Terra lavrada à espera de chuva, um choupal, malmequeres e a estrada dos campos do lis, na zona de Moinhos da Barosa - Leiria.
Só porque ali estava um freixo a sobrepôr-se ao resto da paisagem . campos do lis.
Campos do Lis, na borda da estrada Leiria- Amor, a EN 349-1
Comemorar a Páscoa?
Continuar a comemorar?!
Comemorar o quê?
A morte de Jesus?!
Jesus foi um homem
Morreu há dois mil anos
Quantos homens nasceram
e morreram
entretanto?!...
Quem os salvou?
Que foi da vida desses homens?
Quem somos nós?
Quem (o quê?) determina
o Futuro?
O que é o Futuro?!...
Entretanto...
Observe-se a esplendorosa
maravilha que é a Natureza!
Quem a criou?
Que energia há no Cosmos?
O princípio e o fim
das coisas
visíveis
e invisíveis
Circuito fechado...
Quem coordena
os seus ciclos?
A Santíssima Trindade?
Como o Homem é pequenino, minúsculo, ínfimo, medroso, não quer morrer sabendo que vai morrer, inexoravelmente, o seu corpo vai transformar-se em pó...em nada!...
Faz hoje 1979 anos que Jesus Cristo morreu crucificado numa cruz!...
E depois?!...
Os homens continuam
a crucificar-se uns aos outros
incessantemente
implacavelmente
os mais fortes
a devorarem os mais fracos.
Porquê?!
Porque terá de ser assim?
Para todo o sempre?!
Porquê?!...
9 comentários:
Boa Páscoa, as-nunes.
Se não a celebra, desejo-lhe um fim de semana prolongado repleto de respostas para as suas perguntas. : )
Abraço
Viva, Catarina
Afinal aí pelo Canadá a crise também se está a instalar! Ultimamente dou comigo a questionar-me sobre o porquê desta crise. Que crise?
A dos ricos quererem ser cada vez mais ricos? Essa é que é a verdadeira questão.
Um mero exercício de contas de subtrair e de multiplicar: subtrair aos mais fracos aquilo que faz "imensa" falta aos mais ricos e poderosos! Essa é que é a questão!
Comemoro a Páscoa, sim senhora! Por tradição. Porque nasci num país católico, Porque fui criado em ambiente profundamente católico. Ai de mim se a minha mãe lê o que escrevi neste post. Não me excomunga de certeza, que bem a conheço, e é uma mãe com todas as letras, uma mãe que ama verdadeiramente os filhos.
Mas sei que tem pena que os filhos se ponham a pensar pela própria cabeça, às vezes um tanto friamente, se calhar é só fogo de vista, as dúvidas assaltam-nos (falo por mim)...
e depois é o que se vê.
Outra questão é que o Homem tem medo de questionar os dogmas da religião, quantas vezes um medo irracional, que é intrínseco à nossa própria natureza, que nos ajuda psicologicamente a lutar pela sobrevivência, que foi para isso que viemos ao mundo...
E só para isso?!...
Hoje não comemos senão peixe, cá em casa. Estamos a conviver quatro gerações: a minha sogra Eva (Deus, acima de tudo), eu e a Zaida (ela a crer acreditar piamente em Deus e em Fátima, eu a tentar ser capaz de me nortear de forma a não perder completamente o rumo espiritual, melhor o da religião católica), os meus filhos (que nem sabem se devem comer carne se peixe), os netos (apáticos, talvez venham a ser tocados pela religiosidade, mas duvido).
E já disse mais do que as pessoas gostam de ouvir/ler!...
Boa Páscoa
Que fotos lindas!
Eu tenho a mania de escrever Liz e não Lis! :-))
Quanto à Páscoa...confesso que não me diz muito!
Abraço
Porquê?!
Porque terá de ser assim?
Para todo o sempre?!
Porquê?!...
Cristo sabia a resposta
e essa é a razão
da sua crucificação
Lindo poema!
Uma nota no entanto: não me parece que faça 2012 anos que Jesus morreu. Ele foi crucificado aos 33 anos, ou seja há 1979 anos.
Obrigado pela poesia.
Caro anónimo
Sabe o que é?
Está visto que ando fora da graça de Deus. Mas também não está certo que ELE me tenha deixado aqui esta gralha. Sim, porque eu escrevi o que escrevi porque fui concebido para o fazer dessa maneira naquele preciso momento, digo eu.
Voltando às contas, que a matemática é uma coisa que, para além de ser lógica, também de ser exata.
De fato, no fragor das palavras atrás do pensamento do momento, esqueci-me do pormenor de que 2012 é o ano pós nascimento de Cristo.
Portanto:
2012-33=1979, está claro.
Quando um homem simplório como eu se põe a pretender poemar aquilo em que está a pensar, facilmente cai nesta esparrela.
Obrigado, obrigado, fica aqui a correção, já não vou a tempo de evitar que a gralha faça os seus estragos, mas aqui fica o reparo.
Quanto ao poema, deu-me agora para isto, gosto imenso de poesia, embora a cultive
(isto é, ensaios, meros anseios, pode ser que um dia destes, a minha veia poética rompa por aí em catadupa, quem sabe, nunca é tarde) duma forma anárquica, há uns anos, agora que estou a ficar velho.
Grato pela sua dica e apreciação.
Um abraço a quem quer que seja, onde quer que esteja,
Rosa dos Ventos
Se Deus existe
E eu creio bem que sim
...
Assim começa a Zaida, a "minha" Zaida, um poema acerca do nosso jardim...
A grafia de Lis, o rio Lis, deve ser, na minha opinião, LIS e não LIZ. Mas há teorias contraditórias, sendo que a que está a prevalecer é LIS. Penso eu que já abordei este tema neste blogue, talvez procurando a etiqueta "rio lis".
Quanto aos meus resenhas/ensaios poéticos, ultimamente tenho andado muito contracorrente (penso eu), talvez esteja algo desorientado, será da idade? será da conjuntura económica e social, será de alguma rutura no pensamento?
Tenham lá paciência, já que me dão o supra-privilégio de me ler, agradeço-vos, do coração, esta vossa compreensão.
Às vezes nem eu sei se sou eu que estou a escrevinhar, eu que estive de fato comprado para ir para o seminário e desisti à última da hora. De qualquer modo sempre cumpridor dos ditames da Santa Madre Igreja, sei lá porquê, talvez porque vivi os anos da minha formação mental/psicológica, numa época e num ambiente profundamente religioso/católico, sei lá.
...
Ai Deus! Como isto anda!
Um abraço
Rogério Pereira
Só sei que o Sócrates (o da Antiga Grécia) é que devia ter razão.
Continuo com esta sensação estranha de que cada vez tenho mais dúvidas e que me farto de me enganar!
Que raio de vida esta!
Enviar um comentário