2011/07/01

Berliques e berloques


Leiria, tinha eu ido ao Banco, a saber o que é que podia fazer para investir o reembolso do IRS de 2010, o dia estava bonito, a cidade estava pouco movimentada, mas é sempre lindo, este recanto, ali mesmo ao pé do "pastor peregrino", ao fundo o antigo Paço Episcopal, as árvores que se destacam são "melia azedarach", já os seus cacharoletes de flores azuis se transformaram em sementes tipo  berlindes (venenosas, sabiam?), nem os pássaros as comem, lá sabem porquê.


Entrei no carro, a rádio a passar a apresentação do programa do XIX Governo Constitucional.
Para começar: nós na berlinda, o subsídio de Natal, por artes de berliques e berloques, lá se foi, 50% menos uns pozinhos, por enquanto!...


Pronto, lá nos lixaram o esquema, outra vez.
Afinal já decidi, que remédio, é melhor não tocar no reembolso do IRS!... deixá-lo ficar no Banco, que ainda me vai fazer falta para pagar mais este berlique a que se vai chamar Imposto Especial.


Adicional, quer-se dizer!


E a procissão ainda agora vai no adro!


@as-nunes
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4 comentários:

Manuela Freitas disse...

Olá amigo,
Que mais nos irá acontecer?...Presumo que vamos ter muitos amargos de boca, com as consequências habituais!
Eu penso que este imposto não devia ser igual para todos...mas...pensar para quê?
Um grande abraço,
Manuela

Graça Sampaio disse...

Diz muito bem! Ainda a procissão vai no adro! Aldrabões! E o outro é que era mentiroso compulsivo!

a d´almeida nunes disse...

O eterno dilema destas Democracias de grupos político/económicos.

Dissimula-se, esconde-se o rabo do gato até mais não enquanto se anda à caça dos ratitos do Povoléu. Depois, inopinadamente, vem o INE lançar, no momento "oportuno" a informação segura de que, afinal, os "malandros" do Governo anterior, nem contas sabem fazer. E sai a projecção dum Déficit orçamental que "justifica" o anúncio, imediato, de chofre, que temos que pagar mais um "imposto", este Extraordinário.
Ou seja, desta forma tenta branquear-se a imagem de que não se está a faltar à promessa solene de que há limites para sobrecarregar sempre os mesmos.
Além do mais, agora aparece-se aí com uma nova regra para fazer as contas do Déficit: Contabilidade Nacional, que não é a mesma coisa que Contabilidade Pública, ponto final, isso justifica todas as comparações em termos homólogos.
E quantos de nós percebem estas mirambolices?
(...)

Pedro Sousa disse...

Podia ser pior, se levassem o sub de natal todo :o)))