2013/01/29

Lua cheia de promessas


Ontem à noite
A lua mostrou-se-me assim.
A sua luz a suplantar a do Homem.
Mesmo com os obstáculos
dos fios elétricos
e dos espinhos invernosos
duma roseira adormecida.
Talvez a competir
com as rosas brancas
que hão-de vir ...
num próximo e ansiado
porvir! ...

@as-nunes

2013/01/27

Olá como vão? Deste lado de cá estava-se bem, ontem...


Do lado das Cortes, renques de árvores frondosas a bordejarem o rio Lis e que resistiram, mais que as doutras terras, à fúria dos ventos do dia 19 próximo passado, o casario, o campanário da igreja de N. Sra. da Gaiola, por trás adivinham-se os cumes da Sra. do Monte, a nascente do rio Lis, um pouco mais à direita, também escondida pela linha de horizonte do outeiro do cemitério, a paisagem, toda ela, a acenar-nos, airosamente, mal sabendo que hoje já o dia estaria novamente chuvoso...

O tempo passa, estes ares e olhares permanecem...
@as-nunes

2013/01/25

Através dos pingos da chuva


Oportunista
vi e ouvi a chuva
impressionista
a pintar
esta vista

Se calhar não tens razão
ó chuva
tu é que assentas
que nem luva
... e pintas assim ...

@as-nunes

INICIADOS da UDL nos Açores


Os iniciados de futebol da União Desportiva de Leiria a treinar à noite. O guarda redes, Duarte, de costas, parece-me ter muitas potencialidades e estar em boa forma.
Daqui a umas horas embarcam para o Faial/Açores, onde vão disputar o primeiro jogo da 2ª série do campeonato nacional. Seguem 20 jogadores e os treinadores. O meu neto, Guilherme Moura, faz parte do grupo. 

@as-nunes 

2013/01/23

OE 2013 - Um monstro! ...


Acabei de participar numa sessão de esclarecimento sobre o OE 2013. Explicado a Técnicos Oficiais de Contas. Ao pormenor, nos aspetos fiscais.

Confirmadíssimo!

Um PAVOR! ...

@as-nunes 

2013/01/21

Noite de temporal com luz à moda antiga


Em Leiria, noite caseira, à luz das velas e da lanterna, o temporal à solta ...

ENGRENAGEM

O dia nasce limpo e luminoso
Mas não te iludas, homem!
A natureza já não é contigo.
Daqui a nada toca no quartel,
Apita a fábrica de meias,
Abre a mercearia,
E só então tu poderás saber
Se poderás viver,
E se chove,
E se neva,
E se o adeus da tua Eva
Te comove.


Miguel Torga
Cântico do Homem
Ed. autor - Coimbra, Janeiro de 1974

2013/01/20

Temporal medonho...







Deixo as fotos...
A bateria do PC está no limite...
1 hora e dez de domingo... ainda não temos eletricidade...

Até amanhã...

kkk

2013/01/18

Tempos em tons de cinza...



Hoje (já foi ontem), quando seguia para Fátima, ao longo do monte sobranceiro a Reguengo do Fétal, a buscar a Mafalda e o Guilherme, que a mãe tinha "formação" pedagógica até tarde. O Gui tinha treino de futebol e a Mafalda anda engripada...



SÚPLICA

Não adiem a nova primavera.
Olhem que ramos tristes, os meus braços!
Trinta invernos a fio, e só dez anos
De rosas de inocência e de perfume!
Lume!
Lume é que a vida quer nos ímpetos gelados!
Homens a arder de sonho e de alegria,
Em vez de candelabros de agonia,
Apagados.


Miguel Torga
Cântico do Homem
Ed. autor - Coimbra, Janeiro de 1974

2013/01/16

Era só para vos saudar...

Do lado de lá.  Uma visão, sempre igual, sempre diferente ...
 Todos os anos floresce num local recôndito do jardim, como que a querer passar despercebida. Não consegue...
A Tina. Estava a fazer-se desentendida... mas lá abriu um olho para a fotografia...

SOMOS TODOS POETAS

Porque não queres os versos que te nascem
Como rebentos pelo tronco acima?
Porque não queres a inesperada rima
Dos sentimentos?
Olha que a vida tem desses momentos
Que se articulam numa cadência
Tão imprevista,
Que é uma conquista
Da consciência
Não ser um túnel de negação...
Brotam as folhas que são precisas
E outras folhas que o não são.

Miguel Torga
Cântico do Homem
Ed. autor - Coimbra, Janeiro de 1974

2013/01/13