clique para ouvir Mário Zambujal - olhe que vale a pena!...
Mário Zambujal é uma daquelas pessoas - mediáticas, pode e deve-se dizê-lo - de quem é impossível não gostar.
Ontem à noite tive o privilégio de estar presente e participar numa conversa animada pelo jornalista Mário Galego, a pretexto do seu penúltimo livro "Uma Noite Não São Dias" (2009-ed. Clube do Autor). Já no final da sessão, entrei para uma fotografia ao seu lado. Lá me sentei na cadeira do Mário Galego enquanto Mário Zambujal se mantinha activo a escrever os seus inúmeros autógrafos em dedicatórias personalizadas aos seus leitores e admiradores.
Ofereci-me para lhe mandar a foto por mail, ao que ele me respondeu com um sorriso irónico e brincalhão bem ao seu estilo despretensioso mas experiente e humano. É que um dos temas que o Mário (assim o tratámos, como não podia deixar de ser) focou com particular ênfase, foi a sua aversão às máquinas e às sofisticadas tecnologias que estão cada dia que passa, a desumanizar mais e mais a vida das pessoas.
Gravei um pequeno excerto das suas palavras em que se pode avaliar da sua posição relativamente aos efeitos socialmente nefastos do uso indiscriminado das novas tecnologias e objectivamente na mira do lucro fácil. O bem estar psicológico do homem em geral - que é, naturalmente, o centro da vida em sociedade - é relegado para segundo plano na lista das prioridades. Está a perder-se a verdadeira noção de Felicidade.
Afinal a Felicidade não é o objectivo prioritário da vida?
@as-nunes
5 comentários:
O Mário Zambujal é um "Bom Malandro" e tem-me deliciado com a sua escrita.
:)
É bem verdade. As máquinas têm vindo, paulatinamente, a desumanizar a vida. Mais cedo do que aquilo que pensamos, aquilo que é ficção cinematográfica, passará a ser a dura realidade.
Hilariantemente sérias estas palavras do Mário Zambujal.
Vivemos num tempo em que corremos quase à velocidade da luz. A Net quer ser ainda mais rápida.
Amanhã não sabemos como será.
Nós todos estamos em mudança...e gostamos !
Preservar os nossos valores está ao alcance de cada um.
Viver com mais atenção e não se deixar mergulhar nas correntes de um idealismo fácil onde tudo é permitido
Quando há 25 anos atrás decidi estudar informática, fi-lo, entre muitas outras razões, movido pela (agora cada vez mais) utópica ideia que estaria dessa forma a contribuir para um futuro onde as máquinas fariam muito do trabalho do homem, e que assim o deixariam com cada vez mais tempo livre para os aspectos humanos que o amigo António aqui defende, e bem.
Hoje, que levo 21 anos de vida profissional na área da informática, constato, diariamente, o quão enganado fui.
Não só se desumanizou a sociedade, como ajudámos (todos em geral, informáticos e afins em particular) a criar cada vez mais desemprego, através da substituição do homem por máquinas em muitas áreas de produção.
Vivam os "Mários" que lutam contra este estado de coisas.
Sem dúvida, meus amigos.
O senso comum manda que a vida seja facilitada e não complicada desnecessariamente.
Haja senso, pensemos Global!
A começar pelas micro-comunidades em que estamos inseridos.
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