POEMA DAS FLORES
Se com flores se fizeram revoluções
Que linda revolução daria este canteiro!
(…)
São flores e, como flores, abrem corolas
Na memória dos homens.
Recorda o homem que no berço adormecida,
epiderme de flor num sorriso de flor,
e que entre flores correu quando era infante,
ébrio de cheiros,
abrindo os olhos grandes como flores.
Depois, a flor que ela prendeu entre cabelos,
rede de borboletas, armadilha de unguentos,
o amor à flr dos lábios,
o amor dos lábios desdobrados em flor,
a flor na emboscada, comprometida e ingénua,
colaborante e alheia,
a flor no seu canteiro à espera que a exaltem,
que em respeito a violem
e em sagrado a venerem.
Flores estupefacientes, droga dos olhos, vício dos
sentidos.
Ai flores, ai flores das verdes hastes!
A César o que é de César. Às flores o que é das flores.
António Gedeão
@as-nunes
4 comentários:
Belas fotos, belo poema!
Eu também já tenho narcisos e orquídeas...
Abraço
Foi muito bom encontrar Gedeão e ver tão belas flores.
Espero que quando houver Revolução, com ou sem flores, não se repita o erro estúpido de quamdo se usaram cravos e se leve a julgamento os responsáveis.Para que não regressem - como o esrão fazendo agora - para ajustar contas e cobrar juros de mora.
Tudo de bom.
Camélias de várias cores, narcisos e jarros... mas que belo jardim!
Very beautiful flowers, each of them special in its uniqueness. The poem too, even with translation.
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