2013/04/10

O Belo e o Betão

Uma aguarela da primavera

Da estrada N 356-2 (Leiria-Fátima), em terras da Quinta de S. Venâncio. Vê-se o viaduto do IC36, a entrar na zona do Vidigal/Pousos. O renque de árvores ao fundo indica o sítio por onde corre o rio Lis.
Do lado de cá, a zona florestal (por quanto tempo?) da Quinta de Vale Lobos.

@as-nunes

2013/04/09

2013/04/07

Leiria nos anos 60...


 Ed. da Comissão Regional de Turismo de Leiria (Leiria, Batalha, Marinha Grande, Porto de Mós e Vila Nova de Ourém), Coimbra Editora - 1968.
Saibam todos quantos repararem nesta entrada, que a jovem representante do concelho de Leiria na cerimónia de entrega de prémios dos (talvez os primeiros, oficialmente, Jogos Florais abrangendo esta tão mítica região turística) é a minha mulher, Zaida Manuela Paiva (Nunes), que eu conheceria neste mesmo ano de 1968 da edição deste livro...
Em 1966 (Outubro) cheguei eu a Leiria. Cá fiquei. 47 anos estão a passar...

A Presidente do Júri era, muito simplesmente, a Dra. Adelaide Félix, ilustre escritora e lídima representante das Letras Portuguesas, intimamente ligada a Leiria, onde viveu largos anos e à qual ficou indelevelmente ligada através de ações variadas de índole literária e cultural. Na cidade de Leiria e na Praia do Pedrógão, o seu nome ficou gravado a letras duradouras na toponímia oficial. 

Leiria: ADELAIDE FELIX

Leiria: ADELAIDE FELIX: Cron.Fem.1973 Uma jornalista e grande escritora, que falta estudar , e que escreveu sobre Leiria, as suas terras e as suas gentes. (v...

2013/04/06

Pintassilgos da época

 Consegui esta fotografia por dentro da janela do meu quarto... cerca do meio dia.
Afinal, o que se passa é que anda um casal a chocar ovos no ninho... talvez uma segunda postura.
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o tempo a passar... ou nós a passarmos por ele... ouvi esta ontem...

Uma hora mais tarde...

Este deve ser o macho...
Tão colorido!
Só pode ser ele!
O sol brilha ...
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-* nota: este post vem na sequência do anterior...

2013/04/04

Sei um ninho

Da janela do meu quarto (virada a sudeste...), dei com este ninho, acabadinho de fazer...
Pelo tamanho não deve ser de melro. Será de pintassilgo? ... Ainda há dias andei a colher umas tangerinas e não dei por nada. Talvez que um dia destes possa aqui deixar uma foto com o/os novos amigos que espero vir a conhecer...
Tratar quimicamente esta árvore? Nem pensar! Apesar de estar atacadíssima de piolho!... talvez outras pragas, até... 
O que vale é que os gatos não conseguem lá chegar! Digo eu! ...
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05-04-2013: 14h00 - acabei de os ver, os meus novos amigos. Confirmo que são pintassilgos. Inconfundíveis. Distraí-me um bocadinho, não estava com a máquina fotográfica à mão...
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Segredo

Sei um ninho.
E o ninho tem um ovo.
E o ovo, redondinho,
Tem lá dentro um passarinho
Novo.

Mas escusam de me atentar:
Nem o tiro, nem o ensino.
Quero ser um bom menino
E guardar
Este segredo comigo.
E ter depois um amigo
Que faça o pino
A voar…

Miguel Torga
1956

@as-nunes

2013/04/02

Por terras de Afonso Lopes Vieira e do Rio lis e de cheias...

O vale do Lis, belos freixos no seu hábito de folhagem primaveril e os campos, dos mais produtivos, alagados como desde sempre acontece... do lado de cá, os Lourais, do lado de lá, as Cortes, corrente da direita para a esquerda, na fotografia...


AS PAISAGENS

A cada uma, alegre ou triste,
Que inda haja, olhai-nos bem;
Que em breve já não existe
Onde poise o olhar de alguém…

Affonso Lopes Vieira
País Lilás
Desterro Azul
1922

-

Descansa em paz, Afonso Lopes Vieira.
Enquanto eu estiver ciente do que ando a fazer,
Mesmo que esta e outras paisagens
Deixarem de existir ,
Nelas continuará a haver
Alguém que lhe poise o olhar!

(aqui muito perto, na margem de lá do rio Lis, ainda hoje existe (em rápida decadência) a casa onde Afonso Lopes Vieira viveu alguns anos...)

@as-nunes

2013/04/01

Ponte das Mestras- Leiria. O problema de sempre quando o rio Lis bazofia um pouco mais


Em pleno dia de Páscoa.
Os habitantes da zona da Ponte das Mestras, alí à travessia para a Barosa, preocupados com o evoluir do caudal do rio Lis, em dia de muita chuva, caudal acumulado, a limpeza do rio descuidada...

As obras lá estão anunciadas. Que obras?!...

@as-nunes

2013/03/31

É dia de Páscoa... e chove e chove e chove...


Do lado de lá, as Cortes...



CHUVA

Chove uma grossa chuva inesperada,
Que a tarde não pediu mas agradece.
Chove na rua, já de si molhada
Duma vida que é chuva e não parece.

Chove, grossa e constante,
Uma paz que há-de ser
Uma gota invisível e distante
Na janela, a escorrer...

Miguel Torga, Diário II, 1943

-

chove muito e há muitos dias
os rios e barragens já estão 
a transbordar
talvez porque nós próprios
já andamos a meter água
há demasiado tempo...

2013/03/28

Janela (in)discreta ou nem por isso

Ao estilo do meu vizinho de cima...

Por vezes assalta-me esta indecisão: continuar a publicar verbetes no meu blogue, duma forma dispersa e dispersiva, como tem sido meu hábito desde 2006, ou dar prevalência à crítica política e social, dado o momento conturbadíssimo que estamos a viver.

Acontece até que, não raramente, me sinto algo desconfortável por me “entreter” e entreter os meus leitores com assuntos que não abordam especificamente temas sérios, quer dizer, as questões de interesse cívico/político. É que, cada vez mais, temos todos de ser políticos, no sentido em que se não formos nós a participar na formação duma opinião pública bem fundamentada, estaremos eternamente nas mãos de uns quantos “iluminados” que tiveram a ideia e/ou padrinhos que lhe permitiram seguir uma carreira política nos partidos e, dessa forma, virem a ser quem define e executa a estratégia tendente a nortear a nossa vida enquanto cidadãos duma comunidade, o nosso país em instância média.

No entanto, temos de admitir que já há por aí comentadores e analistas políticos  em abundância. Se calhar até já os haverá em excesso. E com a entrada em cena de José Sócrates, na RTP, a coisa promete…

De modo que a minha tentação, até por uma questão de auto-defesa mental, é manter esta minha linha de rumo, abordar duma forma mais ou menos espontânea, os temas que me forem ocorrendo, sem pretensões de poder constituir-me numa referência obrigatória como guia de quem quer que seja.

Com Sócrates de volta ou sem Sócrates, caia o Carmo ou a Trindade, vou tentar manter este rumo que tracei para o “DISPERSAMENTE…”.

Ocorreu-me escrever isto, hoje… 

em tempo:
Como ficar calado? Lá terei que dar o dito por não dito! 

@as-nunes

2013/03/27

Quinta do Cónego - Cortes (fotografia partilhada por Carlos Fernandes no Facebook)


"Copiado" do Facebook de Carlos Fernandes 
O único edifício da lavra do arquitecto Korrodi existente em Cortes (Leiria), edifício do princípio do século XX, mandado construir pelo industrioso Ricardo e localizado na que é conhecida por Quinta do Cónego, mas que é realmente a Quinta da Botarra.
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2013/03/23

Salve-se a alma da cidade de Leiria



Carlos do Carmo - Sou o ferro velho

O Largo da Sé, em Leiria, é um dos icons da zona histórica de Leiria. Uma cidade só se conseguirá impor no contexto turístico e económico se os seus administradores não permitirem que ela perca a sua alma. E isso só será possível com um forte impulso na recuperação da sua zona histórica, a área da cidade que a distingue de todas as outras. Já vai sendo tempo de todos os que querem voltar a ter uma cidade bem definida, com as suas caraterísticas próprias, pugnem pela recuperação dos edifícios, ruas, praças, jardins, árvores e comércio tradicional, única forma de manter a identidade Leiriense.

Leiria transferiu-se, de armas e bagagens, para um campo de concentração a que chamamos "Leiria Shopping".
Vamos aceitar, sem contestação, a degradação a que Leiria, como cidade histórica, está a chegar?

É que, entretanto, começamos a ver sinais preocupantes de que não há interesse em preservar a identidade de Leiria. 
Em vez de uma Praça na zona histórica, constrói-se um "equipamento" com linhas modernaças mas completamente fora da traça original da alma da cidade. Árvores que ainda se podiam e deviam manter em pé, abatem-se às dezenas, decapitando pontos de referência e de vida.

O ferro velho.
É isto que queremos para o Centro Histórico de Leiria?!

2013/03/19

Obrigado Pai

 E quando éramos todos pequenitos?! ... Claro, a Isabelita veio 17 ou 18 anos depois (depois faço melhor as contas...)

Ainda ontem a minha mãe me voltou a "segredar" aquela incrível história de quando eu me esqueci de entregar a prova de exame final (2ª ÉPOCA), eu preparadíssimo, ainda hoje estou para perceber como é que o meu pai, induzido pela fé inquebrantável da minha mãe, conseguiu convencer o diretor do Instituto a repetir o meu exame (só para mim?!... naquele tempo, no tempo de Salazar e da Pide, o meu pai era pobre, com cinco filhos, todos a estudar... como, pai? como é que conseguiram fazer isso?!... obrigado PAI)...

Obrigado PAI...

(deixei este apontamento por aí, num blogue amigo, num repente, emocionado!...)

@as-nunes

2013/03/18

Portugal, que futuro?

Nos Marinheiros, da rua da Escola, da Igreja para o horizonte crepuscular

Entre o sono e o sonho
é mudo
o diálogo.

Albano Martins
Estão agora floridas as magnólias

@as-nunes

2013/03/17

Se serra a serra


A serra dos Candeeiros vista da serra de Sto. António (Minde). Há dias.
(...)
(17-03-2013-08h00)
A caminho de Viseu, com vistas para as Serras da Estrela e do Caramulo... 
(depois admiro-me que que me digam que não preciso de contar mais nada, que já leram o que aqui vou deixando bem esparramado, quais fragmentos do meu Diário!...)

@as-nunes

2013/03/15

Flores de ameixieira na rua de sto António, em Minde



(texto adaptado dum comentário que deixei num blogue amigo)

«E eu que ando, no olhar, com as flores imaculadas daquela ameixieira ali em frente, na quinta do snr. Duarte, que todos os anos me captam a atenção. É uma ameixieira de pequeno porte, idosa mas sempre viçosa.

As várias fotos que já lhe tirei não me deixam apreciar a sua beleza, não me deixam tocar-lhe. Está lá, na extrema da quinta, do lado mais afastado, não consigo tocar-lhe nem com a teleobjetiva de 300 mm. Mas aquele vulto branco, é dos primeiros sinais de Primavera que observo da janela do meu quarto!

Ontem estive em Minde. Manhã gélida mas clara.
Lá estava, na rua de Sto. António, uma bela e majestosa ameixieira de flores brancas. Toquei-lhe com a objetiva e com as minhas próprias mãos.

E guardei-a, ciosamente, no meu bloco das ocorrências do quotidiano.
Tal como prometi, aqui venho partilhar as fotos que captaram esse instante.

Há momentos, que serão irrelevantes para outros, mas que nos transmitem sensações indeléveis de felicidade! Há que fruir esses momentos mágicos!

Hoje tem estado um dia tão belo!...»

Obrigado, Isabel.