Quem sobe para o castelo de Leiria, desde o Largo da Sé, pela Rua Cónego Sebastião da Costa Brites...
Ocorreu-me deixar aqui uma passagem do grande romance de "Eça de Queiroz", «O Crime do Padre Amaro».
Por inspiração cá dumas coisas em que ando metido (não são saias) estou a reler com um entusiasmo que já não esperava, este romance do Eça, por alguns considerado o romance mais realista do século XIX. É que é mesmo. As ligações a personagens reais e que me são chegadas (por parentesco) são tantas que é um regalo esta releitura.
Demais, este romance é, realmente, uma obra-prima da literatura mundial!...
Então:
(...)
"Durante toda esta manhã de domingo, o padre Amaro, à volta da Sé, estivera ocupado em compor laboriosamente uma carta a Amélia. Impaciente, como ele dizia, «com aquelas relações que não andavam nem desandavam, que era olhar e apertos de mão e dali não passava» - tinha-lhe dado uma noite, à mesa do quino, um bilhetinho onde escrevera com boa letra, a tinta azul: - Desejo encontrá-la só, porque tenho muito que lhe falar. Onde pode ser sem inconveniente? Deus proteja o nosso afecto. Ela não respondera:
(...)
Pode continuar a ler... aqui ia eu na página 198 da edição de 1964 da Lello & Irmãos- Editores, Porto...
O livro que estou a reler, ele próprio, tem uma história impensável para os dias de hoje! ...
@as-nunes