Ai Portugal,
Portugal!
Todos os portugueses têm o
dever/obrigação cívica de se pronunciarem, objetiva e concretamente, sobre os
problemas que afligem esta Nação milenar.
Cada um de nós tem uma opinião
formada ou formatada de acordo com a sua vivência.
A questão é que as instâncias do
poder são demasiado autistas ou atuam
exclusivamente na defesa dos setores da sociedade que lhes interessa.
Normalmente os que detêm o poder do Capital, pois que, como se sabe, vivemos
numa sociedade capitalista, pura e dura.
Talvez porque nos tenhamos acomodado, chegámos a esta miserável situação em que a gestão do nosso futuro está nas mãos de várias troikas:
- Troika propriamente dita (FMI, CE e BCE);
- Troika propriamente dita (FMI, CE e BCE);
- Governo (Passos, Relvas e Portas);
- Troika portuguesa (PR, BP e CES).
E nós temo-nos limitado, como meninos bem comportados, a seguir ao ritmo do toque da caixa, mansamente, apesar de sermos "nobre povo/nação valente".
O Governo lança uns balões de ensaio
e fica à espera da reação. E nós vamos emitindo as nossas opiniões. Às vezes
até fazemos manifestações de rua! Algumas até são grandiosas, de fazer pensar
em como o Povo, se quisesse, seria quem mais ordenava.
De qualquer modo, parece que os ventos que sopram auguram uma mudança radical na nossa maneira de olhar para os políticos que ocupam cargos na cúpula do poder.
Começam a ser acossados em todo o território nacional. O Povo começa a ir para a Rua e com ele na rua o Poder começa a dar sinais de desnorte.
Para esfriar os entusiasmos encenam-se Conselhos dos partidos, do Estado, da Igreja ...
De qualquer modo, parece que os ventos que sopram auguram uma mudança radical na nossa maneira de olhar para os políticos que ocupam cargos na cúpula do poder.
Começam a ser acossados em todo o território nacional. O Povo começa a ir para a Rua e com ele na rua o Poder começa a dar sinais de desnorte.
Para esfriar os entusiasmos encenam-se Conselhos dos partidos, do Estado, da Igreja ...
E ficam à espera que as coisas se
conciliem. E fingem que estão disponíveis para ouvir a voz do Povo.
Foi o que aconteceu com o famigerado tema
das TSU.
Tanto foguetório, tanto folclore,
tantas sumidades a aparecerem nos écrans da Televisão, nos jornais, e o Governo
e a coligação que o apoia a testarem as suas estratégias político/ideológicas,
que mais não foi o que andaram a fazer.
Então, quer dizer, o PM já anda a
dizer por meias palavras (mais uns balões de ensaio, provavelmente), que vamos
moldar melhor esta questão da TSU. Moldar como?
Ah sim, o IRS está aí mesmo à mão,
nada melhor que extorquir mais uns milhares de milhões aos rendimentos do
trabalho. E, claro, mais uma vez, a dita classe média (onde está?!) lá se terá
de pôr a jeito para deixar nos cofres do poço sem fundo do OE o pouco que já
lhe está a restar.
E atenção, muita atenção!
Convém ter
presente que ainda nada se decidiu, diz o nosso Presidente, só quando houver Orçamento
do Estado é que se pode tomar uma posição séria sobre as contas públicas, os
Planos de Actividade para o Futuro de todos nós e as estratégias a seguir.
Entretanto, nós não temos qualquer razão para estar a dar palpites nem
protestar. Afinal estamos a protestar contra quê? Contra declarações formais de
intenção, apresentadas com pompa e circunstância, quer pelo Primeiro Ministro
quer pelo Ministro das Finanças?!
Olha o desaforo deste “bom povo
português”! …
A proposta que se segue vai ser mais
do mesmo. Os trabalhadores é que vão ser sobrecarregados ainda mais para se fingir que se resolve o problema do défice, para que se possa fingir que vamos pagar a monstruosa dívida pública que os
sucessivos governos de Portugal têm vindo a acumular, e que ninguém das altas
instâncias do círculo do poder central, se tem mostrado interessado em
averiguar das suas reais origens.
De facto, temos andado entregues à
bicharada!
António Nunes
(um Zé do Povo)
@as-nunes
@as-nunes
nb.: esta edição foi revista...23/09/2012-12h55
Os comentário até ao 6º estão conotados com a 1ª versão. Peço imensa desculpa.
8 comentários:
Estamos mesmo e, olhe que eu, ainda houve tempo em que acreditei neste governo!
Mas e tudo do mesmo!
Um grande abraco, amigo Antonio!
Caríssimo Albino!
Um grande abraço. Espero que esteja bem.
Cá andamos em bolandas com estas politiquices de sofistas licenciados (nem que seja à pressa).
Com todo o respeito pelos bichos! :-)
Abraço
Se fosse muito muito rigoroso não subscreveria seu texto...
Mas como estou por tudo, aceito!
Com excepção da parte final: não estamos entregues à bicharada, foi de livre vontade que nos entregámos a ela...
Que desespero! Eu sinto-me mesmo à beira de um ataque de nervos, garanto-lhe!
Não é fado, é ignorância. Fomos nós que escolhemos... Eu não, que não votei nos senhores, mas como por tabela.
Bom dia
Este é o nosso fado. Triste e macambúzio.
Os políticos aprenderam a arte de saber mentir e fazer promessas que nunca pensam em cumprir.
A palavra passou a ser mercadoria barata que não se respeita.
Parece-me que começámos a acordar e que ou as coisas mudam e alguém vai ter de inverter o rumo da coisa pública.
.../...Ou então tudo se torna ainda mais complicado para ambos os lados.
Em história já vimos que muita coisa pode mudar em pouco tempo e o poder corrupto tem de ser punido severamente...........
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