2007/04/29

22:45 tmg - Associação Portuguesa dos Veteranos de Guerra
Recentemente morreu um colega de trabalho e amigo, com 58 anos de idade. A este caso já me referi em duas entradas anteriores. Nos últimos anos, tivémos ocasião de falar várias vezes sobre a questão dos ex-combatentes das Guerras Coloniais e da luta que estes, através das suas associações espalhadas pelo país, têm vindo a travar com vista ao reconhecimento da sua condição de ex-combatentes, hoje com 60 e mais anos, na sua maioria. Essas reivindicações são várias e justas, na medida em que é urgente que o Estado Português reconheça as dificuldades físicas e psíquicas em que esses ex-combatentes vivem na actualidade, numa grande parte em consequência das terríveis experiências que foram obrigados a viver pelo facto de terem sido mobilizados para o ex-Ultramar, em plena juventude, e terem sido submetidos a situações de extrema tensão emocional, a sofrerem de difíceis situações de stress pós-traumático que os têm afectado para o resto das suas vidas. Não nos devemos esquecer que a maior parte destes jovens da altura, perderam em média 3 a 4 anos da sua vida a sofrer, lutar e morrer em vez de estarem a preparar-se para o início das suas carreiras profissionais, quantas irremediavelmente adiadas e/ou dramaticamente transtornadas.
Enviei para a APVG por e-mail o post em que me referia ao falecimento de José Manuel Solipa, ex-Alferes miliciano, atirador de Infantaria, em Moçambique na zona do Zambeze, perto da fronteira. A Direcção desta Associação manifestou-se muito sensibilizada por mais uma situação dum Veterano das Guerras Coloniais, que morre sem ter visto resultados minimamente palpáveis da longa luta que os sobreviventes têm vindo a travar contra o esquecimento e ostracismo a que foram votados todos estes anos (33 anos pelo menos; quantos, entretanto, já não ficaram pelo caminho?).
Aqui deixo o link para a APVG a fim de que os leitores deste blogue possam ter oportunidade de se informar sobre os objectivos perseguidos por este movimento cívico.
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18:00 tmg - Ainda a questão dos placards


Será só embirração minha?!
Eu queria era ver à vontade, o Jardim Luís de Camões, em Leiria!

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6 comentários:

Anónimo disse...

De novo, passo para ver e apreciar este magnífico blogue, um hino à Natureza e à beleza.

bettips disse...

Não, é qualidade estética que falta por aí. Trogloditas dispersos! Obrigada pela passagem no meu espaço. Sabes que durante anos fazia contas às horas para poder ter uma passagem em Leiria, para almoçar ou jantar...? No saudoso "Antunes", o Snr. Manuel e a mulher que nós tanto estimamos. Anos seguidos. Fiquei saudosa, da paisagem, da cidade-miolo dela e dessas pessoas. Abraço.

Al Cardoso disse...

Como se dizia noutros tempos: "Querias"!!! desculpe queria dizer: "Queria"!

Mesmo em ponto grande nao consegui ler, sera que e alguma informacao assim tao importante?

Um abraco amigo do d'Algodres.

Anónimo disse...

tenho uma surpresa para ti. Passa pelo meu blog!

Antona disse...

Querido amigo,te deseo una buena semana
um abraÇo

Anónimo disse...

Fez há dias 41 anos que chegaram ao fim 2 anos inteiros de guerra,suor e lágrimas,sangue...de alguns que tombaram inglòriamente.Trouxe angústias do tamanho de várias vidas, e,no entanto, voltei.Ileso.Lúcido.Tão lúcido que não acredito nas promessas de certos políticos.os de então que nos conduziram à matança;os de hoje que fingem que percebem o que passámos.Saudações.
M.Costa