2012/11/22

Eis Aqui o Agiota

Com as minhas desculpas ao pombo, que estava a fazer pela vida, depois de escorraçar a concorrência.
Quer ele lá saber das teorias de Keynes? Tal como o Agiota, mas este sabe perfeitamente que a sua vida de nababo consegue-a à custa da infelicidade de milhões de seres humanos...

Eis aqui o agiota
Eis ali a agiotagem
De novo mergulho na luz do astro da música
A minha cabeça
De novo a procura daquela
Melodia que teima
Em nascer às avessas
Se ribomba no contrapasso e se já cruza o ciberespaço
Então
Cuida de ti usurário
Na zona escura do erário
E da folia financeira
Do teu corpo fundo
E mais anónimo
A volta do mundo
Atravessando fronteiras
Esvoaçam
À tua volta esvoaçam
Taxas de juros e cambios
De cambistas e banqueiros
Títulos e dívidas
Contraseguros
Visões garridas
Malabaristas
E oníricas
Do dinheiro
A minha guitarra não toca para ti
A minha guitarra rosna
Obeso e rebarbativo alardeando
A engorda
O teu figurino
Obesa a corruptela que mais
Disfarça e transforma
Selvagens capitalismos
Em brandos neoliberalismos
O mais doce dos eufemismos
E então
Tu provas na perfeição
Que geres com o teu cifrão
A infelicidade dos outros
Reduzes um drama
O do maior desemprego
A centigramas
A percentagem de uns poucos
Encurralados
Os mais jovens encurralados
Em becos rasos de seringas
Contrafeitos mercadores
Em praças e ruas
Ruelas e avenidas
Envergonhadas
E mais anuladas
As mãos estendidas
De arrumadores
Morreu a proletária ditadura
A ditadura do mercado já nasceu
Se cada vez menos produzem
Mais para a maior minoria
Toda a riqueza
Se cada vez menos para a imensa maioria sobram
Sobras que te caem da mesa
Da guerrilha dos capitais
Em doces paraísos fiscais
Então
Cuida de ti argentário
O que retrata este sudário
E a maior parte do mundo
Que sobrevive na penumbra
De olhos postos em ti
Moribundo
Mas que te olha já defunto
E enches a boca
De direitos humanos
Enches a boca
De fala
Do pensamento
Mas o do trabalho nunca
E porque será
Que esse direito
No esquecimento fica
Se crucifica
Mais
Se abdica
Mas fica a pergunta
Keynes
Ao pé de ti
E arrumado a um canto
É a alegoria
Ou o retrato de um santo
Fausto

2012/11/20

O Futebol como desporto ao serviço da arte


No passado domingo os iniciados A do União Desportiva de Leiria receberam no campo de Sta. Eufêmea o Caldas e venceram por 3 golos sem resposta. 
Duas boas equipas de futebol, sendo que a do UDL integra um plano de trabalho duma Academia de Futebol Juvenil.
O União Desportiva de Leiria está a desenvolver um interessante trabalho em prol do desporto em geral e do futebol em particular. Há muita gente envolvida nesta iniciativa e o espírito e a antiga mística do União de Leiria parece que está a rejuvenescer. A verdade é que a quase extinta SAD a que o União esteve ligado durante mais de duas décadas acabou em contendas de natureza financeira e negócios obscuros à mistura e ainda bem que se voltou à primitiva forma de o clube ser gerido como clube desportivo sem "sociedades" ditas desportivas à mistura.

Na foto acima pode apreciar-se um momento interessante de movimentações de praticantes do futebol em plena entrega ao jogo bem praticado.
O Gui (meu neto, que já tive ocasião de o apresentar aqui), no futebol, o "Moura" (o que leva a bola dominada e se prepara para passar o defesa da equipa adversária), é extremo direito, tem um bom potencial e engodo pelo jogo em velocidade, de modo a poder servir os avançados de área em condições de marcar golos. O que acontece com muita frequência. Ele próprio lá vai marcando os seus golos, que também tem um bom remate. 
Dou comigo a compará-lo com o grande José Augusto, campeão Europeu ao serviço do glorioso Benfica!

Ora digam lá que não se fica com uma sensação de movimento, de harmonia e de técnica de jogo ao olhar para esta fotografia?
@as-nunes

2012/11/19

IVA, IVA, IVA em "Dia Nacional Sem Restaurantes"



Ainda se consegue ver a paisagem, a natureza bem nos acena com simpatia e beleza.
Até quando? Com o afunilamento das nossas expectativas, que futuro, Portugal?

Vou a Leiria a uma sessão de esclarecimento sobre a forma de cumprir, já a partir de 1 de Janeiro próximo, as obrigações fiscais no que respeita ao IVA, que vão resultar em que todas as atividades, feirantes inclusivé, tenham que faturar on line 
(na maior parte dos casos em tempo real, de modo a que os dados fiquem instantaneamente registados na base de dados das Finanças; e o servidor do Fisco aguenta com tanta informação?!, quando já não o consegue para os movimentos normais de acesso por parte dos contribuintes?) 
todas as suas vendas. 

As pessoas/pequenos empresários parece que ainda nem sequer se aperceberam do imbróglio em que estão a ser metidos!

Este governozito ou é ingénuo ou é sabido de mais e tem a nítida  intenção de destruir para depois reinar sobre os escombros! ....
-
Entretanto...
Diz o Ministro das Finanças que a reposição da taxa do Iva da restauração aos níveis anteriores é um assunto que vai ser objeto de análise de um "grupo de trabalho"...  
Bem sabemos como funcionam esses grupos de trabalho!...

Já cansa, snr. Ministro, não há paciência para ouvir as suas lengalengas, monólogos longos, entediantes, nitidamente a tentar "poupar" o Primeiro Ministro...no seu incrível objectivo de ainda estar no governo em 2014...

2012/11/17

O meu país não pode ser só capital




PAÍS

Não sei se sem poemas há país
Ou se sem eles se perde o pé a fé e até
Esse país que está onde se diz
Ai Deus e u é?

Alguns julgam que é tanto vezes tanto
Capital a multiplicar por capital
País é um café e a mesa a um canto
Onde um poeta sonha e escreve e é Portugal.

Levantou-se a velida e levantou-se a alva.
Por mais que o mundo nos oprima e nos esprema
Há sempre um poema que nos salva
País é onde fica esse poema.


Manuel Alegre
Nada está escrito
D. Quixote - 2012

@ as-nunes

2012/11/16

Só para dar notícias...e mostrar este belo arco-íris



Ultimamente tenho alimentado este blogue com publicações quase diárias. De dois em dois dias, vá lá. Esta semana tem sido um tanto complicada, pessoal e coletivamente (para todos nós, portugueses, particularmente) e, muito francamente, teria tanta coisa para dizer e mal dizer da vida, que acabei por me deixar sossegado para ver se evitava que me saísse algum desabafo mais forte de que me pudesse vir a arrepender.

Nesta conformidade - só para vos cumprimentar, caros amigos e leitores ocasionais -  aqui vos deixo esta fotografia tirada ontem ao fim do dia, instantâneo sem grandes preliminares, mas este arco-íris até teria justificado uma grande angular. Tivesse eu à mão essa objetiva (que ainda hei-de comprar, talvez quando as contas melhorarem) e estaria agora a mostrar esse arco-íris, na sua plenitude, dum extremo ao outro, uma perfeita maravilha da natureza, as reverberações da luz solar no seu despontar no meio das nuvens do fim da tarde, já a anunciar a chuva forte que viria logo a seguir.
Este instantâneo foi captado na direção nascente na zona do vale do Lis, Cortes, Barreira.


(Ah, não sei se sabem, mas as freguesias das Cortes e da Barreira vão passar a ser agrupadas na freguesia de Leiria  juntamente com os Pousos, segundo proposta da UTRAT
(*).
Ao menos que se se fizesse um agrupamento entre estas duas freguesias, até pelo historial que já existe entre elas. Podia, inclusive, juntar-se a própria freguesia da Golpilheira, por exemplo).

Voltarei a este assunto, tão candente que ele se está a apresentar aos olhos das populações, que, diga-se também, não têm encorpado movimentos reivindicativos com a devida força.

-
(*) UTRAT - Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa do Território)
@ as-nunes
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2012/11/13

Tempos fuscos...



Tirei esta fotografia há dias, na semana passada, com o tempo a dar chuva, por vezes forte, estamos no vale do lis, aqui no centro oeste de Portugal. Como eu gosto de chamar a este sítio de Portugal, que quero que continue livre e independente. Livre da corja de bandidos que o assaltaram e o deixaram completamente exaurido, à mercê dos barões da nova oligarquia dominante, meros e prestáveis funcionários da Alta finança internacional e dos seus próprios interesse e de grupo. Independente e capaz de não se deixar prender pelas garras daquela águia bicéfala, que durante a primeira parte do séc.xx, não conseguiu impôr a sua vontade à Europa, e que agora, sob o estandarte duma dama de olhos azuis Merkel, se dá ao luxo de fazer um périplo de revista das forças dispostas no terreno, e sem gastar dinheiro em munições, conseguir o domínio absoluto da Piglândia, distribuindo medalhas de mérito e exemplar comportamento,  pelos seus alunos e mandatários.
Mesmo que contra a opinião e vontade manifesta da esmagadora maioria do povo português, que não querem ser vergados a ponto de virem a ser os escravos do ressurgimento da produção e crescimento da economia Europeia, depois de os seus salários e condições sociais serem reduzidos a menos que o mínimo de sustento. 

E não nos venham com a história da Dívida Pública ser excessiva. Culpem-se os verdadeiros responsáveis. Eles estão aí bem à vista de toda a gente!

É da história que os povos mais frágeis terão de ser domados à força do medo da pobreza. É isso que a Troika e a Direita portuguesa, à qual fomos forçados a entregar-nos, vai acabar por conseguir. A mão de obra barata e não reivindicativa, a nacionalização das empresas públicas rentáveis vendidas ao desbarato, depois  de tudo se ter feito para as desvalorizar alegando que são mal administradas, eis os ingredientes imprescindíveis para o assalto final do neo-liberalismo e da alta finança internacional.

Sempre à força da arma letal e implacável de nos incutirem o medo de sermos pobres! Depois de nos roubarem todas as expetativas que tínhamos de que o Estado era de confiança, que nele podíamos depositar as nossas poupanças da vida inteira. Que era uma pessoa de bem, que geria não só as nossas expectativas como também tinha gente que era eleita para co-mandar, ouvindo os anseios do povo e as opiniões de pessoas idóneas e competentes, muitas e de saber incontestável.

Mas não, o que importa é ser-se o menino bonito, custe o que custar aos povos da Piglândia...

@ as-nunes
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2012/11/12

Olá! ...

 
                                                                            foto RAFAEL MARCHANTE/REUTERS


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2012/11/11

Pela enésima vez...


O castelo de Leiria, perspetiva da margem direita do rio Lis, quem estaciona junto à frente do antigo Hospital D. Manuel de Aguiar.
Ontem passei por aquela rua, ia apressado, mais ou menos à mesma hora em que hoje, com mais vagar, parei para captar esta imagem, só possível nesta altura do ano. 
Pela enésima vez, talvez até já se estejam  a aborrecer comigo, cá deixo este registo, de qualquer modo na melhor das minhas intenções, que só quero aproveitar este ensejo para mostrar este recanto de puro encanto, nesta cidade de Leiria que me habituei a admirar, agora num misto de amor e de nostalgia. 
Cada vez frequento menos a cidade, por motivos vários, e isso provoca-me dor e um sentimento de enorme ingratidão para com a terra que me chamou em 1966... por telegrama...
E eu, jovem de 20 anos, meti-me a caminho, diretamente de Viseu, na carreira dos Claras, numa viagem de 7 horas, o meu pai lá me emprestou o seu relógio, para eu aparecer na Escola Industrial e Comercial de Leiria, dentro do horário combinado com o diretor para me apresentar ao serviço...

Sou capaz de estar a contar esta minha aventura pela enésima vez neste blogue...

Mas o tempo dá, quando menos se espera, um salto para trás.
Este filme é muito antigo e as suas imagens são devolvidas à realidade em momentos mágicos e hipnóticos como este...
-
E a chanceler Merkel que aí vem fazer revista aos seus súbditos...e o que mais dói, é que dela estamos cada vez mais dependentes.
Que é feito do teu orgulho, da tua história, da tua antiga glória, Portugal? 

E não me venham dizer que é só lamúrias! Que fazer mais, senão renegociar a nossa colossal Dívida Externa? Rapidamente e com competência e sagacidade, onde estão os nossos governantes, não podem servir só para nos atolar em impostos e mais impostos?! ...
@ as-nunes

2012/11/09

Nunca terá sido tão importante gostarmos muito de Portugal como na atualidade!...

 

in YouTube
-

Portugal


Eu tenho vinte e dois anos e tu às vezes fazes-me

sentir como se tivesse oitocentos

Que culpa tive eu que D. Sebastião fosse combater os

infiéis ao norte de África

só porque não podia combater a doença que lhe

atacava os órgãos genitais

e nunca mais voltasse

Quase chego a pensar que é tudo mentira que o

Infante D. Henrique foi uma invenção do Walt Disney

e o Nuno Álvares Pereira uma reles imitação do Príncipe Valente

Portugal

Não imaginas o tesão que sinto quando ouço o hino

nacional

(que os meus egrégios avós me perdoem)

Ontem estive a jogar póker com o velho do Restelo

Anda na consulta externa do Júlio de Matos

Deram-lhe uns electro-choques e está a recuperar

àparte o facto de agora me tentar convencer que nos

espera um futuro de rosas

Portugal

Um dia fechei-me no Mosteiro dos Jerónimos a ver

se contraía a febre do Império

mas a única coisa que consegui apanhar foi um

resfriado

Virei a Torre do Tombo do avesso sem lograr encontrar

uma pétala que fosse

das rosas que Gil Eanes trouxe do Bojador

Portugal

Se tivesse dinheiro comprava um Império e dava-to

Juro que era capaz de fazer isso só para te ver sorrir

Portugal

Vou contar-te uma coisa que nunca contei a ninguém

Sabes

Estou loucamente apaixonado por ti

Pergunto a mim mesmo

Como me pude apaixonar por um velho decrépito e

idiota como tu

mas que tem o coração doce ainda mais doce que os

pastéis de Tentugal

e o corpo cheio de pontos negros para poder

espremer à minha vontade

Portugal estás a ouvir-me?

Eu nasci em mil novecentos e cinquenta e sete Salazar

estava no poder nada de ressentimentos

o meu irmão esteve na guerra tenho amigos que

emigraram nada de ressentimentos

um dia bebi vinagre nada de ressentimentos

Portugal depois de ter salvo inúmeras vezes os

Lusíadas a nado na piscina municipal de Braga

ia agora propôr-te um projecto eminentemente

nacional

Que fôssemos todos a Ceuta à procura do olho que

Camões lá deixou

Portugal

Sabes de que cor são os meus olhos?

São castanhos como os da minha mãe

Portugal

gostava de te beijar muito apaixonadamente

na boca.

Jorge de Sousa Braga

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2012/11/08

Estamos de regresso aos anos 70?


Já todos os portugueses (uns mais do que os outros) o estamos a sentir, que o nosso nível de vida está em retrocesso fulgurante.
E lembrei-me de ir vasculhar umas fotos que se reportam aos tempos dos anos 70, mais precisamente, 1978.
A foto ao lado representa uma simples mas elucidativa amostragem do que era a vida da dita "classe média/baixa?  de então. Férias na praia do Pedrógão. A fazer campismo e, mesmo assim, num parque improvisado, que era o que se podia arranjar.

Dou comigo a pensar no que nos está a acontecer na atualidade. Habituados a uma vida relativamente desofogada (comparativamente, claro) como é que nos poderemos mentalizar de que, às tantas, ainda vamos regressar, económica e socialmente, a esses velhos tempos dos anos 70, ou, pelo menos, dos   anos 80?

E, muito francamente. Estou muito cético quanto às possibilidades que teremos de retomar uma qualidade de vida como aquela a que nos estávamos a habituar até que, bruscamente, em 2008, a bolha financeira mundial rebentou, deixando a descoberto, inúmeras e impensáveis fragilidades do sistema económico/financeiro em que assentava o desenvolvimento de todo o chamado "Ocidente"´.
Entretanto, esquecíamo-nos que, quando os colossos asiáticos (particularmente a China e a Índia) acordassem da letargia em que deixaram viver o povo, a sua integração na era do desenvolvimento e da riqueza, só viria a ser possível, à custa de um grande reajustamento de todos os circuitos de produção e comercialização global de bens que até então eram como que um monopólio de meia dúzia de países ricos, Estados Unidos, Europa (particularmente a Alemanha, Itália, França) e Japão.

Hoje mesmo, veio a lume a informação de que os ministros das Finanças da  Zona Euro resolveram adiar a decisão sobre a próxima tranche de ajuda à Grécia de 12 para 26 de Novembro. Coincidência ou não, a verdade é que, todas estas hesitações se seguem a uma visita da chanceler Merkel à Grécia.
Ou seja, será que anda por aí algo de muito decisivo, no ar, agora que a Sra. Merkel já vem a caminho de Portugal?

Maus presságios?
@ as-nunes
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2012/11/06

Harmonia da natureza em dias de demasiada turbulência em Portugal


Liquidâmbar e piricanta
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Entretanto, Pedro Passos Coelho, aprendiz de feiticeiro como primeiro ministro, cá continua com os seus falsos avanços e recuos, sem saber como balancear as contas deste país.

Tão bem que ele falou ao coração dos portugueses, que tinha chegado a hora do salvador da pátria, afinal o que temos pela frente é austeridade sobre austeridade até à pobreza total (para alguns milhões)!...

É tempo de renegociar a Dívida Pública. 
                                                                        Já!
@ as-nunes

2012/11/05

Refunda-se o acordo com a Troika de especuladores! Já!...

05-11-2012 12:01 - Juros sobem na periferia e descem no centro da Zona Euro
Em véspera das eleições presidenciais nos EUA e no dia em que a Grécia discute o orçamento de Estado para 2013, as taxas de rendibilidade associadas aos títulos de dívida pública estão esta manhã a subir na generalidade dos países da periferia do euro, em particular em  Espanha, e descer ligeiramente no centro, caso de Alemanha e França.

No caso do país vizinho as subidas são na casa dos cinco pontos base, estando as “yields” a oscilar entre 1,125% (dois anos) e 5,733% (dez).

Em Portugal, os sinais são mistos. Os juros da dívida soberana estão hoje a descer a dois anos, mas a subir nos restantes prazos. A três anos, sobem mesmo 21 pontos base, para 6,273%, oscilando entre 5,549% (dois anos) e 8,517% (dez anos).
  
Jornal de Negócios - Jornal de Negócios Online
-
Não será assim, com toda a certeza, que se poderá avançar com o projeto da União Europeia!
Que UNIÃO?

@    as-nunes

2012/11/03

ACORDAI!... Povos do Sul Europeu!...


Talvez não seja má ideia acompanhar as crónicas e reflexões de José Pacheco Pereira no seu blogue "abrupto". Não é por nada de particular, mas pressinto que vamos necessitar, nos tempos em curso, desta opinião abalizada (até porque conhece por dentro o modus operandi dos barões e baronetes deste partido do "arco do poder").

(...)
O caminho para a servidão começa no confisco da propriedade por via fiscal. É em primeiro lugar a expropriação da propriedade do salário e do trabalho, mas também o de todas as outras formas de propriedade, privando os indivíduos e a sociedade de terem um espaço privado de "posse", que é em primeiro lugar garantia da sua liberdade e de controlo sobre a sua vida. Perdida essa liberdade, o reino da necessidade torna-se despótico, sem serem precisas polícias políticas, porque basta a utilização de leis iníquas e de procedimentos autoritários para obter uma sociedade em que a liberdade é residual. E não me venham dizer que tem que ser assim, porque perdemos a nossa soberania, porque dependemos de credores, porque nunca tivemos qualquer liberdade, mas apenas a ilusão dela. Tretas e tretas perigosas, porque não conhecem limites. Servem para tudo e justificam o injustificável. 
(...) querendo continuar a ler siga por aqui...
(o negrito é da iniciativa do autor deste blogue)

- Tenho andado a acompanhar os escritos e o posicionamento político de José Pacheco Pereira, desde sempre pode-se dizer, ultimamente com redobrada atenção.
JPP é militante do PPD/PSD desde a primeira hora, mas nem por isso deixou de ser sempre uma voz mais inconformista dentro deste partido dito defensor da Social Democracia.  A verdade é que JPP está-se a empenhar numa luta sem quartel contra o aviltamento das ideias e práticas que devem nortear um verdadeiro Partido Social Democrata.  Basta assistir-se ao seu programa Ponto-Contraponto e à Quadratura do Círculo na SIC.
Não podem restar quaisquer dúvidas de que a sua intervenção pública na TV e nos jornais, o Público, particularmente, está a transformar-se num baluarte estratégico nesta luta sem tréguas contra a a nítida tentativa de a Alta Finança internacional e os seus lacaios da UE transformarem, custe o que custar, os países da Europa do Sul nos futuros escravos que virão a constituir-se na mão de obra barata, que há-de permitir a recuperação da Economia da Zona Euro e o seu relançamento planetário.

Desta forma pretendem conseguir o objetivo vital de  manterem intactas as suas fontes astronómicas de rendimento do seu Capital.

Senão atente-se no que esses senhores andam a apregoar aos sete ventos, acenando-nos com o papão da "bancarrota" e consequente fome de toda (quase toda) a população dos países com dívidas soberanas incomportáveis, já que elas próprias são o alvo da ganância dos juros de agiota que temos que pagar aos credores internacionais (FMI, BCE, nomeadamente.).

Esperem por, pelo menos, mais 5 anos de políticas de austeridade orçamental, andam por aí a apregoar. A sra. Merckel à frente do coro. 
E nós, o povo desses países, continuaremos  a ser simplesmente "carne para canhão", não importando o nosso bem estar social.

Não é precisamente o que o Primeiro Ministro do atual Governo de Gestão de Portugal nos tem andado a "querer dizer" com as indiretas que tem usado, por medo das palavras que todos entendam e que estão a provocar um crescendo de ira entre os portugueses?
@    as-nunes

2012/11/01

Uma tarde de outono na EN 356-2 (Leiria-Fátima)

Música: Light Today - Eddie Vedder   (Ukulele Songs)


Legendas que ficaram esquecidas na montagem do filme:

1 . 1-    Pura ilusão de ótica! O reflexo é proporcionado pelo tejadilho do carro em que seguia ...
2   2-    Perto de Rio Seco ...
3   3-    O sol a espreitar antes de se recolher para o Atlântico ...
4   4-    Na subida, do lado direito, ao fundo, imagine-se Reguengo do Fétal ...
@    as-nunes

2012/10/30

Maria Lucília Moita: em Alcanena, uma justa homenagem a uma pintora de mérito





Aspetos de pormenor da sala da biblioteca municipal de Alcanena onde está exposto diverso material (outubro-novembro de 2012) que nos pretende ajudar a entrar no ambiente criado à volta da vida e obra da pintora e escritora Maria Lucília Moita

Aqui deixo, em jeito de registo para a memória deste blogue, e como singelo contributo para a divulgação do seu trabalho artístico e literário, este apontamento fotográfico captado no passado sábado, antes de mais uma sessão de tertúlia de poesia, no decorrer da qual de reviu o trabalho e a obra de Natália Correia.
-
A pintora Maria Lucília Moita, considerada uma das últimas herdeiras dos grandes pintores naturalistas portugueses como Silva Porto e Henrique Pousão, morreu em 22 de Agosto de 2011, aos 82 anos em Abrantes, onde residia. 

Lucília Moita nasceu em Alcanena em 1928 mas, embora longe dos grandes centros artísticos e culturais, não deixou de fortalecer uma carreira, tornando-se numa personalidade cultural contemporânea e uma das pintoras mais conhecidas e premiadas da região.

Abrantes foi a sua terra de acolhimento, ali residindo desde 1954.

Há alguns anos que na sua própria casa abria as portas do seu atelier a visitas de grupos escolares, num gesto de serviço à comunidade local. «A pintura para mim não é um passatempo, é uma exigência», costumava dizer.

A sua arte está representada em colecções particulares nacionais e estrangeiras e ainda em museus como o do Chiado, Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, Museu José Malhoa, Casa Museu Dr. Anastácio Gonçalves, Museu de Setúbal e outros.

Em comunicado, por alturas do seu falecimento, a Câmara Municipal de Abrantes «lamenta com pesar o desaparecimento de uma figura ímpar da cultura local e nacional, recordando a vasta obra artística e o seu carácter humanista».

Maria Lucília Moita cedeu uma grande parte do seu espólio ao município de Abrantes, do qual fazem parte quadros a óleo, um vasto conjunto de desenhos e diversa documentação que enquadra a sua vida e obra, peças e material que integrarão o núcleo de pintura com o seu nome, a instalar no futuro Museu Ibérico de Arqueologia e Arte.

(texto retirado da internet; mais e melhor informação se pode obter consultando a biblioteca municipal de Alcanena)

2012/10/28

Olá, boa boite - Hallo good evening -Sonata ao luar (Beethoven)

 
mais pela noite adentro...


À tarde estivemos, no salão paroquial da Barreira, no lançamento do livro de Júlia Moniz,
Ludwig Van Beethoven - O Génio da Música da Era Romântica
(registo biblioteca AZ #1835)

Gosto da Melia


Parceiros-Leiria: melia azedarach

Gosto da Melia
No outono …
Quem não gostará?
@as-nunes

2012/10/27

Que reforço do poder de compra?!...


Lisboa, 26 out (Lusa) - 

O ministro da Solidariedade e da Segurança Social, Pedro Mota Soares, disse hoje que as pensões mínimas serão aumentadas em 1,1%, "acima da inflação".
"A inflação prevista para o próximo ano é 0,9%, faremos um aumento nas pensões mínimas de 1,1%", disse Mota Soares durante um debate na Assembleia da República.
"Haverá assim um reforço do poder de compra", que irá ter impacto sobre "um milhão de pessoas", acrescentou o ministro.


Se a inflação é de 0,9% (valor tão baixo que não se consegue perceber) como é que um aumento de 1,1% (diferencial de 0,2%) sobre pensões abaixo dos limiares da pobreza  pode constituir um aumento do poder de compra?!

Olhem é para o escândalo das pensões dos políticos!...

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2012/10/26

Invocando Natália Correia, tão fartos que estamos desta guerrilha permanente em tempos de austeridade febril e agoirenta!

 Quem, no outono de 2012, sai da Marinha Grande a caminho de S. Pedro de Moel...
Quem está na rotunda antes de subir para o Sítio da Nazaré e olha, num fim de tarde de outono, para o mar...


ODE À PAZ

Pela verdade, pelo riso, pela luz, e pela beleza,
Pelas aves que voam no olhar de uma criança,
Pela limpeza do vento, pelos actos de pureza,
Pela alegria, pelo vinho, pela música, pela dança,
Pela branda melodia do rumor dos regatos,
Pelo fulgor do estio, pelo azul do claro dia,
Pelas flores que esmaltam os campos, pelo sossego dos pastos,
Pela exactidão das rosas, pela Sabedoria,
Pelas pérolas que gotejam dos olhos dos amantes,
Pelos prodígios que são verdadeiros nos sonhos,
Pelo amor, pela liberdade, pelas coisas radiantes,
Pelos aromas maduros de suaves outonos,
Pela futura manhã dos grandes transparentes,
Pelas entranhas maternas e fecundas da terra,
Pelas lágrimas das mães a quem nuvens sangrentas
Arrebatam os filhos para a torpeza da guerra,
Eu te conjuro ó paz, eu te invoco ó benigna,
Ó Santa, ó talismã contra a indústria feroz.
Com tuas mãos que abatem as bandeiras da ira,
Com o teu esconjuro da bomba e do algoz,
Abre  as portas da História,
……………………………….. Deixa passar a Vida!

Natália Correia
1989
(Vai-se dizer poesia
e falar da poetisa,
na biblioteca municipal
de Alcanena, 
sábado que vem)

2012/10/24

Sem trabalho, toda a vida apodrece...


Última proposta do Governo de Gestão de Portugal:

"Governo quer baixar limite mínimo do subsídio de desemprego em 10% "
(Afinal já desdisse...agora é... ?????...)25-10-2012


Não se pode dar carta branca aos que julgam ser os donos do mundo! ...
Precisamos de um Governo que governe para os portugueses, que não minta, que seja capaz de se impôr à Alta Finança, que trabalhe em prol duma força Europeia capaz de renegociar a Dívida Pública nas mesmas condições em que os Alemães o conseguiram após as duas Guerras Mundiais em que sairam completamente destroçados e lhes foi emprestado dinheiro a juro zero para recuperarem da miséria a que estariam condenados, caso se tivesse feito o mesmo que nos estão a fazer a nós! ...

E também é necessário e muito urgente  que seja feita justiça contra os abutres que desbarataram o dinheiro público. 
@as-nunes

Há vida para além do Défice

Andreus, Cumeira, freguesia da Barreira - Leiria - Portugal. Uma das freguesias a agrupar, segundo o projeto de reorganização administrativa do Governo.

Mesmo que a figueira não volte a florir,
mesmo que não haja
nem sequer um cacho nos ramos da vinha,
mesmo que as oliveiras mintam
na sua promessa de fruto
e que os campos não voltem a produzir
nem sequer um cardo;
mesmo até que o galo tenha morrido
e se achem vazios todos os estábulos,
mesmo assim, eu quero exultar no Senhor,
achar a minha alegria no Deus que me salva.
O Senhor meu Deus é a minha força,
aquele que torna os meus pés iguais aos das gazelas
e me faz caminhar até às alturas.


HABACUC
Profeta caldeu que terá vivido no séc. VII ou VI a.C.. O texto que
aqui se apresenta é conhecido como O Cântico de Habacuc.

in
Os Herdeiros do Vento
Antologia Apócrifa
JOAQUIM PESSOA
bib. az-biblioteca #1831