Uma goteira(*) da Sé de Leiria, visionada numa objectiva de 300 mm a partir da varanda da "Pharmácia Paiva", 1º andar.
Pelo Largo da Sé passaram, de certeza,
Acácio de Paiva (aqui nasceu)
Eça de Queirós (aqui trabalhou e escreveu)
Miguel Torga (aqui perto foi médico e escreveu no seu "Diário")
E eu...
(parece que, estes anos todos passados, ainda os consigo ver, vultos diáfanos, envoltos na palavra escrita, gravada em pedra eterna)
aqui passo e poiso com frequência.
Daqui acompanho muitas das evoluções dos pombos,
de muitas obras ditas de requalificação da Zona Histórica,
do Estaleiro em que está transformado este Largo,
dos Áceres abatidos à serra eléctrica
há uns anos,
ninhos e poleiros que foram de centenas de pássaros
(pardais, piscos, pintassilgos...)
que enchiam os nossos sentidos
com seus chilreios descontraídos
e de variadas notas matinais e crepusculares,
agora Jacarandás,
calçada inadequada ao ambiente
ancestral e místico
deste lugar.
Também aquela sensacional tília tomentosa,
as folhas agora a despontar,
o Jacarandá centenário,
à sua beira,
à espera
que a todo o momento
as suas folhas lilás
desabrochem,
dum dia para o outro,
só depois é que vêm as folhas rendilhadas...
e não só...
(*) A propósito deste adereço arquitectónico, mais correctamente conhecido por gárgulas, pode consultar-se
http://www.spectrumgothic.com.br/gothic/gotico_historico/quimeras_gargulas.htm
@as-nunes
Pelo Largo da Sé passaram, de certeza,
Acácio de Paiva (aqui nasceu)
Eça de Queirós (aqui trabalhou e escreveu)
Miguel Torga (aqui perto foi médico e escreveu no seu "Diário")
E eu...
(parece que, estes anos todos passados, ainda os consigo ver, vultos diáfanos, envoltos na palavra escrita, gravada em pedra eterna)
aqui passo e poiso com frequência.
Daqui acompanho muitas das evoluções dos pombos,
de muitas obras ditas de requalificação da Zona Histórica,
do Estaleiro em que está transformado este Largo,
dos Áceres abatidos à serra eléctrica
há uns anos,
ninhos e poleiros que foram de centenas de pássaros
(pardais, piscos, pintassilgos...)
que enchiam os nossos sentidos
com seus chilreios descontraídos
e de variadas notas matinais e crepusculares,
agora Jacarandás,
calçada inadequada ao ambiente
ancestral e místico
deste lugar.
Também aquela sensacional tília tomentosa,
as folhas agora a despontar,
o Jacarandá centenário,
à sua beira,
à espera
que a todo o momento
as suas folhas lilás
desabrochem,
dum dia para o outro,
só depois é que vêm as folhas rendilhadas...
e não só...
(*) A propósito deste adereço arquitectónico, mais correctamente conhecido por gárgulas, pode consultar-se
http://www.spectrumgothic.com.br/gothic/gotico_historico/quimeras_gargulas.htm
@as-nunes
4 comentários:
Olá, António
De facto há muito tempo que não o via...
Nem sempre o tempo chega para fazermos tudo o que queremos, não é verdade?
Há anos, nem sei quantos, que não vou a Leiria.
Quando os meus pais eram vivos e moravam na Figueira eu passava muitas vezes em Leiria e aproveitava para comer (e levar...) umas deliciosas "brisas do liz". Mas isso já lá vão muitos anos.
Imagino que deva estar bastante diferente. Tenho que combinar ir lá um dia...
Bom fim de semana. Beijinhos
Viva Mariazita
Leiria é uma cidade com muitas potencialidades.
Estou em crer que quando o seu Centro Histórico estiver mais apresentável (o que está a começar a acontecer, paulatinamente) esta cidade será uma das cidades mais bonitas de Portugal.
Vale a pena lutar por um Centro digno da história desta cidade e região!
Obrigado pela visita
Bom fim de semana, beijinhos,
Bela localização a sua.
E as brisas do liz... onde andam? As melhores, do Café Colonial - já não há, da D. Adelaide, que vendia para vários cafés, também já não há... Ainda há algumas brisas mas com menos qualidade. O que ainda vai havendo são os barquinhos e as queijadas, ainda feitas à moda antiga. Hum que bom! Os barquinhos só de encomenda mas fazem toda a diferença.
Estão fabulosos estes enquadramentos de pormenores da Sé.
Já nem dou os parabéns. Estar de parabéns é o estado normal das suas fotos.
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