2012/12/19

É Natal?!...


(...)


Doze signos do céu o Sol percorre,
E, renovando o curso, nasce e morre
Nos horizontes do que contemplamos.
Tudo em nós é o ponto de onde estamos.

Ficções da nossa mesma consciência,
Jazemos o instinto e a ciência.
E o sol parado nunca percorreu
Os doze signos que não há no céu.

Fernando Pessoa
Glosas, in “Cancioneiro”, 14-8-1925
@as-nunes

2012/12/18

O Fado... mas também NATAL



...
Sem mais palavras...
Pode-se ver parte de Leiria,
da sua história,
dos seus símbolos
e marcos...
-

E já estamos noutro Natal


2012/12/16

Sim, sim, snr primeiro ministro!...

Comentários do site do Sapo.pt:
1• Manuel Marques • Vila Real, Vila Real, Portugal 
Mentiroso! Eventualmente recebem mais aqueles que têm uma vida mais longa e os políticos. E aqueles que batem as botas ao fim de meia dúzia de anos após a reforma? Isto é como os seguros, eu que nunca tive acidentes pago para aqueles que andam constantemente a bater e as seguradoras têm grandes lucros na mesma Na caixa de pensões é o mesmo: o dinheiro das pensões não chega porque o andam a desviar para investimentos ruinosos e tapar muitos buracos feitos por quem nos governa. 2 • Fernando Silva • 
O homem estava a falar verdade. Referia-se às pensões vitalícias dos políticos !!!!!! - 
-
Com que então, o próprio Primeiro Ministro deste governo de gestão da Troyka, a fomentar a desunião entre os portugueses? 
Só quem for completamente parvo (no sentido de quem finge que não percebe, que não é nada consigo) é que faz declarações destas, duma forma genérica. 
Admito que haja algumas reformas que são exageradas, de qualquer modo, correspondem (nalguns casos) a grandes contribuições para a Segurança Social. 
Não sei se o atual governo está ao corrente das últimas e penalizadoras fórmulas de cálculo das pensões, já em vigor antes mesmo deste entrar em funções. 
Para essas pensões exorbitantes (em 90% dos casos, de políticos ou funcionários públicos de topo) poderia ser feita uma correção extraordinária, que mesmo assim, esses "pensionistas" ficariam bem servidos. Não se pode é fazer declarações deste teor, no tom "fingido" deste pm! 

Veja lá se ganha juízo e se começa a arrumar a própria casa, ou seja, reveja as pensões dos políticos que se aposentaram novos e com menos de 10 anos de serviço! 
Isso é que é uma vergonha!...

Mas é mais fácil e cómodo penalizar à bruta as pensões a partir dos 600 euros mensais, não é, snr. pm?
@as-nunes

É preciso um país



É PRECISO UM PAÍS...

Não mais Alcácer Quibir.
É preciso voltar a ter uma raiz
um chão para lavrar
um chão para florir.
É preciso um país.

Não mais navios a partir
para o país da ausência.
É preciso voltar ao ponto de partida
é preciso ficar e descobrir
a pátria onde foi traída
não só a independência
mas a vida.

Manuel Alegre
(Águeda, 1936)

Manuel Alegre: "Cada bom poema que se faz é uma derrota da indigência"
É preciso um país                           
É preciso um país                             
É preciso um país                                
É preciso um país                      
É preciso um país                 

2012/12/15

Chuva através do vidro do carro vs Falta de qualidade da emissão em FM da Antena UM


Leiria. Chovia a potes.
Centro, na zona do Largo 5 de Outubro de 1910.
Um dos largos de maior dimensão que eu conheço, para além da Praça do Comércio, em Lisboa.
Estava dentro do carro, estacionado, de atalaia, não fosse aparecer a polícia para me multar.
É que não se pode estacionar no centro de Leiria. 
Só a pagar, que parques de estacionamentos subterrâneos pagos (e bem pagos) há-os como cogumelos.
Era só por um bocadinho.
Claro que só é possível ter êxito nesta operação se forem duas pessoas no carro.
Uma para ficar a "fingir" que "vai já arrancar", que foi só para espirrar sem provocar um desastre.
Outra para ir à farmácia, ou buscar o jornal, ou fazer qualquer coisa rápida.
Os comerciantes bem se queixam que a cidade está às moscas, que as pessoas emigram para o Shopping e de lá não saem.
Há dias tive uma "discussão" com um polícia, que à viva força queria multar-me, num caso destes.
E eu barafustei. Dentro dos limites que não lhe proporcionassem dar-me ordem de detenção por desrespeito à autoridade.
É que são 30 Euros que vão para o maneta... que há um código nas multas aplicável à situação de "que estava a impedir a formação de fila de trânsito". É a que dá mais valor, dentro destas multas de estacionamento.

Aproveitei para ouvir a minha rádio, a Antena Um. Como chovia forte, a emissão nos 98.7 mhz (que é a que serve Leiria, Batalha, Porto de Mós) estava entre-cortada. 
Como já é habitual. Há anos que assim sucede. Sempre que chove com um bocadinho de intensidade não se consegue ouvir a Antena Um, em FM, em condições minimamente aceitáveis, nesta zona.
Não me digam que estão a pensar poupar uns cobres e porem-nos a ouvir rádio em onda média!...
Vou mandar este apontamento para a Administração da RTP e queixar-me ao Provedor.(*)

Uma vergonha, uma falha imperdoável
É caso para perguntar para que é que serve a taxa de comunicações audio-visuais que temos de pagar, todos os meses, na conta da luz/EDP?

Bem, vou ficar por aqui hoje. 
Parece que o tempo meteorológico vai melhorar, dizem.
-
(*) Acabei por remeter e-mail para o António Macedo e para a Filomena Crespo, que são os que mais acompanho.
E ao provedor.
@as-nunes

2012/12/13

Memórias de Leiria, de Viseu e outras...



No seu livro “As Minhas Memórias – Leiria . 1909-1939”, Raul Faustino de Sousa, em dado passo, escrevia:
(…)
Em Junho de 1935, o Órfeão de Viseu visitou Leiria, conforme já foi referido.
No mesmo ano, em 26 de Junho, Leiria e o seu Orfeão foram a Viseu em agradecimento da visita a Leiria. Demos passeios maravilhosos, houve almoço no Parque do Fontelo, visita às Caves de Viriato, e outros pela cidade, e, à noite, o espectáculo num teatro enorme, deixando óptimas impressões a todos, O Orfeão de Viseu acompanhou-nos em cortejo até à Estação do C. Ferro, e fez despedidas com um hino, que foi retribuído com outro hino, dos de Leiria.
(…)
Pág. 114

Deixo agora esta referência particular por aqui se falar duma ida a Viseu (a minha terra natal), em anos tão longínquos, e se evocar a existência de um “teatro enorme”.
Provavelmente seria o Teatro Avenida, na Av Emídio Navarro, no centro da cidade de Viseu. Não me dei ao trabalho de indagar das hipóteses de se poder tratar também de outro Teatro de Viseu, o Teatro Viriato, uns 200 metros mais acima na mesma avenida.

Pode ser que algum dos meus leitores de Viseu me possam dar alguma dica. Quem sabe não estará ainda alguém vivo, dessa época, e que se lembre deste facto?

Sem dúvida, Raul de Sousa, Viseu já nessa altura era uma cidade de valor e mérito cultural de relevo!
Para além de ter esses dois pontos de extraordinário interesse turístico e ambiental:
Um, o Parque do Fontelo (onde cheguei a participar num acampamento da Mocidade Portuguesa; não dormi quase nada com os gritos estridentes e caraterísticos dos pavões durante toda a noite). Talvez aí pelos anos 1958/9.
Cheguei a ser chefe de quina (não me envergonho desse facto, nem sequer imaginava do significado perverso que, mais tarde, veio a ser dado à existência dessa instituição!) e a tropa é que nos forneceu a alimentação no acampamento, com cozinha montada no local e tudo. Lembro-me que foi uma experiência muito emocionante para a ganapada da altura.
 Outro, a Cava de Viriato (*)nessa altura, não deveria ser muito diferente do que era quando eu, muitos anos mais tarde, brinquei aos espadachins com espadas improvisadas com os ramos das mimosas que abundavam por ali.
Quantas horas não passei naquela zona a estudar em voz alta, horas a fio, que assim é que me sabia bem!

E a estação do Caminho de Ferro? Estaria, hoje, em pleno centro da cidade, ali muito perto do recinto da feira franca de Viseu, que se realiza todos os anos em Setembro, e que constitui um dos grandes certames do género em Portugal. Grandes jogatinas de matraquilhos com moedas de 2 tostões ou com algumas chapas à medida para endrominar o comando de descarga das bolas! E aquelas enguias em barril? E os carrinhos de choque, em pista em Ó alongado? E as projeções de filmes de corrida de fórmula um, do tempo do Fângio? E o fogo de artfício preso com o ciclista e outras figuras?

Obrigado à editora Textiverso, que, em conjunto com o Arquivo Distrital de Leiria e o apoio da Caixa Agrícola de Leiria, editou este livro a que me tenho vindo a referir há já uns registos atrás e que tão gratas recordações me trouxe, com este bocadinho do texto manuscrito e guardado nessa forma durante tanto tempo! 
Agora dado à estampa através desta edição!

Obrigado Leiria, por me teres acolhido, duma forma tão íntima e duradoura! Desde o já longínquo ano de 1966, chegava eu para exercer o cargo de professor do 6º grupo na Escola Industrial e Comercial!  Um miúdo, a enfrentar a sua primeira experiência profissional, à espera de ser chamado para a "guerra"! 
Que anos aqueles! 
Que juventude de luta pela vida! ...

Dentro de ti, ó Leiria, tenho-me sentido perfeitamente, em casa!

-
Ver capa do livro e mais anotações aqui

2012/12/12

Concentrado...

composição da minha neta Mafalda 

A Ema e o Ivo aproveitaram a ocasião e ocuparam a minha cadeira da secretária onde tenho o computador...

2012/12/10

O lançamento sui generis dum livro, ...


O livro e o manuscrito que lhe serviu de suporte, dentro duma vitrina. Em exposição no m|i|mo, em Leiria.

A ver se amanhã consigo encontrar o livro que foi lançado no sábado passado no m|i|mo.
Um lançamento sui generis
Sem que o livro fosse colocado à disposição dos presentes na respetiva sessão de apresentação…

Como já narrei no registo anterior. 
(11.12.2012- ver notas complementares nos comentário e aqui)



 A noite, ao serão, passou-se melhor assim...
Vale, também, que consigo usar alguma lenha proveniente das podas das árvores...
-
m|i|mo - museu da imagem em movimento
Largo de São Pedro (cerca do castelo)
Leiria
@as-nunes

2012/12/08

Memórias de Leiria do século XX, em palavras, em desenhos e esboços e em fotografias. Milhares e milhares de fotografias.



Hoje à tarde voltei a subir na direção do Castelo de Leiria. Fiz o percurso de carro e até consegui estacionar, no largo do edifício da PSP, ali mesmo ao lado do MiMO. Fui assistir a uma sessão de lançamento dum livro e da abertura duma exposição de fotografias do snr. José da Silva Fabião, talvez o fotógrafo profissional de Leiria, de mais nomeada,  durante mais de três décadas do século XX. Ainda é vivo, tem 90 e poucos anos. Consegui trocar umas palavrinhas com ele, grande amigo que foi do meu sogro, José Teles Paiva, muito privei com ele e os filhos (igualmente exímios fotógrafos).

A apresentação do livro foi muito bem conseguida, pela qualidade e brilho dos oradores, com um senão. A assistência não teve acesso ao livro! 


- Não há livros para o público?! 


Interrogámo-nos, uns quantos, se calhar todos teríamos levado um livro, dado o tema tratado ser de extremo interesse para os leirienses, acumulado ao facto de o livro ter resultado da transcrição dum manuscrito que nos foi deixado por Raul Faustino de Sousa

Raul de Sousa nasceu em 1905 na Marinha Grande mas a sua ligação à cidade de Leiria foi muito intensa, a tal ponto que as suas "Memórias", agora sob a forma de livro, diz que constituem um documento invulgar, pelas inúmeras pessoas e locais que conheceu.

Pois é. O livro não estava disponível para o público. Apesar de o termos visto, à distância das mãos de alguns dos presentes (amigos e familiares, presumo), fomos surpreendidos pelo facto de não o podermos comprar, no momento do seu lançamento. Se bem percebi, um dos patrocinadores da edição reservou para si a sua posse e distribuição posterior. Não percebi esta insensibilidade. Muito sinceramente.


Bem, mas voltemos à justificação da escolha das fotos acima.

Vinha eu de regresso da sessão, nas instalações fabulosas do MiMO (Museu da imagem em movimento), lá em cima, ao lado da igreja de S. Pedro, vai daí olhei para poente e lá estava aquele fabuloso contraste de cores do pôr do sol. Mais abaixo, já no caminho para a Sé de Leiria, deparei com aquela perspetiva da rua, da tília tomentosa do adro da Sé, e das suas folhas amarelecidas pelo outono (naturalmente alouradas). Nesta altura do ano já aquela famosa e centenária tília está na fase final do despir de parte do seu hábito. 
Quer dizer, está a ficar quase nua...

E pronto. 

Vou preparar um registo mais pormenorizado sobre a exposição dos materiais do estúdio e das fotografias que, ao longo da sua vida, o snr. Fabião foi acumulando e que acabou por se transformar num extraordinário espólio que doou ao Arquivo Distrital de Leiria.

Claro que também terei muito gosto - aliás fazia questão nisso - em divulgar o mais que me for possível o livro acima referido. 

@as-nunes

2012/12/07

A fotografia e a pintura


Uma fotografia como tantas outras que tenho tirado ao longo dos muitos anos que levo a retratar aquilo que vejo e me absorve a atenção num determinado momento.
É um desses precisos momentos que aqui deixo publicado.

Dia 5 de Dezembro de 2012, 15 horas de Portugal continental, do miradouro do antigo Paço Episcopal de Leiria, hoje a esquadra da Polícia de Segurança Pública. Vêem-se os campanários da igreja de Sto. Agostinho, a capela do santuário de N. Sra. da Encarnação, na linha de horizonte, os cumes da Sra. do Monte e da Serra da Maúnça. 

Um simples retrato? Um mero registo contemplativo? 

Os fotógrafos profissionais insistem em que a espontaneidade não implica que o fotógrafo seja menos artífice que o pintor. 
Eu, como fotógrafo não profissional, ainda que com muitos anos de experiência na fotografia espontânea, não temática, não me atrevo a propor que a fotografia force a concorrência com a pintura!...

Tema com probabilidades de originar um bom debate!
- talvez tenham interesse em ler http://az-biblioteca.blogspot.pt/2012/12/ensaios-sobre-fotografia.html

2012/12/05

Bom dia! Sou a primeira camélia deste ano!...



Há já uns anos que esta camélia se presta a servir-me de via de saudação radiosa com os meus amigos
como se pode ver aqui

-
Estou apaixonado por esta camélia. 
Não consigo resistir aos seus encantos. 
Ao afago do seu olhar. 
À volúpia da sua "pele", de seda da mais pura! 
À imaculada alvura da sua presença física que se nos entranha no espírito 
e nos transmite uma incrível sensação de leveza, 
de tranquilidade, dum mundo puro, 
qual donzela cuja honra vai ser defendida em duelo medieval!
Se esta camélia  me consegue transmitir todas estas sensações, 
então só posso estar verdadeiramente apaixonado por ela!
Duvido mesmo que alguém consiga deixar de se perder de amores por ela!...
@asnunes

2012/12/03

Querem acabar com a nossa freguesia!...


Vamos a eles!...

Quer dizer, o snr. Relvas e os seus "assessores" decidiram, está decidido!?

Até agora:

Freguesias:

Leiria
Pousos
Cortes
Barreira

No futuro, já amanhã:

Agrupamento União de Freguesias de Leiria (e arredores, claro).

Parece que se chamará: União das freguesias de Leiria, Pousos, Barreira e Cortes. A sede deverá ser Leiria. 
5ª feira próxima a AR vai votar uma Proposta de Lei neste sentido e, segundo já ouvi, vão votar a favor desta Reorganização Administrativa do Território, o PSD, o CDS e o PS.

Tanta pressa para quê? Para obedecer às cegas ao mando duma pseudo Federação Europeia? 
Federação para a austeridade, que não para a União!...

União Europeia, sim, voltarmos ao Feudalismo, NÃO!...
-

Veja-se o vídeo do 5º Aniversário do Grupo Coral AdesbaChorus.
Não é uma freguesia qualquer que se pode vangloriar de ter um grupo coral como este!


2012/12/02

É outono, quase inverno, e pronto








Em Leiria, junto à ponte do Arrabalde...
-
Se, depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia,
Não há nada mais simples,
Tem só duas datas - a da minha nascença e a da minha morte,
Entre uma e outra coisa todos os dias são meus.

A. Campos

Não me arrependo do que fui outrora
Porque ainda o sou.

A. Campos
@as-nunes

2012/12/01

Odete Santos cita Almeida Garret e pergunta quantos pobres são precisos para produzir um rico


No final da sua intervenção, Odete Santos invocou o escritor Almeida Garret, dedicando uns «versos», que adaptou, ao primeiro-ministro. 

«E eu pergunto aos economistas, políticos, aos moralistas, se já calcularam o número de indivíduos que é forçoso condenar à miséria, ao trabalho desproporcionado, à desmoralização, à infâmia, à ignorância crapulosa, à desgraça invencível, à penúria absoluta, para produzir um rico?»

,declamou, suscitando os aplausos de pé por parte dos congressistas, que gritaram a palavra de ordem PCP/PCP.

in TVI-online
-
O tempo não pára. Odete Santos decidiu que era altura de dar lugar a outros, tendencialmente mais novos. Nem sempre isso acontece no PCP. O Comité Central sempre foi um órgão muito fechado e não é fácil que nele sejam admitidos jovens.
O PCP de que eu me lembro e que ainda hoje julgo conhecer é o dos célebres anos de 1974 a 1978/80.
Mantive, em tempos, acesos debates com militantes deste partido, e, em regra, dou-me bem com as pessoas enquanto cidadãos devotados à causa pública.
@as-nunes

2012/11/30

Os dias que correm e Fernando Pessoa


Em 18.1.1985 Al Berto escrevia no seu Diário:
[...]
(uma das maneiras possíveis de compreender este país é reler Pessoa. Atentamente. Devotadamente. Todos os dias. Alguma luz se fará, por entre a teia magnífica dos heterónimos. Por vezes, penso que este país é o heterónimo dum outro país que sobreviveu ao seu próprio criador. Assim, já não possuindo o motor que o faz pensar, criar, imaginar, mover-se, acabou por se afundar no orgulho do seu próprio esterco.)

Hoje escreveria da mesma forma, com toda a certeza!
Onde está a tão apregoada mudança do rumo deste país?!
(para bem dos portugueses em geral ... e não, só das elites.)
@as-nunes

2012/11/29

Conhecem o "piritóritári"?



 A minha neta Carolina, 5 anos, entrou no carro, na companhia da avó. Fomos buscá-la à escola, que esta semana é por nossa conta. Uma semana nós, outra semana a avó Lucília.

Vinha toda entusiasmada porque levámos connosco a Tina, uma cadelita muito meiga e mexida, que se saracoteia toda quando lhe dão mimos. As duas são muito amigas.
Também trazia na mão um desenho que fez na escola e que me  mostrou, na expectativa de eu lhe dizer da minha avaliação. Habitualmente sou o seu crítico de arte, de modo que ela fica logo à espera de poder trocar umas impressões comigo.
E disse, muito segura:
Na parte superior:
- mala que dá luz;
- pássaro que brilha:
- carrinho com a rena, a voar no céu;
- Pai natal (falta acabar);
- também faltam mais renas;
Na parte de baixo:
- árvore de Natal;
- carro-cavalo, com chapéu
(Mas, atenção, do carro só contam as rodas, o resto é mesmo o cavalo e com chapéu); a completar este conjunto há dois elementos que são também muito importantes: uma bomba de ar para encher os pneus do carro e uma “coisa” necessária para este equipamento andar rápido;
- animal do Natal chamado “piritóritári”;
- cama que manda para o céu a pessoa que lá dorme e que se chama Kika;
- A Carolina com um vestido muito colorido, que assim é que é bonito; também tem cinto.

E pronto. Perguntei-lhe se me deixava pôr este desenho na internet. Que não, que queria levar a folha com o desenho para casa, para acabar o que faltava.
Tirei logo ali uma fotografia do desenho e mostrei-lho no lcd da máquina. Está bem, isso podes pôr na internet.
Jc tm

2012/11/28

Governo que Ri ! ...


Em dia de Lua Cheia o Governo ria... em plena AR, no decorrer da votação do Orçamento do Estado desgraçado de Portugal... 
Governo de Lunáticos! ...

Há improváveis nichos de mercado que a crise destapou: vender máquinas para fazer furos nos cintos é outro.

Ferreira Fernandes - DN de hoje, dia seguinte ao da aprovação do OE2013
-
Entretanto:
O Ministro da Economia, o meu conterrâneo Álvaro Pereira, tem que ouvir e ver mais o que se passa neste país, deixar de se engalfinhar tanto - na Assembleia da República, a armar-se em valente, todo esganiçado - contra os partidos da oposição, particularmente o PS, e ser mais reivindicativo com Passos Coelho e o Ministro das Finanças.

Sem um Ministério da Economia à altura das circunstâncias não há desenvolvimento; sem desenvolvimento não há criação de riqueza. 
Então para quê toda esta austeridade? 
@as-nunes

2012/11/26

Biblioteca Municipal de Alcanena - 10 anos

 

Zaida Paiva Nunes a oferecer ao Diretor da Biblioteca, Dr. Óscar Martins, um Livro/Álbum com 49 páginas, composto por texto e fotografias por si selecionadas, relativo ao período de 2010 a 2012. 

" CORTAR O TEMPO"
Apresentação, seleção e arranjo gráfico: Zaida Nunes
Fotografia e tratamento de imagem: António Almeida Nunes
 
 
 
 

Carlos L. Fonseca (recém chegado ao grupo)
Diz que lhe chamam poeta. Ouvi a sua poesia dita por Soares Duarte. Fomos unânimes em concordar. Temos poeta!
Ver livro a lançar sexta-feira em Alpiarça. Eu já o tenho.
Recém chegada ao grupo; com trabalhos literários muito ligados a Cabo Verde e a Alcanena e ao Ribatejo 

Na senda das comemorações do 10º aniversário da criação da biblioteca municipal de Alcanena, o grupo de poetas que ali se reúne mensalmente, desde o ano de 2003, por iniciativa do seu coordenador, Dr. Óscar Martins, decidiu que este aniversário seria um bom pretexto para se fazer um balanço do que tem sido esta estreita e profícua colaboração entre a biblioteca, a câmara municipal e um grupo de pessoas amantes da poesia, que, desde então, ali se têm reunido sem qualquer interregno estudando um poeta por mês. 
Os serviços da biblioteca têm sido incansáveis na organização de brochuras alusivas a cada autor, o que tem contribuído decisivamente para uma boa orientação das sessões, e que muito tem fomentado o gosto pela poesia e o estudo dos vários movimentos literários na língua lusófona.

É com enorme prazer e reconhecimento que o grupo de Leiria se tem conseguido integrar neste ambiente de perfeita tertúlia, vocacionada para a poesia e são convívio, tão úteis ao  equilíbrio emocional de que o homem tão carecido se tem apresentado, particularmente nos tempos que correm.
-
O fotógrafo/poeta (lírico, talvez) em pose para a fotografia, junto ao seu estimado amigo Óscar Martins
-
Claro está que o rigor e disciplina do uso da língua portuguesa é prioritário em qualquer forma de escrever, mas esta regra de ouro pode e deve ser adaptada pelo poeta.
Ainda que nós saibamos que a poesia é uma substância imaterial que existe num ser, logo, assume um cunho muito pessoal, o poema, depois de criado, deverá ficar ao alcance de qualquer leitor. Evidentemente que esta simples conceção(*) traz-nos imediatamente a ideia da necessidade de o leitor do poema ter de ser capaz de sentir a poesia que lhe está subjacente.

Há quem diga que só é poeta quem pode, não quem quer.
Não concordo.
Sentindo-se a poesia, pode escrever-se um poema...

Há ideias e imagens, umas tão belas, outras tão líricas ou dramáticas, que só quem sente a poesia as poderá transmitir na sua integralidade, tangível e/ou intangível.
...  
(ainda eu estava na fase da edição, mas a publicar o que ia ensaiando, recebi um comentário dum bom amigo da blogosfera em que ele diz, muito expressivamente:
As tertúlias de poesia são um espaço saudável de camaradagem e de difusão da palavra. Renova a alma e dá-lhe coragem... )

(Obrigado, Rogério Pereira)
-
(*) Quanta hesitação para escrever esta palavra segundo o novo AO !
@as-nunes
Posted by Picasa

CAMINHOS ENTRELAÇADOS: Biblioteca Municipal de Alcanena - 10 anos

CAMINHOS ENTRELAÇADOS: Biblioteca Municipal de Alcanena - 10 anos:   Zaida Paiva Nunes a oferecer ao Diretor da Biblioteca, Dr. Óscar Martins , um Livro/Álbum com 49 páginas, composto por texto e fotografia...

2012/11/25

IMI - Aí estão a chegar as contas atualizadas/íssimas


Só um exemplo:

Uma casa nos arredores de Leiria, que tinha um valor patrimonial de 20.000€ (avaliação de 1995) "vale" agora (que os imóveis vendem-se facilmente e a ganhar rios de dinheiro!...) para as Finanças,  5 (cinco) vezes mais.

Resultado: o IMI aumenta para mais do dobro em 2013, para mais do triplo em 2014 e para mais do quádruplo em 2015.

Entretanto, os rendimentos dos proprietários (que, na maior parte dos casos ainda estão a pagar o imóvel ao Banco) têm vindo a diminuir drasticamente ano após ano...

E assim nos vamos empobrecendo cada vez mais.

Em contrapartida, os ricos e detentores do capital, continuam a engordar as suas fortunas a cobrarem juros de agiota para que Portugal pague os juros da Dívida Pública acumulada pelos sucessivos (des)governos e gestões autárquicas deste país. 
E a Dívida Pública a continuar a aumentar!...
@as-nunes

2012/11/23

Perdido e Achados

Rotunda dos Peregrinos/Fátima - S. Mamede, uma vista celestial, o liquidâmbar cor de outono a sobressair
A descer do cume da Sra. do Monte, o vale da zona das Fontes/Cortes, uma vista idílica
A alameda interior do acesso ao solar com capela privativa da Quinta de S. Venâncio, Vale de Lobos/Cortes, plátanos centenários e monumentais...
À entrada principal da Qta. de S. Venâncio, dois cedros, belos, simbólicos e de grande porte, ao fundo vislumbra-se, para quem conhece a zona, o viaduto aéreo do IC36 (liga A8, A17, A19, IC2 à A1...), sobrevoando o vale do liz em toda a sua largura, naquela zona vital, do ponto de vista de aproveitamento agrícola e ambiental em geral (rio Lis e sua fauna piscícola - barbos, bogas, ruivos, enguias - as suas bucólicas margens bordejadas de salgueiros, choupos, ulmeiros, freixos, a extensa variedade de aves que lá vivem e nidificam:  melros, patos, cotovias, canários, garças, verdelhões, estorninhos, piscos e tantas mais...)
 Placas e mais placas de sinalização, úteis, sem dúvida, para quem circula de automóvel, mas extremamente poluidoras do ambiente visual...

Há dias assim
Momentos distraídos
Pensamentos em turbilhão
Caminhos deslaçados
Viagem de automóvel
Trajeto curto
Semanal
Habitual
Leiria Pousos
Variante norte
A bezerra morreu?!
Embiquei no corte para a A1
Alerta erro vital
Sem hipótese de ressalva
Viagem alongada
Direção Fátima obrigatória
Regresso via S. Mamede
Sra. do Monte a encurtar caminho
Alô Pousos, há algo
Muito importante?
Que não, esta semana não
Regresso a Leiria
Sigo pela N 356-2
Já a referi aqui
Olha que cores fabulosas!
Quinta de S. Venâncio
Plátanos majestosos
E cedros
Uns e outros centenários
Rotunda de serviço
Acessos rodoviários
Caríssimos, desnecessários
Sumptuosos, perdulários

Pensamentos em correria
Tensão em demasia
Valha-me a fotografia
E a poesia …