2013/02/07

Flores! Flores! Flores! ... (Se com flores se fizeram revoluções/ que linda revolução daria este canteiro!)







POEMA DAS FLORES

Se com flores se fizeram revoluções
Que linda revolução daria este canteiro!

(…)
São flores e, como flores, abrem corolas
Na memória dos homens.

Recorda o homem que no berço adormecida,
epiderme de flor num sorriso de flor,
e que entre flores correu quando era infante,
ébrio de cheiros,
abrindo os olhos grandes como flores.
Depois, a flor que ela prendeu entre cabelos,
rede de borboletas, armadilha de unguentos,
o amor à flr dos lábios,
o amor dos lábios desdobrados em flor,
a flor na emboscada, comprometida e ingénua,
colaborante e alheia,
a flor no seu canteiro à espera que a exaltem,
que em respeito a violem
e em sagrado a venerem.

Flores estupefacientes, droga dos olhos, vício dos sentidos.
Ai flores, ai flores das verdes hastes!
A César o que é de César.  Às flores o que é das flores.

António Gedeão

@as-nunes 

4 comentários:

Rosa dos Ventos disse...

Belas fotos, belo poema!
Eu também já tenho narcisos e orquídeas...

Abraço

São disse...

Foi muito bom encontrar Gedeão e ver tão belas flores.

Espero que quando houver Revolução, com ou sem flores, não se repita o erro estúpido de quamdo se usaram cravos e se leve a julgamento os responsáveis.Para que não regressem - como o esrão fazendo agora - para ajustar contas e cobrar juros de mora.

Tudo de bom.

Isabel Soares disse...

Camélias de várias cores, narcisos e jarros... mas que belo jardim!

Lavender and Vanilla Friends of the Gardens disse...

Very beautiful flowers, each of them special in its uniqueness. The poem too, even with translation.