade e brilho dos oradores, com um senão. A assistência não teve acesso ao livro! 


- Não há livros para o público?! 


Interrogámo-nos, uns quantos, se calhar todos teríamos levado um livro, dado o tema tratado ser de extremo interesse para os leirienses, acumulado ao facto de o livro ter resultado da transcrição dum manuscrito que nos foi deixado por Raul Faustino de Sousa

Raul de Sousa nasceu em 1905 na Marinha Grande mas a sua ligação à cidade de Leiria foi muito intensa, a tal ponto que as suas "Memórias", agora sob a forma de livro, diz que constituem um documento invulgar, pelas inúmeras pessoas e locais que conheceu.

Pois é. O livro não estava disponível para o público. Apesar de o termos visto, à distância das mãos de alguns dos presentes (amigos e familiares, presumo), fomos surpreendidos pelo facto de não o podermos comprar, no momento do seu lançamento. Se bem percebi, um dos patrocinadores da edição reservou para si a sua posse e distribuição posterior. Não percebi esta insensibilidade. Muito sinceramente.


Bem, mas voltemos à justificação da escolha das fotos acima.

Vinha eu de regresso da sessão, nas instalações fabulosas do MiMO (Museu da imagem em movimento), lá em cima, ao lado da igreja de S. Pedro, vai daí olhei para poente e lá estava aquele fabuloso contraste de cores do pôr do sol. Mais abaixo, já no caminho para a Sé de Leiria, deparei com aquela perspetiva da rua, da tília tomentosa do adro da Sé, e das suas folhas amarelecidas pelo outono (naturalmente alouradas). Nesta altura do ano já aquela famosa e centenária tília está na fase final do despir de parte do seu hábito. 
Quer dizer, está a ficar quase nua...

E pronto. 

Vou preparar um registo mais pormenorizado sobre a exposição dos materiais do estúdio e das fotografias que, ao longo da sua vida, o snr. Fabião foi acumulando e que acabou por se transformar num extraordinário espólio que doou ao Arquivo Distrital de Leiria.

Claro que também terei muito gosto - aliás fazia questão nisso - em divulgar o mais que me for possível o livro acima referido. 

@as-nunes